Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Lula e as imprevisibilidades


Ao questionar a necessidade de uma âncora fiscal e não deixar claro como serão as mudanças na política econômica, o presidente eleito cria imprevisibilidades que são ruins para a economia brasileira

Por Celso Ming
Atualização:

Nesta quinta-feira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente eleito, reconheceu a importância da previsibilidade em economia. Mas criou instabilidade com suas críticas à estabilidade fiscal: a Bolsa local caiu 3,35% e o dólar subiu 4,14%.

Na verdade, os tempos apontam para o oposto, apontam para alto grau de imprevisibilidade, não só no Brasil, mas também nas economias líderes. Isso tem consequência.

Convém alinhavar algumas dessas imprevisibilidades, a começar pelas que têm origem lá fora. Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou uma inflação (evolução da CPI, na sigla em inglês) em outubro mais branda do que a esperada, de 0,4%, que aponta para 7,7% em 12 meses. Foi informação suficiente para produzir comemoração nas bolsas, porque esse recuo nos preços pode dispensar novas estocadas dos juros.

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Mas a imprevisibilidade da inflação global continua afligindo homens de negócio, consumidores e investidores, pois ainda há muitas pontas soltas. Não se sabe até que ponto a guerra na Ucrânia vai continuar a empurrar para cima os preços do petróleo, do gás e dos alimentos; nem até onde pode ir a recessão na Europa e na China e, com ela, a redução dos preços das commodities; e muito menos até onde os grandes bancos centrais continuarão a encarecer o crédito.

Como a economia brasileira não é uma ilha, essas imprevisibilidades também produzem estragos por aqui, especialmente neste momento delicado – de troca de comandos e de certas mudanças na política econômica, que ainda não ficaram claras.

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O Brasil é forte exportador de commodities e tanto seus preços como os fluxos de moeda estrangeira estão sujeitos a todo tipo de turbulência. Se a recessão bater também no Brasil, será inevitável uma queda de arrecadação e, com isso, os problemas fiscais podem se agravar.

Presidente eleito defendeu que é preciso colocar a questão social na frente de temas como a necessidade de ter uma âncora fiscal para controlar as despesas do governo.  Foto: Sergio Lima/ AFP

A inflação também está sujeita a imponderáveis, principalmente aos vaivéns dos preços dos combustíveis, às emissões de moeda e ao nível de renda do consumidor que, por sua vez, está sujeito ao comportamento do PIB. A alta de outubro veio acima da esperada, de 0,59%, em vez de algo em torno de 0,40%. E pode continuar subindo nas próximas leituras.

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Previsibilidade também tem a ver com ancoragem das expectativas. Não basta conhecer as políticas que serão alteradas no Brasil e com qual intensidade. É preciso saber quem vai liderar essas alterações e com que prioridades. Enquanto não se souber quem se encarregará da condução da economia, grande número de incertezas continuará no ar e criará imprevisibilidades que Lula diz não desejar, mas que, nesta quinta-feira, chegou a alimentar com suas declarações que desvalorizaram o equilíbrio fiscal.

Nesta quinta-feira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente eleito, reconheceu a importância da previsibilidade em economia. Mas criou instabilidade com suas críticas à estabilidade fiscal: a Bolsa local caiu 3,35% e o dólar subiu 4,14%.

Na verdade, os tempos apontam para o oposto, apontam para alto grau de imprevisibilidade, não só no Brasil, mas também nas economias líderes. Isso tem consequência.

Convém alinhavar algumas dessas imprevisibilidades, a começar pelas que têm origem lá fora. Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou uma inflação (evolução da CPI, na sigla em inglês) em outubro mais branda do que a esperada, de 0,4%, que aponta para 7,7% em 12 meses. Foi informação suficiente para produzir comemoração nas bolsas, porque esse recuo nos preços pode dispensar novas estocadas dos juros.

Mas a imprevisibilidade da inflação global continua afligindo homens de negócio, consumidores e investidores, pois ainda há muitas pontas soltas. Não se sabe até que ponto a guerra na Ucrânia vai continuar a empurrar para cima os preços do petróleo, do gás e dos alimentos; nem até onde pode ir a recessão na Europa e na China e, com ela, a redução dos preços das commodities; e muito menos até onde os grandes bancos centrais continuarão a encarecer o crédito.

Como a economia brasileira não é uma ilha, essas imprevisibilidades também produzem estragos por aqui, especialmente neste momento delicado – de troca de comandos e de certas mudanças na política econômica, que ainda não ficaram claras.

O Brasil é forte exportador de commodities e tanto seus preços como os fluxos de moeda estrangeira estão sujeitos a todo tipo de turbulência. Se a recessão bater também no Brasil, será inevitável uma queda de arrecadação e, com isso, os problemas fiscais podem se agravar.

Presidente eleito defendeu que é preciso colocar a questão social na frente de temas como a necessidade de ter uma âncora fiscal para controlar as despesas do governo.  Foto: Sergio Lima/ AFP

A inflação também está sujeita a imponderáveis, principalmente aos vaivéns dos preços dos combustíveis, às emissões de moeda e ao nível de renda do consumidor que, por sua vez, está sujeito ao comportamento do PIB. A alta de outubro veio acima da esperada, de 0,59%, em vez de algo em torno de 0,40%. E pode continuar subindo nas próximas leituras.

Previsibilidade também tem a ver com ancoragem das expectativas. Não basta conhecer as políticas que serão alteradas no Brasil e com qual intensidade. É preciso saber quem vai liderar essas alterações e com que prioridades. Enquanto não se souber quem se encarregará da condução da economia, grande número de incertezas continuará no ar e criará imprevisibilidades que Lula diz não desejar, mas que, nesta quinta-feira, chegou a alimentar com suas declarações que desvalorizaram o equilíbrio fiscal.

Nesta quinta-feira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente eleito, reconheceu a importância da previsibilidade em economia. Mas criou instabilidade com suas críticas à estabilidade fiscal: a Bolsa local caiu 3,35% e o dólar subiu 4,14%.

Na verdade, os tempos apontam para o oposto, apontam para alto grau de imprevisibilidade, não só no Brasil, mas também nas economias líderes. Isso tem consequência.

Convém alinhavar algumas dessas imprevisibilidades, a começar pelas que têm origem lá fora. Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou uma inflação (evolução da CPI, na sigla em inglês) em outubro mais branda do que a esperada, de 0,4%, que aponta para 7,7% em 12 meses. Foi informação suficiente para produzir comemoração nas bolsas, porque esse recuo nos preços pode dispensar novas estocadas dos juros.

Mas a imprevisibilidade da inflação global continua afligindo homens de negócio, consumidores e investidores, pois ainda há muitas pontas soltas. Não se sabe até que ponto a guerra na Ucrânia vai continuar a empurrar para cima os preços do petróleo, do gás e dos alimentos; nem até onde pode ir a recessão na Europa e na China e, com ela, a redução dos preços das commodities; e muito menos até onde os grandes bancos centrais continuarão a encarecer o crédito.

Como a economia brasileira não é uma ilha, essas imprevisibilidades também produzem estragos por aqui, especialmente neste momento delicado – de troca de comandos e de certas mudanças na política econômica, que ainda não ficaram claras.

O Brasil é forte exportador de commodities e tanto seus preços como os fluxos de moeda estrangeira estão sujeitos a todo tipo de turbulência. Se a recessão bater também no Brasil, será inevitável uma queda de arrecadação e, com isso, os problemas fiscais podem se agravar.

Presidente eleito defendeu que é preciso colocar a questão social na frente de temas como a necessidade de ter uma âncora fiscal para controlar as despesas do governo.  Foto: Sergio Lima/ AFP

A inflação também está sujeita a imponderáveis, principalmente aos vaivéns dos preços dos combustíveis, às emissões de moeda e ao nível de renda do consumidor que, por sua vez, está sujeito ao comportamento do PIB. A alta de outubro veio acima da esperada, de 0,59%, em vez de algo em torno de 0,40%. E pode continuar subindo nas próximas leituras.

Previsibilidade também tem a ver com ancoragem das expectativas. Não basta conhecer as políticas que serão alteradas no Brasil e com qual intensidade. É preciso saber quem vai liderar essas alterações e com que prioridades. Enquanto não se souber quem se encarregará da condução da economia, grande número de incertezas continuará no ar e criará imprevisibilidades que Lula diz não desejar, mas que, nesta quinta-feira, chegou a alimentar com suas declarações que desvalorizaram o equilíbrio fiscal.

Nesta quinta-feira, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente eleito, reconheceu a importância da previsibilidade em economia. Mas criou instabilidade com suas críticas à estabilidade fiscal: a Bolsa local caiu 3,35% e o dólar subiu 4,14%.

Na verdade, os tempos apontam para o oposto, apontam para alto grau de imprevisibilidade, não só no Brasil, mas também nas economias líderes. Isso tem consequência.

Convém alinhavar algumas dessas imprevisibilidades, a começar pelas que têm origem lá fora. Nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou uma inflação (evolução da CPI, na sigla em inglês) em outubro mais branda do que a esperada, de 0,4%, que aponta para 7,7% em 12 meses. Foi informação suficiente para produzir comemoração nas bolsas, porque esse recuo nos preços pode dispensar novas estocadas dos juros.

Mas a imprevisibilidade da inflação global continua afligindo homens de negócio, consumidores e investidores, pois ainda há muitas pontas soltas. Não se sabe até que ponto a guerra na Ucrânia vai continuar a empurrar para cima os preços do petróleo, do gás e dos alimentos; nem até onde pode ir a recessão na Europa e na China e, com ela, a redução dos preços das commodities; e muito menos até onde os grandes bancos centrais continuarão a encarecer o crédito.

Como a economia brasileira não é uma ilha, essas imprevisibilidades também produzem estragos por aqui, especialmente neste momento delicado – de troca de comandos e de certas mudanças na política econômica, que ainda não ficaram claras.

O Brasil é forte exportador de commodities e tanto seus preços como os fluxos de moeda estrangeira estão sujeitos a todo tipo de turbulência. Se a recessão bater também no Brasil, será inevitável uma queda de arrecadação e, com isso, os problemas fiscais podem se agravar.

Presidente eleito defendeu que é preciso colocar a questão social na frente de temas como a necessidade de ter uma âncora fiscal para controlar as despesas do governo.  Foto: Sergio Lima/ AFP

A inflação também está sujeita a imponderáveis, principalmente aos vaivéns dos preços dos combustíveis, às emissões de moeda e ao nível de renda do consumidor que, por sua vez, está sujeito ao comportamento do PIB. A alta de outubro veio acima da esperada, de 0,59%, em vez de algo em torno de 0,40%. E pode continuar subindo nas próximas leituras.

Previsibilidade também tem a ver com ancoragem das expectativas. Não basta conhecer as políticas que serão alteradas no Brasil e com qual intensidade. É preciso saber quem vai liderar essas alterações e com que prioridades. Enquanto não se souber quem se encarregará da condução da economia, grande número de incertezas continuará no ar e criará imprevisibilidades que Lula diz não desejar, mas que, nesta quinta-feira, chegou a alimentar com suas declarações que desvalorizaram o equilíbrio fiscal.

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