BRASÍLIA - Após a criação de 139.341 vagas em maio, segundo dado revisado nesta terça-feira, 30, o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 201.705 carteiras assinadas em junho, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho.
O resultado do sexto mês de 2024 decorreu de 2.071.649 admissões e 1.869.944 demissões. O saldo deste mês é o melhor resultado para o mês desde junho de 2022, considerando a série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020 (sem ajustes). Em junho de 2023, houve abertura de 155.695 vagas com carteira assinada, na série ajustada.
O mercado financeiro esperava um avanço no emprego no mês, e o resultado veio acima das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. A mediana indicava a abertura de 165 mil postos de trabalho, e o intervalo das estimativas, todas positivas, variavam de 110 mil a 215 mil vagas.
No acumulado dos seis primeiros meses de 2024, o saldo do Caged já é positivo em 1.300.044 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 1.030.329 postos formais.
Setor de serviços
A abertura líquida de 201.705 vagas de trabalho com carteira assinada em junho no Caged foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 87.708 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 33.142 vagas.
Já a indústria gerou 32.023 vagas em junho, enquanto houve um saldo de 27.129 contratações na agropecuária. A construção civil registrou abertura de 21.449 vagas no mês.
No sexto mês do ano, 26 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com a abertura de 47.957 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi no Rio Grande do Sul, que registrou fechamento de 8.569 vagas em junho.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.132,82 em junho. Comparado ao mês anterior, houve queda de R$ 5,15 no salário médio de admissão, uma redução de 0,2%.