Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Para além da corrosão da renda dos mais pobres, as bets têm fortalecido o poder paralelo no Brasil


Investigações em curso dão conta de que as empresas de aposta online vêm contribuindo para esquemas de lavagem de dinheiro, incluindo de facções criminosas

Por Celso Ming

Tarde demais, o presidente Lula levou um susto ao tomar conhecimento de que, somente em agosto, R$ 3 bilhões (21%) dos R$ 14 bilhões repassados para famílias do Bolsa Família foram utilizados em plataformas de aposta online, apenas com pagamentos via via Pix. Cerca de 5 milhões de pessoas das 20 milhões de famílias apostaram com o dinheiro do programa.

Essas casas de apostas faturaram cerca de R$ 100 bilhões em 2023, dinheirama que foi desviada do consumo e dos investimentos. Celebridades são contratadas por milhões de reais para fazer publicidade, camuflada por apelos “a apostas com responsabilidade”, eventos, times de futebol e programas de TV estampam as marcas dessas bets.

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As distorções produzidas por essa modalidade de jogatina online vêm sendo denunciadas por analistas. Nunca será demais insistir na reivindicação de que se reveja a atual regulamentação tão perniciosa.

Esta Coluna se volta para focar em outra atividade criminosa difundida por essas bets. Trata-se da lavagem de dinheiro, que produz sérias consequências sobre a vida política e sobre a arrecadação. Não há estatísticas confiáveis sobre quanto as bets concorrem para com essas práticas. Mas há fatos e há indícios suficientemente alarmantes de que vão adquirindo grandes proporções.

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O cantor Gusttavo Lima, proprietário de 25% de uma casa de apostas online, está sendo acusado de lavagem de dinheiro e de conivência com a bandidagem. Também se multiplicam informações de que organizações criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), vêm usando as bets para lavar dinheiro do tráfico e financiar suas atividades.

Segundo estudo do Banco Central, o volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas online variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões de janeiro a agosto. Especialistas alertam sobre os danos dos jogos de azar à saúde.  Foto: Ilustração: Marcos Müller/Estadão

Essas atividades a gente já sabe quais são. Além de espalhar o tráfico de drogas, dedicam-se ao aliciamento de políticos, a “convencer” juízes e a promover lobbies que aprovem leis do seu interesse nas três instâncias de governo para controlar a máquina pública, como a dos transportes coletivos na cidade de São Paulo, da qual arrancam mais recursos para seus objetivos.

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Essas bets não atuam apenas para corroer o poder aquisitivo da população vulnerável e empurrá-la para uma vida mais miserável. Concorrem para o fortalecimento do poder paralelo que, além de quebrar o monopólio da força, prerrogativa do Estado, trabalha para minar a capacidade de governança.

As casas de apostas online foram legalizadas em 2018, no governo Temer, mas a regulamentação só foi sancionada no início de 2024 – mais para saciar a fome arrecadatória do governo Lula do que para organizar o segmento. Um dos argumentos mais usados para justificar a nova lei foi o de que contribuiria para aumentar a arrecadação em pelo menos R$ 3 bilhões por ano. Ora, entre os efeitos pretendidos pela lavagem de dinheiro está o de sonegar impostos.

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O temor é o de que o alastramento dessa febre aumente a inadimplência, que hoje atinge mais de 25% das famílias brasileiras e, em consequência, eleve os custos do crédito.

Tarde demais, o presidente Lula levou um susto ao tomar conhecimento de que, somente em agosto, R$ 3 bilhões (21%) dos R$ 14 bilhões repassados para famílias do Bolsa Família foram utilizados em plataformas de aposta online, apenas com pagamentos via via Pix. Cerca de 5 milhões de pessoas das 20 milhões de famílias apostaram com o dinheiro do programa.

Essas casas de apostas faturaram cerca de R$ 100 bilhões em 2023, dinheirama que foi desviada do consumo e dos investimentos. Celebridades são contratadas por milhões de reais para fazer publicidade, camuflada por apelos “a apostas com responsabilidade”, eventos, times de futebol e programas de TV estampam as marcas dessas bets.

As distorções produzidas por essa modalidade de jogatina online vêm sendo denunciadas por analistas. Nunca será demais insistir na reivindicação de que se reveja a atual regulamentação tão perniciosa.

Esta Coluna se volta para focar em outra atividade criminosa difundida por essas bets. Trata-se da lavagem de dinheiro, que produz sérias consequências sobre a vida política e sobre a arrecadação. Não há estatísticas confiáveis sobre quanto as bets concorrem para com essas práticas. Mas há fatos e há indícios suficientemente alarmantes de que vão adquirindo grandes proporções.

O cantor Gusttavo Lima, proprietário de 25% de uma casa de apostas online, está sendo acusado de lavagem de dinheiro e de conivência com a bandidagem. Também se multiplicam informações de que organizações criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), vêm usando as bets para lavar dinheiro do tráfico e financiar suas atividades.

Segundo estudo do Banco Central, o volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas online variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões de janeiro a agosto. Especialistas alertam sobre os danos dos jogos de azar à saúde.  Foto: Ilustração: Marcos Müller/Estadão

Essas atividades a gente já sabe quais são. Além de espalhar o tráfico de drogas, dedicam-se ao aliciamento de políticos, a “convencer” juízes e a promover lobbies que aprovem leis do seu interesse nas três instâncias de governo para controlar a máquina pública, como a dos transportes coletivos na cidade de São Paulo, da qual arrancam mais recursos para seus objetivos.

Essas bets não atuam apenas para corroer o poder aquisitivo da população vulnerável e empurrá-la para uma vida mais miserável. Concorrem para o fortalecimento do poder paralelo que, além de quebrar o monopólio da força, prerrogativa do Estado, trabalha para minar a capacidade de governança.

As casas de apostas online foram legalizadas em 2018, no governo Temer, mas a regulamentação só foi sancionada no início de 2024 – mais para saciar a fome arrecadatória do governo Lula do que para organizar o segmento. Um dos argumentos mais usados para justificar a nova lei foi o de que contribuiria para aumentar a arrecadação em pelo menos R$ 3 bilhões por ano. Ora, entre os efeitos pretendidos pela lavagem de dinheiro está o de sonegar impostos.

O temor é o de que o alastramento dessa febre aumente a inadimplência, que hoje atinge mais de 25% das famílias brasileiras e, em consequência, eleve os custos do crédito.

Tarde demais, o presidente Lula levou um susto ao tomar conhecimento de que, somente em agosto, R$ 3 bilhões (21%) dos R$ 14 bilhões repassados para famílias do Bolsa Família foram utilizados em plataformas de aposta online, apenas com pagamentos via via Pix. Cerca de 5 milhões de pessoas das 20 milhões de famílias apostaram com o dinheiro do programa.

Essas casas de apostas faturaram cerca de R$ 100 bilhões em 2023, dinheirama que foi desviada do consumo e dos investimentos. Celebridades são contratadas por milhões de reais para fazer publicidade, camuflada por apelos “a apostas com responsabilidade”, eventos, times de futebol e programas de TV estampam as marcas dessas bets.

As distorções produzidas por essa modalidade de jogatina online vêm sendo denunciadas por analistas. Nunca será demais insistir na reivindicação de que se reveja a atual regulamentação tão perniciosa.

Esta Coluna se volta para focar em outra atividade criminosa difundida por essas bets. Trata-se da lavagem de dinheiro, que produz sérias consequências sobre a vida política e sobre a arrecadação. Não há estatísticas confiáveis sobre quanto as bets concorrem para com essas práticas. Mas há fatos e há indícios suficientemente alarmantes de que vão adquirindo grandes proporções.

O cantor Gusttavo Lima, proprietário de 25% de uma casa de apostas online, está sendo acusado de lavagem de dinheiro e de conivência com a bandidagem. Também se multiplicam informações de que organizações criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), vêm usando as bets para lavar dinheiro do tráfico e financiar suas atividades.

Segundo estudo do Banco Central, o volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas online variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões de janeiro a agosto. Especialistas alertam sobre os danos dos jogos de azar à saúde.  Foto: Ilustração: Marcos Müller/Estadão

Essas atividades a gente já sabe quais são. Além de espalhar o tráfico de drogas, dedicam-se ao aliciamento de políticos, a “convencer” juízes e a promover lobbies que aprovem leis do seu interesse nas três instâncias de governo para controlar a máquina pública, como a dos transportes coletivos na cidade de São Paulo, da qual arrancam mais recursos para seus objetivos.

Essas bets não atuam apenas para corroer o poder aquisitivo da população vulnerável e empurrá-la para uma vida mais miserável. Concorrem para o fortalecimento do poder paralelo que, além de quebrar o monopólio da força, prerrogativa do Estado, trabalha para minar a capacidade de governança.

As casas de apostas online foram legalizadas em 2018, no governo Temer, mas a regulamentação só foi sancionada no início de 2024 – mais para saciar a fome arrecadatória do governo Lula do que para organizar o segmento. Um dos argumentos mais usados para justificar a nova lei foi o de que contribuiria para aumentar a arrecadação em pelo menos R$ 3 bilhões por ano. Ora, entre os efeitos pretendidos pela lavagem de dinheiro está o de sonegar impostos.

O temor é o de que o alastramento dessa febre aumente a inadimplência, que hoje atinge mais de 25% das famílias brasileiras e, em consequência, eleve os custos do crédito.

Tarde demais, o presidente Lula levou um susto ao tomar conhecimento de que, somente em agosto, R$ 3 bilhões (21%) dos R$ 14 bilhões repassados para famílias do Bolsa Família foram utilizados em plataformas de aposta online, apenas com pagamentos via via Pix. Cerca de 5 milhões de pessoas das 20 milhões de famílias apostaram com o dinheiro do programa.

Essas casas de apostas faturaram cerca de R$ 100 bilhões em 2023, dinheirama que foi desviada do consumo e dos investimentos. Celebridades são contratadas por milhões de reais para fazer publicidade, camuflada por apelos “a apostas com responsabilidade”, eventos, times de futebol e programas de TV estampam as marcas dessas bets.

As distorções produzidas por essa modalidade de jogatina online vêm sendo denunciadas por analistas. Nunca será demais insistir na reivindicação de que se reveja a atual regulamentação tão perniciosa.

Esta Coluna se volta para focar em outra atividade criminosa difundida por essas bets. Trata-se da lavagem de dinheiro, que produz sérias consequências sobre a vida política e sobre a arrecadação. Não há estatísticas confiáveis sobre quanto as bets concorrem para com essas práticas. Mas há fatos e há indícios suficientemente alarmantes de que vão adquirindo grandes proporções.

O cantor Gusttavo Lima, proprietário de 25% de uma casa de apostas online, está sendo acusado de lavagem de dinheiro e de conivência com a bandidagem. Também se multiplicam informações de que organizações criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), vêm usando as bets para lavar dinheiro do tráfico e financiar suas atividades.

Segundo estudo do Banco Central, o volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas online variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões de janeiro a agosto. Especialistas alertam sobre os danos dos jogos de azar à saúde.  Foto: Ilustração: Marcos Müller/Estadão

Essas atividades a gente já sabe quais são. Além de espalhar o tráfico de drogas, dedicam-se ao aliciamento de políticos, a “convencer” juízes e a promover lobbies que aprovem leis do seu interesse nas três instâncias de governo para controlar a máquina pública, como a dos transportes coletivos na cidade de São Paulo, da qual arrancam mais recursos para seus objetivos.

Essas bets não atuam apenas para corroer o poder aquisitivo da população vulnerável e empurrá-la para uma vida mais miserável. Concorrem para o fortalecimento do poder paralelo que, além de quebrar o monopólio da força, prerrogativa do Estado, trabalha para minar a capacidade de governança.

As casas de apostas online foram legalizadas em 2018, no governo Temer, mas a regulamentação só foi sancionada no início de 2024 – mais para saciar a fome arrecadatória do governo Lula do que para organizar o segmento. Um dos argumentos mais usados para justificar a nova lei foi o de que contribuiria para aumentar a arrecadação em pelo menos R$ 3 bilhões por ano. Ora, entre os efeitos pretendidos pela lavagem de dinheiro está o de sonegar impostos.

O temor é o de que o alastramento dessa febre aumente a inadimplência, que hoje atinge mais de 25% das famílias brasileiras e, em consequência, eleve os custos do crédito.

Tarde demais, o presidente Lula levou um susto ao tomar conhecimento de que, somente em agosto, R$ 3 bilhões (21%) dos R$ 14 bilhões repassados para famílias do Bolsa Família foram utilizados em plataformas de aposta online, apenas com pagamentos via via Pix. Cerca de 5 milhões de pessoas das 20 milhões de famílias apostaram com o dinheiro do programa.

Essas casas de apostas faturaram cerca de R$ 100 bilhões em 2023, dinheirama que foi desviada do consumo e dos investimentos. Celebridades são contratadas por milhões de reais para fazer publicidade, camuflada por apelos “a apostas com responsabilidade”, eventos, times de futebol e programas de TV estampam as marcas dessas bets.

As distorções produzidas por essa modalidade de jogatina online vêm sendo denunciadas por analistas. Nunca será demais insistir na reivindicação de que se reveja a atual regulamentação tão perniciosa.

Esta Coluna se volta para focar em outra atividade criminosa difundida por essas bets. Trata-se da lavagem de dinheiro, que produz sérias consequências sobre a vida política e sobre a arrecadação. Não há estatísticas confiáveis sobre quanto as bets concorrem para com essas práticas. Mas há fatos e há indícios suficientemente alarmantes de que vão adquirindo grandes proporções.

O cantor Gusttavo Lima, proprietário de 25% de uma casa de apostas online, está sendo acusado de lavagem de dinheiro e de conivência com a bandidagem. Também se multiplicam informações de que organizações criminosas, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), vêm usando as bets para lavar dinheiro do tráfico e financiar suas atividades.

Segundo estudo do Banco Central, o volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas online variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões de janeiro a agosto. Especialistas alertam sobre os danos dos jogos de azar à saúde.  Foto: Ilustração: Marcos Müller/Estadão

Essas atividades a gente já sabe quais são. Além de espalhar o tráfico de drogas, dedicam-se ao aliciamento de políticos, a “convencer” juízes e a promover lobbies que aprovem leis do seu interesse nas três instâncias de governo para controlar a máquina pública, como a dos transportes coletivos na cidade de São Paulo, da qual arrancam mais recursos para seus objetivos.

Essas bets não atuam apenas para corroer o poder aquisitivo da população vulnerável e empurrá-la para uma vida mais miserável. Concorrem para o fortalecimento do poder paralelo que, além de quebrar o monopólio da força, prerrogativa do Estado, trabalha para minar a capacidade de governança.

As casas de apostas online foram legalizadas em 2018, no governo Temer, mas a regulamentação só foi sancionada no início de 2024 – mais para saciar a fome arrecadatória do governo Lula do que para organizar o segmento. Um dos argumentos mais usados para justificar a nova lei foi o de que contribuiria para aumentar a arrecadação em pelo menos R$ 3 bilhões por ano. Ora, entre os efeitos pretendidos pela lavagem de dinheiro está o de sonegar impostos.

O temor é o de que o alastramento dessa febre aumente a inadimplência, que hoje atinge mais de 25% das famílias brasileiras e, em consequência, eleve os custos do crédito.

Opinião por Celso Ming

Comentarista de Economia

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