O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) injetou ontem 290 bilhões de yuans (US$ 45,96 bilhões) no mercado monetário. Esse foi o maior volume de recursos já injetado pelo PBOC no mercado em um só dia e teve como objetivo aliviar a falta de liquidez no setor bancário antes do fim do trimestre.A injeção de dinheiro foi feita por meio de um mecanismo financeiro conhecido como Repo, ou acordo de recompra, pelo qual o PBOC adquire papéis hoje com o compromisso de vendê-los numa data futura predeterminada. Assim, a operação funciona como um empréstimo.A liquidez no sistema bancário chinês está apertada desde a semana passada por causa do aumento da demanda das instituições por recursos antes do fim do terceiro trimestre à medida que tentam cumprir exigências regulatórias para a relação entre empréstimos e depósitos. A taxa média ponderada interbancária de sete dias, que é uma medida do custo do financiamento de curto prazo, subiu para 4,72% no fim da tarde na China, o nível mais alto em sete meses.A grande injeção de liquidez, que ainda faz parte dos esforços do PBOC para impulsionar a enfraquecida economia, é mais um sinal de que o banco central agora favorece operações no mercado aberto quando ajusta sua política monetária e dificilmente reduzirá a reserva compulsória dos bancos no curto prazo.Em um comunicado, o PBOC informou que ofereceu 100 bilhões de yuans em acordos de recompra de 14 dias, uma linha de crédito de curto prazo, à taxa de 3,45%, e 190 bilhões de yuans em recompras de 28 dias, à taxa de 3,60%. Incluindo a operação de ontem, o banco central chinês injetou um total de 2,238 bilhões de yuans no mercado desde junho por meio de acordos de recompra reversa.O PBOC faz operações no mercado aberto regularmente, às terças e quintas-feiras, oferecendo títulos e acordos de recompra para controlar a liquidez no mercado monetário. Nesta semana, expiram 2 bilhões de yuans em títulos e 107 bilhões de yuans em acordos de recompra reversa. / DOW JONES NEWSWIRES