Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Inquietações no mercado global


A desaceleração da atividade econômica global tende a reduzir o fluxo de investimentos para o Brasil e aumentar as pressões para que o governo diminua o rombo fiscal

Por Celso Ming

Estes últimos dias foram marcados por conturbações no mercado financeiro internacional, com impacto sobre os preços e sobre o resto da economia. Não é boa notícia para a pauta de política econômica do governo Lula.

Tudo começou dia 20, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deixou claro que, para combater a inflação, manteria os juros altos, na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, por mais tempo e, talvez, os elevasse em mais alguma coisa neste último trimestre do ano.

Foi o suficiente para que os juros dos títulos de longo prazo saltassem para o nível dos 4,8% ao ano, mesmo sabendo que seria altamente improvável que permanecessem nas alturas por até 10 anos, que é o prazo da principal classe dos treasures, títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

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Quando o Fed adota uma postura “hawkish” na sua política de juros, as consequências não se limitam apenas à economia dos Estados Unidos, mas a todo o resto do mundo. Algumas delas: as cotações do dólar subiram em relação às outras moedas; os preços das commodities tiveram de se ajustar a esse novo patamar; as cotações do petróleo, que embicavam em direção aos US$ 100 por barril, caíram repentinamente para a casa dos US$ 85; os aplicadores de capital fugiram das opções de risco e buscaram mais segurança; por isso, as bolsas caíram.

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Por toda a parte prevaleceu a percepção de desaceleração da atividade econômica global, tanto pela atuação dos grandes bancos centrais como pelas políticas fiscais mais contundentes. Essas coisas já estavam no radar, mas se somaram às notícias de novas pisadas nos freios das economias europeias e de problemas novos na economia da China ou, mais do que isso, da falta de informações confiáveis do que se passa por lá.

Esse quadro tende a prejudicar o fluxo de investimentos para países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil. Embora as projeções de avanço do PIB do Brasil para este ano tenham sido reforçadas, uma atividade econômica global mais retrancada pode provocar certo encolhimento do consumo e dos negócios também por aqui.

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Para o governo Lula, que enfrenta grande rombo fiscal, fica mais complicado reforçar a arrecadação e, assim, as pressões sobre a dívida pública tendem a aumentar.

O ponto alto da economia brasileira continua sendo as contas externas. Os resultados da balança comercial deste ano devem ficar ainda melhores. Mas, como vêm advertindo os dirigentes do Banco Central do Brasil, neste último trimestre, as incertezas, principalmente lá fora, tendem a se acumular.

Estes últimos dias foram marcados por conturbações no mercado financeiro internacional, com impacto sobre os preços e sobre o resto da economia. Não é boa notícia para a pauta de política econômica do governo Lula.

Tudo começou dia 20, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deixou claro que, para combater a inflação, manteria os juros altos, na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, por mais tempo e, talvez, os elevasse em mais alguma coisa neste último trimestre do ano.

Foi o suficiente para que os juros dos títulos de longo prazo saltassem para o nível dos 4,8% ao ano, mesmo sabendo que seria altamente improvável que permanecessem nas alturas por até 10 anos, que é o prazo da principal classe dos treasures, títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Quando o Fed adota uma postura “hawkish” na sua política de juros, as consequências não se limitam apenas à economia dos Estados Unidos, mas a todo o resto do mundo. Algumas delas: as cotações do dólar subiram em relação às outras moedas; os preços das commodities tiveram de se ajustar a esse novo patamar; as cotações do petróleo, que embicavam em direção aos US$ 100 por barril, caíram repentinamente para a casa dos US$ 85; os aplicadores de capital fugiram das opções de risco e buscaram mais segurança; por isso, as bolsas caíram.

Por toda a parte prevaleceu a percepção de desaceleração da atividade econômica global, tanto pela atuação dos grandes bancos centrais como pelas políticas fiscais mais contundentes. Essas coisas já estavam no radar, mas se somaram às notícias de novas pisadas nos freios das economias europeias e de problemas novos na economia da China ou, mais do que isso, da falta de informações confiáveis do que se passa por lá.

Esse quadro tende a prejudicar o fluxo de investimentos para países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil. Embora as projeções de avanço do PIB do Brasil para este ano tenham sido reforçadas, uma atividade econômica global mais retrancada pode provocar certo encolhimento do consumo e dos negócios também por aqui.

Para o governo Lula, que enfrenta grande rombo fiscal, fica mais complicado reforçar a arrecadação e, assim, as pressões sobre a dívida pública tendem a aumentar.

O ponto alto da economia brasileira continua sendo as contas externas. Os resultados da balança comercial deste ano devem ficar ainda melhores. Mas, como vêm advertindo os dirigentes do Banco Central do Brasil, neste último trimestre, as incertezas, principalmente lá fora, tendem a se acumular.

Estes últimos dias foram marcados por conturbações no mercado financeiro internacional, com impacto sobre os preços e sobre o resto da economia. Não é boa notícia para a pauta de política econômica do governo Lula.

Tudo começou dia 20, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deixou claro que, para combater a inflação, manteria os juros altos, na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, por mais tempo e, talvez, os elevasse em mais alguma coisa neste último trimestre do ano.

Foi o suficiente para que os juros dos títulos de longo prazo saltassem para o nível dos 4,8% ao ano, mesmo sabendo que seria altamente improvável que permanecessem nas alturas por até 10 anos, que é o prazo da principal classe dos treasures, títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Quando o Fed adota uma postura “hawkish” na sua política de juros, as consequências não se limitam apenas à economia dos Estados Unidos, mas a todo o resto do mundo. Algumas delas: as cotações do dólar subiram em relação às outras moedas; os preços das commodities tiveram de se ajustar a esse novo patamar; as cotações do petróleo, que embicavam em direção aos US$ 100 por barril, caíram repentinamente para a casa dos US$ 85; os aplicadores de capital fugiram das opções de risco e buscaram mais segurança; por isso, as bolsas caíram.

Por toda a parte prevaleceu a percepção de desaceleração da atividade econômica global, tanto pela atuação dos grandes bancos centrais como pelas políticas fiscais mais contundentes. Essas coisas já estavam no radar, mas se somaram às notícias de novas pisadas nos freios das economias europeias e de problemas novos na economia da China ou, mais do que isso, da falta de informações confiáveis do que se passa por lá.

Esse quadro tende a prejudicar o fluxo de investimentos para países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil. Embora as projeções de avanço do PIB do Brasil para este ano tenham sido reforçadas, uma atividade econômica global mais retrancada pode provocar certo encolhimento do consumo e dos negócios também por aqui.

Para o governo Lula, que enfrenta grande rombo fiscal, fica mais complicado reforçar a arrecadação e, assim, as pressões sobre a dívida pública tendem a aumentar.

O ponto alto da economia brasileira continua sendo as contas externas. Os resultados da balança comercial deste ano devem ficar ainda melhores. Mas, como vêm advertindo os dirigentes do Banco Central do Brasil, neste último trimestre, as incertezas, principalmente lá fora, tendem a se acumular.

Opinião por Celso Ming

Comentarista de Economia

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