Calote volta a crescer e chega a 5,8% em abril


Atraso no pagamento das dívidas fica perto do recorde de 5,9%, de agosto de 2009

Por Eduardo Cucolo, Fernando Nakagawa e BRASÍLIA

A inadimplência voltou a subir em abril. Ao mesmo tempo que o custo dos financiamentos recuou e a oferta de crédito cresceu com mais força, a taxa de calote chegou próximo ao patamar recorde de 2009. Pesquisa de crédito do Banco Central divulgada ontem mostrou que a inadimplência das pessoas físicas e jurídicas subiu de 5,7% em março para 5,8% em abril, retornando ao nível de fevereiro. O número está próximo do recorde de 5,9% de agosto de 2009. Naquela época, o problema estava nas empresas. Hoje, as famílias é que puxam o aumento dos atrasos, com um índice de calote de 7,6%. Apesar do aumento da inadimplência, o custo do crédito caiu no mês passado, o primeiro depois que os bancos públicos começaram a cortar as taxas a mando do governo e levaram os bancos privados a fazer o mesmo. O juro médio cobrado de empresas e famílias recuou pelo segundo mês seguido, para 35,3% ao ano, o menor desde dezembro de 2010. Dados parciais de maio mostram nova queda e taxa a 33,7%. Se terminar o mês nesse nível ou abaixo, será a menor da série histórica, iniciada em 2000. A queda dos juros se deve ao recuo do spread bancário, que é a diferença entre o que o banco paga para captar o dinheiro e a taxa cobrada nos empréstimos. Essa diferença inclui custos, tributos e o lucro das instituições, por exemplo. "A gente não via quedas mensais de juros e spreads nessa magnitude desde 2009. Estamos observando expansão do crédito com custo mais barato, fator que tende a contribuir para a redução da inadimplência lá na frente", disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel. "Parte da queda do spread é efeito da queda da taxa Selic desde o ano passado, mas é preciso reconhecer o esforço do governo em reduzir essa margem", diz o professor de economia da USP, Fabio Kanczuk. Para ele, os dados de abril e a sinalização de maio indicam que, após meses de certa paralisação do mercado de crédito, bancos parecem destravar os financiamentos. "Está com cara de que finalmente vai passar a crescer mais rapidamente. Agora, temos de ficar atentos com os outros problemas que isso pode gerar, como a inflação." Crédito. Em um ambiente econômico ainda turbulento pela crise externa e inadimplência em alta, o crédito volta a crescer, com bancos cautelosos. Na média diária, bancos emprestaram R$ 9,7 bilhões às pessoas físicas e empresas em abril, volume 6% maior que em março. Juros menores devem sustentar a continuidade do crescimento nos próximos meses, diz o BC, mas as instituições financeiras continuarão "seletivas e cautelosas" na hora de emprestar. O BC avalia que o nível de atrasos deve se estabilizar no patamar atual, que está próximo do recorde verificado na crise de 2009, para cair apenas posteriormente. A retomada do crescimento e a manutenção do emprego, além do aumento da renda do brasileiro, também devem contribuir para a acomodação e futura queda do calote. Apesar da cautela nos bancos, o governo acredita que o crédito voltará a crescer. Com juros em queda, a procura por financiamentos aumentará, diz Maciel. Nesse quadro, os empréstimos avançam, pois os bancos têm um número maior de interessados e podem encontrar mais facilmente aqueles clientes com maior capacidade de endividamento e pagamento. Isso será o combustível para que o crédito cresça.

A inadimplência voltou a subir em abril. Ao mesmo tempo que o custo dos financiamentos recuou e a oferta de crédito cresceu com mais força, a taxa de calote chegou próximo ao patamar recorde de 2009. Pesquisa de crédito do Banco Central divulgada ontem mostrou que a inadimplência das pessoas físicas e jurídicas subiu de 5,7% em março para 5,8% em abril, retornando ao nível de fevereiro. O número está próximo do recorde de 5,9% de agosto de 2009. Naquela época, o problema estava nas empresas. Hoje, as famílias é que puxam o aumento dos atrasos, com um índice de calote de 7,6%. Apesar do aumento da inadimplência, o custo do crédito caiu no mês passado, o primeiro depois que os bancos públicos começaram a cortar as taxas a mando do governo e levaram os bancos privados a fazer o mesmo. O juro médio cobrado de empresas e famílias recuou pelo segundo mês seguido, para 35,3% ao ano, o menor desde dezembro de 2010. Dados parciais de maio mostram nova queda e taxa a 33,7%. Se terminar o mês nesse nível ou abaixo, será a menor da série histórica, iniciada em 2000. A queda dos juros se deve ao recuo do spread bancário, que é a diferença entre o que o banco paga para captar o dinheiro e a taxa cobrada nos empréstimos. Essa diferença inclui custos, tributos e o lucro das instituições, por exemplo. "A gente não via quedas mensais de juros e spreads nessa magnitude desde 2009. Estamos observando expansão do crédito com custo mais barato, fator que tende a contribuir para a redução da inadimplência lá na frente", disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel. "Parte da queda do spread é efeito da queda da taxa Selic desde o ano passado, mas é preciso reconhecer o esforço do governo em reduzir essa margem", diz o professor de economia da USP, Fabio Kanczuk. Para ele, os dados de abril e a sinalização de maio indicam que, após meses de certa paralisação do mercado de crédito, bancos parecem destravar os financiamentos. "Está com cara de que finalmente vai passar a crescer mais rapidamente. Agora, temos de ficar atentos com os outros problemas que isso pode gerar, como a inflação." Crédito. Em um ambiente econômico ainda turbulento pela crise externa e inadimplência em alta, o crédito volta a crescer, com bancos cautelosos. Na média diária, bancos emprestaram R$ 9,7 bilhões às pessoas físicas e empresas em abril, volume 6% maior que em março. Juros menores devem sustentar a continuidade do crescimento nos próximos meses, diz o BC, mas as instituições financeiras continuarão "seletivas e cautelosas" na hora de emprestar. O BC avalia que o nível de atrasos deve se estabilizar no patamar atual, que está próximo do recorde verificado na crise de 2009, para cair apenas posteriormente. A retomada do crescimento e a manutenção do emprego, além do aumento da renda do brasileiro, também devem contribuir para a acomodação e futura queda do calote. Apesar da cautela nos bancos, o governo acredita que o crédito voltará a crescer. Com juros em queda, a procura por financiamentos aumentará, diz Maciel. Nesse quadro, os empréstimos avançam, pois os bancos têm um número maior de interessados e podem encontrar mais facilmente aqueles clientes com maior capacidade de endividamento e pagamento. Isso será o combustível para que o crédito cresça.

A inadimplência voltou a subir em abril. Ao mesmo tempo que o custo dos financiamentos recuou e a oferta de crédito cresceu com mais força, a taxa de calote chegou próximo ao patamar recorde de 2009. Pesquisa de crédito do Banco Central divulgada ontem mostrou que a inadimplência das pessoas físicas e jurídicas subiu de 5,7% em março para 5,8% em abril, retornando ao nível de fevereiro. O número está próximo do recorde de 5,9% de agosto de 2009. Naquela época, o problema estava nas empresas. Hoje, as famílias é que puxam o aumento dos atrasos, com um índice de calote de 7,6%. Apesar do aumento da inadimplência, o custo do crédito caiu no mês passado, o primeiro depois que os bancos públicos começaram a cortar as taxas a mando do governo e levaram os bancos privados a fazer o mesmo. O juro médio cobrado de empresas e famílias recuou pelo segundo mês seguido, para 35,3% ao ano, o menor desde dezembro de 2010. Dados parciais de maio mostram nova queda e taxa a 33,7%. Se terminar o mês nesse nível ou abaixo, será a menor da série histórica, iniciada em 2000. A queda dos juros se deve ao recuo do spread bancário, que é a diferença entre o que o banco paga para captar o dinheiro e a taxa cobrada nos empréstimos. Essa diferença inclui custos, tributos e o lucro das instituições, por exemplo. "A gente não via quedas mensais de juros e spreads nessa magnitude desde 2009. Estamos observando expansão do crédito com custo mais barato, fator que tende a contribuir para a redução da inadimplência lá na frente", disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel. "Parte da queda do spread é efeito da queda da taxa Selic desde o ano passado, mas é preciso reconhecer o esforço do governo em reduzir essa margem", diz o professor de economia da USP, Fabio Kanczuk. Para ele, os dados de abril e a sinalização de maio indicam que, após meses de certa paralisação do mercado de crédito, bancos parecem destravar os financiamentos. "Está com cara de que finalmente vai passar a crescer mais rapidamente. Agora, temos de ficar atentos com os outros problemas que isso pode gerar, como a inflação." Crédito. Em um ambiente econômico ainda turbulento pela crise externa e inadimplência em alta, o crédito volta a crescer, com bancos cautelosos. Na média diária, bancos emprestaram R$ 9,7 bilhões às pessoas físicas e empresas em abril, volume 6% maior que em março. Juros menores devem sustentar a continuidade do crescimento nos próximos meses, diz o BC, mas as instituições financeiras continuarão "seletivas e cautelosas" na hora de emprestar. O BC avalia que o nível de atrasos deve se estabilizar no patamar atual, que está próximo do recorde verificado na crise de 2009, para cair apenas posteriormente. A retomada do crescimento e a manutenção do emprego, além do aumento da renda do brasileiro, também devem contribuir para a acomodação e futura queda do calote. Apesar da cautela nos bancos, o governo acredita que o crédito voltará a crescer. Com juros em queda, a procura por financiamentos aumentará, diz Maciel. Nesse quadro, os empréstimos avançam, pois os bancos têm um número maior de interessados e podem encontrar mais facilmente aqueles clientes com maior capacidade de endividamento e pagamento. Isso será o combustível para que o crédito cresça.

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