Brasil se recupera de problemas climáticos e espera colher as maiores safras de sua história


País deve alcançar recorde de 307,3 milhões de toneladas de grãos em 2023, 16,8% superior ao volume de 2022, segundo IBGE

Por Daniela Amorim
Atualização:

RIO - A safra brasileira de grãos deve alcançar o recorde de 307,3 milhões de toneladas em 2023, 16,8% maior que a de 2022, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgados nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 0,6% superior ao previsto em maio, 1,9 milhão de toneladas a mais.

“Temos uma safra de recuperação”, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “Teve crescimento de área plantada em alguns produtos, mas é principalmente de recuperação.”

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O pesquisador lembra que problemas climáticos prejudicaram o desempenho da produção agrícola em 2022, especialmente na região sul do País.

“Neste ano tivemos problemas no Rio Grande do Sul, mas a safra deste ano no Rio Grande do Sul está melhor do que a do ano passado”, acrescentou. “Todos os Estados estão com clima melhor que no ano passado.”

Os recordes esperados para a produção agrícola brasileira em 2023 estão ajudando na tendência de redução nos preços dos alimentos. O Brasil deve colher as maiores safras já vistas para a soja, milho, trigo e sorgo.

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Safra de soja deve ser recorde Foto: Tiago Queiroz / Estadão

“Essa safra alta de milho fez com que os preços caíssem aqui no Brasil”, disse Guedes. “Isso é importante porque o milho entra em outras cadeias”, completou.

O milho, assim como o farelo de soja e sorgo, é usado pela atividade agropecuária na ração de animais, criados para a produção de suínos, aves e ovos.

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“Setores de agropecuária vinham trabalhando com custo muito alto”, lembrou Guedes. “O milho chegou até R$ 100 a saca em alguns estados no ano passado. Agora está sendo comercializado na faixa de R$ 40 ou R$ 50 reais. Então é uma queda muito acentuada.”

A valorização do real ante o dólar também favorece a manutenção de preços menores no mercado doméstico.

“Tem essa questão cambial também, (dólar) tem caído um pouco, isso também favorece manter preços menores internamente”, frisou Guedes.

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A produção de soja deve somar 148,4 milhões de toneladas, uma elevação de 24,1% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 124,5 milhões de toneladas, com crescimento de 13,0% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 96,3 milhões de toneladas, aumento de 13,7% em relação a 2022.

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,8% ante 2022. A estimativa da produção do trigo foi de 10,6 milhões de toneladas, alta de 5,8% em relação a 2022. A produção do arroz foi de 10,0 milhões de toneladas para 2023, queda de 6,0% em relação ao produzido no ano passado. A produção de sorgo foi prevista em 3,8 milhões de toneladas, alta de 34,0% ante 2022.

O cultivo de arroz e feijão, prato tradicional na mesa do brasileiro, deve ficar dentro do necessário para o consumo doméstico, o que impede variações de preços, apontou Guedes.

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“O principal produtor é o Rio Grande do Sul, que já colheu todo o arroz. Então nossa safra de arroz deve ficar em 10 milhões de toneladas mesmo”, apontou Guedes. “Por enquanto, nossa safra ainda atende às nossas necessidades sem depender de importações.”

No caso do feijão, a produção prevista em 3,1 milhões também está em linha com o consumo aparente anual do grão no Brasil.

“Nosso consumo de feijão também gira em torno de três milhões de toneladas, então ainda gira em torno da nossa produção”, afirmou. “Em relação à safra, não deve ter aumento de preço.”

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Questionado sobre as intempéries que afetam a região Sul do País através do fenômeno El Niño, especialmente o Rio Grande do Sul, Guedes não crê em prejuízos significativos para a lavoura local, uma vez que os principais produtos da safra de verão, a soja e o milho, já foram quase inteiramente colhidos. Ele diz que os ciclones têm ocorrido mais na região litorânea, e não no interior, onde estão mais concentradas as lavouras.

“O que realmente impacta as colheitas são as chuvas de fim de ano”, apontou. “Falta agora a colheita de inverno lá.”

O pesquisador lembra que o trigo, que por ora tem expectativa de safra recorde em 2023, depende muito das condições climáticas na época da colheita, por ser uma cultura sensível ao clima nessa etapa da produção. A colheita de trigo começa em outubro no Paraná, e em novembro e dezembro no Rio Grande do Sul.

RIO - A safra brasileira de grãos deve alcançar o recorde de 307,3 milhões de toneladas em 2023, 16,8% maior que a de 2022, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgados nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 0,6% superior ao previsto em maio, 1,9 milhão de toneladas a mais.

“Temos uma safra de recuperação”, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “Teve crescimento de área plantada em alguns produtos, mas é principalmente de recuperação.”

O pesquisador lembra que problemas climáticos prejudicaram o desempenho da produção agrícola em 2022, especialmente na região sul do País.

“Neste ano tivemos problemas no Rio Grande do Sul, mas a safra deste ano no Rio Grande do Sul está melhor do que a do ano passado”, acrescentou. “Todos os Estados estão com clima melhor que no ano passado.”

Os recordes esperados para a produção agrícola brasileira em 2023 estão ajudando na tendência de redução nos preços dos alimentos. O Brasil deve colher as maiores safras já vistas para a soja, milho, trigo e sorgo.

Safra de soja deve ser recorde Foto: Tiago Queiroz / Estadão

“Essa safra alta de milho fez com que os preços caíssem aqui no Brasil”, disse Guedes. “Isso é importante porque o milho entra em outras cadeias”, completou.

O milho, assim como o farelo de soja e sorgo, é usado pela atividade agropecuária na ração de animais, criados para a produção de suínos, aves e ovos.

“Setores de agropecuária vinham trabalhando com custo muito alto”, lembrou Guedes. “O milho chegou até R$ 100 a saca em alguns estados no ano passado. Agora está sendo comercializado na faixa de R$ 40 ou R$ 50 reais. Então é uma queda muito acentuada.”

A valorização do real ante o dólar também favorece a manutenção de preços menores no mercado doméstico.

“Tem essa questão cambial também, (dólar) tem caído um pouco, isso também favorece manter preços menores internamente”, frisou Guedes.

A produção de soja deve somar 148,4 milhões de toneladas, uma elevação de 24,1% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 124,5 milhões de toneladas, com crescimento de 13,0% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 96,3 milhões de toneladas, aumento de 13,7% em relação a 2022.

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,8% ante 2022. A estimativa da produção do trigo foi de 10,6 milhões de toneladas, alta de 5,8% em relação a 2022. A produção do arroz foi de 10,0 milhões de toneladas para 2023, queda de 6,0% em relação ao produzido no ano passado. A produção de sorgo foi prevista em 3,8 milhões de toneladas, alta de 34,0% ante 2022.

O cultivo de arroz e feijão, prato tradicional na mesa do brasileiro, deve ficar dentro do necessário para o consumo doméstico, o que impede variações de preços, apontou Guedes.

“O principal produtor é o Rio Grande do Sul, que já colheu todo o arroz. Então nossa safra de arroz deve ficar em 10 milhões de toneladas mesmo”, apontou Guedes. “Por enquanto, nossa safra ainda atende às nossas necessidades sem depender de importações.”

No caso do feijão, a produção prevista em 3,1 milhões também está em linha com o consumo aparente anual do grão no Brasil.

“Nosso consumo de feijão também gira em torno de três milhões de toneladas, então ainda gira em torno da nossa produção”, afirmou. “Em relação à safra, não deve ter aumento de preço.”

Questionado sobre as intempéries que afetam a região Sul do País através do fenômeno El Niño, especialmente o Rio Grande do Sul, Guedes não crê em prejuízos significativos para a lavoura local, uma vez que os principais produtos da safra de verão, a soja e o milho, já foram quase inteiramente colhidos. Ele diz que os ciclones têm ocorrido mais na região litorânea, e não no interior, onde estão mais concentradas as lavouras.

“O que realmente impacta as colheitas são as chuvas de fim de ano”, apontou. “Falta agora a colheita de inverno lá.”

O pesquisador lembra que o trigo, que por ora tem expectativa de safra recorde em 2023, depende muito das condições climáticas na época da colheita, por ser uma cultura sensível ao clima nessa etapa da produção. A colheita de trigo começa em outubro no Paraná, e em novembro e dezembro no Rio Grande do Sul.

RIO - A safra brasileira de grãos deve alcançar o recorde de 307,3 milhões de toneladas em 2023, 16,8% maior que a de 2022, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgados nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 0,6% superior ao previsto em maio, 1,9 milhão de toneladas a mais.

“Temos uma safra de recuperação”, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “Teve crescimento de área plantada em alguns produtos, mas é principalmente de recuperação.”

O pesquisador lembra que problemas climáticos prejudicaram o desempenho da produção agrícola em 2022, especialmente na região sul do País.

“Neste ano tivemos problemas no Rio Grande do Sul, mas a safra deste ano no Rio Grande do Sul está melhor do que a do ano passado”, acrescentou. “Todos os Estados estão com clima melhor que no ano passado.”

Os recordes esperados para a produção agrícola brasileira em 2023 estão ajudando na tendência de redução nos preços dos alimentos. O Brasil deve colher as maiores safras já vistas para a soja, milho, trigo e sorgo.

Safra de soja deve ser recorde Foto: Tiago Queiroz / Estadão

“Essa safra alta de milho fez com que os preços caíssem aqui no Brasil”, disse Guedes. “Isso é importante porque o milho entra em outras cadeias”, completou.

O milho, assim como o farelo de soja e sorgo, é usado pela atividade agropecuária na ração de animais, criados para a produção de suínos, aves e ovos.

“Setores de agropecuária vinham trabalhando com custo muito alto”, lembrou Guedes. “O milho chegou até R$ 100 a saca em alguns estados no ano passado. Agora está sendo comercializado na faixa de R$ 40 ou R$ 50 reais. Então é uma queda muito acentuada.”

A valorização do real ante o dólar também favorece a manutenção de preços menores no mercado doméstico.

“Tem essa questão cambial também, (dólar) tem caído um pouco, isso também favorece manter preços menores internamente”, frisou Guedes.

A produção de soja deve somar 148,4 milhões de toneladas, uma elevação de 24,1% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 124,5 milhões de toneladas, com crescimento de 13,0% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 96,3 milhões de toneladas, aumento de 13,7% em relação a 2022.

O algodão herbáceo deve alcançar uma produção de 6,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,8% ante 2022. A estimativa da produção do trigo foi de 10,6 milhões de toneladas, alta de 5,8% em relação a 2022. A produção do arroz foi de 10,0 milhões de toneladas para 2023, queda de 6,0% em relação ao produzido no ano passado. A produção de sorgo foi prevista em 3,8 milhões de toneladas, alta de 34,0% ante 2022.

O cultivo de arroz e feijão, prato tradicional na mesa do brasileiro, deve ficar dentro do necessário para o consumo doméstico, o que impede variações de preços, apontou Guedes.

“O principal produtor é o Rio Grande do Sul, que já colheu todo o arroz. Então nossa safra de arroz deve ficar em 10 milhões de toneladas mesmo”, apontou Guedes. “Por enquanto, nossa safra ainda atende às nossas necessidades sem depender de importações.”

No caso do feijão, a produção prevista em 3,1 milhões também está em linha com o consumo aparente anual do grão no Brasil.

“Nosso consumo de feijão também gira em torno de três milhões de toneladas, então ainda gira em torno da nossa produção”, afirmou. “Em relação à safra, não deve ter aumento de preço.”

Questionado sobre as intempéries que afetam a região Sul do País através do fenômeno El Niño, especialmente o Rio Grande do Sul, Guedes não crê em prejuízos significativos para a lavoura local, uma vez que os principais produtos da safra de verão, a soja e o milho, já foram quase inteiramente colhidos. Ele diz que os ciclones têm ocorrido mais na região litorânea, e não no interior, onde estão mais concentradas as lavouras.

“O que realmente impacta as colheitas são as chuvas de fim de ano”, apontou. “Falta agora a colheita de inverno lá.”

O pesquisador lembra que o trigo, que por ora tem expectativa de safra recorde em 2023, depende muito das condições climáticas na época da colheita, por ser uma cultura sensível ao clima nessa etapa da produção. A colheita de trigo começa em outubro no Paraná, e em novembro e dezembro no Rio Grande do Sul.

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