Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Investimento formiga e energia solar


Energia solar fotovoltaica avança a passos largos no Brasil ancorada nos investimentos da geração distribuída

Por Celso Ming

A energia de fonte solar acaba de ultrapassar os 26 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Apenas para dar uma ideia mais clara dessas proporções, a maior usina hidrelétrica das Américas, a Itaipu Binacional, tem 14 GW de potência instalada. A capacidade de geração de energia de fonte fotovoltaica já ultrapassa a energia eólica, que hoje é de 25 GW.

Para além de produzir uma energia limpa e de apressar a transição energética, uma das grandes vantagens da energia solar ainda não devidamente compreendida é a de que vai sendo construída por inúmeros capitais formigas. Itaipu foi um megaprojeto, levou 10 anos para ser concluída, exigiu a assinatura de um complicado tratado internacional, sepultou as maravilhas das Sete Quedas do Rio Paraná, exigiu a inundação de 135 mil hectares de terras férteis e custou nada menos que US$ 63,5 bilhões em dívidas, que só agora acabaram de se pagar. Nada disso vem sendo exigido pelas instalações de energia solar. Os capitais vão fluindo de empresas e de famílias, parte das quais encontra financiamento bancário.

continua após a publicidade

Desses 26 GW de potência instalada, apenas 8 GW são gerados por usinas de grande porte (fazendas solares). Os outros 18 GW, distribuídos em mais de 1,7 milhão de instalações, aproveitam telhados, coberturas de edifícios ou terrenos de condomínios.

Correspondem ao que se passou a chamar de geração distribuída (GD), aquela em que os consumidores produzem a energia, e a que não é utilizada é automaticamente despachada para a rede – garantindo um crédito em energia elétrica, que pode ser usado quando o respectivo sistema não produz o suficiente para o consumo, seja porque não há irradiação solar (como acontece à noite), seja porque o consumo se tornou mais alto.

continua após a publicidade

As distribuidoras de energia elétrica não gostam do sistema GD. Alegam que esses consumidores usam a rede de graça e estão isentos de taxas extras que atingem o consumidor comum. Por isso, querem sobretaxar essa energia. A Lei 14.300 decidiu a retirada gradual dos incentivos tarifários, que deverá acabar em 2045. Como a retirada desses benefícios para novos consumidores começou apenas em 7 de janeiro deste ano, em 2022, houve uma corrida para novas instalações, que contribuiu para que a fonte solar crescesse desde julho, em média, 1 GW por mês.

O PL 2.703/2022 tramita no Congresso para prorrogar os incentivos anteriores, mas ainda não há decisão sobre isso.

No entanto, mesmo com a retirada escalonada das isenções, a demanda deve continuar alta porque o consumidor vai tomando conhecimento de que, apenas em geração própria, o investimento se paga em quatro a seis anos, dependendo da intensidade da insolação.

continua após a publicidade

A energia de fonte solar acaba de ultrapassar os 26 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Apenas para dar uma ideia mais clara dessas proporções, a maior usina hidrelétrica das Américas, a Itaipu Binacional, tem 14 GW de potência instalada. A capacidade de geração de energia de fonte fotovoltaica já ultrapassa a energia eólica, que hoje é de 25 GW.

Para além de produzir uma energia limpa e de apressar a transição energética, uma das grandes vantagens da energia solar ainda não devidamente compreendida é a de que vai sendo construída por inúmeros capitais formigas. Itaipu foi um megaprojeto, levou 10 anos para ser concluída, exigiu a assinatura de um complicado tratado internacional, sepultou as maravilhas das Sete Quedas do Rio Paraná, exigiu a inundação de 135 mil hectares de terras férteis e custou nada menos que US$ 63,5 bilhões em dívidas, que só agora acabaram de se pagar. Nada disso vem sendo exigido pelas instalações de energia solar. Os capitais vão fluindo de empresas e de famílias, parte das quais encontra financiamento bancário.

Desses 26 GW de potência instalada, apenas 8 GW são gerados por usinas de grande porte (fazendas solares). Os outros 18 GW, distribuídos em mais de 1,7 milhão de instalações, aproveitam telhados, coberturas de edifícios ou terrenos de condomínios.

Correspondem ao que se passou a chamar de geração distribuída (GD), aquela em que os consumidores produzem a energia, e a que não é utilizada é automaticamente despachada para a rede – garantindo um crédito em energia elétrica, que pode ser usado quando o respectivo sistema não produz o suficiente para o consumo, seja porque não há irradiação solar (como acontece à noite), seja porque o consumo se tornou mais alto.

As distribuidoras de energia elétrica não gostam do sistema GD. Alegam que esses consumidores usam a rede de graça e estão isentos de taxas extras que atingem o consumidor comum. Por isso, querem sobretaxar essa energia. A Lei 14.300 decidiu a retirada gradual dos incentivos tarifários, que deverá acabar em 2045. Como a retirada desses benefícios para novos consumidores começou apenas em 7 de janeiro deste ano, em 2022, houve uma corrida para novas instalações, que contribuiu para que a fonte solar crescesse desde julho, em média, 1 GW por mês.

O PL 2.703/2022 tramita no Congresso para prorrogar os incentivos anteriores, mas ainda não há decisão sobre isso.

No entanto, mesmo com a retirada escalonada das isenções, a demanda deve continuar alta porque o consumidor vai tomando conhecimento de que, apenas em geração própria, o investimento se paga em quatro a seis anos, dependendo da intensidade da insolação.

A energia de fonte solar acaba de ultrapassar os 26 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Apenas para dar uma ideia mais clara dessas proporções, a maior usina hidrelétrica das Américas, a Itaipu Binacional, tem 14 GW de potência instalada. A capacidade de geração de energia de fonte fotovoltaica já ultrapassa a energia eólica, que hoje é de 25 GW.

Para além de produzir uma energia limpa e de apressar a transição energética, uma das grandes vantagens da energia solar ainda não devidamente compreendida é a de que vai sendo construída por inúmeros capitais formigas. Itaipu foi um megaprojeto, levou 10 anos para ser concluída, exigiu a assinatura de um complicado tratado internacional, sepultou as maravilhas das Sete Quedas do Rio Paraná, exigiu a inundação de 135 mil hectares de terras férteis e custou nada menos que US$ 63,5 bilhões em dívidas, que só agora acabaram de se pagar. Nada disso vem sendo exigido pelas instalações de energia solar. Os capitais vão fluindo de empresas e de famílias, parte das quais encontra financiamento bancário.

Desses 26 GW de potência instalada, apenas 8 GW são gerados por usinas de grande porte (fazendas solares). Os outros 18 GW, distribuídos em mais de 1,7 milhão de instalações, aproveitam telhados, coberturas de edifícios ou terrenos de condomínios.

Correspondem ao que se passou a chamar de geração distribuída (GD), aquela em que os consumidores produzem a energia, e a que não é utilizada é automaticamente despachada para a rede – garantindo um crédito em energia elétrica, que pode ser usado quando o respectivo sistema não produz o suficiente para o consumo, seja porque não há irradiação solar (como acontece à noite), seja porque o consumo se tornou mais alto.

As distribuidoras de energia elétrica não gostam do sistema GD. Alegam que esses consumidores usam a rede de graça e estão isentos de taxas extras que atingem o consumidor comum. Por isso, querem sobretaxar essa energia. A Lei 14.300 decidiu a retirada gradual dos incentivos tarifários, que deverá acabar em 2045. Como a retirada desses benefícios para novos consumidores começou apenas em 7 de janeiro deste ano, em 2022, houve uma corrida para novas instalações, que contribuiu para que a fonte solar crescesse desde julho, em média, 1 GW por mês.

O PL 2.703/2022 tramita no Congresso para prorrogar os incentivos anteriores, mas ainda não há decisão sobre isso.

No entanto, mesmo com a retirada escalonada das isenções, a demanda deve continuar alta porque o consumidor vai tomando conhecimento de que, apenas em geração própria, o investimento se paga em quatro a seis anos, dependendo da intensidade da insolação.

Opinião por Celso Ming

Comentarista de Economia

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.