Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Energia renovável segue em forte expansão no Brasil


País precisa aproveitar as novas janelas de oportunidade na área para explorar o potencial de tecnologias em ascensão, como a do hidrogênio verde e as de armazenamento de energia elétrica, mas sem colocar em risco a confiabilidade do sistema elétrico

Por Celso Ming e Pablo Santana

A geração de energia renovável seguiu em crescimento acelerado no País, em 2024, tanto por força de subsídios quanto pelo barateamento das tecnologias utilizadas, como no caso da solar fotovoltaica.

Os módulos fotovoltaicos estão mais acessíveis no mercado internacional, tanto por excesso de estoques como pela redução de custos produzidos pelo aumento da escala de produção. Não se pode eliminar, também, o efeito da redução dos preços das matérias-primas.

Como mostram as estatísticas da consultoria Greener, o volume de módulos de energia solar importados pelo Brasil deve fechar 2024 com 22 gigawatts (GW) de potência – marca 26% superior à contabilizada em 2023. O crescimento foi impulsionado pela geração distribuída, em que a energia é gerada sobre telhados de residências e condomínios.

continua após a publicidade

Em 2024, a geração de energia solar deve ter injetado no Brasil cerca de 14,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada – equivalente à da Usina de Itaipu –, conforme apontam projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Esse tipo de energia iniciou 2024 com 37 GW de potência instalada no País e deve encerrar o ano com 51,5 gigawatts. Para 2025, as projeções da Absolar indicam mais investimentos, da ordem de R$ 39,4 bilhões, que deverão adicionar quase outra Itaipu, ou 13,2 GW de potência instalada.

continua após a publicidade

A fonte eólica não ficou pra trás. Do total de mais de 10,6 GW de potência fiscalizada acrescentada à matriz elétrica do País, 39% corresponderam à energia eólica. Mais de 115 usinas entraram em operação o que totalizou quase 4,2 GW, como acusam informações da Aneel.

O futuro para essa fonte ficou mais animador a partir da aprovação do marco regulatório da eólica offshore (em alto-mar), em dezembro, embora o texto da lei tenha sido carregado de jabutis. Esse avanço desenha o cenário que moldará as tomadas de decisões de continuar ou postergar os investimentos. Há mais de 100 projetos cadastrados no Ibama à espera de licenciamento ambiental. Juntos, somam cerca de 244 GW de potência instalada. O número representa 7,5 vezes o total fiscalizado em parques eólicos em terra.

continua após a publicidade

E ainda há a energia de biomassa, que representa 7% na matriz elétrica brasileira e, após um 2023 pouco expressivo na ampliação da potência instalada, o setor deve dobrar em 2024 a potência outorgada no sistema elétrico na comparação anual.

Energia solar e eólica foram responsáveis pelo avanço considerável pelo recorde de geração de energia no Brasil em 2024. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números robustos não podem ocultar os grandes desafios pela frente. O setor vem sofrendo cortes de geração (curtailment) impostos pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), por absoluta falta de demanda e para garantir a confiabilidade do sistema elétrica. No entanto, essa situação que já produziu prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão, apontam as principais entidades representativas do setor.

continua após a publicidade

O País precisa aproveitar as novas janelas de oportunidade na área para explorar o potencial de tecnologias em ascensão, como a do hidrogênio verde e as de armazenamento de energia elétrica. Nessa área, o mercado espera que o governo publique as diretrizes para o leilão de reserva de capacidade para contratação de sistemas de armazenamento por meio de baterias, programado para este 2025.

A geração de energia renovável seguiu em crescimento acelerado no País, em 2024, tanto por força de subsídios quanto pelo barateamento das tecnologias utilizadas, como no caso da solar fotovoltaica.

Os módulos fotovoltaicos estão mais acessíveis no mercado internacional, tanto por excesso de estoques como pela redução de custos produzidos pelo aumento da escala de produção. Não se pode eliminar, também, o efeito da redução dos preços das matérias-primas.

Como mostram as estatísticas da consultoria Greener, o volume de módulos de energia solar importados pelo Brasil deve fechar 2024 com 22 gigawatts (GW) de potência – marca 26% superior à contabilizada em 2023. O crescimento foi impulsionado pela geração distribuída, em que a energia é gerada sobre telhados de residências e condomínios.

Em 2024, a geração de energia solar deve ter injetado no Brasil cerca de 14,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada – equivalente à da Usina de Itaipu –, conforme apontam projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Esse tipo de energia iniciou 2024 com 37 GW de potência instalada no País e deve encerrar o ano com 51,5 gigawatts. Para 2025, as projeções da Absolar indicam mais investimentos, da ordem de R$ 39,4 bilhões, que deverão adicionar quase outra Itaipu, ou 13,2 GW de potência instalada.

A fonte eólica não ficou pra trás. Do total de mais de 10,6 GW de potência fiscalizada acrescentada à matriz elétrica do País, 39% corresponderam à energia eólica. Mais de 115 usinas entraram em operação o que totalizou quase 4,2 GW, como acusam informações da Aneel.

O futuro para essa fonte ficou mais animador a partir da aprovação do marco regulatório da eólica offshore (em alto-mar), em dezembro, embora o texto da lei tenha sido carregado de jabutis. Esse avanço desenha o cenário que moldará as tomadas de decisões de continuar ou postergar os investimentos. Há mais de 100 projetos cadastrados no Ibama à espera de licenciamento ambiental. Juntos, somam cerca de 244 GW de potência instalada. O número representa 7,5 vezes o total fiscalizado em parques eólicos em terra.

E ainda há a energia de biomassa, que representa 7% na matriz elétrica brasileira e, após um 2023 pouco expressivo na ampliação da potência instalada, o setor deve dobrar em 2024 a potência outorgada no sistema elétrico na comparação anual.

Energia solar e eólica foram responsáveis pelo avanço considerável pelo recorde de geração de energia no Brasil em 2024. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números robustos não podem ocultar os grandes desafios pela frente. O setor vem sofrendo cortes de geração (curtailment) impostos pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), por absoluta falta de demanda e para garantir a confiabilidade do sistema elétrica. No entanto, essa situação que já produziu prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão, apontam as principais entidades representativas do setor.

O País precisa aproveitar as novas janelas de oportunidade na área para explorar o potencial de tecnologias em ascensão, como a do hidrogênio verde e as de armazenamento de energia elétrica. Nessa área, o mercado espera que o governo publique as diretrizes para o leilão de reserva de capacidade para contratação de sistemas de armazenamento por meio de baterias, programado para este 2025.

A geração de energia renovável seguiu em crescimento acelerado no País, em 2024, tanto por força de subsídios quanto pelo barateamento das tecnologias utilizadas, como no caso da solar fotovoltaica.

Os módulos fotovoltaicos estão mais acessíveis no mercado internacional, tanto por excesso de estoques como pela redução de custos produzidos pelo aumento da escala de produção. Não se pode eliminar, também, o efeito da redução dos preços das matérias-primas.

Como mostram as estatísticas da consultoria Greener, o volume de módulos de energia solar importados pelo Brasil deve fechar 2024 com 22 gigawatts (GW) de potência – marca 26% superior à contabilizada em 2023. O crescimento foi impulsionado pela geração distribuída, em que a energia é gerada sobre telhados de residências e condomínios.

Em 2024, a geração de energia solar deve ter injetado no Brasil cerca de 14,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada – equivalente à da Usina de Itaipu –, conforme apontam projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Esse tipo de energia iniciou 2024 com 37 GW de potência instalada no País e deve encerrar o ano com 51,5 gigawatts. Para 2025, as projeções da Absolar indicam mais investimentos, da ordem de R$ 39,4 bilhões, que deverão adicionar quase outra Itaipu, ou 13,2 GW de potência instalada.

A fonte eólica não ficou pra trás. Do total de mais de 10,6 GW de potência fiscalizada acrescentada à matriz elétrica do País, 39% corresponderam à energia eólica. Mais de 115 usinas entraram em operação o que totalizou quase 4,2 GW, como acusam informações da Aneel.

O futuro para essa fonte ficou mais animador a partir da aprovação do marco regulatório da eólica offshore (em alto-mar), em dezembro, embora o texto da lei tenha sido carregado de jabutis. Esse avanço desenha o cenário que moldará as tomadas de decisões de continuar ou postergar os investimentos. Há mais de 100 projetos cadastrados no Ibama à espera de licenciamento ambiental. Juntos, somam cerca de 244 GW de potência instalada. O número representa 7,5 vezes o total fiscalizado em parques eólicos em terra.

E ainda há a energia de biomassa, que representa 7% na matriz elétrica brasileira e, após um 2023 pouco expressivo na ampliação da potência instalada, o setor deve dobrar em 2024 a potência outorgada no sistema elétrico na comparação anual.

Energia solar e eólica foram responsáveis pelo avanço considerável pelo recorde de geração de energia no Brasil em 2024. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Esses números robustos não podem ocultar os grandes desafios pela frente. O setor vem sofrendo cortes de geração (curtailment) impostos pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), por absoluta falta de demanda e para garantir a confiabilidade do sistema elétrica. No entanto, essa situação que já produziu prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão, apontam as principais entidades representativas do setor.

O País precisa aproveitar as novas janelas de oportunidade na área para explorar o potencial de tecnologias em ascensão, como a do hidrogênio verde e as de armazenamento de energia elétrica. Nessa área, o mercado espera que o governo publique as diretrizes para o leilão de reserva de capacidade para contratação de sistemas de armazenamento por meio de baterias, programado para este 2025.

Opinião por Celso Ming

Comentarista de Economia

Pablo Santana

Repórter da editoria de Economia, atua na Coluna do Celso Ming desde 2021. Formado pela Universidade Federal da Bahia, com extensão em Jornalismo Econômico realizada durante o 9º Curso Estado de Jornalismo Econômico.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.