Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Avanço do PIB ruma para o medíocre


O mergulho tanto da poupança nacional quanto do investimento acendem o alerta para os próximos trimestres

Por Celso Ming

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu insignificante 0,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e, no entanto, muita gente comemorou porque esperava uma desaceleração mais acentuada.

Outro motivo que puxou as comemorações foi o de que, apesar da queda já aguardada deste último trimestre, o avanço esperado para todo o ano de 2023 pode beirar os 3%, graças à impressionante disparada da agropecuária no primeiro trimestre, quando cresceu incríveis 12,5%.

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Mas a questão central não passa por aí. Passa pelo que vem pela frente, que é o de um PIB especialmente medíocre. A força de arrasto, também chamada herança estatística (carry-over) para 2024 não deve ser superior a 0,3%. As projeções são de que 2024 não deve produzir crescimento maior do que 1,5%.

Pesam sobre esse resultado mais fraco o desempenho provavelmente negativo da agropecuária pelo impacto do El Niño em todo o território nacional e a queda dos preços das commodities. Mas conta, também, o mergulho tanto da poupança nacional quanto do investimento.

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A poupança foi de 16,9% da renda no segundo trimestre e recuou para 15,7% no terceiro. Enquanto isso, o investimento caiu de 17,2% do PIB para 16,6%. Para que possa sustentar um avanço da atividade econômica de cerca de 3% ao ano, o investimento deverá ser de pelo menos 22% do PIB.

Tanto dentro do governo Lula quanto no PT, a explicação recorrente para a queda do investimento é o juro alto que estaria desestimulando a tomada de financiamentos, porque o retorno do capital aplicado mal compensa o custo dos empréstimos. Mas isso não é inteiramente verdadeiro. O investimento já foi bem mais alto, mesmo quando os juros básicos (Selic) estavam em 13,75% ao ano. Afora isso, os juros altos contribuíram para a queda da inflação e para a maior preservação do poder aquisitivo do brasileiro.

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A principal explicação, tanto para o recuo da poupança nacional quanto do investimento, é a atual política econômica distributivista que vem dando prioridade ao consumo das famílias e ao avanço das despesas públicas. É a economia da mão pra boca, que vem ajudando a derrubar o desemprego, agora em 7,6% da força de trabalho no trimestre móvel terminado em outubro, menor nível desde fevereiro de 2015 – embora sem aumento significativo da produtividade da mão de obra, mas que não assegura impulso firme para o PIB futuro.

Esta não é a retomada de polêmica dos tempos do governo militar sobre o que é mais importante: garantir o crescimento do bolo ou comer o bolo. Trata-se de ter bolo para comer e, ao mesmo tempo, de garantir seu crescimento futuro.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu insignificante 0,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e, no entanto, muita gente comemorou porque esperava uma desaceleração mais acentuada.

Outro motivo que puxou as comemorações foi o de que, apesar da queda já aguardada deste último trimestre, o avanço esperado para todo o ano de 2023 pode beirar os 3%, graças à impressionante disparada da agropecuária no primeiro trimestre, quando cresceu incríveis 12,5%.

Mas a questão central não passa por aí. Passa pelo que vem pela frente, que é o de um PIB especialmente medíocre. A força de arrasto, também chamada herança estatística (carry-over) para 2024 não deve ser superior a 0,3%. As projeções são de que 2024 não deve produzir crescimento maior do que 1,5%.

Pesam sobre esse resultado mais fraco o desempenho provavelmente negativo da agropecuária pelo impacto do El Niño em todo o território nacional e a queda dos preços das commodities. Mas conta, também, o mergulho tanto da poupança nacional quanto do investimento.

A poupança foi de 16,9% da renda no segundo trimestre e recuou para 15,7% no terceiro. Enquanto isso, o investimento caiu de 17,2% do PIB para 16,6%. Para que possa sustentar um avanço da atividade econômica de cerca de 3% ao ano, o investimento deverá ser de pelo menos 22% do PIB.

Tanto dentro do governo Lula quanto no PT, a explicação recorrente para a queda do investimento é o juro alto que estaria desestimulando a tomada de financiamentos, porque o retorno do capital aplicado mal compensa o custo dos empréstimos. Mas isso não é inteiramente verdadeiro. O investimento já foi bem mais alto, mesmo quando os juros básicos (Selic) estavam em 13,75% ao ano. Afora isso, os juros altos contribuíram para a queda da inflação e para a maior preservação do poder aquisitivo do brasileiro.

A principal explicação, tanto para o recuo da poupança nacional quanto do investimento, é a atual política econômica distributivista que vem dando prioridade ao consumo das famílias e ao avanço das despesas públicas. É a economia da mão pra boca, que vem ajudando a derrubar o desemprego, agora em 7,6% da força de trabalho no trimestre móvel terminado em outubro, menor nível desde fevereiro de 2015 – embora sem aumento significativo da produtividade da mão de obra, mas que não assegura impulso firme para o PIB futuro.

Esta não é a retomada de polêmica dos tempos do governo militar sobre o que é mais importante: garantir o crescimento do bolo ou comer o bolo. Trata-se de ter bolo para comer e, ao mesmo tempo, de garantir seu crescimento futuro.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu insignificante 0,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e, no entanto, muita gente comemorou porque esperava uma desaceleração mais acentuada.

Outro motivo que puxou as comemorações foi o de que, apesar da queda já aguardada deste último trimestre, o avanço esperado para todo o ano de 2023 pode beirar os 3%, graças à impressionante disparada da agropecuária no primeiro trimestre, quando cresceu incríveis 12,5%.

Mas a questão central não passa por aí. Passa pelo que vem pela frente, que é o de um PIB especialmente medíocre. A força de arrasto, também chamada herança estatística (carry-over) para 2024 não deve ser superior a 0,3%. As projeções são de que 2024 não deve produzir crescimento maior do que 1,5%.

Pesam sobre esse resultado mais fraco o desempenho provavelmente negativo da agropecuária pelo impacto do El Niño em todo o território nacional e a queda dos preços das commodities. Mas conta, também, o mergulho tanto da poupança nacional quanto do investimento.

A poupança foi de 16,9% da renda no segundo trimestre e recuou para 15,7% no terceiro. Enquanto isso, o investimento caiu de 17,2% do PIB para 16,6%. Para que possa sustentar um avanço da atividade econômica de cerca de 3% ao ano, o investimento deverá ser de pelo menos 22% do PIB.

Tanto dentro do governo Lula quanto no PT, a explicação recorrente para a queda do investimento é o juro alto que estaria desestimulando a tomada de financiamentos, porque o retorno do capital aplicado mal compensa o custo dos empréstimos. Mas isso não é inteiramente verdadeiro. O investimento já foi bem mais alto, mesmo quando os juros básicos (Selic) estavam em 13,75% ao ano. Afora isso, os juros altos contribuíram para a queda da inflação e para a maior preservação do poder aquisitivo do brasileiro.

A principal explicação, tanto para o recuo da poupança nacional quanto do investimento, é a atual política econômica distributivista que vem dando prioridade ao consumo das famílias e ao avanço das despesas públicas. É a economia da mão pra boca, que vem ajudando a derrubar o desemprego, agora em 7,6% da força de trabalho no trimestre móvel terminado em outubro, menor nível desde fevereiro de 2015 – embora sem aumento significativo da produtividade da mão de obra, mas que não assegura impulso firme para o PIB futuro.

Esta não é a retomada de polêmica dos tempos do governo militar sobre o que é mais importante: garantir o crescimento do bolo ou comer o bolo. Trata-se de ter bolo para comer e, ao mesmo tempo, de garantir seu crescimento futuro.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu insignificante 0,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e, no entanto, muita gente comemorou porque esperava uma desaceleração mais acentuada.

Outro motivo que puxou as comemorações foi o de que, apesar da queda já aguardada deste último trimestre, o avanço esperado para todo o ano de 2023 pode beirar os 3%, graças à impressionante disparada da agropecuária no primeiro trimestre, quando cresceu incríveis 12,5%.

Mas a questão central não passa por aí. Passa pelo que vem pela frente, que é o de um PIB especialmente medíocre. A força de arrasto, também chamada herança estatística (carry-over) para 2024 não deve ser superior a 0,3%. As projeções são de que 2024 não deve produzir crescimento maior do que 1,5%.

Pesam sobre esse resultado mais fraco o desempenho provavelmente negativo da agropecuária pelo impacto do El Niño em todo o território nacional e a queda dos preços das commodities. Mas conta, também, o mergulho tanto da poupança nacional quanto do investimento.

A poupança foi de 16,9% da renda no segundo trimestre e recuou para 15,7% no terceiro. Enquanto isso, o investimento caiu de 17,2% do PIB para 16,6%. Para que possa sustentar um avanço da atividade econômica de cerca de 3% ao ano, o investimento deverá ser de pelo menos 22% do PIB.

Tanto dentro do governo Lula quanto no PT, a explicação recorrente para a queda do investimento é o juro alto que estaria desestimulando a tomada de financiamentos, porque o retorno do capital aplicado mal compensa o custo dos empréstimos. Mas isso não é inteiramente verdadeiro. O investimento já foi bem mais alto, mesmo quando os juros básicos (Selic) estavam em 13,75% ao ano. Afora isso, os juros altos contribuíram para a queda da inflação e para a maior preservação do poder aquisitivo do brasileiro.

A principal explicação, tanto para o recuo da poupança nacional quanto do investimento, é a atual política econômica distributivista que vem dando prioridade ao consumo das famílias e ao avanço das despesas públicas. É a economia da mão pra boca, que vem ajudando a derrubar o desemprego, agora em 7,6% da força de trabalho no trimestre móvel terminado em outubro, menor nível desde fevereiro de 2015 – embora sem aumento significativo da produtividade da mão de obra, mas que não assegura impulso firme para o PIB futuro.

Esta não é a retomada de polêmica dos tempos do governo militar sobre o que é mais importante: garantir o crescimento do bolo ou comer o bolo. Trata-se de ter bolo para comer e, ao mesmo tempo, de garantir seu crescimento futuro.

Opinião por Celso Ming

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