Jornalista e comentarista de economia

Opinião|O Banco Central e a maré de conflitos


No comunicado divulgado após a decisão do Copom, o Banco Central denunciou a expansão dos gastos do governo até agora não acompanhado pela criação de uma nova âncora fiscal

Por Celso Ming
Atualização:

A manutenção dos juros básicos (Selic) à altura dos 13,75% ao ano foi a conclusão menos importante da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023, encerrada nesta quarta-feira.

Mais importante foi a maneira como o Banco Central tratou velhos e novos conflitos, como ficou registrado no comunicado divulgado logo após a decisão.

O maior conflito é o que existe entre a área fiscal do governo e a área monetária do Banco Central. A decisão do governo foi expandir os gastos, não importando aqui se a motivação é boa ou ruim. Maior despejo de dinheiro pelo Tesouro aumenta a demanda agregada. Enquanto isso, o Banco Central tem de tomar o caminho oposto. Tem de retirar dinheiro do mercado e, assim, manter os juros lá em cima, para evitar que o aumento do consumo produza mais inflação.

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No comunicado, o Banco Central denunciou esse expansionismo até agora não acompanhado pela criação de uma nova âncora fiscal, já que a anterior, o teto de gastos, foi destruída. Mencionou “a elevada incerteza sobre o arcabouço fiscal” e “a conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal” como fatores de risco que elevam as expectativas de inflação.

O segundo conflito é o novo impacto sobre a inflação que virá da retirada dos subsídios ao consumo da gasolina e do diesel. Dinheiro mais caro (juros lá em cima) não evita essa alta, mas contra-ataca os efeitos colaterais da expansão da demanda, a velha história de combustível mais caro encarecer a abobrinha. Embora não explicitado no comunicado, esse impacto é sugerido pela deterioração das expectativas de inflação.

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E há uma nova encrenca que o Banco Central vem tendo de enfrentar. Do nada, o presidente Lula passou a criticar não apenas a autonomia do Banco Central, mas, também, a política de juros e a meta de inflação – que considera baixa demais. Lula imagina que, se tiver de perseguir uma meta mais alta, o Banco Central pode trabalhar com juros mais baixos. E nisso o presidente ignora o impacto que a remarcação de uma meta de inflação mais alta teria sobre a confiança e a capacidade do Banco Central de conduzir as expectativas. Ou seja, Lula não leva em conta a nova corrosão da inflação que daí proviria.

Lula também quer mais crédito, que, segundo ele, deveria alavancar os investimentos. O efeito que Lula parece desconsiderar é o de que uma expansão excessiva do crédito também expandiria a demanda agregada e, portanto, puxaria por mais inflação.

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Essas diatribes não estão explicitadas no comunicado, mas têm peso no contexto em que as decisões são tomadas.

A manutenção dos juros básicos (Selic) à altura dos 13,75% ao ano foi a conclusão menos importante da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023, encerrada nesta quarta-feira.

Mais importante foi a maneira como o Banco Central tratou velhos e novos conflitos, como ficou registrado no comunicado divulgado logo após a decisão.

O maior conflito é o que existe entre a área fiscal do governo e a área monetária do Banco Central. A decisão do governo foi expandir os gastos, não importando aqui se a motivação é boa ou ruim. Maior despejo de dinheiro pelo Tesouro aumenta a demanda agregada. Enquanto isso, o Banco Central tem de tomar o caminho oposto. Tem de retirar dinheiro do mercado e, assim, manter os juros lá em cima, para evitar que o aumento do consumo produza mais inflação.

No comunicado, o Banco Central denunciou esse expansionismo até agora não acompanhado pela criação de uma nova âncora fiscal, já que a anterior, o teto de gastos, foi destruída. Mencionou “a elevada incerteza sobre o arcabouço fiscal” e “a conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal” como fatores de risco que elevam as expectativas de inflação.

O segundo conflito é o novo impacto sobre a inflação que virá da retirada dos subsídios ao consumo da gasolina e do diesel. Dinheiro mais caro (juros lá em cima) não evita essa alta, mas contra-ataca os efeitos colaterais da expansão da demanda, a velha história de combustível mais caro encarecer a abobrinha. Embora não explicitado no comunicado, esse impacto é sugerido pela deterioração das expectativas de inflação.

E há uma nova encrenca que o Banco Central vem tendo de enfrentar. Do nada, o presidente Lula passou a criticar não apenas a autonomia do Banco Central, mas, também, a política de juros e a meta de inflação – que considera baixa demais. Lula imagina que, se tiver de perseguir uma meta mais alta, o Banco Central pode trabalhar com juros mais baixos. E nisso o presidente ignora o impacto que a remarcação de uma meta de inflação mais alta teria sobre a confiança e a capacidade do Banco Central de conduzir as expectativas. Ou seja, Lula não leva em conta a nova corrosão da inflação que daí proviria.

Lula também quer mais crédito, que, segundo ele, deveria alavancar os investimentos. O efeito que Lula parece desconsiderar é o de que uma expansão excessiva do crédito também expandiria a demanda agregada e, portanto, puxaria por mais inflação.

Essas diatribes não estão explicitadas no comunicado, mas têm peso no contexto em que as decisões são tomadas.

A manutenção dos juros básicos (Selic) à altura dos 13,75% ao ano foi a conclusão menos importante da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023, encerrada nesta quarta-feira.

Mais importante foi a maneira como o Banco Central tratou velhos e novos conflitos, como ficou registrado no comunicado divulgado logo após a decisão.

O maior conflito é o que existe entre a área fiscal do governo e a área monetária do Banco Central. A decisão do governo foi expandir os gastos, não importando aqui se a motivação é boa ou ruim. Maior despejo de dinheiro pelo Tesouro aumenta a demanda agregada. Enquanto isso, o Banco Central tem de tomar o caminho oposto. Tem de retirar dinheiro do mercado e, assim, manter os juros lá em cima, para evitar que o aumento do consumo produza mais inflação.

No comunicado, o Banco Central denunciou esse expansionismo até agora não acompanhado pela criação de uma nova âncora fiscal, já que a anterior, o teto de gastos, foi destruída. Mencionou “a elevada incerteza sobre o arcabouço fiscal” e “a conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal” como fatores de risco que elevam as expectativas de inflação.

O segundo conflito é o novo impacto sobre a inflação que virá da retirada dos subsídios ao consumo da gasolina e do diesel. Dinheiro mais caro (juros lá em cima) não evita essa alta, mas contra-ataca os efeitos colaterais da expansão da demanda, a velha história de combustível mais caro encarecer a abobrinha. Embora não explicitado no comunicado, esse impacto é sugerido pela deterioração das expectativas de inflação.

E há uma nova encrenca que o Banco Central vem tendo de enfrentar. Do nada, o presidente Lula passou a criticar não apenas a autonomia do Banco Central, mas, também, a política de juros e a meta de inflação – que considera baixa demais. Lula imagina que, se tiver de perseguir uma meta mais alta, o Banco Central pode trabalhar com juros mais baixos. E nisso o presidente ignora o impacto que a remarcação de uma meta de inflação mais alta teria sobre a confiança e a capacidade do Banco Central de conduzir as expectativas. Ou seja, Lula não leva em conta a nova corrosão da inflação que daí proviria.

Lula também quer mais crédito, que, segundo ele, deveria alavancar os investimentos. O efeito que Lula parece desconsiderar é o de que uma expansão excessiva do crédito também expandiria a demanda agregada e, portanto, puxaria por mais inflação.

Essas diatribes não estão explicitadas no comunicado, mas têm peso no contexto em que as decisões são tomadas.

A manutenção dos juros básicos (Selic) à altura dos 13,75% ao ano foi a conclusão menos importante da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023, encerrada nesta quarta-feira.

Mais importante foi a maneira como o Banco Central tratou velhos e novos conflitos, como ficou registrado no comunicado divulgado logo após a decisão.

O maior conflito é o que existe entre a área fiscal do governo e a área monetária do Banco Central. A decisão do governo foi expandir os gastos, não importando aqui se a motivação é boa ou ruim. Maior despejo de dinheiro pelo Tesouro aumenta a demanda agregada. Enquanto isso, o Banco Central tem de tomar o caminho oposto. Tem de retirar dinheiro do mercado e, assim, manter os juros lá em cima, para evitar que o aumento do consumo produza mais inflação.

No comunicado, o Banco Central denunciou esse expansionismo até agora não acompanhado pela criação de uma nova âncora fiscal, já que a anterior, o teto de gastos, foi destruída. Mencionou “a elevada incerteza sobre o arcabouço fiscal” e “a conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal” como fatores de risco que elevam as expectativas de inflação.

O segundo conflito é o novo impacto sobre a inflação que virá da retirada dos subsídios ao consumo da gasolina e do diesel. Dinheiro mais caro (juros lá em cima) não evita essa alta, mas contra-ataca os efeitos colaterais da expansão da demanda, a velha história de combustível mais caro encarecer a abobrinha. Embora não explicitado no comunicado, esse impacto é sugerido pela deterioração das expectativas de inflação.

E há uma nova encrenca que o Banco Central vem tendo de enfrentar. Do nada, o presidente Lula passou a criticar não apenas a autonomia do Banco Central, mas, também, a política de juros e a meta de inflação – que considera baixa demais. Lula imagina que, se tiver de perseguir uma meta mais alta, o Banco Central pode trabalhar com juros mais baixos. E nisso o presidente ignora o impacto que a remarcação de uma meta de inflação mais alta teria sobre a confiança e a capacidade do Banco Central de conduzir as expectativas. Ou seja, Lula não leva em conta a nova corrosão da inflação que daí proviria.

Lula também quer mais crédito, que, segundo ele, deveria alavancar os investimentos. O efeito que Lula parece desconsiderar é o de que uma expansão excessiva do crédito também expandiria a demanda agregada e, portanto, puxaria por mais inflação.

Essas diatribes não estão explicitadas no comunicado, mas têm peso no contexto em que as decisões são tomadas.

A manutenção dos juros básicos (Selic) à altura dos 13,75% ao ano foi a conclusão menos importante da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2023, encerrada nesta quarta-feira.

Mais importante foi a maneira como o Banco Central tratou velhos e novos conflitos, como ficou registrado no comunicado divulgado logo após a decisão.

O maior conflito é o que existe entre a área fiscal do governo e a área monetária do Banco Central. A decisão do governo foi expandir os gastos, não importando aqui se a motivação é boa ou ruim. Maior despejo de dinheiro pelo Tesouro aumenta a demanda agregada. Enquanto isso, o Banco Central tem de tomar o caminho oposto. Tem de retirar dinheiro do mercado e, assim, manter os juros lá em cima, para evitar que o aumento do consumo produza mais inflação.

No comunicado, o Banco Central denunciou esse expansionismo até agora não acompanhado pela criação de uma nova âncora fiscal, já que a anterior, o teto de gastos, foi destruída. Mencionou “a elevada incerteza sobre o arcabouço fiscal” e “a conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal” como fatores de risco que elevam as expectativas de inflação.

O segundo conflito é o novo impacto sobre a inflação que virá da retirada dos subsídios ao consumo da gasolina e do diesel. Dinheiro mais caro (juros lá em cima) não evita essa alta, mas contra-ataca os efeitos colaterais da expansão da demanda, a velha história de combustível mais caro encarecer a abobrinha. Embora não explicitado no comunicado, esse impacto é sugerido pela deterioração das expectativas de inflação.

E há uma nova encrenca que o Banco Central vem tendo de enfrentar. Do nada, o presidente Lula passou a criticar não apenas a autonomia do Banco Central, mas, também, a política de juros e a meta de inflação – que considera baixa demais. Lula imagina que, se tiver de perseguir uma meta mais alta, o Banco Central pode trabalhar com juros mais baixos. E nisso o presidente ignora o impacto que a remarcação de uma meta de inflação mais alta teria sobre a confiança e a capacidade do Banco Central de conduzir as expectativas. Ou seja, Lula não leva em conta a nova corrosão da inflação que daí proviria.

Lula também quer mais crédito, que, segundo ele, deveria alavancar os investimentos. O efeito que Lula parece desconsiderar é o de que uma expansão excessiva do crédito também expandiria a demanda agregada e, portanto, puxaria por mais inflação.

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