Jornalista e comentarista de economia

Opinião|‘Taxação das blusinhas’ e as mudanças no varejo brasileiro


Crescimento do comércio eletrônico vem impondo mudanças no varejo tradicional do País que não devem recuar com a volta da taxação sobre as compras internacionais de até US$ 50

Por Celso Ming
Atualização:

A chamada “taxação das blusinhas” ficou nos 20%. Trata-se de um imposto alfandegário sobre importações de até US$ 50, hoje isentas.

A indústria e, principalmente, o comércio varejista batalharam por uma alíquota mais alta, de pelo menos 35%, que se destinasse a superproteger o produto nacional e o emprego.

Num primeiro momento, esse imposto, embora mais baixo do que o reivindicado, poderá reduzir o volume importado de blusinhas e de outras quinquilharias, mas esse adicional (US$ 10 ou R$ 63), que poderá aumentar com a incidência do ICMS sobre o valor final, não parece capaz de inibir decisivamente esse fluxo. Daí por que dá para esperar outro efeito, desta vez positivo, até agora não devidamente considerado.

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Trata-se da parcela correspondente aos “ganhos financeiros” do varejo. Sempre que admite pagamento de até dez ou doze parcelas “sem juros” e não aceita desconto para liquidação imediata, a loja já colocou adicional de 40%, 50% ou 100% sobre o preço à vista. Esse juro disfarçado (ou ganho financeiro) engorda o faturamento da empresa: é a loja operando também como banco.

O consumidor já está se dando conta de que pode obter preços mais baixos pela compra desse produto importado. É provável que esse efeito se intensifique, mesmo com a taxação. Se isso estiver correto, o comércio terá de rever a prática das vendas “a perder de vista, sem juros” e trabalhar mais com seus ganhos operacionais, que implicam girar mais a mercadoria e ampliar sua escala de vendas.

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Quem olha para o comportamento do comércio varejista não pode ficar apenas em algumas particularidades isoladas, como o dessas “blusinhas”. Como já acontece com tantos setores da economia, o varejo passa por forte transformação, gerada pelo uso intensivo da tecnologia de informação. O comércio eletrônico (e-commerce) já corresponde, no Brasil, a 16% do volume total de vendas do comércio, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

Apenas uma empresa especializada nesse segmento, o Mercado Livre, anunciou investimentos neste ano de R$ 23 bi. Nenhuma montadora de veículos está derramando tanto dinheiro em apenas um ano por aqui. E ainda têm as iniciativas da Amazon e das chinesas Shein e Shopee.

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É paulada atrás da outra sobre o varejo convencional, o que explica boa parte dos problemas pelos quais vêm passando Americanas, Magalu, Marisa e Casas Bahia. Com o e-commerce, que transforma as lojas em showrooms, o varejo reduz os custos com pessoal, aluguel e administração de estoques. E vem mais pela frente, com a aplicação da inteligência artificial.

A chamada “taxação das blusinhas” ficou nos 20%. Trata-se de um imposto alfandegário sobre importações de até US$ 50, hoje isentas.

A indústria e, principalmente, o comércio varejista batalharam por uma alíquota mais alta, de pelo menos 35%, que se destinasse a superproteger o produto nacional e o emprego.

Num primeiro momento, esse imposto, embora mais baixo do que o reivindicado, poderá reduzir o volume importado de blusinhas e de outras quinquilharias, mas esse adicional (US$ 10 ou R$ 63), que poderá aumentar com a incidência do ICMS sobre o valor final, não parece capaz de inibir decisivamente esse fluxo. Daí por que dá para esperar outro efeito, desta vez positivo, até agora não devidamente considerado.

Trata-se da parcela correspondente aos “ganhos financeiros” do varejo. Sempre que admite pagamento de até dez ou doze parcelas “sem juros” e não aceita desconto para liquidação imediata, a loja já colocou adicional de 40%, 50% ou 100% sobre o preço à vista. Esse juro disfarçado (ou ganho financeiro) engorda o faturamento da empresa: é a loja operando também como banco.

O consumidor já está se dando conta de que pode obter preços mais baixos pela compra desse produto importado. É provável que esse efeito se intensifique, mesmo com a taxação. Se isso estiver correto, o comércio terá de rever a prática das vendas “a perder de vista, sem juros” e trabalhar mais com seus ganhos operacionais, que implicam girar mais a mercadoria e ampliar sua escala de vendas.

Quem olha para o comportamento do comércio varejista não pode ficar apenas em algumas particularidades isoladas, como o dessas “blusinhas”. Como já acontece com tantos setores da economia, o varejo passa por forte transformação, gerada pelo uso intensivo da tecnologia de informação. O comércio eletrônico (e-commerce) já corresponde, no Brasil, a 16% do volume total de vendas do comércio, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

Apenas uma empresa especializada nesse segmento, o Mercado Livre, anunciou investimentos neste ano de R$ 23 bi. Nenhuma montadora de veículos está derramando tanto dinheiro em apenas um ano por aqui. E ainda têm as iniciativas da Amazon e das chinesas Shein e Shopee.

É paulada atrás da outra sobre o varejo convencional, o que explica boa parte dos problemas pelos quais vêm passando Americanas, Magalu, Marisa e Casas Bahia. Com o e-commerce, que transforma as lojas em showrooms, o varejo reduz os custos com pessoal, aluguel e administração de estoques. E vem mais pela frente, com a aplicação da inteligência artificial.

A chamada “taxação das blusinhas” ficou nos 20%. Trata-se de um imposto alfandegário sobre importações de até US$ 50, hoje isentas.

A indústria e, principalmente, o comércio varejista batalharam por uma alíquota mais alta, de pelo menos 35%, que se destinasse a superproteger o produto nacional e o emprego.

Num primeiro momento, esse imposto, embora mais baixo do que o reivindicado, poderá reduzir o volume importado de blusinhas e de outras quinquilharias, mas esse adicional (US$ 10 ou R$ 63), que poderá aumentar com a incidência do ICMS sobre o valor final, não parece capaz de inibir decisivamente esse fluxo. Daí por que dá para esperar outro efeito, desta vez positivo, até agora não devidamente considerado.

Trata-se da parcela correspondente aos “ganhos financeiros” do varejo. Sempre que admite pagamento de até dez ou doze parcelas “sem juros” e não aceita desconto para liquidação imediata, a loja já colocou adicional de 40%, 50% ou 100% sobre o preço à vista. Esse juro disfarçado (ou ganho financeiro) engorda o faturamento da empresa: é a loja operando também como banco.

O consumidor já está se dando conta de que pode obter preços mais baixos pela compra desse produto importado. É provável que esse efeito se intensifique, mesmo com a taxação. Se isso estiver correto, o comércio terá de rever a prática das vendas “a perder de vista, sem juros” e trabalhar mais com seus ganhos operacionais, que implicam girar mais a mercadoria e ampliar sua escala de vendas.

Quem olha para o comportamento do comércio varejista não pode ficar apenas em algumas particularidades isoladas, como o dessas “blusinhas”. Como já acontece com tantos setores da economia, o varejo passa por forte transformação, gerada pelo uso intensivo da tecnologia de informação. O comércio eletrônico (e-commerce) já corresponde, no Brasil, a 16% do volume total de vendas do comércio, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

Apenas uma empresa especializada nesse segmento, o Mercado Livre, anunciou investimentos neste ano de R$ 23 bi. Nenhuma montadora de veículos está derramando tanto dinheiro em apenas um ano por aqui. E ainda têm as iniciativas da Amazon e das chinesas Shein e Shopee.

É paulada atrás da outra sobre o varejo convencional, o que explica boa parte dos problemas pelos quais vêm passando Americanas, Magalu, Marisa e Casas Bahia. Com o e-commerce, que transforma as lojas em showrooms, o varejo reduz os custos com pessoal, aluguel e administração de estoques. E vem mais pela frente, com a aplicação da inteligência artificial.

A chamada “taxação das blusinhas” ficou nos 20%. Trata-se de um imposto alfandegário sobre importações de até US$ 50, hoje isentas.

A indústria e, principalmente, o comércio varejista batalharam por uma alíquota mais alta, de pelo menos 35%, que se destinasse a superproteger o produto nacional e o emprego.

Num primeiro momento, esse imposto, embora mais baixo do que o reivindicado, poderá reduzir o volume importado de blusinhas e de outras quinquilharias, mas esse adicional (US$ 10 ou R$ 63), que poderá aumentar com a incidência do ICMS sobre o valor final, não parece capaz de inibir decisivamente esse fluxo. Daí por que dá para esperar outro efeito, desta vez positivo, até agora não devidamente considerado.

Trata-se da parcela correspondente aos “ganhos financeiros” do varejo. Sempre que admite pagamento de até dez ou doze parcelas “sem juros” e não aceita desconto para liquidação imediata, a loja já colocou adicional de 40%, 50% ou 100% sobre o preço à vista. Esse juro disfarçado (ou ganho financeiro) engorda o faturamento da empresa: é a loja operando também como banco.

O consumidor já está se dando conta de que pode obter preços mais baixos pela compra desse produto importado. É provável que esse efeito se intensifique, mesmo com a taxação. Se isso estiver correto, o comércio terá de rever a prática das vendas “a perder de vista, sem juros” e trabalhar mais com seus ganhos operacionais, que implicam girar mais a mercadoria e ampliar sua escala de vendas.

Quem olha para o comportamento do comércio varejista não pode ficar apenas em algumas particularidades isoladas, como o dessas “blusinhas”. Como já acontece com tantos setores da economia, o varejo passa por forte transformação, gerada pelo uso intensivo da tecnologia de informação. O comércio eletrônico (e-commerce) já corresponde, no Brasil, a 16% do volume total de vendas do comércio, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

Apenas uma empresa especializada nesse segmento, o Mercado Livre, anunciou investimentos neste ano de R$ 23 bi. Nenhuma montadora de veículos está derramando tanto dinheiro em apenas um ano por aqui. E ainda têm as iniciativas da Amazon e das chinesas Shein e Shopee.

É paulada atrás da outra sobre o varejo convencional, o que explica boa parte dos problemas pelos quais vêm passando Americanas, Magalu, Marisa e Casas Bahia. Com o e-commerce, que transforma as lojas em showrooms, o varejo reduz os custos com pessoal, aluguel e administração de estoques. E vem mais pela frente, com a aplicação da inteligência artificial.

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