BRASÍLIA - A China habilitou mais 38 unidades frigorificadas brasileiras a exportar carnes ao país. Do total, 24 plantas são de carne bovina, oito indústrias de carne de frango, um frigorífico de carne bovina termoprocessada e cinco entrepostos (três de frango, um de bovino e um de suíno).
A autorização às novas indústrias brasileiras foi comunicada pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) ao Ministério da Agricultura, que confirmou a informação.
Uma nova leva de habilitação vinha sendo aguardada pela indústria exportadora desde o ano passado. Parte destes estabelecimentos foi auditada remotamente pela autoridade sanitária chinesa em janeiro, enquanto outra parte recebeu auditoria presencial em dezembro de 2023.
Essa nova leva de habilitação pela China é a maior já registrada na história — ano em que os países completam 50 anos de relação diplomática sino-brasileira. O governo chinês permite exportação apenas de frigoríficos autorizados individualmente pelo país.
No total, com o novo aval, 144 frigoríficos brasileiros podem exportar carnes ao país asiático. Até o início de março, eram 106 (47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos).
“Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitivos, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia brasileira. É um dia histórico na relação comercial Brasil-China, um dia histórico para nossa agropecuária”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em nota.
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, afirmou que o resultado “demonstra novamente o reconhecimento da qualidade, credibilidade e confiança do trabalho da defesa agropecuária do Brasil”.
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 8,8 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 23,5 bilhões.
Os frigoríficos habilitados
A JBS lidera a lista de frigoríficos, entrepostos e unidades de beneficiamento brasileiros habilitados pela China. São 12 unidades da JBS, incluindo duas da Seara, sendo que uma delas, a planta de Itajaí (SC), recebeu duas habilitações, para exportar carnes de frango e suína. A Minerva Foods teve dois frigoríficos habilitados, com um da Marfrig e outro da BRF.
Foram dez frigoríficos abatedouros de bovinos da JBS habilitados. Eles ficam em Santana do Araguaína-PA, Naviraí-MS, Confresa-MT, Alta Floresta-MT, Marabá-PA, Campo Grande-MS (2 habilitações), Pimenta Bueno-RO, Diamantino-MT, Pontes e Lacerda-MT.
A Prima Foods teve dois frigoríficos de bovinos habilitados, em Cassilândia-MS e Santa Fé-GO. Já as unidades da Minerva habilitadas ficam em Janaúba-MG e Araguaína-TO.
Os demais frigoríficos abatedouros de bovinos habilitados foram da Beauvallet Goiás (Inhumas-GO), da Mercúrio Alimentos (Xinguara-PA), do FTS (Xinguara-PA), da Marfrig (Batagussu-MS), do Frigorífico Better Beef (Rancharia-SP), do Boa Carne (Colider-MT), da BoiBrás (São Gabriel do Oeste-MS), do Distriboi (Ji-Paraná-RO), da Pantaneira (Várzea Grande-MT) e do Rio Machado (Ji-Paraná-RO).
Também foi habilitada uma unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos da Pampeano Alimentos em Hulha Negra-RS.
Os frigoríficos abatedouros de aves habilitados foram da Dip Frangos (Capanema-PR), da Jaguafrangos (Jaguapitã-PR), da Aurora (Guatambú-SC), da BRF (Chapecó-SC), da Avenorte (Cianorte-PR), da Plusval (Umuarama-PR), da Cooperativa Languiru (Westfalia-RS) e da Seara (Santo Inácio-PR).
Os entrepostos habilitados foram da Cotriguaçu Cooperativa (Cascavel-PR), da Martini Meat (Rio Grande-RS), da Seara (Itajaí-SC) e da Aurora (Itajaí-SC).