'Brasil robusto' pode ser punido por falta de ação, diz FT


Países emergentes podem ser afetados pelo desaquecimento dos ricos, afirma o jornal 'Financial Times'

Por Da BBC Brasil

Uma reportagem da edição desta sexta-feira do jornal britânico Financial Times afirma que chegou a hora de os países emergentes "pagarem a conta" depois de cinco anos de forte crescimento econômico. Segundo a reportagem, o Brasil não vem sofrendo com o desaquecimento econômico dos países ricos, mas isso deve mudar, em parte por falta de investimento brasileiro em infra-estrutura, educação, saúde e combate ao crime. "Um Brasil mais robusto pode sofrer uma penalidade por falta de ação", é o título de uma seção da reportagem que analisa o caso específico do Brasil. "A idéia de que o Brasil - que era tão vulnerável a mudanças nos mercados globais - finalmente consegue ficar de pé ou cair devido aos seus próprios méritos é (uma visão) popular no governo e é amparada por muitas evidências", diz o artigo. "No entanto, para muitos analistas, isto não passa de otimismo; a única dúvida deles agora é se o Brasil enfrentará uma forte e feia correção ou se conseguirá preparar uma aterrissagem suave." Alta dos juros A reportagem do Financial Times diz que até agora as economias emergentes estavam se "descolando" do desaquecimento dos países ricos, já que vinham obtendo índices fortes de crescimento. No entanto, a teoria de descolamento "agora parece equivocada", segundo o jornal, já que as bolsas de valores na China, Rússia, Índia e Brasil estão em queda, no acumulado do ano. "Com investidores correndo para a saída em quase todos os mercados, parece que as doenças financeiras do ocidente estão afetando estes locais. Muitos analistas acreditam que as economias dos Estados Unidos e da Europa vão continuar a se deteriorar, pressionando ainda mais o mundo emergente." O jornal cita dois analistas de mercado que acreditam que o Brasil sofrerá por falta de investimento em infra-estrutura, educação, saúde e combate ao crime. Além disso, o país seria afetado pelo aumento do preço de produção, causado pela alta das commodities e dos custos trabalhistas. A combinação de diferentes fatores - custos maiores de produção, com aquecimento de investimentos (em especial na construção civil), aumento da demanda, maior facilidade de crédito e alta nos gastos governamentais - elevaria a inflação brasileira, segundo o jornal. "O resultado é que o Banco Central do Brasil vai ter de continuar elevando as taxas de juros", conclui o artigo sobre o Brasil, que é assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo, Jonathan Wheatley.   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Uma reportagem da edição desta sexta-feira do jornal britânico Financial Times afirma que chegou a hora de os países emergentes "pagarem a conta" depois de cinco anos de forte crescimento econômico. Segundo a reportagem, o Brasil não vem sofrendo com o desaquecimento econômico dos países ricos, mas isso deve mudar, em parte por falta de investimento brasileiro em infra-estrutura, educação, saúde e combate ao crime. "Um Brasil mais robusto pode sofrer uma penalidade por falta de ação", é o título de uma seção da reportagem que analisa o caso específico do Brasil. "A idéia de que o Brasil - que era tão vulnerável a mudanças nos mercados globais - finalmente consegue ficar de pé ou cair devido aos seus próprios méritos é (uma visão) popular no governo e é amparada por muitas evidências", diz o artigo. "No entanto, para muitos analistas, isto não passa de otimismo; a única dúvida deles agora é se o Brasil enfrentará uma forte e feia correção ou se conseguirá preparar uma aterrissagem suave." Alta dos juros A reportagem do Financial Times diz que até agora as economias emergentes estavam se "descolando" do desaquecimento dos países ricos, já que vinham obtendo índices fortes de crescimento. No entanto, a teoria de descolamento "agora parece equivocada", segundo o jornal, já que as bolsas de valores na China, Rússia, Índia e Brasil estão em queda, no acumulado do ano. "Com investidores correndo para a saída em quase todos os mercados, parece que as doenças financeiras do ocidente estão afetando estes locais. Muitos analistas acreditam que as economias dos Estados Unidos e da Europa vão continuar a se deteriorar, pressionando ainda mais o mundo emergente." O jornal cita dois analistas de mercado que acreditam que o Brasil sofrerá por falta de investimento em infra-estrutura, educação, saúde e combate ao crime. Além disso, o país seria afetado pelo aumento do preço de produção, causado pela alta das commodities e dos custos trabalhistas. A combinação de diferentes fatores - custos maiores de produção, com aquecimento de investimentos (em especial na construção civil), aumento da demanda, maior facilidade de crédito e alta nos gastos governamentais - elevaria a inflação brasileira, segundo o jornal. "O resultado é que o Banco Central do Brasil vai ter de continuar elevando as taxas de juros", conclui o artigo sobre o Brasil, que é assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo, Jonathan Wheatley.   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Uma reportagem da edição desta sexta-feira do jornal britânico Financial Times afirma que chegou a hora de os países emergentes "pagarem a conta" depois de cinco anos de forte crescimento econômico. Segundo a reportagem, o Brasil não vem sofrendo com o desaquecimento econômico dos países ricos, mas isso deve mudar, em parte por falta de investimento brasileiro em infra-estrutura, educação, saúde e combate ao crime. "Um Brasil mais robusto pode sofrer uma penalidade por falta de ação", é o título de uma seção da reportagem que analisa o caso específico do Brasil. "A idéia de que o Brasil - que era tão vulnerável a mudanças nos mercados globais - finalmente consegue ficar de pé ou cair devido aos seus próprios méritos é (uma visão) popular no governo e é amparada por muitas evidências", diz o artigo. "No entanto, para muitos analistas, isto não passa de otimismo; a única dúvida deles agora é se o Brasil enfrentará uma forte e feia correção ou se conseguirá preparar uma aterrissagem suave." Alta dos juros A reportagem do Financial Times diz que até agora as economias emergentes estavam se "descolando" do desaquecimento dos países ricos, já que vinham obtendo índices fortes de crescimento. No entanto, a teoria de descolamento "agora parece equivocada", segundo o jornal, já que as bolsas de valores na China, Rússia, Índia e Brasil estão em queda, no acumulado do ano. "Com investidores correndo para a saída em quase todos os mercados, parece que as doenças financeiras do ocidente estão afetando estes locais. Muitos analistas acreditam que as economias dos Estados Unidos e da Europa vão continuar a se deteriorar, pressionando ainda mais o mundo emergente." O jornal cita dois analistas de mercado que acreditam que o Brasil sofrerá por falta de investimento em infra-estrutura, educação, saúde e combate ao crime. Além disso, o país seria afetado pelo aumento do preço de produção, causado pela alta das commodities e dos custos trabalhistas. A combinação de diferentes fatores - custos maiores de produção, com aquecimento de investimentos (em especial na construção civil), aumento da demanda, maior facilidade de crédito e alta nos gastos governamentais - elevaria a inflação brasileira, segundo o jornal. "O resultado é que o Banco Central do Brasil vai ter de continuar elevando as taxas de juros", conclui o artigo sobre o Brasil, que é assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo, Jonathan Wheatley.   BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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