Jornalista e comentarista de economia

Opinião|Saúde despreparada no tratamento dos idosos


O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas e mostra que o Brasil não está preparado

Por Celso Ming e Guilherme Guerra

Sempre chega o dia em que não há mais escapatória e, uma a uma, as pessoas são obrigadas a reconhecer que estão ficando velhas. Há anos se repete que o Brasil é um país de jovens, por mais que as estatísticas agora demonstrem o contrário (veja o gráfico).

O alastramento do coronavírus, que pôs os mais velhos no grupo de risco, mostra que o Brasil não se preparou para lidar com essa relevante mudança demográfica. O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas.

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Não é apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) que se mostra desequipado para atender à cada vez maior demanda pelos idosos. Também o setor privado expõe graves deficiências. A principal delas é a de que os planos de saúde cobram mensalidades impraticáveis dos associados mais velhos para lhes garantir atendimento médico, exames clínicos e internação hospitalar.

André Fattori, professor de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), adverte: “Agentes de saúde, como enfermeiros e médicos, não estão capacitados para lidar com problemas mais comuns da idade avançada”.

As universidades cuidam do ensino e treinamento dos futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, mas preveem pouca carga horária para tratar de geriatria e de gerontologia. Continua excessivo o foco na pediatria, num país cuja taxa de natalidade vem caindo. Não por acaso, essa situação se reflete sobre toda a rede nacional de saúde, que atua com profissionais pouco habilitados para isso.

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Mesmo diante da omissão das universidades na adaptação dos seus currículos, há o que pode ser feito imediata e diretamente no SUS em benefício da população sênior. Fattori explica que o foco do atendimento deveria se ater ao prolongamento das funcionalidades cognitiva e motora do idoso, para que ele se mantenha autônomo e se sinta acolhido durante o maior tempo de vida possível. Uma debilidade nos ossos, por exemplo, pode comprometer a independência, o que não acontece se um diagnóstico de diabetes é devidamente acompanhado. O tratamento intensivo de doenças crônicas pode se tornar insuficiente para a saúde integral dos mais velhos no dia a dia.

O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas Foto: Jonne Roriz/Estadão

Como afirma Luiz Roberto Ramos, professor de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é preciso aumentar o escopo da atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o objetivo de prevenir doenças. Os médicos de família, por exemplo, precisam saber recepcionar os idosos para avaliar sinais de demência e perdas de funções orgânicas e, ao mesmo tempo, conferir se as dosagens dos remédios estão corretas. 

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Além disso, acrescenta ele, faltam profissionais especializados que complementem o trabalho do médico de família. É preciso formar mais fisioterapeutas e fonoaudiólogos que encaminhem adequadamente demandas específicas e ajudem a montar redes de apoio aos idosos. Ele também sugere que seja expandido o atendimento domiciliar, para que, assim, se poupem os que têm dificuldades de locomoção.

No entanto, falar em cuidados para idosos pode ser algo genérico demais, adverte o geriatra Marcos Daniel Saraiva, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “O envelhecimento não depende só de fatores genéticos. Pesam, também, fatores ambientais, culturais, psicológicos e o estilo de vida”, diz. Estes são decisivos no registro de tantas diferenças. Enquanto muitos com mais de 80 anos se mantêm independentes e ativos, outros, com menos de 70, se mostram prostrados, incapazes dos cuidados mais simples consigo próprios.

Saraiva recomenda que os investimentos públicos destinados ao atendimento dos idosos não se restrinjam a questões de saúde somente, mas também contemplem as atividades das secretarias de urbanismo, cultura e transportes, de modo a garantir maior inclusão daqueles que logo serão a maior parte da população brasileira.

Sempre chega o dia em que não há mais escapatória e, uma a uma, as pessoas são obrigadas a reconhecer que estão ficando velhas. Há anos se repete que o Brasil é um país de jovens, por mais que as estatísticas agora demonstrem o contrário (veja o gráfico).

O alastramento do coronavírus, que pôs os mais velhos no grupo de risco, mostra que o Brasil não se preparou para lidar com essa relevante mudança demográfica. O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas.

Não é apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) que se mostra desequipado para atender à cada vez maior demanda pelos idosos. Também o setor privado expõe graves deficiências. A principal delas é a de que os planos de saúde cobram mensalidades impraticáveis dos associados mais velhos para lhes garantir atendimento médico, exames clínicos e internação hospitalar.

André Fattori, professor de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), adverte: “Agentes de saúde, como enfermeiros e médicos, não estão capacitados para lidar com problemas mais comuns da idade avançada”.

As universidades cuidam do ensino e treinamento dos futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, mas preveem pouca carga horária para tratar de geriatria e de gerontologia. Continua excessivo o foco na pediatria, num país cuja taxa de natalidade vem caindo. Não por acaso, essa situação se reflete sobre toda a rede nacional de saúde, que atua com profissionais pouco habilitados para isso.

Mesmo diante da omissão das universidades na adaptação dos seus currículos, há o que pode ser feito imediata e diretamente no SUS em benefício da população sênior. Fattori explica que o foco do atendimento deveria se ater ao prolongamento das funcionalidades cognitiva e motora do idoso, para que ele se mantenha autônomo e se sinta acolhido durante o maior tempo de vida possível. Uma debilidade nos ossos, por exemplo, pode comprometer a independência, o que não acontece se um diagnóstico de diabetes é devidamente acompanhado. O tratamento intensivo de doenças crônicas pode se tornar insuficiente para a saúde integral dos mais velhos no dia a dia.

O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas Foto: Jonne Roriz/Estadão

Como afirma Luiz Roberto Ramos, professor de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é preciso aumentar o escopo da atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o objetivo de prevenir doenças. Os médicos de família, por exemplo, precisam saber recepcionar os idosos para avaliar sinais de demência e perdas de funções orgânicas e, ao mesmo tempo, conferir se as dosagens dos remédios estão corretas. 

Além disso, acrescenta ele, faltam profissionais especializados que complementem o trabalho do médico de família. É preciso formar mais fisioterapeutas e fonoaudiólogos que encaminhem adequadamente demandas específicas e ajudem a montar redes de apoio aos idosos. Ele também sugere que seja expandido o atendimento domiciliar, para que, assim, se poupem os que têm dificuldades de locomoção.

No entanto, falar em cuidados para idosos pode ser algo genérico demais, adverte o geriatra Marcos Daniel Saraiva, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “O envelhecimento não depende só de fatores genéticos. Pesam, também, fatores ambientais, culturais, psicológicos e o estilo de vida”, diz. Estes são decisivos no registro de tantas diferenças. Enquanto muitos com mais de 80 anos se mantêm independentes e ativos, outros, com menos de 70, se mostram prostrados, incapazes dos cuidados mais simples consigo próprios.

Saraiva recomenda que os investimentos públicos destinados ao atendimento dos idosos não se restrinjam a questões de saúde somente, mas também contemplem as atividades das secretarias de urbanismo, cultura e transportes, de modo a garantir maior inclusão daqueles que logo serão a maior parte da população brasileira.

Sempre chega o dia em que não há mais escapatória e, uma a uma, as pessoas são obrigadas a reconhecer que estão ficando velhas. Há anos se repete que o Brasil é um país de jovens, por mais que as estatísticas agora demonstrem o contrário (veja o gráfico).

O alastramento do coronavírus, que pôs os mais velhos no grupo de risco, mostra que o Brasil não se preparou para lidar com essa relevante mudança demográfica. O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas.

Não é apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) que se mostra desequipado para atender à cada vez maior demanda pelos idosos. Também o setor privado expõe graves deficiências. A principal delas é a de que os planos de saúde cobram mensalidades impraticáveis dos associados mais velhos para lhes garantir atendimento médico, exames clínicos e internação hospitalar.

André Fattori, professor de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), adverte: “Agentes de saúde, como enfermeiros e médicos, não estão capacitados para lidar com problemas mais comuns da idade avançada”.

As universidades cuidam do ensino e treinamento dos futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, mas preveem pouca carga horária para tratar de geriatria e de gerontologia. Continua excessivo o foco na pediatria, num país cuja taxa de natalidade vem caindo. Não por acaso, essa situação se reflete sobre toda a rede nacional de saúde, que atua com profissionais pouco habilitados para isso.

Mesmo diante da omissão das universidades na adaptação dos seus currículos, há o que pode ser feito imediata e diretamente no SUS em benefício da população sênior. Fattori explica que o foco do atendimento deveria se ater ao prolongamento das funcionalidades cognitiva e motora do idoso, para que ele se mantenha autônomo e se sinta acolhido durante o maior tempo de vida possível. Uma debilidade nos ossos, por exemplo, pode comprometer a independência, o que não acontece se um diagnóstico de diabetes é devidamente acompanhado. O tratamento intensivo de doenças crônicas pode se tornar insuficiente para a saúde integral dos mais velhos no dia a dia.

O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas Foto: Jonne Roriz/Estadão

Como afirma Luiz Roberto Ramos, professor de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é preciso aumentar o escopo da atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o objetivo de prevenir doenças. Os médicos de família, por exemplo, precisam saber recepcionar os idosos para avaliar sinais de demência e perdas de funções orgânicas e, ao mesmo tempo, conferir se as dosagens dos remédios estão corretas. 

Além disso, acrescenta ele, faltam profissionais especializados que complementem o trabalho do médico de família. É preciso formar mais fisioterapeutas e fonoaudiólogos que encaminhem adequadamente demandas específicas e ajudem a montar redes de apoio aos idosos. Ele também sugere que seja expandido o atendimento domiciliar, para que, assim, se poupem os que têm dificuldades de locomoção.

No entanto, falar em cuidados para idosos pode ser algo genérico demais, adverte o geriatra Marcos Daniel Saraiva, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “O envelhecimento não depende só de fatores genéticos. Pesam, também, fatores ambientais, culturais, psicológicos e o estilo de vida”, diz. Estes são decisivos no registro de tantas diferenças. Enquanto muitos com mais de 80 anos se mantêm independentes e ativos, outros, com menos de 70, se mostram prostrados, incapazes dos cuidados mais simples consigo próprios.

Saraiva recomenda que os investimentos públicos destinados ao atendimento dos idosos não se restrinjam a questões de saúde somente, mas também contemplem as atividades das secretarias de urbanismo, cultura e transportes, de modo a garantir maior inclusão daqueles que logo serão a maior parte da população brasileira.

Sempre chega o dia em que não há mais escapatória e, uma a uma, as pessoas são obrigadas a reconhecer que estão ficando velhas. Há anos se repete que o Brasil é um país de jovens, por mais que as estatísticas agora demonstrem o contrário (veja o gráfico).

O alastramento do coronavírus, que pôs os mais velhos no grupo de risco, mostra que o Brasil não se preparou para lidar com essa relevante mudança demográfica. O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas.

Não é apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) que se mostra desequipado para atender à cada vez maior demanda pelos idosos. Também o setor privado expõe graves deficiências. A principal delas é a de que os planos de saúde cobram mensalidades impraticáveis dos associados mais velhos para lhes garantir atendimento médico, exames clínicos e internação hospitalar.

André Fattori, professor de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), adverte: “Agentes de saúde, como enfermeiros e médicos, não estão capacitados para lidar com problemas mais comuns da idade avançada”.

As universidades cuidam do ensino e treinamento dos futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, mas preveem pouca carga horária para tratar de geriatria e de gerontologia. Continua excessivo o foco na pediatria, num país cuja taxa de natalidade vem caindo. Não por acaso, essa situação se reflete sobre toda a rede nacional de saúde, que atua com profissionais pouco habilitados para isso.

Mesmo diante da omissão das universidades na adaptação dos seus currículos, há o que pode ser feito imediata e diretamente no SUS em benefício da população sênior. Fattori explica que o foco do atendimento deveria se ater ao prolongamento das funcionalidades cognitiva e motora do idoso, para que ele se mantenha autônomo e se sinta acolhido durante o maior tempo de vida possível. Uma debilidade nos ossos, por exemplo, pode comprometer a independência, o que não acontece se um diagnóstico de diabetes é devidamente acompanhado. O tratamento intensivo de doenças crônicas pode se tornar insuficiente para a saúde integral dos mais velhos no dia a dia.

O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas Foto: Jonne Roriz/Estadão

Como afirma Luiz Roberto Ramos, professor de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é preciso aumentar o escopo da atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o objetivo de prevenir doenças. Os médicos de família, por exemplo, precisam saber recepcionar os idosos para avaliar sinais de demência e perdas de funções orgânicas e, ao mesmo tempo, conferir se as dosagens dos remédios estão corretas. 

Além disso, acrescenta ele, faltam profissionais especializados que complementem o trabalho do médico de família. É preciso formar mais fisioterapeutas e fonoaudiólogos que encaminhem adequadamente demandas específicas e ajudem a montar redes de apoio aos idosos. Ele também sugere que seja expandido o atendimento domiciliar, para que, assim, se poupem os que têm dificuldades de locomoção.

No entanto, falar em cuidados para idosos pode ser algo genérico demais, adverte o geriatra Marcos Daniel Saraiva, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “O envelhecimento não depende só de fatores genéticos. Pesam, também, fatores ambientais, culturais, psicológicos e o estilo de vida”, diz. Estes são decisivos no registro de tantas diferenças. Enquanto muitos com mais de 80 anos se mantêm independentes e ativos, outros, com menos de 70, se mostram prostrados, incapazes dos cuidados mais simples consigo próprios.

Saraiva recomenda que os investimentos públicos destinados ao atendimento dos idosos não se restrinjam a questões de saúde somente, mas também contemplem as atividades das secretarias de urbanismo, cultura e transportes, de modo a garantir maior inclusão daqueles que logo serão a maior parte da população brasileira.

Sempre chega o dia em que não há mais escapatória e, uma a uma, as pessoas são obrigadas a reconhecer que estão ficando velhas. Há anos se repete que o Brasil é um país de jovens, por mais que as estatísticas agora demonstrem o contrário (veja o gráfico).

O alastramento do coronavírus, que pôs os mais velhos no grupo de risco, mostra que o Brasil não se preparou para lidar com essa relevante mudança demográfica. O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas.

Não é apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) que se mostra desequipado para atender à cada vez maior demanda pelos idosos. Também o setor privado expõe graves deficiências. A principal delas é a de que os planos de saúde cobram mensalidades impraticáveis dos associados mais velhos para lhes garantir atendimento médico, exames clínicos e internação hospitalar.

André Fattori, professor de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp), adverte: “Agentes de saúde, como enfermeiros e médicos, não estão capacitados para lidar com problemas mais comuns da idade avançada”.

As universidades cuidam do ensino e treinamento dos futuros médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, mas preveem pouca carga horária para tratar de geriatria e de gerontologia. Continua excessivo o foco na pediatria, num país cuja taxa de natalidade vem caindo. Não por acaso, essa situação se reflete sobre toda a rede nacional de saúde, que atua com profissionais pouco habilitados para isso.

Mesmo diante da omissão das universidades na adaptação dos seus currículos, há o que pode ser feito imediata e diretamente no SUS em benefício da população sênior. Fattori explica que o foco do atendimento deveria se ater ao prolongamento das funcionalidades cognitiva e motora do idoso, para que ele se mantenha autônomo e se sinta acolhido durante o maior tempo de vida possível. Uma debilidade nos ossos, por exemplo, pode comprometer a independência, o que não acontece se um diagnóstico de diabetes é devidamente acompanhado. O tratamento intensivo de doenças crônicas pode se tornar insuficiente para a saúde integral dos mais velhos no dia a dia.

O envelhecimento da população não teve correspondência em políticas de saúde apropriadas Foto: Jonne Roriz/Estadão

Como afirma Luiz Roberto Ramos, professor de Geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é preciso aumentar o escopo da atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com o objetivo de prevenir doenças. Os médicos de família, por exemplo, precisam saber recepcionar os idosos para avaliar sinais de demência e perdas de funções orgânicas e, ao mesmo tempo, conferir se as dosagens dos remédios estão corretas. 

Além disso, acrescenta ele, faltam profissionais especializados que complementem o trabalho do médico de família. É preciso formar mais fisioterapeutas e fonoaudiólogos que encaminhem adequadamente demandas específicas e ajudem a montar redes de apoio aos idosos. Ele também sugere que seja expandido o atendimento domiciliar, para que, assim, se poupem os que têm dificuldades de locomoção.

No entanto, falar em cuidados para idosos pode ser algo genérico demais, adverte o geriatra Marcos Daniel Saraiva, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “O envelhecimento não depende só de fatores genéticos. Pesam, também, fatores ambientais, culturais, psicológicos e o estilo de vida”, diz. Estes são decisivos no registro de tantas diferenças. Enquanto muitos com mais de 80 anos se mantêm independentes e ativos, outros, com menos de 70, se mostram prostrados, incapazes dos cuidados mais simples consigo próprios.

Saraiva recomenda que os investimentos públicos destinados ao atendimento dos idosos não se restrinjam a questões de saúde somente, mas também contemplem as atividades das secretarias de urbanismo, cultura e transportes, de modo a garantir maior inclusão daqueles que logo serão a maior parte da população brasileira.

Opinião por Celso Ming

Comentarista de Economia

Guilherme Guerra

Repórter do Estadão desde 2018, com passagem pelas coberturas de educação, internacional, economia e tecnologia. Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduado em Estudos Brasileiros pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

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