Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Governo Lula finalmente dá o primeiro passo para reduzir o rombo fiscal


Congelamento de R$ 15 bi é passo na direção certa, apesar das fartas manobras e declarações em contrário feitas pelo presidente Lula

Por Celso Ming
Atualização:

Foi preciso mais pressão e nova esticada nas cotações do dólar para que o governo Lula se mexesse e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciasse o congelamento de cerca de R$15 bilhões (R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bi contingenciados) nas despesas públicas para reduzir o déficit fiscal neste ano.

Tudo indica que ainda é pouco se o objetivo é atingir as metas do arcabouço fiscal, porque as receitas parecem superestimadas e as despesas, subestimadas. Mas é passo na direção certa, apesar das fartas manobras e declarações em contrário feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, ajuda a melhorar a percepção sobre o comportamento da economia neste segundo semestre. O Fundo Monetário Internacional (FMI) recentemente reduziu as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste 2024 por conta do impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul, mas melhorou suas estimativas sobre o avanço do PIB para 2025, de 2,1% para 2,4%. Não é ainda prenúncio de crescimento sustentável, porque poupança e investimentos continuam muito baixos, mas é mais do que boa parte das projeções vinha apontando.

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Também a inflação pode ficar pouco abaixo dos 4% neste ano (a meta é 3%), como os números de junho, surpreendentemente positivos, chegaram a indicar. Mais atividade econômica e inflação sob relativo controle também indicam alguma melhora da arrecadação.

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As contas externas continuam exuberantes, apesar da quebra de quase 10% no volume das safras agrícolas, em consequência de clima adverso no País. O superávit da balança comercial (exportações menos importações) pode chegar aos US$ 85 bilhões. E a expectativa de entrada de Investimento Direto no País continua nos US$ 70 bilhões. E, para reforço da tranquilidade, as reservas externas se mantêm nos US$ 357 bilhões, o que por si só desestimula corridas ao dólar.

Outro indicador positivo é o da queda do desemprego no trimestre encerrado em maio, agora nos 7,1%, o mais baixo desde 2014, fator que deve ajudar na recuperação da renda média nas faixas mais pobres da população. É também sinal de que a reforma trabalhista, levada a cabo no período Temer, vem produzindo efeitos positivos.

O setor-chave que continua preocupando é o das contas públicas. O governo vinha no modo gastança, especialmente diante do temor de maus resultados nas eleições de outubro. O presidente Lula parece convencido de que qualquer aumento de incertezas nessa área tende a botar abaixo a percepção do que está melhor na economia e a puxar para cima as cotações da moeda estrangeira, mesmo com os bons resultados da área externa.

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Daí o primeiro sinal verde para bloquear e contingenciar despesas públicas.

Foi preciso mais pressão e nova esticada nas cotações do dólar para que o governo Lula se mexesse e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciasse o congelamento de cerca de R$15 bilhões (R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bi contingenciados) nas despesas públicas para reduzir o déficit fiscal neste ano.

Tudo indica que ainda é pouco se o objetivo é atingir as metas do arcabouço fiscal, porque as receitas parecem superestimadas e as despesas, subestimadas. Mas é passo na direção certa, apesar das fartas manobras e declarações em contrário feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, ajuda a melhorar a percepção sobre o comportamento da economia neste segundo semestre. O Fundo Monetário Internacional (FMI) recentemente reduziu as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste 2024 por conta do impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul, mas melhorou suas estimativas sobre o avanço do PIB para 2025, de 2,1% para 2,4%. Não é ainda prenúncio de crescimento sustentável, porque poupança e investimentos continuam muito baixos, mas é mais do que boa parte das projeções vinha apontando.

Também a inflação pode ficar pouco abaixo dos 4% neste ano (a meta é 3%), como os números de junho, surpreendentemente positivos, chegaram a indicar. Mais atividade econômica e inflação sob relativo controle também indicam alguma melhora da arrecadação.

As contas externas continuam exuberantes, apesar da quebra de quase 10% no volume das safras agrícolas, em consequência de clima adverso no País. O superávit da balança comercial (exportações menos importações) pode chegar aos US$ 85 bilhões. E a expectativa de entrada de Investimento Direto no País continua nos US$ 70 bilhões. E, para reforço da tranquilidade, as reservas externas se mantêm nos US$ 357 bilhões, o que por si só desestimula corridas ao dólar.

Outro indicador positivo é o da queda do desemprego no trimestre encerrado em maio, agora nos 7,1%, o mais baixo desde 2014, fator que deve ajudar na recuperação da renda média nas faixas mais pobres da população. É também sinal de que a reforma trabalhista, levada a cabo no período Temer, vem produzindo efeitos positivos.

O setor-chave que continua preocupando é o das contas públicas. O governo vinha no modo gastança, especialmente diante do temor de maus resultados nas eleições de outubro. O presidente Lula parece convencido de que qualquer aumento de incertezas nessa área tende a botar abaixo a percepção do que está melhor na economia e a puxar para cima as cotações da moeda estrangeira, mesmo com os bons resultados da área externa.

Daí o primeiro sinal verde para bloquear e contingenciar despesas públicas.

Foi preciso mais pressão e nova esticada nas cotações do dólar para que o governo Lula se mexesse e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciasse o congelamento de cerca de R$15 bilhões (R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bi contingenciados) nas despesas públicas para reduzir o déficit fiscal neste ano.

Tudo indica que ainda é pouco se o objetivo é atingir as metas do arcabouço fiscal, porque as receitas parecem superestimadas e as despesas, subestimadas. Mas é passo na direção certa, apesar das fartas manobras e declarações em contrário feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, ajuda a melhorar a percepção sobre o comportamento da economia neste segundo semestre. O Fundo Monetário Internacional (FMI) recentemente reduziu as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste 2024 por conta do impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul, mas melhorou suas estimativas sobre o avanço do PIB para 2025, de 2,1% para 2,4%. Não é ainda prenúncio de crescimento sustentável, porque poupança e investimentos continuam muito baixos, mas é mais do que boa parte das projeções vinha apontando.

Também a inflação pode ficar pouco abaixo dos 4% neste ano (a meta é 3%), como os números de junho, surpreendentemente positivos, chegaram a indicar. Mais atividade econômica e inflação sob relativo controle também indicam alguma melhora da arrecadação.

As contas externas continuam exuberantes, apesar da quebra de quase 10% no volume das safras agrícolas, em consequência de clima adverso no País. O superávit da balança comercial (exportações menos importações) pode chegar aos US$ 85 bilhões. E a expectativa de entrada de Investimento Direto no País continua nos US$ 70 bilhões. E, para reforço da tranquilidade, as reservas externas se mantêm nos US$ 357 bilhões, o que por si só desestimula corridas ao dólar.

Outro indicador positivo é o da queda do desemprego no trimestre encerrado em maio, agora nos 7,1%, o mais baixo desde 2014, fator que deve ajudar na recuperação da renda média nas faixas mais pobres da população. É também sinal de que a reforma trabalhista, levada a cabo no período Temer, vem produzindo efeitos positivos.

O setor-chave que continua preocupando é o das contas públicas. O governo vinha no modo gastança, especialmente diante do temor de maus resultados nas eleições de outubro. O presidente Lula parece convencido de que qualquer aumento de incertezas nessa área tende a botar abaixo a percepção do que está melhor na economia e a puxar para cima as cotações da moeda estrangeira, mesmo com os bons resultados da área externa.

Daí o primeiro sinal verde para bloquear e contingenciar despesas públicas.

Foi preciso mais pressão e nova esticada nas cotações do dólar para que o governo Lula se mexesse e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciasse o congelamento de cerca de R$15 bilhões (R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bi contingenciados) nas despesas públicas para reduzir o déficit fiscal neste ano.

Tudo indica que ainda é pouco se o objetivo é atingir as metas do arcabouço fiscal, porque as receitas parecem superestimadas e as despesas, subestimadas. Mas é passo na direção certa, apesar das fartas manobras e declarações em contrário feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, ajuda a melhorar a percepção sobre o comportamento da economia neste segundo semestre. O Fundo Monetário Internacional (FMI) recentemente reduziu as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste 2024 por conta do impacto da tragédia climática no Rio Grande do Sul, mas melhorou suas estimativas sobre o avanço do PIB para 2025, de 2,1% para 2,4%. Não é ainda prenúncio de crescimento sustentável, porque poupança e investimentos continuam muito baixos, mas é mais do que boa parte das projeções vinha apontando.

Também a inflação pode ficar pouco abaixo dos 4% neste ano (a meta é 3%), como os números de junho, surpreendentemente positivos, chegaram a indicar. Mais atividade econômica e inflação sob relativo controle também indicam alguma melhora da arrecadação.

As contas externas continuam exuberantes, apesar da quebra de quase 10% no volume das safras agrícolas, em consequência de clima adverso no País. O superávit da balança comercial (exportações menos importações) pode chegar aos US$ 85 bilhões. E a expectativa de entrada de Investimento Direto no País continua nos US$ 70 bilhões. E, para reforço da tranquilidade, as reservas externas se mantêm nos US$ 357 bilhões, o que por si só desestimula corridas ao dólar.

Outro indicador positivo é o da queda do desemprego no trimestre encerrado em maio, agora nos 7,1%, o mais baixo desde 2014, fator que deve ajudar na recuperação da renda média nas faixas mais pobres da população. É também sinal de que a reforma trabalhista, levada a cabo no período Temer, vem produzindo efeitos positivos.

O setor-chave que continua preocupando é o das contas públicas. O governo vinha no modo gastança, especialmente diante do temor de maus resultados nas eleições de outubro. O presidente Lula parece convencido de que qualquer aumento de incertezas nessa área tende a botar abaixo a percepção do que está melhor na economia e a puxar para cima as cotações da moeda estrangeira, mesmo com os bons resultados da área externa.

Daí o primeiro sinal verde para bloquear e contingenciar despesas públicas.

Opinião por Celso Ming

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