‘Cenário de manutenção da meta de déficit zero está ficando mais provável’, diz Funchal, ex-Tesouro


Para CEO da Bradesco Asset Management, porém, será muito mais difícil cumprir a meta de 2025, de superávit de 0,5% do PIB

Por Francisco Carlos de Assis, Eduardo Laguna e Marianna Gualter
Foto: Egberto Nogueira/Divulgação Bradesco Asset
Entrevista comBruno FunchalCEO da Bradesco Asset Management

Secretário especial do Tesouro e Orçamento da equipe de Paulo Guedes, no governo Jair Bolsonaro, o economista Bruno Funchal avalia que a probabilidade de o governo revisar a meta de zerar o déficit primário neste ano diminuiu. Para 2025, contudo, ele diz que será difícil cumprir com o objetivo de entregar um superávit de 0,5% do PIB.

“Talvez a probabilidade (de manter a meta deste ano) ainda seja menor que 50%, mas no início do ano era zero. Todo mundo achava que no primeiro bimestral (relatório bimestral de receitas e despesas, divulgado em março) ia mudar a meta. A receita teve bom desempenho, e aí está sendo postergada essa mudança”, disse Funchal, hoje CEO da Bradesco Asset Management.

Na visão dele, o arcabouço ajudou a segurar a trajetória de crescimento da dívida pública, mas sem corrigir totalmente o problema fiscal. Funchal disse ainda que a unanimidade nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) tende a diminuir cada vez mais, à medida que a atual diretoria do Banco Central (BC) for sendo substituída por indicados do governo Lula. “O mais normal é ter divergência mesmo de opinião, ter decisões divididas.” Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

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Que avaliação o sr. faz sobre a condução da política fiscal?

O arcabouço veio para colocar uma regra, ajuda a ancorar as expectativas. Tem as medidas tributárias que estão ajudando a gerar o resultado para manter, de fato, o compromisso com a meta fiscal. Ajuda a fazer com que a dívida não suba demais. Não vai resolver, mas também não teremos um problema fiscal sério. Vamos ficar ali, tocando de lado no fiscal. A agenda do governo não era resolver o problema fiscal. Apesar de sabermos que um fiscal no limite tem reflexo na economia. Fiscal mais expansionista leva a mais prêmio de risco, juros mais altos, investimento produtivo mais caro, menos crescimento.

Como o sr. recebeu a fala da ministra do Planejamento, Simone Tebet, admitindo que as alternativas de receitas do governo estão se exaurindo e que no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 haverá um anexo para revisão de gastos?

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A avaliação de políticas públicas é fundamental para melhorar a qualidade do gasto. O problema é que muitos programas dependem de decisão política. Tem o técnico e tem o político. Eliminar com qualquer programa é super complexo, politicamente difícil. É muito mais um problema político do que um problema técnico.

O sr. entende que o governo terá de mudar a meta de déficit zero neste ano?

Pode ser que mude, mas manter é fundamental. A manutenção da regra está ficando cada vez mais provável. Talvez a probabilidade ainda seja menor que 50%, mas no início do ano era zero. Todo mundo achava que no primeiro (relatório) bimestral (de receitas e despesas) ia mudar a meta. A receita teve bom desempenho, e aí está sendo postergada essa mudança. Se mudar a meta, vai ser uma mudança pequena. Eu pergunto: como a mudança é pequena, por que não manter, fazer o esforço para mostrar que, de fato, o governo está cumprindo com o que foi comprometido no novo modelo fiscal? Acho que a Fazenda e o Planejamento têm de fazer esse esforço de comunicação dentro do governo, ponderando esses benefícios.

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Haverá uma piora no cenário fiscal no ano que vem?

Este ano terá o benefício das ações do lado da receita, mas o ano que vem vai ser bem mais difícil. A receita extraordinária tem prazo e as despesas que estão sendo contratadas são permanentes. O crescimento nas despesas da Previdência está vindo acima do esperado. Acho que para o ano que vem é mais difícil manter (a meta de primário).

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Até agora, as decisões do Copom têm sido unânimes, mas alguns diretores já argumentam que uma diminuição no ritmo de cortes da Selic pode ser apropriada. Podemos começar a ver decisões não unânimes a partir do Copom de junho?

O mais normal é ter cada vez menos unanimidade. Metade dos diretores está num ciclo político de um chefe de Executivo. E os outros estão num ciclo de outro chefe de Executivo. Então, pode ter visões diferentes. O mais normal é ter divergência mesmo de opinião, ter decisões divididas.

Sede do BC em Brasília: para Funchal, decisões do Copom tendem a ser menos unânimes a partir de agora Foto: André Dusek/Estadão
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Até onde o BC deve ir no ciclo de cortes da Selic?

Temos ainda um juro real bastante elevado, tem espaço para corte. Mas temos visto dados relevantes de atividade econômica, ainda está bastante acelerada. A diferença de juro está diminuindo para os Estados Unidos. É razoável o Banco Central buscar maior grau de liberdade, ter flexibilidade para poder manter ou reduzir o passo.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avalia que o prêmio de risco por causa da sucessão na direção da autarquia tem diminuído. Esse é um tema que preocupa o sr.?

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Antes da autonomia do BC, toda sucessão era mais complexa. Hoje, já está mais consolidada a lógica da autonomia, o que ajuda a diminuir uma incerteza que poderia virar prêmio de risco. À medida que acontecem as trocas de diretores e as decisões seguem coerentes, unânimes, com boas justificativas, isso vai se reduzindo de fato. As expectativas (de inflação) ainda não estão no centro da meta. Então, ainda tem aí algum prêmio de dúvida. Será que (a futura direção do BC) vai perseguir a meta? Ou será que vai ser um pouco mais complacente? Talvez a dúvida seja mais por aí, o que acaba também repercutindo um pouco em juros.

A desancoragem das expectativas de inflação do mercado se deve só à transição no BC ou também tem um prêmio fiscal?

Se você tem um fiscal mais solto, vai precisar de uma política monetária mais restritiva, com juros mais altos para segurar a economia. Dependendo da equipe (do BC), alguém pode ser um pouco mais complacente. Se aceita uma inflação um pouquinho maior, de 3,5% ou 4%, que é mais ou menos o que está indicando o Focus, quer dizer que você tem um banco central um pouquinho mais complacente.

O que pesa mais para a condução da política monetária brasileira, o externo ou o interno, e em qual proporção?

Eu daria 60% para o exterior e 40% para o interno. Um pouco mais para fora do que para dentro.

Secretário especial do Tesouro e Orçamento da equipe de Paulo Guedes, no governo Jair Bolsonaro, o economista Bruno Funchal avalia que a probabilidade de o governo revisar a meta de zerar o déficit primário neste ano diminuiu. Para 2025, contudo, ele diz que será difícil cumprir com o objetivo de entregar um superávit de 0,5% do PIB.

“Talvez a probabilidade (de manter a meta deste ano) ainda seja menor que 50%, mas no início do ano era zero. Todo mundo achava que no primeiro bimestral (relatório bimestral de receitas e despesas, divulgado em março) ia mudar a meta. A receita teve bom desempenho, e aí está sendo postergada essa mudança”, disse Funchal, hoje CEO da Bradesco Asset Management.

Na visão dele, o arcabouço ajudou a segurar a trajetória de crescimento da dívida pública, mas sem corrigir totalmente o problema fiscal. Funchal disse ainda que a unanimidade nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) tende a diminuir cada vez mais, à medida que a atual diretoria do Banco Central (BC) for sendo substituída por indicados do governo Lula. “O mais normal é ter divergência mesmo de opinião, ter decisões divididas.” Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

Que avaliação o sr. faz sobre a condução da política fiscal?

O arcabouço veio para colocar uma regra, ajuda a ancorar as expectativas. Tem as medidas tributárias que estão ajudando a gerar o resultado para manter, de fato, o compromisso com a meta fiscal. Ajuda a fazer com que a dívida não suba demais. Não vai resolver, mas também não teremos um problema fiscal sério. Vamos ficar ali, tocando de lado no fiscal. A agenda do governo não era resolver o problema fiscal. Apesar de sabermos que um fiscal no limite tem reflexo na economia. Fiscal mais expansionista leva a mais prêmio de risco, juros mais altos, investimento produtivo mais caro, menos crescimento.

Como o sr. recebeu a fala da ministra do Planejamento, Simone Tebet, admitindo que as alternativas de receitas do governo estão se exaurindo e que no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 haverá um anexo para revisão de gastos?

A avaliação de políticas públicas é fundamental para melhorar a qualidade do gasto. O problema é que muitos programas dependem de decisão política. Tem o técnico e tem o político. Eliminar com qualquer programa é super complexo, politicamente difícil. É muito mais um problema político do que um problema técnico.

O sr. entende que o governo terá de mudar a meta de déficit zero neste ano?

Pode ser que mude, mas manter é fundamental. A manutenção da regra está ficando cada vez mais provável. Talvez a probabilidade ainda seja menor que 50%, mas no início do ano era zero. Todo mundo achava que no primeiro (relatório) bimestral (de receitas e despesas) ia mudar a meta. A receita teve bom desempenho, e aí está sendo postergada essa mudança. Se mudar a meta, vai ser uma mudança pequena. Eu pergunto: como a mudança é pequena, por que não manter, fazer o esforço para mostrar que, de fato, o governo está cumprindo com o que foi comprometido no novo modelo fiscal? Acho que a Fazenda e o Planejamento têm de fazer esse esforço de comunicação dentro do governo, ponderando esses benefícios.

Haverá uma piora no cenário fiscal no ano que vem?

Este ano terá o benefício das ações do lado da receita, mas o ano que vem vai ser bem mais difícil. A receita extraordinária tem prazo e as despesas que estão sendo contratadas são permanentes. O crescimento nas despesas da Previdência está vindo acima do esperado. Acho que para o ano que vem é mais difícil manter (a meta de primário).

Até agora, as decisões do Copom têm sido unânimes, mas alguns diretores já argumentam que uma diminuição no ritmo de cortes da Selic pode ser apropriada. Podemos começar a ver decisões não unânimes a partir do Copom de junho?

O mais normal é ter cada vez menos unanimidade. Metade dos diretores está num ciclo político de um chefe de Executivo. E os outros estão num ciclo de outro chefe de Executivo. Então, pode ter visões diferentes. O mais normal é ter divergência mesmo de opinião, ter decisões divididas.

Sede do BC em Brasília: para Funchal, decisões do Copom tendem a ser menos unânimes a partir de agora Foto: André Dusek/Estadão

Até onde o BC deve ir no ciclo de cortes da Selic?

Temos ainda um juro real bastante elevado, tem espaço para corte. Mas temos visto dados relevantes de atividade econômica, ainda está bastante acelerada. A diferença de juro está diminuindo para os Estados Unidos. É razoável o Banco Central buscar maior grau de liberdade, ter flexibilidade para poder manter ou reduzir o passo.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avalia que o prêmio de risco por causa da sucessão na direção da autarquia tem diminuído. Esse é um tema que preocupa o sr.?

Antes da autonomia do BC, toda sucessão era mais complexa. Hoje, já está mais consolidada a lógica da autonomia, o que ajuda a diminuir uma incerteza que poderia virar prêmio de risco. À medida que acontecem as trocas de diretores e as decisões seguem coerentes, unânimes, com boas justificativas, isso vai se reduzindo de fato. As expectativas (de inflação) ainda não estão no centro da meta. Então, ainda tem aí algum prêmio de dúvida. Será que (a futura direção do BC) vai perseguir a meta? Ou será que vai ser um pouco mais complacente? Talvez a dúvida seja mais por aí, o que acaba também repercutindo um pouco em juros.

A desancoragem das expectativas de inflação do mercado se deve só à transição no BC ou também tem um prêmio fiscal?

Se você tem um fiscal mais solto, vai precisar de uma política monetária mais restritiva, com juros mais altos para segurar a economia. Dependendo da equipe (do BC), alguém pode ser um pouco mais complacente. Se aceita uma inflação um pouquinho maior, de 3,5% ou 4%, que é mais ou menos o que está indicando o Focus, quer dizer que você tem um banco central um pouquinho mais complacente.

O que pesa mais para a condução da política monetária brasileira, o externo ou o interno, e em qual proporção?

Eu daria 60% para o exterior e 40% para o interno. Um pouco mais para fora do que para dentro.

Secretário especial do Tesouro e Orçamento da equipe de Paulo Guedes, no governo Jair Bolsonaro, o economista Bruno Funchal avalia que a probabilidade de o governo revisar a meta de zerar o déficit primário neste ano diminuiu. Para 2025, contudo, ele diz que será difícil cumprir com o objetivo de entregar um superávit de 0,5% do PIB.

“Talvez a probabilidade (de manter a meta deste ano) ainda seja menor que 50%, mas no início do ano era zero. Todo mundo achava que no primeiro bimestral (relatório bimestral de receitas e despesas, divulgado em março) ia mudar a meta. A receita teve bom desempenho, e aí está sendo postergada essa mudança”, disse Funchal, hoje CEO da Bradesco Asset Management.

Na visão dele, o arcabouço ajudou a segurar a trajetória de crescimento da dívida pública, mas sem corrigir totalmente o problema fiscal. Funchal disse ainda que a unanimidade nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) tende a diminuir cada vez mais, à medida que a atual diretoria do Banco Central (BC) for sendo substituída por indicados do governo Lula. “O mais normal é ter divergência mesmo de opinião, ter decisões divididas.” Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

Que avaliação o sr. faz sobre a condução da política fiscal?

O arcabouço veio para colocar uma regra, ajuda a ancorar as expectativas. Tem as medidas tributárias que estão ajudando a gerar o resultado para manter, de fato, o compromisso com a meta fiscal. Ajuda a fazer com que a dívida não suba demais. Não vai resolver, mas também não teremos um problema fiscal sério. Vamos ficar ali, tocando de lado no fiscal. A agenda do governo não era resolver o problema fiscal. Apesar de sabermos que um fiscal no limite tem reflexo na economia. Fiscal mais expansionista leva a mais prêmio de risco, juros mais altos, investimento produtivo mais caro, menos crescimento.

Como o sr. recebeu a fala da ministra do Planejamento, Simone Tebet, admitindo que as alternativas de receitas do governo estão se exaurindo e que no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 haverá um anexo para revisão de gastos?

A avaliação de políticas públicas é fundamental para melhorar a qualidade do gasto. O problema é que muitos programas dependem de decisão política. Tem o técnico e tem o político. Eliminar com qualquer programa é super complexo, politicamente difícil. É muito mais um problema político do que um problema técnico.

O sr. entende que o governo terá de mudar a meta de déficit zero neste ano?

Pode ser que mude, mas manter é fundamental. A manutenção da regra está ficando cada vez mais provável. Talvez a probabilidade ainda seja menor que 50%, mas no início do ano era zero. Todo mundo achava que no primeiro (relatório) bimestral (de receitas e despesas) ia mudar a meta. A receita teve bom desempenho, e aí está sendo postergada essa mudança. Se mudar a meta, vai ser uma mudança pequena. Eu pergunto: como a mudança é pequena, por que não manter, fazer o esforço para mostrar que, de fato, o governo está cumprindo com o que foi comprometido no novo modelo fiscal? Acho que a Fazenda e o Planejamento têm de fazer esse esforço de comunicação dentro do governo, ponderando esses benefícios.

Haverá uma piora no cenário fiscal no ano que vem?

Este ano terá o benefício das ações do lado da receita, mas o ano que vem vai ser bem mais difícil. A receita extraordinária tem prazo e as despesas que estão sendo contratadas são permanentes. O crescimento nas despesas da Previdência está vindo acima do esperado. Acho que para o ano que vem é mais difícil manter (a meta de primário).

Até agora, as decisões do Copom têm sido unânimes, mas alguns diretores já argumentam que uma diminuição no ritmo de cortes da Selic pode ser apropriada. Podemos começar a ver decisões não unânimes a partir do Copom de junho?

O mais normal é ter cada vez menos unanimidade. Metade dos diretores está num ciclo político de um chefe de Executivo. E os outros estão num ciclo de outro chefe de Executivo. Então, pode ter visões diferentes. O mais normal é ter divergência mesmo de opinião, ter decisões divididas.

Sede do BC em Brasília: para Funchal, decisões do Copom tendem a ser menos unânimes a partir de agora Foto: André Dusek/Estadão

Até onde o BC deve ir no ciclo de cortes da Selic?

Temos ainda um juro real bastante elevado, tem espaço para corte. Mas temos visto dados relevantes de atividade econômica, ainda está bastante acelerada. A diferença de juro está diminuindo para os Estados Unidos. É razoável o Banco Central buscar maior grau de liberdade, ter flexibilidade para poder manter ou reduzir o passo.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avalia que o prêmio de risco por causa da sucessão na direção da autarquia tem diminuído. Esse é um tema que preocupa o sr.?

Antes da autonomia do BC, toda sucessão era mais complexa. Hoje, já está mais consolidada a lógica da autonomia, o que ajuda a diminuir uma incerteza que poderia virar prêmio de risco. À medida que acontecem as trocas de diretores e as decisões seguem coerentes, unânimes, com boas justificativas, isso vai se reduzindo de fato. As expectativas (de inflação) ainda não estão no centro da meta. Então, ainda tem aí algum prêmio de dúvida. Será que (a futura direção do BC) vai perseguir a meta? Ou será que vai ser um pouco mais complacente? Talvez a dúvida seja mais por aí, o que acaba também repercutindo um pouco em juros.

A desancoragem das expectativas de inflação do mercado se deve só à transição no BC ou também tem um prêmio fiscal?

Se você tem um fiscal mais solto, vai precisar de uma política monetária mais restritiva, com juros mais altos para segurar a economia. Dependendo da equipe (do BC), alguém pode ser um pouco mais complacente. Se aceita uma inflação um pouquinho maior, de 3,5% ou 4%, que é mais ou menos o que está indicando o Focus, quer dizer que você tem um banco central um pouquinho mais complacente.

O que pesa mais para a condução da política monetária brasileira, o externo ou o interno, e em qual proporção?

Eu daria 60% para o exterior e 40% para o interno. Um pouco mais para fora do que para dentro.

Entrevista por Francisco Carlos de Assis

Francisco Carlos de Assis é repórter

Eduardo Laguna
Marianna Gualter

Marianna Gualter é repórter do Broadcast, serviços de notícias em tempo real do Grupo Estado. Atua na cobertura econômica e participa da equipe do Projeções Broadcast. Formada pela PUC-SP, tem especialização em jornalismo econômico pela FGV-SP.

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