Brasil colherá maiores safras já vistas de soja, milho, sorgo e algodão. E, provavelmente, de trigo


Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE

Por Daniela Amorim

RIO - A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um salto de 20,9%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,8 milhões de toneladas superior ao previsto no mês anterior, em agosto, uma alta de 1,5%.

“Os problemas climáticos que a gente está vendo agora não influenciam mais nas principais lavouras”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “O Centro-Oeste não teve problema climático, pelo contrário, as condições climáticas foram muito boas”, acrescentou.

A projeção para este ano considera que o Brasil colha as maiores safras já vistas de soja, milho, trigo, sorgo e algodão. Os problemas climáticos na região Sul do País ainda podem impedir a colheita recorde projetada para o trigo, mas as estimativas para soja, milho, sorgo e algodão já estão consolidadas como as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, afirmou Guedes.

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“A gente precisa confirmar o trigo ainda, ele não está totalmente colhido”, ponderou Guedes.

O pesquisador conta que o IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Como as informações estão sendo levantadas em campo atualmente, é possível que tragam estimativas de eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o ano que vem.

Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE Foto: Tiago Queiroz/ Estadão
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Para este ano, o trigo e outras culturas de inverno, como a cevada, ainda não foram colhidas. O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor, pode prejudicar a produtividade da lavoura na hora da colheita.

“O excesso de chuvas pode afetar as estimativas de trigo, porque ele perde qualidade. Ele pode não ser destinado a consumo humano”, explicou Guedes.

Em setembro, a estimativa da produção nacional de trigo para 2023 foi de 10,5 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação a 2022.

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Já a soja deve somar 151,2 milhões de toneladas, uma elevação de 26,5% em relação ao produzido no ano passado. A produção de milho foi estimada em 131,7 milhões de toneladas, com crescimento de 19,6% ante 2022: a lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1% em relação a 2022, e a de milho 2ª safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, alta de 22,4%.

O algodão herbáceo deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, avanço de 12,3%, e o sorgo, 4,1 milhões de toneladas, alta de 43,3% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,1% em relação ao produzido no ano passado.

Produção em alta, preços em queda

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Segundo Guedes, de modo geral, a safra recorde mantém a tendência de alívio de preços de alimentos para os consumidores.

“Com a safra muito grande, os preços caíram bastante, o que é ruim para os produtores, mas traz alívio para as outras cadeias de produção, para o pessoal da avicultura, suinocultura. Eles usam milho nas rações e estavam com custo de produção alto”, citou.

O pesquisador lembrou que houve redução nos preços dos principais produtos, como milho e soja, mas também no feijão.

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Os produtores ficam preocupados, por conta da redução na margem (de lucro), mas alivia outras cadeias produtoras”, confirmou. “O milho saía a R$ 90, R$ 100 a saca no ano passado. Esse ano, com safra recorde, está saindo em torno de R$ 40, R$ 42 a saca. No Mato Grosso, chega a estar em torno de R$ 35 a saca de 60 kg”, exemplificou.

A última elevação na projeção para a safra brasileira de grãos deste ano foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra e de soja. Ante o previsto em agosto, houve aumentos nas estimativas para a colheita de batata 2ª safra (alta de 9,4% ou 114,5 mil toneladas), feijão 3ª safra (6,0% ou 44,2 mil toneladas), tomate (5,3% ou 197,5 mil toneladas), milho 2ª safra (4,2% ou 4,2 milhões de toneladas), cevada (4,1% ou 21,5 mil toneladas), sorgo (3,2% ou 128 mil toneladas), cana-de-açúcar (3,1% ou 20,877 milhões de toneladas), algodão herbáceo em caroço (2,1% ou 155,9 mil toneladas), café canephora (1,5% ou 14,9 mil toneladas), café arábica (1,4% ou 32,7 mil toneladas), mandioca (1,3% ou 232,9 mil toneladas) e soja (0,6% ou 888,3 mil toneladas).

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Na direção oposta, houve declínios nas projeções para laranja (-7,9% ou -1,325 milhão de toneladas), trigo (-3,2% ou -347,1 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,9% ou 22,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (-1,1% ou -11 mil toneladas), batata 1ª safra (-1,1% ou 19 mil toneladas), milho 1ª safra (-0,7% ou -200 mil toneladas) e aveia (-0,6% ou -7,2 mil toneladas).

RIO - A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um salto de 20,9%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,8 milhões de toneladas superior ao previsto no mês anterior, em agosto, uma alta de 1,5%.

“Os problemas climáticos que a gente está vendo agora não influenciam mais nas principais lavouras”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “O Centro-Oeste não teve problema climático, pelo contrário, as condições climáticas foram muito boas”, acrescentou.

A projeção para este ano considera que o Brasil colha as maiores safras já vistas de soja, milho, trigo, sorgo e algodão. Os problemas climáticos na região Sul do País ainda podem impedir a colheita recorde projetada para o trigo, mas as estimativas para soja, milho, sorgo e algodão já estão consolidadas como as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, afirmou Guedes.

“A gente precisa confirmar o trigo ainda, ele não está totalmente colhido”, ponderou Guedes.

O pesquisador conta que o IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Como as informações estão sendo levantadas em campo atualmente, é possível que tragam estimativas de eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o ano que vem.

Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Para este ano, o trigo e outras culturas de inverno, como a cevada, ainda não foram colhidas. O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor, pode prejudicar a produtividade da lavoura na hora da colheita.

“O excesso de chuvas pode afetar as estimativas de trigo, porque ele perde qualidade. Ele pode não ser destinado a consumo humano”, explicou Guedes.

Em setembro, a estimativa da produção nacional de trigo para 2023 foi de 10,5 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação a 2022.

Já a soja deve somar 151,2 milhões de toneladas, uma elevação de 26,5% em relação ao produzido no ano passado. A produção de milho foi estimada em 131,7 milhões de toneladas, com crescimento de 19,6% ante 2022: a lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1% em relação a 2022, e a de milho 2ª safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, alta de 22,4%.

O algodão herbáceo deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, avanço de 12,3%, e o sorgo, 4,1 milhões de toneladas, alta de 43,3% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,1% em relação ao produzido no ano passado.

Produção em alta, preços em queda

Segundo Guedes, de modo geral, a safra recorde mantém a tendência de alívio de preços de alimentos para os consumidores.

“Com a safra muito grande, os preços caíram bastante, o que é ruim para os produtores, mas traz alívio para as outras cadeias de produção, para o pessoal da avicultura, suinocultura. Eles usam milho nas rações e estavam com custo de produção alto”, citou.

O pesquisador lembrou que houve redução nos preços dos principais produtos, como milho e soja, mas também no feijão.

Os produtores ficam preocupados, por conta da redução na margem (de lucro), mas alivia outras cadeias produtoras”, confirmou. “O milho saía a R$ 90, R$ 100 a saca no ano passado. Esse ano, com safra recorde, está saindo em torno de R$ 40, R$ 42 a saca. No Mato Grosso, chega a estar em torno de R$ 35 a saca de 60 kg”, exemplificou.

A última elevação na projeção para a safra brasileira de grãos deste ano foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra e de soja. Ante o previsto em agosto, houve aumentos nas estimativas para a colheita de batata 2ª safra (alta de 9,4% ou 114,5 mil toneladas), feijão 3ª safra (6,0% ou 44,2 mil toneladas), tomate (5,3% ou 197,5 mil toneladas), milho 2ª safra (4,2% ou 4,2 milhões de toneladas), cevada (4,1% ou 21,5 mil toneladas), sorgo (3,2% ou 128 mil toneladas), cana-de-açúcar (3,1% ou 20,877 milhões de toneladas), algodão herbáceo em caroço (2,1% ou 155,9 mil toneladas), café canephora (1,5% ou 14,9 mil toneladas), café arábica (1,4% ou 32,7 mil toneladas), mandioca (1,3% ou 232,9 mil toneladas) e soja (0,6% ou 888,3 mil toneladas).

Na direção oposta, houve declínios nas projeções para laranja (-7,9% ou -1,325 milhão de toneladas), trigo (-3,2% ou -347,1 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,9% ou 22,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (-1,1% ou -11 mil toneladas), batata 1ª safra (-1,1% ou 19 mil toneladas), milho 1ª safra (-0,7% ou -200 mil toneladas) e aveia (-0,6% ou -7,2 mil toneladas).

RIO - A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um salto de 20,9%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,8 milhões de toneladas superior ao previsto no mês anterior, em agosto, uma alta de 1,5%.

“Os problemas climáticos que a gente está vendo agora não influenciam mais nas principais lavouras”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “O Centro-Oeste não teve problema climático, pelo contrário, as condições climáticas foram muito boas”, acrescentou.

A projeção para este ano considera que o Brasil colha as maiores safras já vistas de soja, milho, trigo, sorgo e algodão. Os problemas climáticos na região Sul do País ainda podem impedir a colheita recorde projetada para o trigo, mas as estimativas para soja, milho, sorgo e algodão já estão consolidadas como as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, afirmou Guedes.

“A gente precisa confirmar o trigo ainda, ele não está totalmente colhido”, ponderou Guedes.

O pesquisador conta que o IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Como as informações estão sendo levantadas em campo atualmente, é possível que tragam estimativas de eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o ano que vem.

Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Para este ano, o trigo e outras culturas de inverno, como a cevada, ainda não foram colhidas. O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor, pode prejudicar a produtividade da lavoura na hora da colheita.

“O excesso de chuvas pode afetar as estimativas de trigo, porque ele perde qualidade. Ele pode não ser destinado a consumo humano”, explicou Guedes.

Em setembro, a estimativa da produção nacional de trigo para 2023 foi de 10,5 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação a 2022.

Já a soja deve somar 151,2 milhões de toneladas, uma elevação de 26,5% em relação ao produzido no ano passado. A produção de milho foi estimada em 131,7 milhões de toneladas, com crescimento de 19,6% ante 2022: a lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1% em relação a 2022, e a de milho 2ª safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, alta de 22,4%.

O algodão herbáceo deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, avanço de 12,3%, e o sorgo, 4,1 milhões de toneladas, alta de 43,3% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,1% em relação ao produzido no ano passado.

Produção em alta, preços em queda

Segundo Guedes, de modo geral, a safra recorde mantém a tendência de alívio de preços de alimentos para os consumidores.

“Com a safra muito grande, os preços caíram bastante, o que é ruim para os produtores, mas traz alívio para as outras cadeias de produção, para o pessoal da avicultura, suinocultura. Eles usam milho nas rações e estavam com custo de produção alto”, citou.

O pesquisador lembrou que houve redução nos preços dos principais produtos, como milho e soja, mas também no feijão.

Os produtores ficam preocupados, por conta da redução na margem (de lucro), mas alivia outras cadeias produtoras”, confirmou. “O milho saía a R$ 90, R$ 100 a saca no ano passado. Esse ano, com safra recorde, está saindo em torno de R$ 40, R$ 42 a saca. No Mato Grosso, chega a estar em torno de R$ 35 a saca de 60 kg”, exemplificou.

A última elevação na projeção para a safra brasileira de grãos deste ano foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra e de soja. Ante o previsto em agosto, houve aumentos nas estimativas para a colheita de batata 2ª safra (alta de 9,4% ou 114,5 mil toneladas), feijão 3ª safra (6,0% ou 44,2 mil toneladas), tomate (5,3% ou 197,5 mil toneladas), milho 2ª safra (4,2% ou 4,2 milhões de toneladas), cevada (4,1% ou 21,5 mil toneladas), sorgo (3,2% ou 128 mil toneladas), cana-de-açúcar (3,1% ou 20,877 milhões de toneladas), algodão herbáceo em caroço (2,1% ou 155,9 mil toneladas), café canephora (1,5% ou 14,9 mil toneladas), café arábica (1,4% ou 32,7 mil toneladas), mandioca (1,3% ou 232,9 mil toneladas) e soja (0,6% ou 888,3 mil toneladas).

Na direção oposta, houve declínios nas projeções para laranja (-7,9% ou -1,325 milhão de toneladas), trigo (-3,2% ou -347,1 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,9% ou 22,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (-1,1% ou -11 mil toneladas), batata 1ª safra (-1,1% ou 19 mil toneladas), milho 1ª safra (-0,7% ou -200 mil toneladas) e aveia (-0,6% ou -7,2 mil toneladas).

RIO - A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um salto de 20,9%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,8 milhões de toneladas superior ao previsto no mês anterior, em agosto, uma alta de 1,5%.

“Os problemas climáticos que a gente está vendo agora não influenciam mais nas principais lavouras”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “O Centro-Oeste não teve problema climático, pelo contrário, as condições climáticas foram muito boas”, acrescentou.

A projeção para este ano considera que o Brasil colha as maiores safras já vistas de soja, milho, trigo, sorgo e algodão. Os problemas climáticos na região Sul do País ainda podem impedir a colheita recorde projetada para o trigo, mas as estimativas para soja, milho, sorgo e algodão já estão consolidadas como as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, afirmou Guedes.

“A gente precisa confirmar o trigo ainda, ele não está totalmente colhido”, ponderou Guedes.

O pesquisador conta que o IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Como as informações estão sendo levantadas em campo atualmente, é possível que tragam estimativas de eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o ano que vem.

Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Para este ano, o trigo e outras culturas de inverno, como a cevada, ainda não foram colhidas. O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor, pode prejudicar a produtividade da lavoura na hora da colheita.

“O excesso de chuvas pode afetar as estimativas de trigo, porque ele perde qualidade. Ele pode não ser destinado a consumo humano”, explicou Guedes.

Em setembro, a estimativa da produção nacional de trigo para 2023 foi de 10,5 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação a 2022.

Já a soja deve somar 151,2 milhões de toneladas, uma elevação de 26,5% em relação ao produzido no ano passado. A produção de milho foi estimada em 131,7 milhões de toneladas, com crescimento de 19,6% ante 2022: a lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1% em relação a 2022, e a de milho 2ª safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, alta de 22,4%.

O algodão herbáceo deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, avanço de 12,3%, e o sorgo, 4,1 milhões de toneladas, alta de 43,3% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,1% em relação ao produzido no ano passado.

Produção em alta, preços em queda

Segundo Guedes, de modo geral, a safra recorde mantém a tendência de alívio de preços de alimentos para os consumidores.

“Com a safra muito grande, os preços caíram bastante, o que é ruim para os produtores, mas traz alívio para as outras cadeias de produção, para o pessoal da avicultura, suinocultura. Eles usam milho nas rações e estavam com custo de produção alto”, citou.

O pesquisador lembrou que houve redução nos preços dos principais produtos, como milho e soja, mas também no feijão.

Os produtores ficam preocupados, por conta da redução na margem (de lucro), mas alivia outras cadeias produtoras”, confirmou. “O milho saía a R$ 90, R$ 100 a saca no ano passado. Esse ano, com safra recorde, está saindo em torno de R$ 40, R$ 42 a saca. No Mato Grosso, chega a estar em torno de R$ 35 a saca de 60 kg”, exemplificou.

A última elevação na projeção para a safra brasileira de grãos deste ano foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra e de soja. Ante o previsto em agosto, houve aumentos nas estimativas para a colheita de batata 2ª safra (alta de 9,4% ou 114,5 mil toneladas), feijão 3ª safra (6,0% ou 44,2 mil toneladas), tomate (5,3% ou 197,5 mil toneladas), milho 2ª safra (4,2% ou 4,2 milhões de toneladas), cevada (4,1% ou 21,5 mil toneladas), sorgo (3,2% ou 128 mil toneladas), cana-de-açúcar (3,1% ou 20,877 milhões de toneladas), algodão herbáceo em caroço (2,1% ou 155,9 mil toneladas), café canephora (1,5% ou 14,9 mil toneladas), café arábica (1,4% ou 32,7 mil toneladas), mandioca (1,3% ou 232,9 mil toneladas) e soja (0,6% ou 888,3 mil toneladas).

Na direção oposta, houve declínios nas projeções para laranja (-7,9% ou -1,325 milhão de toneladas), trigo (-3,2% ou -347,1 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,9% ou 22,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (-1,1% ou -11 mil toneladas), batata 1ª safra (-1,1% ou 19 mil toneladas), milho 1ª safra (-0,7% ou -200 mil toneladas) e aveia (-0,6% ou -7,2 mil toneladas).

RIO - A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um salto de 20,9%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,8 milhões de toneladas superior ao previsto no mês anterior, em agosto, uma alta de 1,5%.

“Os problemas climáticos que a gente está vendo agora não influenciam mais nas principais lavouras”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “O Centro-Oeste não teve problema climático, pelo contrário, as condições climáticas foram muito boas”, acrescentou.

A projeção para este ano considera que o Brasil colha as maiores safras já vistas de soja, milho, trigo, sorgo e algodão. Os problemas climáticos na região Sul do País ainda podem impedir a colheita recorde projetada para o trigo, mas as estimativas para soja, milho, sorgo e algodão já estão consolidadas como as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, afirmou Guedes.

“A gente precisa confirmar o trigo ainda, ele não está totalmente colhido”, ponderou Guedes.

O pesquisador conta que o IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Como as informações estão sendo levantadas em campo atualmente, é possível que tragam estimativas de eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o ano que vem.

Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Para este ano, o trigo e outras culturas de inverno, como a cevada, ainda não foram colhidas. O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor, pode prejudicar a produtividade da lavoura na hora da colheita.

“O excesso de chuvas pode afetar as estimativas de trigo, porque ele perde qualidade. Ele pode não ser destinado a consumo humano”, explicou Guedes.

Em setembro, a estimativa da produção nacional de trigo para 2023 foi de 10,5 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação a 2022.

Já a soja deve somar 151,2 milhões de toneladas, uma elevação de 26,5% em relação ao produzido no ano passado. A produção de milho foi estimada em 131,7 milhões de toneladas, com crescimento de 19,6% ante 2022: a lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1% em relação a 2022, e a de milho 2ª safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, alta de 22,4%.

O algodão herbáceo deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, avanço de 12,3%, e o sorgo, 4,1 milhões de toneladas, alta de 43,3% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,1% em relação ao produzido no ano passado.

Produção em alta, preços em queda

Segundo Guedes, de modo geral, a safra recorde mantém a tendência de alívio de preços de alimentos para os consumidores.

“Com a safra muito grande, os preços caíram bastante, o que é ruim para os produtores, mas traz alívio para as outras cadeias de produção, para o pessoal da avicultura, suinocultura. Eles usam milho nas rações e estavam com custo de produção alto”, citou.

O pesquisador lembrou que houve redução nos preços dos principais produtos, como milho e soja, mas também no feijão.

Os produtores ficam preocupados, por conta da redução na margem (de lucro), mas alivia outras cadeias produtoras”, confirmou. “O milho saía a R$ 90, R$ 100 a saca no ano passado. Esse ano, com safra recorde, está saindo em torno de R$ 40, R$ 42 a saca. No Mato Grosso, chega a estar em torno de R$ 35 a saca de 60 kg”, exemplificou.

A última elevação na projeção para a safra brasileira de grãos deste ano foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra e de soja. Ante o previsto em agosto, houve aumentos nas estimativas para a colheita de batata 2ª safra (alta de 9,4% ou 114,5 mil toneladas), feijão 3ª safra (6,0% ou 44,2 mil toneladas), tomate (5,3% ou 197,5 mil toneladas), milho 2ª safra (4,2% ou 4,2 milhões de toneladas), cevada (4,1% ou 21,5 mil toneladas), sorgo (3,2% ou 128 mil toneladas), cana-de-açúcar (3,1% ou 20,877 milhões de toneladas), algodão herbáceo em caroço (2,1% ou 155,9 mil toneladas), café canephora (1,5% ou 14,9 mil toneladas), café arábica (1,4% ou 32,7 mil toneladas), mandioca (1,3% ou 232,9 mil toneladas) e soja (0,6% ou 888,3 mil toneladas).

Na direção oposta, houve declínios nas projeções para laranja (-7,9% ou -1,325 milhão de toneladas), trigo (-3,2% ou -347,1 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,9% ou 22,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (-1,1% ou -11 mil toneladas), batata 1ª safra (-1,1% ou 19 mil toneladas), milho 1ª safra (-0,7% ou -200 mil toneladas) e aveia (-0,6% ou -7,2 mil toneladas).

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