Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Com Galípolo no comando do BC, quem será o novo bode expiatório do presidente Lula?


Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central, substituindo Roberto Campos Neto, que vem sendo malhado desde o início do governo pelo atual patamar de juros

Por Celso Ming
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de indicar o atual diretor de Política Monetária, o economista Gabriel Galípolo, para presidente do Banco Central. Era o nome in pectore, como se denominam certos candidatos a cardeal.

Tanto o presidente Lula desancou o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sobreveio a cisma de que Galípolo, ou outro que eventualmente viesse a ser nomeado para o cargo, não passaria de pau-mandado do governo para derrubar os juros a canetadas.

A cisma foi exacerbada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, quando os quatro encaminhados por Lula à diretoria do Banco Central divergiram na votação dos outros cinco.

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Para esconjurar esse rótulo e assumir o cargo com a credibilidade em alta com os fazedores de preços e o mercado financeiro, como convém a todo presidente de banco central, Galípolo deixou de lado sua discrição anterior e se apresentou como um “durão”, chegando mesmo a declarar que nova alta dos juros estava sobre a mesa do Copom, na contramão de todas as espinafrações do presidente Lula contra os juros altos. Nessa operação “mostra cara”, Galípolo pode ter exagerado um pouco, o que o levou a pedir a reinterpretação de algumas de suas declarações. Até aqui, tudo normal, porque a calibragem correta na tarefa de formatar expectativas é sempre delicada e exige tarimba.

Além da vaga do presidente do Banco Central, abrem-se mais três que terão de ser preenchidas até 31 de dezembro. Assim, já a partir de janeiro, o presidente Lula terá a maioria entre os nove membros do Copom.

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Como não se espera que Galípolo e os outros cinco que terão sido nomeados por Lula causarão a mesma devastação na política monetária produzida pelo “yes man” Alexandre Tombini durante a administração Dilma, mas terão de garantir a confiança dos mercados, o presidente Lula não poderá mais torpedear a nova direção do Banco Central como torpedeou a atual.

O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central (BC).  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O crédito continuará caro por um bom tempo e os juros “escorchantes” (nos critérios do governo PT) também terão de continuar assim. Além disso, as mazelas da economia permanecerão aí a desafiar a administração e à espera de culpados sobre quem descarregar responsabilidades.

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Em março de 1961, no início do governo Jânio Quadros, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), embrião do atual Banco Central, mudou tudo no câmbio, por meio da famosa Instrução 204. Alguém lembrou então ao presidente que os Estados Unidos não eram a causa do rombo fiscal produzido pelos subsídios cambiais, como apontado pelo governo. Jânio disparou: “O senhor não entendeu. Sempre é preciso um culpado...”

Agora, também. Pois o presidente Lula terá de escolher novo bode expiatório para despachar para o deserto, no lugar do culpado de agora, Roberto Campos Neto.

Senhores e senhoras, quem será o novo bode? Façam suas apostas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de indicar o atual diretor de Política Monetária, o economista Gabriel Galípolo, para presidente do Banco Central. Era o nome in pectore, como se denominam certos candidatos a cardeal.

Tanto o presidente Lula desancou o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sobreveio a cisma de que Galípolo, ou outro que eventualmente viesse a ser nomeado para o cargo, não passaria de pau-mandado do governo para derrubar os juros a canetadas.

A cisma foi exacerbada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, quando os quatro encaminhados por Lula à diretoria do Banco Central divergiram na votação dos outros cinco.

Para esconjurar esse rótulo e assumir o cargo com a credibilidade em alta com os fazedores de preços e o mercado financeiro, como convém a todo presidente de banco central, Galípolo deixou de lado sua discrição anterior e se apresentou como um “durão”, chegando mesmo a declarar que nova alta dos juros estava sobre a mesa do Copom, na contramão de todas as espinafrações do presidente Lula contra os juros altos. Nessa operação “mostra cara”, Galípolo pode ter exagerado um pouco, o que o levou a pedir a reinterpretação de algumas de suas declarações. Até aqui, tudo normal, porque a calibragem correta na tarefa de formatar expectativas é sempre delicada e exige tarimba.

Além da vaga do presidente do Banco Central, abrem-se mais três que terão de ser preenchidas até 31 de dezembro. Assim, já a partir de janeiro, o presidente Lula terá a maioria entre os nove membros do Copom.

Como não se espera que Galípolo e os outros cinco que terão sido nomeados por Lula causarão a mesma devastação na política monetária produzida pelo “yes man” Alexandre Tombini durante a administração Dilma, mas terão de garantir a confiança dos mercados, o presidente Lula não poderá mais torpedear a nova direção do Banco Central como torpedeou a atual.

O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central (BC).  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O crédito continuará caro por um bom tempo e os juros “escorchantes” (nos critérios do governo PT) também terão de continuar assim. Além disso, as mazelas da economia permanecerão aí a desafiar a administração e à espera de culpados sobre quem descarregar responsabilidades.

Em março de 1961, no início do governo Jânio Quadros, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), embrião do atual Banco Central, mudou tudo no câmbio, por meio da famosa Instrução 204. Alguém lembrou então ao presidente que os Estados Unidos não eram a causa do rombo fiscal produzido pelos subsídios cambiais, como apontado pelo governo. Jânio disparou: “O senhor não entendeu. Sempre é preciso um culpado...”

Agora, também. Pois o presidente Lula terá de escolher novo bode expiatório para despachar para o deserto, no lugar do culpado de agora, Roberto Campos Neto.

Senhores e senhoras, quem será o novo bode? Façam suas apostas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de indicar o atual diretor de Política Monetária, o economista Gabriel Galípolo, para presidente do Banco Central. Era o nome in pectore, como se denominam certos candidatos a cardeal.

Tanto o presidente Lula desancou o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sobreveio a cisma de que Galípolo, ou outro que eventualmente viesse a ser nomeado para o cargo, não passaria de pau-mandado do governo para derrubar os juros a canetadas.

A cisma foi exacerbada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, quando os quatro encaminhados por Lula à diretoria do Banco Central divergiram na votação dos outros cinco.

Para esconjurar esse rótulo e assumir o cargo com a credibilidade em alta com os fazedores de preços e o mercado financeiro, como convém a todo presidente de banco central, Galípolo deixou de lado sua discrição anterior e se apresentou como um “durão”, chegando mesmo a declarar que nova alta dos juros estava sobre a mesa do Copom, na contramão de todas as espinafrações do presidente Lula contra os juros altos. Nessa operação “mostra cara”, Galípolo pode ter exagerado um pouco, o que o levou a pedir a reinterpretação de algumas de suas declarações. Até aqui, tudo normal, porque a calibragem correta na tarefa de formatar expectativas é sempre delicada e exige tarimba.

Além da vaga do presidente do Banco Central, abrem-se mais três que terão de ser preenchidas até 31 de dezembro. Assim, já a partir de janeiro, o presidente Lula terá a maioria entre os nove membros do Copom.

Como não se espera que Galípolo e os outros cinco que terão sido nomeados por Lula causarão a mesma devastação na política monetária produzida pelo “yes man” Alexandre Tombini durante a administração Dilma, mas terão de garantir a confiança dos mercados, o presidente Lula não poderá mais torpedear a nova direção do Banco Central como torpedeou a atual.

O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central (BC).  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O crédito continuará caro por um bom tempo e os juros “escorchantes” (nos critérios do governo PT) também terão de continuar assim. Além disso, as mazelas da economia permanecerão aí a desafiar a administração e à espera de culpados sobre quem descarregar responsabilidades.

Em março de 1961, no início do governo Jânio Quadros, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), embrião do atual Banco Central, mudou tudo no câmbio, por meio da famosa Instrução 204. Alguém lembrou então ao presidente que os Estados Unidos não eram a causa do rombo fiscal produzido pelos subsídios cambiais, como apontado pelo governo. Jânio disparou: “O senhor não entendeu. Sempre é preciso um culpado...”

Agora, também. Pois o presidente Lula terá de escolher novo bode expiatório para despachar para o deserto, no lugar do culpado de agora, Roberto Campos Neto.

Senhores e senhoras, quem será o novo bode? Façam suas apostas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de indicar o atual diretor de Política Monetária, o economista Gabriel Galípolo, para presidente do Banco Central. Era o nome in pectore, como se denominam certos candidatos a cardeal.

Tanto o presidente Lula desancou o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sobreveio a cisma de que Galípolo, ou outro que eventualmente viesse a ser nomeado para o cargo, não passaria de pau-mandado do governo para derrubar os juros a canetadas.

A cisma foi exacerbada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, quando os quatro encaminhados por Lula à diretoria do Banco Central divergiram na votação dos outros cinco.

Para esconjurar esse rótulo e assumir o cargo com a credibilidade em alta com os fazedores de preços e o mercado financeiro, como convém a todo presidente de banco central, Galípolo deixou de lado sua discrição anterior e se apresentou como um “durão”, chegando mesmo a declarar que nova alta dos juros estava sobre a mesa do Copom, na contramão de todas as espinafrações do presidente Lula contra os juros altos. Nessa operação “mostra cara”, Galípolo pode ter exagerado um pouco, o que o levou a pedir a reinterpretação de algumas de suas declarações. Até aqui, tudo normal, porque a calibragem correta na tarefa de formatar expectativas é sempre delicada e exige tarimba.

Além da vaga do presidente do Banco Central, abrem-se mais três que terão de ser preenchidas até 31 de dezembro. Assim, já a partir de janeiro, o presidente Lula terá a maioria entre os nove membros do Copom.

Como não se espera que Galípolo e os outros cinco que terão sido nomeados por Lula causarão a mesma devastação na política monetária produzida pelo “yes man” Alexandre Tombini durante a administração Dilma, mas terão de garantir a confiança dos mercados, o presidente Lula não poderá mais torpedear a nova direção do Banco Central como torpedeou a atual.

O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central (BC).  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O crédito continuará caro por um bom tempo e os juros “escorchantes” (nos critérios do governo PT) também terão de continuar assim. Além disso, as mazelas da economia permanecerão aí a desafiar a administração e à espera de culpados sobre quem descarregar responsabilidades.

Em março de 1961, no início do governo Jânio Quadros, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), embrião do atual Banco Central, mudou tudo no câmbio, por meio da famosa Instrução 204. Alguém lembrou então ao presidente que os Estados Unidos não eram a causa do rombo fiscal produzido pelos subsídios cambiais, como apontado pelo governo. Jânio disparou: “O senhor não entendeu. Sempre é preciso um culpado...”

Agora, também. Pois o presidente Lula terá de escolher novo bode expiatório para despachar para o deserto, no lugar do culpado de agora, Roberto Campos Neto.

Senhores e senhoras, quem será o novo bode? Façam suas apostas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de indicar o atual diretor de Política Monetária, o economista Gabriel Galípolo, para presidente do Banco Central. Era o nome in pectore, como se denominam certos candidatos a cardeal.

Tanto o presidente Lula desancou o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sobreveio a cisma de que Galípolo, ou outro que eventualmente viesse a ser nomeado para o cargo, não passaria de pau-mandado do governo para derrubar os juros a canetadas.

A cisma foi exacerbada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, quando os quatro encaminhados por Lula à diretoria do Banco Central divergiram na votação dos outros cinco.

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Além da vaga do presidente do Banco Central, abrem-se mais três que terão de ser preenchidas até 31 de dezembro. Assim, já a partir de janeiro, o presidente Lula terá a maioria entre os nove membros do Copom.

Como não se espera que Galípolo e os outros cinco que terão sido nomeados por Lula causarão a mesma devastação na política monetária produzida pelo “yes man” Alexandre Tombini durante a administração Dilma, mas terão de garantir a confiança dos mercados, o presidente Lula não poderá mais torpedear a nova direção do Banco Central como torpedeou a atual.

O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central (BC).  Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O crédito continuará caro por um bom tempo e os juros “escorchantes” (nos critérios do governo PT) também terão de continuar assim. Além disso, as mazelas da economia permanecerão aí a desafiar a administração e à espera de culpados sobre quem descarregar responsabilidades.

Em março de 1961, no início do governo Jânio Quadros, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), embrião do atual Banco Central, mudou tudo no câmbio, por meio da famosa Instrução 204. Alguém lembrou então ao presidente que os Estados Unidos não eram a causa do rombo fiscal produzido pelos subsídios cambiais, como apontado pelo governo. Jânio disparou: “O senhor não entendeu. Sempre é preciso um culpado...”

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