A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) detalhou hoje, em entrevista coletiva, a operação que fará para financiar a concessão do Rodoanel de São Paulo. A empresa apresentou hoje a melhor proposta para o trecho oeste do anel paulistano, com pedágio de R$ 1,1684. O presidente da CCR, Renato Vale, explicou que a companhia utilizará um empréstimo-ponte (emergencial de curto prazo) de R$ 650 milhões para o pagamento da primeira parcela da outorga de 200 milhões, que ocorrerá na assinatura do contrato. O empréstimo-ponte consiste em empréstimo emergencial de curto prazo, que ficará em vigor até que seja liberado empréstimo de prazo mais longo (e geralmente de valor maior). Quando este último empréstimo é liberado, o empréstimo-ponte é liquidado. Os recursos excedentes do empréstimo-ponte serão utilizados para financiar as obras inicias do trecho e também para pagamento de parte das demais 24 parcelas mensais da outorga, no valor de R$ 75 milhões cada. Após o empréstimo-ponte, a empresa contratará junto ao banco UBS Pactual um empréstimo de longo prazo, com vencimento em dez anos, denominado em dólares e com montante de cerca de R$ 2 bilhões. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da CCR, Arthur Piotto Filho, disse que esse empréstimo terá taxa Libor (taxa de juros oferecida no mercado interbancário de Londres) mais um prêmio (spread) que ele não quis revelar. "Escolhemos este financiamento pois ele nos parece mais aderente ao fluxo de caixa do negócio", explicou. No entanto, a CCR não descarta buscar outras fonte de recurso, inclusive o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A única opção que a empresa não cogita é emitir novas ações.