Campos Neto diz não ter como afirmar quando queda de juros irá ocorrer


Presidente do BC participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado

Por Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues
Atualização:

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 25, que não tem a capacidade de dizer quando a Selic vai cair, já que tem apenas um dos nove votos do Comitê de Política Monetária (Copom). “Tomaremos uma decisão técnica, olhando todos os fatores, e as coisas estão caminhando no sentido certo”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Questionado pelos parlamentares sobre se a aprovação do novo arcabouço fiscal seria suficiente para garantir a queda dos juros, Campos Neto respondeu que a questão fiscal tem peso sim na avaliação do BC. “A parte fiscal faz com que as expectativas de inflação caiam, isso aconteceu quando foi aprovado o teto de gastos”, lembrou.

Presidente do BC afirmou que não sabe dizer quando a Selic começará a desacelerar. Foto: Wilton Junior/Estadão
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O presidente do BC lembrou que o Copom não usa apenas o Boletim Focus como parâmetro para as expectativas de inflação e apontou que o BC também usa projeções próprias. “Sempre tentamos filtrar questões específicas de mercado em projeções de inflação”, reafirmou.

Ele repetiu que nenhum presidente do BC gosta de elevar juro. “Eu brinco com meu antecessor - Ilan Goldfajn - que ele nunca precisou subir a Selic”, afirmou.

Mais uma vez, Campos Neto avaliou que parte dos economistas acha que expectativas longas estão maiores porque há risco de governo mudar meta. “Nossa obrigação é com a meta de inflação. A meta é importante”, completou.

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O presidente do BC citou estudos sobre o efeito da inflação na pobreza. “Não tem consumo estável e planejamento de empresa eficiente com inflação alta. O combate a inflação é uma missão muito social”, acrescentou.

Transparência

O presidente do Banco Central voltou a sinalizar que o Copom ainda espera uma estabilização na curva de juros mas longa para iniciar o processo de redução da Selic.

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“Agora já tivemos a apresentação do arcabouço fiscal, temos uma curva que precifica alguma queda de juros no segundo semestre, mas precisamos de uma estabilização na parte mais longa”, afirmou ele, na audiência pública realizada na CAE do Senado.

No início de sua apresentação na CAE, Campos Neto falou em transparência no processo de tomada de decisões sobre os juros. “É importante ficar transparente a tecnicidade do processo de tomada de decisão do BC”, afirmou.

Ele explicou como funciona o sistema de metas de inflação e citou os países que adotam esse regime. “Em todos esses países havia uma inflação alta e volátil, que caiu após a adoção do sistema de metas. O benefício é ancorar as expectativas, com flexibilidade para absorver choques e previsibilidade para os agentes se programarem”, destacou.

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Ressaltou que o sistema de metas garantiu que a inflação de diversos países se mantivesse controlada durante as últimas décadas. “Após a pandemia e a guerra na Ucrânia, muitos países saíram do ‘corredor’ de inflação (baixa) que estávamos habituados”, acrescentou.

Ele explicou também que, para definir a taxa de juros, a autoridade monetária olha a inflação corrente e seu aspecto qualitativo, o hiato do produto e as expectativas de inflação. “As expectativas são importantes porque as pessoas reajustam os preços com base nas expectativas. Por isso precisamos garantir que as expectativas estejam dentro da meta.”

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O presidente do BC reforçou a separação entre a taxa de juros e outras medidas macroprudenciais para garantir a estabilidade financeira. “As intervenções no câmbio buscam apenas reduzir oscilações excessivas”, completou.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 25, que não tem a capacidade de dizer quando a Selic vai cair, já que tem apenas um dos nove votos do Comitê de Política Monetária (Copom). “Tomaremos uma decisão técnica, olhando todos os fatores, e as coisas estão caminhando no sentido certo”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Questionado pelos parlamentares sobre se a aprovação do novo arcabouço fiscal seria suficiente para garantir a queda dos juros, Campos Neto respondeu que a questão fiscal tem peso sim na avaliação do BC. “A parte fiscal faz com que as expectativas de inflação caiam, isso aconteceu quando foi aprovado o teto de gastos”, lembrou.

Presidente do BC afirmou que não sabe dizer quando a Selic começará a desacelerar. Foto: Wilton Junior/Estadão

O presidente do BC lembrou que o Copom não usa apenas o Boletim Focus como parâmetro para as expectativas de inflação e apontou que o BC também usa projeções próprias. “Sempre tentamos filtrar questões específicas de mercado em projeções de inflação”, reafirmou.

Ele repetiu que nenhum presidente do BC gosta de elevar juro. “Eu brinco com meu antecessor - Ilan Goldfajn - que ele nunca precisou subir a Selic”, afirmou.

Mais uma vez, Campos Neto avaliou que parte dos economistas acha que expectativas longas estão maiores porque há risco de governo mudar meta. “Nossa obrigação é com a meta de inflação. A meta é importante”, completou.

O presidente do BC citou estudos sobre o efeito da inflação na pobreza. “Não tem consumo estável e planejamento de empresa eficiente com inflação alta. O combate a inflação é uma missão muito social”, acrescentou.

Transparência

O presidente do Banco Central voltou a sinalizar que o Copom ainda espera uma estabilização na curva de juros mas longa para iniciar o processo de redução da Selic.

“Agora já tivemos a apresentação do arcabouço fiscal, temos uma curva que precifica alguma queda de juros no segundo semestre, mas precisamos de uma estabilização na parte mais longa”, afirmou ele, na audiência pública realizada na CAE do Senado.

No início de sua apresentação na CAE, Campos Neto falou em transparência no processo de tomada de decisões sobre os juros. “É importante ficar transparente a tecnicidade do processo de tomada de decisão do BC”, afirmou.

Ele explicou como funciona o sistema de metas de inflação e citou os países que adotam esse regime. “Em todos esses países havia uma inflação alta e volátil, que caiu após a adoção do sistema de metas. O benefício é ancorar as expectativas, com flexibilidade para absorver choques e previsibilidade para os agentes se programarem”, destacou.

Ressaltou que o sistema de metas garantiu que a inflação de diversos países se mantivesse controlada durante as últimas décadas. “Após a pandemia e a guerra na Ucrânia, muitos países saíram do ‘corredor’ de inflação (baixa) que estávamos habituados”, acrescentou.

Ele explicou também que, para definir a taxa de juros, a autoridade monetária olha a inflação corrente e seu aspecto qualitativo, o hiato do produto e as expectativas de inflação. “As expectativas são importantes porque as pessoas reajustam os preços com base nas expectativas. Por isso precisamos garantir que as expectativas estejam dentro da meta.”

O presidente do BC reforçou a separação entre a taxa de juros e outras medidas macroprudenciais para garantir a estabilidade financeira. “As intervenções no câmbio buscam apenas reduzir oscilações excessivas”, completou.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 25, que não tem a capacidade de dizer quando a Selic vai cair, já que tem apenas um dos nove votos do Comitê de Política Monetária (Copom). “Tomaremos uma decisão técnica, olhando todos os fatores, e as coisas estão caminhando no sentido certo”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Questionado pelos parlamentares sobre se a aprovação do novo arcabouço fiscal seria suficiente para garantir a queda dos juros, Campos Neto respondeu que a questão fiscal tem peso sim na avaliação do BC. “A parte fiscal faz com que as expectativas de inflação caiam, isso aconteceu quando foi aprovado o teto de gastos”, lembrou.

Presidente do BC afirmou que não sabe dizer quando a Selic começará a desacelerar. Foto: Wilton Junior/Estadão

O presidente do BC lembrou que o Copom não usa apenas o Boletim Focus como parâmetro para as expectativas de inflação e apontou que o BC também usa projeções próprias. “Sempre tentamos filtrar questões específicas de mercado em projeções de inflação”, reafirmou.

Ele repetiu que nenhum presidente do BC gosta de elevar juro. “Eu brinco com meu antecessor - Ilan Goldfajn - que ele nunca precisou subir a Selic”, afirmou.

Mais uma vez, Campos Neto avaliou que parte dos economistas acha que expectativas longas estão maiores porque há risco de governo mudar meta. “Nossa obrigação é com a meta de inflação. A meta é importante”, completou.

O presidente do BC citou estudos sobre o efeito da inflação na pobreza. “Não tem consumo estável e planejamento de empresa eficiente com inflação alta. O combate a inflação é uma missão muito social”, acrescentou.

Transparência

O presidente do Banco Central voltou a sinalizar que o Copom ainda espera uma estabilização na curva de juros mas longa para iniciar o processo de redução da Selic.

“Agora já tivemos a apresentação do arcabouço fiscal, temos uma curva que precifica alguma queda de juros no segundo semestre, mas precisamos de uma estabilização na parte mais longa”, afirmou ele, na audiência pública realizada na CAE do Senado.

No início de sua apresentação na CAE, Campos Neto falou em transparência no processo de tomada de decisões sobre os juros. “É importante ficar transparente a tecnicidade do processo de tomada de decisão do BC”, afirmou.

Ele explicou como funciona o sistema de metas de inflação e citou os países que adotam esse regime. “Em todos esses países havia uma inflação alta e volátil, que caiu após a adoção do sistema de metas. O benefício é ancorar as expectativas, com flexibilidade para absorver choques e previsibilidade para os agentes se programarem”, destacou.

Ressaltou que o sistema de metas garantiu que a inflação de diversos países se mantivesse controlada durante as últimas décadas. “Após a pandemia e a guerra na Ucrânia, muitos países saíram do ‘corredor’ de inflação (baixa) que estávamos habituados”, acrescentou.

Ele explicou também que, para definir a taxa de juros, a autoridade monetária olha a inflação corrente e seu aspecto qualitativo, o hiato do produto e as expectativas de inflação. “As expectativas são importantes porque as pessoas reajustam os preços com base nas expectativas. Por isso precisamos garantir que as expectativas estejam dentro da meta.”

O presidente do BC reforçou a separação entre a taxa de juros e outras medidas macroprudenciais para garantir a estabilidade financeira. “As intervenções no câmbio buscam apenas reduzir oscilações excessivas”, completou.

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