Campos Neto: ‘Se e quando houver um ciclo de ajuste de juros, será gradual’


Presidente do Banco Central voltou a dizer que, embora o último dado medido pelo IPCA-15 tenha vindo qualitativamente melhor, a inflação ainda requer atenção

Por Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis
Atualização:

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira, 30, que a autoridade monetária fará o que for preciso para levar a inflação à meta de 3% e disse que o ciclo de ajuste nos juros, “se e quando houver”, será gradual.

A declaração foi dada durante participação na Expert, evento da XP. Campos Neto reafirmou que, embora o último dado medido pelo IPCA-15 tenha vindo qualitativamente melhor, a inflação ainda requer atenção.

“Apesar do último número melhor, a inflação requer atenção. A atividade segue forte na ponta e não existe evidência de que o mercado de trabalho está em ponto de inflexão”, disse.

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BC prefere adotar uma linha dependente de dados no momento, segundo Campos Neto Foto: Alex Silva/Estadão

Ele voltou a dizer que a assimetria do balanço de riscos não é um guidance (orientação sobre os próximos passos), abandonado pelo BC, que prefere adotar uma linha que dependa de dados no momento.

“Nós também temos dito que entendemos que existe hoje um prêmio de risco na parte curta da curva de juros que não é compatível com a mensagem que foi transmitida na ata e nas comunicações e que foi fruto da convergência de opiniões da diretoria colegiada. E, por fim, entendemos que se e quando houver um ciclo de ajustes nos juros, esse ciclo será gradual”, afirmou.

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Segundo ele, o BC tem enfatizado que não existe ciclo de credibilidade. “A credibilidade se conquista com uma política monetária baseada em um arcabouço técnico e comunicado com transparência.”

Campos Neto repetiu ainda que há uma percepção no mercado de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e na China, com potencial impacto no ritmo de desinflação global, para explicar a postura do BC de ganhar tempo para decidir qual será o próximo passo da política monetária.

“Hoje, tempo é importante para entender como o processo de desinflação está se dando”, disse. Segundo ele, o mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a cortar sua taxa de juro em setembro. “O mercado espera cortes do Fed em setembro, de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. O mundo se prepara para a queda dos juros americanos”, disse.

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Transição suave

A quatro meses de encerrar o mandato, o presidente do Banco Central disse que está trabalhando numa transição bastante suave. Ao descrever a passagem pelo BC como o período mais feliz de sua vida, Campos Neto, que foi alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que as instituições valem mais do que as pessoas, não o contrário.

“Não é sobre o Roberto Campos, é sobre o Banco Central, é sobre a institucionalidade, sobre o processo de autonomia e sobre a continuação do trabalho técnico que tem sido feito”, afirmou ao abordar brevemente a sua jornada no BC.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira, 30, que a autoridade monetária fará o que for preciso para levar a inflação à meta de 3% e disse que o ciclo de ajuste nos juros, “se e quando houver”, será gradual.

A declaração foi dada durante participação na Expert, evento da XP. Campos Neto reafirmou que, embora o último dado medido pelo IPCA-15 tenha vindo qualitativamente melhor, a inflação ainda requer atenção.

“Apesar do último número melhor, a inflação requer atenção. A atividade segue forte na ponta e não existe evidência de que o mercado de trabalho está em ponto de inflexão”, disse.

BC prefere adotar uma linha dependente de dados no momento, segundo Campos Neto Foto: Alex Silva/Estadão

Ele voltou a dizer que a assimetria do balanço de riscos não é um guidance (orientação sobre os próximos passos), abandonado pelo BC, que prefere adotar uma linha que dependa de dados no momento.

“Nós também temos dito que entendemos que existe hoje um prêmio de risco na parte curta da curva de juros que não é compatível com a mensagem que foi transmitida na ata e nas comunicações e que foi fruto da convergência de opiniões da diretoria colegiada. E, por fim, entendemos que se e quando houver um ciclo de ajustes nos juros, esse ciclo será gradual”, afirmou.

Segundo ele, o BC tem enfatizado que não existe ciclo de credibilidade. “A credibilidade se conquista com uma política monetária baseada em um arcabouço técnico e comunicado com transparência.”

Campos Neto repetiu ainda que há uma percepção no mercado de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e na China, com potencial impacto no ritmo de desinflação global, para explicar a postura do BC de ganhar tempo para decidir qual será o próximo passo da política monetária.

“Hoje, tempo é importante para entender como o processo de desinflação está se dando”, disse. Segundo ele, o mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a cortar sua taxa de juro em setembro. “O mercado espera cortes do Fed em setembro, de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. O mundo se prepara para a queda dos juros americanos”, disse.

Transição suave

A quatro meses de encerrar o mandato, o presidente do Banco Central disse que está trabalhando numa transição bastante suave. Ao descrever a passagem pelo BC como o período mais feliz de sua vida, Campos Neto, que foi alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que as instituições valem mais do que as pessoas, não o contrário.

“Não é sobre o Roberto Campos, é sobre o Banco Central, é sobre a institucionalidade, sobre o processo de autonomia e sobre a continuação do trabalho técnico que tem sido feito”, afirmou ao abordar brevemente a sua jornada no BC.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira, 30, que a autoridade monetária fará o que for preciso para levar a inflação à meta de 3% e disse que o ciclo de ajuste nos juros, “se e quando houver”, será gradual.

A declaração foi dada durante participação na Expert, evento da XP. Campos Neto reafirmou que, embora o último dado medido pelo IPCA-15 tenha vindo qualitativamente melhor, a inflação ainda requer atenção.

“Apesar do último número melhor, a inflação requer atenção. A atividade segue forte na ponta e não existe evidência de que o mercado de trabalho está em ponto de inflexão”, disse.

BC prefere adotar uma linha dependente de dados no momento, segundo Campos Neto Foto: Alex Silva/Estadão

Ele voltou a dizer que a assimetria do balanço de riscos não é um guidance (orientação sobre os próximos passos), abandonado pelo BC, que prefere adotar uma linha que dependa de dados no momento.

“Nós também temos dito que entendemos que existe hoje um prêmio de risco na parte curta da curva de juros que não é compatível com a mensagem que foi transmitida na ata e nas comunicações e que foi fruto da convergência de opiniões da diretoria colegiada. E, por fim, entendemos que se e quando houver um ciclo de ajustes nos juros, esse ciclo será gradual”, afirmou.

Segundo ele, o BC tem enfatizado que não existe ciclo de credibilidade. “A credibilidade se conquista com uma política monetária baseada em um arcabouço técnico e comunicado com transparência.”

Campos Neto repetiu ainda que há uma percepção no mercado de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e na China, com potencial impacto no ritmo de desinflação global, para explicar a postura do BC de ganhar tempo para decidir qual será o próximo passo da política monetária.

“Hoje, tempo é importante para entender como o processo de desinflação está se dando”, disse. Segundo ele, o mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a cortar sua taxa de juro em setembro. “O mercado espera cortes do Fed em setembro, de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. O mundo se prepara para a queda dos juros americanos”, disse.

Transição suave

A quatro meses de encerrar o mandato, o presidente do Banco Central disse que está trabalhando numa transição bastante suave. Ao descrever a passagem pelo BC como o período mais feliz de sua vida, Campos Neto, que foi alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que as instituições valem mais do que as pessoas, não o contrário.

“Não é sobre o Roberto Campos, é sobre o Banco Central, é sobre a institucionalidade, sobre o processo de autonomia e sobre a continuação do trabalho técnico que tem sido feito”, afirmou ao abordar brevemente a sua jornada no BC.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira, 30, que a autoridade monetária fará o que for preciso para levar a inflação à meta de 3% e disse que o ciclo de ajuste nos juros, “se e quando houver”, será gradual.

A declaração foi dada durante participação na Expert, evento da XP. Campos Neto reafirmou que, embora o último dado medido pelo IPCA-15 tenha vindo qualitativamente melhor, a inflação ainda requer atenção.

“Apesar do último número melhor, a inflação requer atenção. A atividade segue forte na ponta e não existe evidência de que o mercado de trabalho está em ponto de inflexão”, disse.

BC prefere adotar uma linha dependente de dados no momento, segundo Campos Neto Foto: Alex Silva/Estadão

Ele voltou a dizer que a assimetria do balanço de riscos não é um guidance (orientação sobre os próximos passos), abandonado pelo BC, que prefere adotar uma linha que dependa de dados no momento.

“Nós também temos dito que entendemos que existe hoje um prêmio de risco na parte curta da curva de juros que não é compatível com a mensagem que foi transmitida na ata e nas comunicações e que foi fruto da convergência de opiniões da diretoria colegiada. E, por fim, entendemos que se e quando houver um ciclo de ajustes nos juros, esse ciclo será gradual”, afirmou.

Segundo ele, o BC tem enfatizado que não existe ciclo de credibilidade. “A credibilidade se conquista com uma política monetária baseada em um arcabouço técnico e comunicado com transparência.”

Campos Neto repetiu ainda que há uma percepção no mercado de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e na China, com potencial impacto no ritmo de desinflação global, para explicar a postura do BC de ganhar tempo para decidir qual será o próximo passo da política monetária.

“Hoje, tempo é importante para entender como o processo de desinflação está se dando”, disse. Segundo ele, o mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a cortar sua taxa de juro em setembro. “O mercado espera cortes do Fed em setembro, de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. O mundo se prepara para a queda dos juros americanos”, disse.

Transição suave

A quatro meses de encerrar o mandato, o presidente do Banco Central disse que está trabalhando numa transição bastante suave. Ao descrever a passagem pelo BC como o período mais feliz de sua vida, Campos Neto, que foi alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que as instituições valem mais do que as pessoas, não o contrário.

“Não é sobre o Roberto Campos, é sobre o Banco Central, é sobre a institucionalidade, sobre o processo de autonomia e sobre a continuação do trabalho técnico que tem sido feito”, afirmou ao abordar brevemente a sua jornada no BC.

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