Jornalista e comentarista de economia

Opinião|As eleições e os cabides de emprego


Aumento da população ocupada no setor público atingiu nível recorde no último trimestre com forte influência do calendário eleitoral

Por Celso Ming

Parte do bom desempenho da economia neste ano, do recorde da população ocupada e da queda do desemprego no trimestre encerrado em julho aos níveis mais baixos (6,8%) desde o início da série histórica, de 2012, se deve a um fator que cessará de existir a partir deste fim de ano. Trata-se do impulso dado às obras públicas e à contratação de pessoal temporário pelas prefeituras municipais, neste período eleitoral.

Não há dados abrangentes sobre quantos recursos estão sendo despejados pelo empenho dos atuais prefeitos em mostrar serviço de maneira a impressionar o eleitor. É recapeamento de ruas e avenidas, construção de creches, de escolas e de postos de saúde ou, até mesmo do que já acontecia no passado, de construção de um chafariz na praça principal. E não se pode deixar de mencionar as contratações de funcionários ou, simplesmente, de simpatizantes políticos que transformam as repartições públicas em cabides de emprego.

Além do que pode ser observado a olho nu em qualquer cidade em matéria de aumento atual de atividades, certos dados estatísticos reforçam essa hipótese.

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Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que o segundo trimestre do ano fechou com o número recorde de 12,65 milhões de pessoas empregadas no setor público, avanço de 5,3% ante o trimestre anterior. No trimestre móvel encerrado em julho, o pessoal ocupado no setor público se aproxima dos 13 milhões. E pelas Contas Nacionais, que medem o PIB, a construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior e 4,4% na comparação anual.

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Uma das políticas empregadas Brasil afora é a dos prefeitos que levam os dois ou três anos iniciais de mandato guardando recursos para torrá-los em despesas públicas no quarto ano, até mesmo com alargamento do déficit, de modo a tentar demonstrar eficácia administrativa e induzir a boa vontade do cidadão local.

Se essa análise estiver correta, deve-se concluir que este é fator que não se repetirá e que pode limitar não só o crescimento econômico mas, também, a criação de empregos em 2025.

Esses dados não esvaziam outro fator que derruba o crescimento sustentável do País, tal como já comentado em colunas anteriores: o do baixo nível da poupança e do investimento, que oscila em torno dos 16% do PIB.

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Cabe perguntar, também, até que ponto a concentração das obras e de despesas públicas neste ciclo eleitoral não vem contribuindo para o crescimento episódico da renda e da demanda agregada, na contramão da política de juros do Banco Central, a ponto de prejudicar a convergência da inflação para a meta. Será um elemento importante a ser levado em conta na decisão do Copom agendada para quarta-feira, dia 18.

Parte do bom desempenho da economia neste ano, do recorde da população ocupada e da queda do desemprego no trimestre encerrado em julho aos níveis mais baixos (6,8%) desde o início da série histórica, de 2012, se deve a um fator que cessará de existir a partir deste fim de ano. Trata-se do impulso dado às obras públicas e à contratação de pessoal temporário pelas prefeituras municipais, neste período eleitoral.

Não há dados abrangentes sobre quantos recursos estão sendo despejados pelo empenho dos atuais prefeitos em mostrar serviço de maneira a impressionar o eleitor. É recapeamento de ruas e avenidas, construção de creches, de escolas e de postos de saúde ou, até mesmo do que já acontecia no passado, de construção de um chafariz na praça principal. E não se pode deixar de mencionar as contratações de funcionários ou, simplesmente, de simpatizantes políticos que transformam as repartições públicas em cabides de emprego.

Além do que pode ser observado a olho nu em qualquer cidade em matéria de aumento atual de atividades, certos dados estatísticos reforçam essa hipótese.

Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que o segundo trimestre do ano fechou com o número recorde de 12,65 milhões de pessoas empregadas no setor público, avanço de 5,3% ante o trimestre anterior. No trimestre móvel encerrado em julho, o pessoal ocupado no setor público se aproxima dos 13 milhões. E pelas Contas Nacionais, que medem o PIB, a construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior e 4,4% na comparação anual.

Uma das políticas empregadas Brasil afora é a dos prefeitos que levam os dois ou três anos iniciais de mandato guardando recursos para torrá-los em despesas públicas no quarto ano, até mesmo com alargamento do déficit, de modo a tentar demonstrar eficácia administrativa e induzir a boa vontade do cidadão local.

Se essa análise estiver correta, deve-se concluir que este é fator que não se repetirá e que pode limitar não só o crescimento econômico mas, também, a criação de empregos em 2025.

Esses dados não esvaziam outro fator que derruba o crescimento sustentável do País, tal como já comentado em colunas anteriores: o do baixo nível da poupança e do investimento, que oscila em torno dos 16% do PIB.

Cabe perguntar, também, até que ponto a concentração das obras e de despesas públicas neste ciclo eleitoral não vem contribuindo para o crescimento episódico da renda e da demanda agregada, na contramão da política de juros do Banco Central, a ponto de prejudicar a convergência da inflação para a meta. Será um elemento importante a ser levado em conta na decisão do Copom agendada para quarta-feira, dia 18.

Parte do bom desempenho da economia neste ano, do recorde da população ocupada e da queda do desemprego no trimestre encerrado em julho aos níveis mais baixos (6,8%) desde o início da série histórica, de 2012, se deve a um fator que cessará de existir a partir deste fim de ano. Trata-se do impulso dado às obras públicas e à contratação de pessoal temporário pelas prefeituras municipais, neste período eleitoral.

Não há dados abrangentes sobre quantos recursos estão sendo despejados pelo empenho dos atuais prefeitos em mostrar serviço de maneira a impressionar o eleitor. É recapeamento de ruas e avenidas, construção de creches, de escolas e de postos de saúde ou, até mesmo do que já acontecia no passado, de construção de um chafariz na praça principal. E não se pode deixar de mencionar as contratações de funcionários ou, simplesmente, de simpatizantes políticos que transformam as repartições públicas em cabides de emprego.

Além do que pode ser observado a olho nu em qualquer cidade em matéria de aumento atual de atividades, certos dados estatísticos reforçam essa hipótese.

Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que o segundo trimestre do ano fechou com o número recorde de 12,65 milhões de pessoas empregadas no setor público, avanço de 5,3% ante o trimestre anterior. No trimestre móvel encerrado em julho, o pessoal ocupado no setor público se aproxima dos 13 milhões. E pelas Contas Nacionais, que medem o PIB, a construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior e 4,4% na comparação anual.

Uma das políticas empregadas Brasil afora é a dos prefeitos que levam os dois ou três anos iniciais de mandato guardando recursos para torrá-los em despesas públicas no quarto ano, até mesmo com alargamento do déficit, de modo a tentar demonstrar eficácia administrativa e induzir a boa vontade do cidadão local.

Se essa análise estiver correta, deve-se concluir que este é fator que não se repetirá e que pode limitar não só o crescimento econômico mas, também, a criação de empregos em 2025.

Esses dados não esvaziam outro fator que derruba o crescimento sustentável do País, tal como já comentado em colunas anteriores: o do baixo nível da poupança e do investimento, que oscila em torno dos 16% do PIB.

Cabe perguntar, também, até que ponto a concentração das obras e de despesas públicas neste ciclo eleitoral não vem contribuindo para o crescimento episódico da renda e da demanda agregada, na contramão da política de juros do Banco Central, a ponto de prejudicar a convergência da inflação para a meta. Será um elemento importante a ser levado em conta na decisão do Copom agendada para quarta-feira, dia 18.

Parte do bom desempenho da economia neste ano, do recorde da população ocupada e da queda do desemprego no trimestre encerrado em julho aos níveis mais baixos (6,8%) desde o início da série histórica, de 2012, se deve a um fator que cessará de existir a partir deste fim de ano. Trata-se do impulso dado às obras públicas e à contratação de pessoal temporário pelas prefeituras municipais, neste período eleitoral.

Não há dados abrangentes sobre quantos recursos estão sendo despejados pelo empenho dos atuais prefeitos em mostrar serviço de maneira a impressionar o eleitor. É recapeamento de ruas e avenidas, construção de creches, de escolas e de postos de saúde ou, até mesmo do que já acontecia no passado, de construção de um chafariz na praça principal. E não se pode deixar de mencionar as contratações de funcionários ou, simplesmente, de simpatizantes políticos que transformam as repartições públicas em cabides de emprego.

Além do que pode ser observado a olho nu em qualquer cidade em matéria de aumento atual de atividades, certos dados estatísticos reforçam essa hipótese.

Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que o segundo trimestre do ano fechou com o número recorde de 12,65 milhões de pessoas empregadas no setor público, avanço de 5,3% ante o trimestre anterior. No trimestre móvel encerrado em julho, o pessoal ocupado no setor público se aproxima dos 13 milhões. E pelas Contas Nacionais, que medem o PIB, a construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior e 4,4% na comparação anual.

Uma das políticas empregadas Brasil afora é a dos prefeitos que levam os dois ou três anos iniciais de mandato guardando recursos para torrá-los em despesas públicas no quarto ano, até mesmo com alargamento do déficit, de modo a tentar demonstrar eficácia administrativa e induzir a boa vontade do cidadão local.

Se essa análise estiver correta, deve-se concluir que este é fator que não se repetirá e que pode limitar não só o crescimento econômico mas, também, a criação de empregos em 2025.

Esses dados não esvaziam outro fator que derruba o crescimento sustentável do País, tal como já comentado em colunas anteriores: o do baixo nível da poupança e do investimento, que oscila em torno dos 16% do PIB.

Cabe perguntar, também, até que ponto a concentração das obras e de despesas públicas neste ciclo eleitoral não vem contribuindo para o crescimento episódico da renda e da demanda agregada, na contramão da política de juros do Banco Central, a ponto de prejudicar a convergência da inflação para a meta. Será um elemento importante a ser levado em conta na decisão do Copom agendada para quarta-feira, dia 18.

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