Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Energia solar precisa de mais musculatura


Setor já conta com uma importante cadeia de valor na geração de produtos e de serviços, mas ainda há incertezas a serem superadas para os negócios na área se desenvolverem de forma mais sustentável

Por Celso Ming

O Brasil tem aptidão natural para geração de energia limpa e renovável, num momento em que a transição energética virou prioridade no mundo inteiro.

Esta é uma enorme oportunidade para acelerar o desenvolvimento e criar empregos, renda e arrecadação de impostos. No entanto, por aqui as coisas continuam lentas; há declaração de intenções, mas falta formulação de políticas públicas. Até agora, por exemplo, não há definições sobre como o País poderá se tornar grande produtor de hidrogênio verde, uma das commodities do futuro.

Apesar das vacilações, o segmento da energia solar avança meio na base da espontaneidade, tanto nos grandes empreendimentos como no investimento formiga. Já está em funcionamento uma importante cadeia de valor na geração de produtos e de serviços que gravitam em torno dessa área. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) dão conta de que, desde 2012, o setor recolheu R$ 45,8 bilhões aos cofres públicos e abriu mais de 911,4 mil postos de trabalho  diretos e indiretos.

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O recuo dos preços dos sistemas fotovoltaicos foi fator determinante para esse desenvolvimento. Desde 2016, o preço médio de um sistema residencial de quatro quilowatts-pico (kWp) acumula redução de 50% (veja o gráfico); e para os sistemas de grandes usinas (50 kWp), a queda foi de 46% no mesmo período. Somente em 2022, a queda média foi de 12%.

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Mas há outros pontos que explicam essa redução de custos. A maioria das placas solares que compõem os módulos e os inversores é importada. A redução dos preços não aconteceu apenas no âmbito dos fornecedores externos. O frete mais baixo e a existência de grande estoque de equipamentos no atacado ajudaram na redução de preços. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou 5 gigawatts (GW) em painéis solares da China – que é o maior fornecedor do mundo, como apontou levantamento da consultoria InfoLink Consulting.

Por enquanto, é baixa a produção local, mas um decreto presidencial, de março deste ano, zerou os impostos federais sobre a produção de painéis solares até dezembro de 2026 para empresas habilitadas ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). Isso pode estimular a indústria local.

O aumento da competição também tem impacto nessa redução, já que parte do preço para o consumidor final inclui os serviços de integração. E está nesse segmento um dos maiores triunfos do desenvolvimento do mercado solar brasileiro.

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Hoje, mais de 30 mil empresas estão nesse mercado. A maior parte atua como integradores solar – ofertando serviços de venda de materiais, projetos, instalações e manutenção dos sistemas. Conforme informações da consultoria Greener, 94% dessas empresas são de pequeno porte e 76%,optantes do regime tributário do Simples Nacional.

Ou seja, o aumento da musculatura do setor passa pelo crescimento dessas empresas, o que, por sua vez, “exige melhora do ambiente de negócios e regras mais claras, sobretudo na geração distribuída, que eliminem as incertezas que ainda tolhem o setor”, adverte Marcio Takata, CEO da Greener.  /COM PABLO SANTANA

O Brasil tem aptidão natural para geração de energia limpa e renovável, num momento em que a transição energética virou prioridade no mundo inteiro.

Esta é uma enorme oportunidade para acelerar o desenvolvimento e criar empregos, renda e arrecadação de impostos. No entanto, por aqui as coisas continuam lentas; há declaração de intenções, mas falta formulação de políticas públicas. Até agora, por exemplo, não há definições sobre como o País poderá se tornar grande produtor de hidrogênio verde, uma das commodities do futuro.

Apesar das vacilações, o segmento da energia solar avança meio na base da espontaneidade, tanto nos grandes empreendimentos como no investimento formiga. Já está em funcionamento uma importante cadeia de valor na geração de produtos e de serviços que gravitam em torno dessa área. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) dão conta de que, desde 2012, o setor recolheu R$ 45,8 bilhões aos cofres públicos e abriu mais de 911,4 mil postos de trabalho  diretos e indiretos.

O recuo dos preços dos sistemas fotovoltaicos foi fator determinante para esse desenvolvimento. Desde 2016, o preço médio de um sistema residencial de quatro quilowatts-pico (kWp) acumula redução de 50% (veja o gráfico); e para os sistemas de grandes usinas (50 kWp), a queda foi de 46% no mesmo período. Somente em 2022, a queda média foi de 12%.

Mas há outros pontos que explicam essa redução de custos. A maioria das placas solares que compõem os módulos e os inversores é importada. A redução dos preços não aconteceu apenas no âmbito dos fornecedores externos. O frete mais baixo e a existência de grande estoque de equipamentos no atacado ajudaram na redução de preços. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou 5 gigawatts (GW) em painéis solares da China – que é o maior fornecedor do mundo, como apontou levantamento da consultoria InfoLink Consulting.

Por enquanto, é baixa a produção local, mas um decreto presidencial, de março deste ano, zerou os impostos federais sobre a produção de painéis solares até dezembro de 2026 para empresas habilitadas ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). Isso pode estimular a indústria local.

O aumento da competição também tem impacto nessa redução, já que parte do preço para o consumidor final inclui os serviços de integração. E está nesse segmento um dos maiores triunfos do desenvolvimento do mercado solar brasileiro.

Hoje, mais de 30 mil empresas estão nesse mercado. A maior parte atua como integradores solar – ofertando serviços de venda de materiais, projetos, instalações e manutenção dos sistemas. Conforme informações da consultoria Greener, 94% dessas empresas são de pequeno porte e 76%,optantes do regime tributário do Simples Nacional.

Ou seja, o aumento da musculatura do setor passa pelo crescimento dessas empresas, o que, por sua vez, “exige melhora do ambiente de negócios e regras mais claras, sobretudo na geração distribuída, que eliminem as incertezas que ainda tolhem o setor”, adverte Marcio Takata, CEO da Greener.  /COM PABLO SANTANA

O Brasil tem aptidão natural para geração de energia limpa e renovável, num momento em que a transição energética virou prioridade no mundo inteiro.

Esta é uma enorme oportunidade para acelerar o desenvolvimento e criar empregos, renda e arrecadação de impostos. No entanto, por aqui as coisas continuam lentas; há declaração de intenções, mas falta formulação de políticas públicas. Até agora, por exemplo, não há definições sobre como o País poderá se tornar grande produtor de hidrogênio verde, uma das commodities do futuro.

Apesar das vacilações, o segmento da energia solar avança meio na base da espontaneidade, tanto nos grandes empreendimentos como no investimento formiga. Já está em funcionamento uma importante cadeia de valor na geração de produtos e de serviços que gravitam em torno dessa área. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) dão conta de que, desde 2012, o setor recolheu R$ 45,8 bilhões aos cofres públicos e abriu mais de 911,4 mil postos de trabalho  diretos e indiretos.

O recuo dos preços dos sistemas fotovoltaicos foi fator determinante para esse desenvolvimento. Desde 2016, o preço médio de um sistema residencial de quatro quilowatts-pico (kWp) acumula redução de 50% (veja o gráfico); e para os sistemas de grandes usinas (50 kWp), a queda foi de 46% no mesmo período. Somente em 2022, a queda média foi de 12%.

Mas há outros pontos que explicam essa redução de custos. A maioria das placas solares que compõem os módulos e os inversores é importada. A redução dos preços não aconteceu apenas no âmbito dos fornecedores externos. O frete mais baixo e a existência de grande estoque de equipamentos no atacado ajudaram na redução de preços. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou 5 gigawatts (GW) em painéis solares da China – que é o maior fornecedor do mundo, como apontou levantamento da consultoria InfoLink Consulting.

Por enquanto, é baixa a produção local, mas um decreto presidencial, de março deste ano, zerou os impostos federais sobre a produção de painéis solares até dezembro de 2026 para empresas habilitadas ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). Isso pode estimular a indústria local.

O aumento da competição também tem impacto nessa redução, já que parte do preço para o consumidor final inclui os serviços de integração. E está nesse segmento um dos maiores triunfos do desenvolvimento do mercado solar brasileiro.

Hoje, mais de 30 mil empresas estão nesse mercado. A maior parte atua como integradores solar – ofertando serviços de venda de materiais, projetos, instalações e manutenção dos sistemas. Conforme informações da consultoria Greener, 94% dessas empresas são de pequeno porte e 76%,optantes do regime tributário do Simples Nacional.

Ou seja, o aumento da musculatura do setor passa pelo crescimento dessas empresas, o que, por sua vez, “exige melhora do ambiente de negócios e regras mais claras, sobretudo na geração distribuída, que eliminem as incertezas que ainda tolhem o setor”, adverte Marcio Takata, CEO da Greener.  /COM PABLO SANTANA

O Brasil tem aptidão natural para geração de energia limpa e renovável, num momento em que a transição energética virou prioridade no mundo inteiro.

Esta é uma enorme oportunidade para acelerar o desenvolvimento e criar empregos, renda e arrecadação de impostos. No entanto, por aqui as coisas continuam lentas; há declaração de intenções, mas falta formulação de políticas públicas. Até agora, por exemplo, não há definições sobre como o País poderá se tornar grande produtor de hidrogênio verde, uma das commodities do futuro.

Apesar das vacilações, o segmento da energia solar avança meio na base da espontaneidade, tanto nos grandes empreendimentos como no investimento formiga. Já está em funcionamento uma importante cadeia de valor na geração de produtos e de serviços que gravitam em torno dessa área. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) dão conta de que, desde 2012, o setor recolheu R$ 45,8 bilhões aos cofres públicos e abriu mais de 911,4 mil postos de trabalho  diretos e indiretos.

O recuo dos preços dos sistemas fotovoltaicos foi fator determinante para esse desenvolvimento. Desde 2016, o preço médio de um sistema residencial de quatro quilowatts-pico (kWp) acumula redução de 50% (veja o gráfico); e para os sistemas de grandes usinas (50 kWp), a queda foi de 46% no mesmo período. Somente em 2022, a queda média foi de 12%.

Mas há outros pontos que explicam essa redução de custos. A maioria das placas solares que compõem os módulos e os inversores é importada. A redução dos preços não aconteceu apenas no âmbito dos fornecedores externos. O frete mais baixo e a existência de grande estoque de equipamentos no atacado ajudaram na redução de preços. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou 5 gigawatts (GW) em painéis solares da China – que é o maior fornecedor do mundo, como apontou levantamento da consultoria InfoLink Consulting.

Por enquanto, é baixa a produção local, mas um decreto presidencial, de março deste ano, zerou os impostos federais sobre a produção de painéis solares até dezembro de 2026 para empresas habilitadas ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). Isso pode estimular a indústria local.

O aumento da competição também tem impacto nessa redução, já que parte do preço para o consumidor final inclui os serviços de integração. E está nesse segmento um dos maiores triunfos do desenvolvimento do mercado solar brasileiro.

Hoje, mais de 30 mil empresas estão nesse mercado. A maior parte atua como integradores solar – ofertando serviços de venda de materiais, projetos, instalações e manutenção dos sistemas. Conforme informações da consultoria Greener, 94% dessas empresas são de pequeno porte e 76%,optantes do regime tributário do Simples Nacional.

Ou seja, o aumento da musculatura do setor passa pelo crescimento dessas empresas, o que, por sua vez, “exige melhora do ambiente de negócios e regras mais claras, sobretudo na geração distribuída, que eliminem as incertezas que ainda tolhem o setor”, adverte Marcio Takata, CEO da Greener.  /COM PABLO SANTANA

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