Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Baixo investimento e PIB nanico


O Brasil precisa melhorar seu nível de investimento em relação ao PIB para crescer de forma sustentável

Por Celso Ming

Em matéria de investimento, o Brasil é rabeira na tabela, como demonstra os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde 2016, não consegue investir mais do que algo entre 15% e 16% de sua renda (Produto Interno Bruto). Está entre os 7% de países que menos investem, porque consome mais de 85% do que produz. Por isso, o crescimento econômico não passa de voo de galinha e o futuro não acontece.

Por trás dessa sina há um círculo vicioso do tamanho do Brasil. Produz pouco porque investe pouco e investe pouco porque produz pouco. Para que possa aumentar o PIB em torno de 3% ao ano de forma sustentável, o investimento teria de ser de 22% do PIB.

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Seguem-se as mazelas conhecidas: pobreza, agravamento da distribuição de renda, encolhimento da indústria, brutal conflito social pela renda, obras que nunca terminam, arrecadação curta, alto endividamento das famílias... e por aí vai.

A narrativa de que salários baixos obrigam a população a viver da mão para a boca e não sobra para o investimento é desculpa para a incompetência de sempre. Os salários são muito mais baixos na Ásia, a ponto de constantemente se ouvirem reclamações de que as exportações da China fazem concorrência desleal à produção industrial do resto do mundo.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista Foto: Fábio Motta/Estadão
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Há anos, dirigentes do PT, por exemplo, afirmam que os trabalhadores chineses vivem no regime de semiescravidão. E, no entanto, o nível de poupança da população da China se aproxima dos 50% da renda. O padrão de poupança e de investimento dos tigres asiáticos é em torno dos 33% do PIB. No caso deles, o que não vai da mão para a boca leva ao forte crescimento econômico, a mais educação e mais desenvolvimento tecnológico.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista. São consequência de uma opção política que se baseia em falsos pressupostos. Um deles vem de crenças dos anos 1950 de que o desenvolvimento só é possível com aumento das despesas públicas, o que produz inflação.

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Por aí já se vê que a bola de ferro que ata as pernas do crescimento por aqui é o rombo fiscal. É o governo gastando demais, que paga aposentadorias desproporcionais ao tamanho das contribuições previdenciárias e, assim, condena as gerações futuras. Mais gastança desemboca em mais dívidas; mais dívidas, em juros escorchantes; e estes, em investimentos nanicos. Não há jeito de quebrar esse círculo vicioso sem o sacrifício de mais austeridade, que garanta superávits primários, redução da dívida, derrubada dos juros e mais investimentos.

Tudo passa por aí. Se não for assim, o Brasil continuará na última divisão do investimento e da renda.

Em matéria de investimento, o Brasil é rabeira na tabela, como demonstra os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde 2016, não consegue investir mais do que algo entre 15% e 16% de sua renda (Produto Interno Bruto). Está entre os 7% de países que menos investem, porque consome mais de 85% do que produz. Por isso, o crescimento econômico não passa de voo de galinha e o futuro não acontece.

Por trás dessa sina há um círculo vicioso do tamanho do Brasil. Produz pouco porque investe pouco e investe pouco porque produz pouco. Para que possa aumentar o PIB em torno de 3% ao ano de forma sustentável, o investimento teria de ser de 22% do PIB.

Seguem-se as mazelas conhecidas: pobreza, agravamento da distribuição de renda, encolhimento da indústria, brutal conflito social pela renda, obras que nunca terminam, arrecadação curta, alto endividamento das famílias... e por aí vai.

A narrativa de que salários baixos obrigam a população a viver da mão para a boca e não sobra para o investimento é desculpa para a incompetência de sempre. Os salários são muito mais baixos na Ásia, a ponto de constantemente se ouvirem reclamações de que as exportações da China fazem concorrência desleal à produção industrial do resto do mundo.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista Foto: Fábio Motta/Estadão

Há anos, dirigentes do PT, por exemplo, afirmam que os trabalhadores chineses vivem no regime de semiescravidão. E, no entanto, o nível de poupança da população da China se aproxima dos 50% da renda. O padrão de poupança e de investimento dos tigres asiáticos é em torno dos 33% do PIB. No caso deles, o que não vai da mão para a boca leva ao forte crescimento econômico, a mais educação e mais desenvolvimento tecnológico.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista. São consequência de uma opção política que se baseia em falsos pressupostos. Um deles vem de crenças dos anos 1950 de que o desenvolvimento só é possível com aumento das despesas públicas, o que produz inflação.

Por aí já se vê que a bola de ferro que ata as pernas do crescimento por aqui é o rombo fiscal. É o governo gastando demais, que paga aposentadorias desproporcionais ao tamanho das contribuições previdenciárias e, assim, condena as gerações futuras. Mais gastança desemboca em mais dívidas; mais dívidas, em juros escorchantes; e estes, em investimentos nanicos. Não há jeito de quebrar esse círculo vicioso sem o sacrifício de mais austeridade, que garanta superávits primários, redução da dívida, derrubada dos juros e mais investimentos.

Tudo passa por aí. Se não for assim, o Brasil continuará na última divisão do investimento e da renda.

Em matéria de investimento, o Brasil é rabeira na tabela, como demonstra os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde 2016, não consegue investir mais do que algo entre 15% e 16% de sua renda (Produto Interno Bruto). Está entre os 7% de países que menos investem, porque consome mais de 85% do que produz. Por isso, o crescimento econômico não passa de voo de galinha e o futuro não acontece.

Por trás dessa sina há um círculo vicioso do tamanho do Brasil. Produz pouco porque investe pouco e investe pouco porque produz pouco. Para que possa aumentar o PIB em torno de 3% ao ano de forma sustentável, o investimento teria de ser de 22% do PIB.

Seguem-se as mazelas conhecidas: pobreza, agravamento da distribuição de renda, encolhimento da indústria, brutal conflito social pela renda, obras que nunca terminam, arrecadação curta, alto endividamento das famílias... e por aí vai.

A narrativa de que salários baixos obrigam a população a viver da mão para a boca e não sobra para o investimento é desculpa para a incompetência de sempre. Os salários são muito mais baixos na Ásia, a ponto de constantemente se ouvirem reclamações de que as exportações da China fazem concorrência desleal à produção industrial do resto do mundo.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista Foto: Fábio Motta/Estadão

Há anos, dirigentes do PT, por exemplo, afirmam que os trabalhadores chineses vivem no regime de semiescravidão. E, no entanto, o nível de poupança da população da China se aproxima dos 50% da renda. O padrão de poupança e de investimento dos tigres asiáticos é em torno dos 33% do PIB. No caso deles, o que não vai da mão para a boca leva ao forte crescimento econômico, a mais educação e mais desenvolvimento tecnológico.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista. São consequência de uma opção política que se baseia em falsos pressupostos. Um deles vem de crenças dos anos 1950 de que o desenvolvimento só é possível com aumento das despesas públicas, o que produz inflação.

Por aí já se vê que a bola de ferro que ata as pernas do crescimento por aqui é o rombo fiscal. É o governo gastando demais, que paga aposentadorias desproporcionais ao tamanho das contribuições previdenciárias e, assim, condena as gerações futuras. Mais gastança desemboca em mais dívidas; mais dívidas, em juros escorchantes; e estes, em investimentos nanicos. Não há jeito de quebrar esse círculo vicioso sem o sacrifício de mais austeridade, que garanta superávits primários, redução da dívida, derrubada dos juros e mais investimentos.

Tudo passa por aí. Se não for assim, o Brasil continuará na última divisão do investimento e da renda.

Em matéria de investimento, o Brasil é rabeira na tabela, como demonstra os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde 2016, não consegue investir mais do que algo entre 15% e 16% de sua renda (Produto Interno Bruto). Está entre os 7% de países que menos investem, porque consome mais de 85% do que produz. Por isso, o crescimento econômico não passa de voo de galinha e o futuro não acontece.

Por trás dessa sina há um círculo vicioso do tamanho do Brasil. Produz pouco porque investe pouco e investe pouco porque produz pouco. Para que possa aumentar o PIB em torno de 3% ao ano de forma sustentável, o investimento teria de ser de 22% do PIB.

Seguem-se as mazelas conhecidas: pobreza, agravamento da distribuição de renda, encolhimento da indústria, brutal conflito social pela renda, obras que nunca terminam, arrecadação curta, alto endividamento das famílias... e por aí vai.

A narrativa de que salários baixos obrigam a população a viver da mão para a boca e não sobra para o investimento é desculpa para a incompetência de sempre. Os salários são muito mais baixos na Ásia, a ponto de constantemente se ouvirem reclamações de que as exportações da China fazem concorrência desleal à produção industrial do resto do mundo.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista Foto: Fábio Motta/Estadão

Há anos, dirigentes do PT, por exemplo, afirmam que os trabalhadores chineses vivem no regime de semiescravidão. E, no entanto, o nível de poupança da população da China se aproxima dos 50% da renda. O padrão de poupança e de investimento dos tigres asiáticos é em torno dos 33% do PIB. No caso deles, o que não vai da mão para a boca leva ao forte crescimento econômico, a mais educação e mais desenvolvimento tecnológico.

Os baixos níveis de poupança e de investimento no Brasil não são consequência apenas de uma cultura imediatista. São consequência de uma opção política que se baseia em falsos pressupostos. Um deles vem de crenças dos anos 1950 de que o desenvolvimento só é possível com aumento das despesas públicas, o que produz inflação.

Por aí já se vê que a bola de ferro que ata as pernas do crescimento por aqui é o rombo fiscal. É o governo gastando demais, que paga aposentadorias desproporcionais ao tamanho das contribuições previdenciárias e, assim, condena as gerações futuras. Mais gastança desemboca em mais dívidas; mais dívidas, em juros escorchantes; e estes, em investimentos nanicos. Não há jeito de quebrar esse círculo vicioso sem o sacrifício de mais austeridade, que garanta superávits primários, redução da dívida, derrubada dos juros e mais investimentos.

Tudo passa por aí. Se não for assim, o Brasil continuará na última divisão do investimento e da renda.

Opinião por Celso Ming

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