Jornalista e comentarista de economia

Opinião|As dívidas no país do fiado


Mesmo com esforços para renegociação de dívidas e reduções de juros, a inadimplência segue avançando no Brasil, o que indica que é preciso mais que ações pontuais e regulações em alguns setores de crédito

Por Celso Ming e Pablo Santana
Atualização:

A inadimplência (dívidas não honradas) da população não para de crescer. É um tema sensível não só na economia, mas, também, na política.

A maior parte das discussões sobre o nível de endividamento da população, o tamanho dos juros, a necessidade de renegociar e de perdoar dívidas continua sendo tema importante para as eleições deste ano e, mais ainda, para as de 2026.

O número de famílias inadimplentes chegou a 29,5% dos lares brasileiros em 2023, o maior desde 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A proporção média de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também avançou, como aponta a Peic, para 12,1% do total de consumidores do País - máxima histórica.

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Mesmo com o recuo da inflação e com certa resiliência do mercado de trabalho, que ajudam a aumentar a renda das famílias, o consumidor brasileiro continua com dificuldade de pagar todas as suas contas. Em dezembro do ano passado, a proporção de adultos negativados foi 3,6% acima da registrada no fim de 2022, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil. Ao todo, são 66,1 milhões de pessoas em falta com seus credores – quatro a cada dez.

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Não bastam iniciativas do tipo Desenrola Brasil, recentemente prorrogado pelo governo Lula. O velho Brasil do fiado – e do calote – continua aí a demonstrar que o consumidor lida mal com suas limitações orçamentárias. Daí a necessidade de adotar políticas públicas de longo prazo de modo a mudar a mentalidade do consumidor para a tomada de decisões mais conscientes na administração de suas finanças pessoais. É o que pontua Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV.

“A falta de educação financeira agrava o problema, porque muitas vezes as pessoas não têm noção do impacto dos juros sobre suas dívidas ou de seu impacto no orçamento. O descasamento entre a redução dos juros básicos e o custo real do crédito é outro fator que cria um ciclo vicioso de endividamento.”

O governo vem ensaiando ações nesse campo, como as novas regras para o teto de juros no rotativo do cartão de crédito e no consignado. E tem o Desenrola Brasil, já mencionado, que deveria beneficiar 70 milhões de pessoas, mas que, até agora, não atendeu nem 11 milhões.

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Mas a educação financeira e essas ações pontuais não conseguirão reduzir o problema. É preciso empenho político para inibir a oferta predatória de crédito, criar regulações e reavaliar o papel do setor financeiro nessas renegociações que postergam indefinidamente essas dívidas a juros mais altos e que, muitas vezes, empurram o devedor para a tomada de novos empréstimos para quitar suas dívidas.

A inadimplência (dívidas não honradas) da população não para de crescer. É um tema sensível não só na economia, mas, também, na política.

A maior parte das discussões sobre o nível de endividamento da população, o tamanho dos juros, a necessidade de renegociar e de perdoar dívidas continua sendo tema importante para as eleições deste ano e, mais ainda, para as de 2026.

O número de famílias inadimplentes chegou a 29,5% dos lares brasileiros em 2023, o maior desde 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A proporção média de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também avançou, como aponta a Peic, para 12,1% do total de consumidores do País - máxima histórica.

Mesmo com o recuo da inflação e com certa resiliência do mercado de trabalho, que ajudam a aumentar a renda das famílias, o consumidor brasileiro continua com dificuldade de pagar todas as suas contas. Em dezembro do ano passado, a proporção de adultos negativados foi 3,6% acima da registrada no fim de 2022, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil. Ao todo, são 66,1 milhões de pessoas em falta com seus credores – quatro a cada dez.

Não bastam iniciativas do tipo Desenrola Brasil, recentemente prorrogado pelo governo Lula. O velho Brasil do fiado – e do calote – continua aí a demonstrar que o consumidor lida mal com suas limitações orçamentárias. Daí a necessidade de adotar políticas públicas de longo prazo de modo a mudar a mentalidade do consumidor para a tomada de decisões mais conscientes na administração de suas finanças pessoais. É o que pontua Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV.

“A falta de educação financeira agrava o problema, porque muitas vezes as pessoas não têm noção do impacto dos juros sobre suas dívidas ou de seu impacto no orçamento. O descasamento entre a redução dos juros básicos e o custo real do crédito é outro fator que cria um ciclo vicioso de endividamento.”

O governo vem ensaiando ações nesse campo, como as novas regras para o teto de juros no rotativo do cartão de crédito e no consignado. E tem o Desenrola Brasil, já mencionado, que deveria beneficiar 70 milhões de pessoas, mas que, até agora, não atendeu nem 11 milhões.

Mas a educação financeira e essas ações pontuais não conseguirão reduzir o problema. É preciso empenho político para inibir a oferta predatória de crédito, criar regulações e reavaliar o papel do setor financeiro nessas renegociações que postergam indefinidamente essas dívidas a juros mais altos e que, muitas vezes, empurram o devedor para a tomada de novos empréstimos para quitar suas dívidas.

A inadimplência (dívidas não honradas) da população não para de crescer. É um tema sensível não só na economia, mas, também, na política.

A maior parte das discussões sobre o nível de endividamento da população, o tamanho dos juros, a necessidade de renegociar e de perdoar dívidas continua sendo tema importante para as eleições deste ano e, mais ainda, para as de 2026.

O número de famílias inadimplentes chegou a 29,5% dos lares brasileiros em 2023, o maior desde 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A proporção média de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também avançou, como aponta a Peic, para 12,1% do total de consumidores do País - máxima histórica.

Mesmo com o recuo da inflação e com certa resiliência do mercado de trabalho, que ajudam a aumentar a renda das famílias, o consumidor brasileiro continua com dificuldade de pagar todas as suas contas. Em dezembro do ano passado, a proporção de adultos negativados foi 3,6% acima da registrada no fim de 2022, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil. Ao todo, são 66,1 milhões de pessoas em falta com seus credores – quatro a cada dez.

Não bastam iniciativas do tipo Desenrola Brasil, recentemente prorrogado pelo governo Lula. O velho Brasil do fiado – e do calote – continua aí a demonstrar que o consumidor lida mal com suas limitações orçamentárias. Daí a necessidade de adotar políticas públicas de longo prazo de modo a mudar a mentalidade do consumidor para a tomada de decisões mais conscientes na administração de suas finanças pessoais. É o que pontua Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV.

“A falta de educação financeira agrava o problema, porque muitas vezes as pessoas não têm noção do impacto dos juros sobre suas dívidas ou de seu impacto no orçamento. O descasamento entre a redução dos juros básicos e o custo real do crédito é outro fator que cria um ciclo vicioso de endividamento.”

O governo vem ensaiando ações nesse campo, como as novas regras para o teto de juros no rotativo do cartão de crédito e no consignado. E tem o Desenrola Brasil, já mencionado, que deveria beneficiar 70 milhões de pessoas, mas que, até agora, não atendeu nem 11 milhões.

Mas a educação financeira e essas ações pontuais não conseguirão reduzir o problema. É preciso empenho político para inibir a oferta predatória de crédito, criar regulações e reavaliar o papel do setor financeiro nessas renegociações que postergam indefinidamente essas dívidas a juros mais altos e que, muitas vezes, empurram o devedor para a tomada de novos empréstimos para quitar suas dívidas.

A inadimplência (dívidas não honradas) da população não para de crescer. É um tema sensível não só na economia, mas, também, na política.

A maior parte das discussões sobre o nível de endividamento da população, o tamanho dos juros, a necessidade de renegociar e de perdoar dívidas continua sendo tema importante para as eleições deste ano e, mais ainda, para as de 2026.

O número de famílias inadimplentes chegou a 29,5% dos lares brasileiros em 2023, o maior desde 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A proporção média de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também avançou, como aponta a Peic, para 12,1% do total de consumidores do País - máxima histórica.

Mesmo com o recuo da inflação e com certa resiliência do mercado de trabalho, que ajudam a aumentar a renda das famílias, o consumidor brasileiro continua com dificuldade de pagar todas as suas contas. Em dezembro do ano passado, a proporção de adultos negativados foi 3,6% acima da registrada no fim de 2022, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil. Ao todo, são 66,1 milhões de pessoas em falta com seus credores – quatro a cada dez.

Não bastam iniciativas do tipo Desenrola Brasil, recentemente prorrogado pelo governo Lula. O velho Brasil do fiado – e do calote – continua aí a demonstrar que o consumidor lida mal com suas limitações orçamentárias. Daí a necessidade de adotar políticas públicas de longo prazo de modo a mudar a mentalidade do consumidor para a tomada de decisões mais conscientes na administração de suas finanças pessoais. É o que pontua Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV.

“A falta de educação financeira agrava o problema, porque muitas vezes as pessoas não têm noção do impacto dos juros sobre suas dívidas ou de seu impacto no orçamento. O descasamento entre a redução dos juros básicos e o custo real do crédito é outro fator que cria um ciclo vicioso de endividamento.”

O governo vem ensaiando ações nesse campo, como as novas regras para o teto de juros no rotativo do cartão de crédito e no consignado. E tem o Desenrola Brasil, já mencionado, que deveria beneficiar 70 milhões de pessoas, mas que, até agora, não atendeu nem 11 milhões.

Mas a educação financeira e essas ações pontuais não conseguirão reduzir o problema. É preciso empenho político para inibir a oferta predatória de crédito, criar regulações e reavaliar o papel do setor financeiro nessas renegociações que postergam indefinidamente essas dívidas a juros mais altos e que, muitas vezes, empurram o devedor para a tomada de novos empréstimos para quitar suas dívidas.

A inadimplência (dívidas não honradas) da população não para de crescer. É um tema sensível não só na economia, mas, também, na política.

A maior parte das discussões sobre o nível de endividamento da população, o tamanho dos juros, a necessidade de renegociar e de perdoar dívidas continua sendo tema importante para as eleições deste ano e, mais ainda, para as de 2026.

O número de famílias inadimplentes chegou a 29,5% dos lares brasileiros em 2023, o maior desde 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A proporção média de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também avançou, como aponta a Peic, para 12,1% do total de consumidores do País - máxima histórica.

Mesmo com o recuo da inflação e com certa resiliência do mercado de trabalho, que ajudam a aumentar a renda das famílias, o consumidor brasileiro continua com dificuldade de pagar todas as suas contas. Em dezembro do ano passado, a proporção de adultos negativados foi 3,6% acima da registrada no fim de 2022, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil. Ao todo, são 66,1 milhões de pessoas em falta com seus credores – quatro a cada dez.

Não bastam iniciativas do tipo Desenrola Brasil, recentemente prorrogado pelo governo Lula. O velho Brasil do fiado – e do calote – continua aí a demonstrar que o consumidor lida mal com suas limitações orçamentárias. Daí a necessidade de adotar políticas públicas de longo prazo de modo a mudar a mentalidade do consumidor para a tomada de decisões mais conscientes na administração de suas finanças pessoais. É o que pontua Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV.

“A falta de educação financeira agrava o problema, porque muitas vezes as pessoas não têm noção do impacto dos juros sobre suas dívidas ou de seu impacto no orçamento. O descasamento entre a redução dos juros básicos e o custo real do crédito é outro fator que cria um ciclo vicioso de endividamento.”

O governo vem ensaiando ações nesse campo, como as novas regras para o teto de juros no rotativo do cartão de crédito e no consignado. E tem o Desenrola Brasil, já mencionado, que deveria beneficiar 70 milhões de pessoas, mas que, até agora, não atendeu nem 11 milhões.

Mas a educação financeira e essas ações pontuais não conseguirão reduzir o problema. É preciso empenho político para inibir a oferta predatória de crédito, criar regulações e reavaliar o papel do setor financeiro nessas renegociações que postergam indefinidamente essas dívidas a juros mais altos e que, muitas vezes, empurram o devedor para a tomada de novos empréstimos para quitar suas dívidas.

Opinião por Celso Ming

Comentarista de Economia

Pablo Santana

Repórter da editoria de Economia, atua na Coluna do Celso Ming desde 2021. Formado pela Universidade Federal da Bahia, com extensão em Jornalismo Econômico realizada durante o 9º Curso Estado de Jornalismo Econômico.

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