China se torna segunda maior economia mundial


PIB chinês chegou a US$ 5,88 trilhões ante US$ 5,47 trilhões do Japão, que anunciou crescimento de 3,9% no ano passado

Por Cláudia Trevisan

Apesar de ter crescido 3,9% no ano passado, o Japão perdeu oficialmente para a China o posto de segunda maior economia do mundo que ocupou durante quatro décadas. Autoridades de Tóquio informaram ontem que o PIB de 2010 ficou em US$ 5,47 trilhões, abaixo dos US$ 5,88 trilhões do vizinho emergente. A diferença de US$ 410 bilhões entre os dois países supera o tamanho da economia da Argentina, que atingiu US$ 351 bilhões no ano passado, segundo cálculo elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O resultado era impensável há uma década, quando o Produto Interno Bruto (PIB) chinês representava apenas um terço do japonês, e reflete tanto o dinamismo da China como a estagnação que o Japão enfrenta há duas décadas.No entanto, os 1,3 bilhão de habitantes da China, agora a segunda maior economia do mundo, continuam bem mais pobres que os 128 milhões de japonesas, na terceira posição - o PIB per capita chinês equivale a cerca de um décimo dos US$ 43 mil dos japoneses. Potência. No ritmo atual, a China deverá superar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo até 2030. A ultrapassagem ocorrerá cerca de 15 anos antes se for considerado o valor do PIB pela Paridade de Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), cuja equação contempla o impacto dos preços relativos na economia de cada país. A espetacular história da expansão chinesa começou a ser escrita em 1978, quando Deng Xiaoping (1904-1997) obteve apoio dentro do Partido Comunista para implantar sua política de abertura e integração gradual do país à economia mundial. Naquela época, a China estava isolada e destroçada pela trágica experiência da Revolução Cultural (1966-1976). O PIB per capita não chegava a US$ 300 ao ano, muito ruim se comparado com os US$ 9 mil dos japoneses. Reformas. As reformas iniciadas por Deng levaram a China a um crescimento médio de quase 10% ao ano nas últimas três décadas, algo inédito na história recente da humanidade. Os principais motores dessa expansão foram os investimentos e as exportações. O grande desafio dos dirigentes de Pequim é mudar o padrão de crescimento e aumentar a participação e influência do consumo doméstico no resultado do PIB. Se conseguir essa transição, a China aumentará sua relevância como uma das principais turbinas responsáveis pela expansão mundial. O país é o principal destino das exportações do Japão e sua demanda foi um dos fatores que levaram aos 3,9% de crescimento no ano passado. Apesar do resultado positivo, a economia japonesa encolheu 0,3% no quarto trimestre - ou 1,1% anualizado na comparação com o mesmo período de 2009. A contração decorreu principalmente da queda no consumo interno provocada pelo fim dos subsídios adotados depois da crise financeira global. Ainda assim, a contração foi menor que projetado por analistas. Eles esperavam uma queda de 0,5%.

Apesar de ter crescido 3,9% no ano passado, o Japão perdeu oficialmente para a China o posto de segunda maior economia do mundo que ocupou durante quatro décadas. Autoridades de Tóquio informaram ontem que o PIB de 2010 ficou em US$ 5,47 trilhões, abaixo dos US$ 5,88 trilhões do vizinho emergente. A diferença de US$ 410 bilhões entre os dois países supera o tamanho da economia da Argentina, que atingiu US$ 351 bilhões no ano passado, segundo cálculo elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O resultado era impensável há uma década, quando o Produto Interno Bruto (PIB) chinês representava apenas um terço do japonês, e reflete tanto o dinamismo da China como a estagnação que o Japão enfrenta há duas décadas.No entanto, os 1,3 bilhão de habitantes da China, agora a segunda maior economia do mundo, continuam bem mais pobres que os 128 milhões de japonesas, na terceira posição - o PIB per capita chinês equivale a cerca de um décimo dos US$ 43 mil dos japoneses. Potência. No ritmo atual, a China deverá superar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo até 2030. A ultrapassagem ocorrerá cerca de 15 anos antes se for considerado o valor do PIB pela Paridade de Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), cuja equação contempla o impacto dos preços relativos na economia de cada país. A espetacular história da expansão chinesa começou a ser escrita em 1978, quando Deng Xiaoping (1904-1997) obteve apoio dentro do Partido Comunista para implantar sua política de abertura e integração gradual do país à economia mundial. Naquela época, a China estava isolada e destroçada pela trágica experiência da Revolução Cultural (1966-1976). O PIB per capita não chegava a US$ 300 ao ano, muito ruim se comparado com os US$ 9 mil dos japoneses. Reformas. As reformas iniciadas por Deng levaram a China a um crescimento médio de quase 10% ao ano nas últimas três décadas, algo inédito na história recente da humanidade. Os principais motores dessa expansão foram os investimentos e as exportações. O grande desafio dos dirigentes de Pequim é mudar o padrão de crescimento e aumentar a participação e influência do consumo doméstico no resultado do PIB. Se conseguir essa transição, a China aumentará sua relevância como uma das principais turbinas responsáveis pela expansão mundial. O país é o principal destino das exportações do Japão e sua demanda foi um dos fatores que levaram aos 3,9% de crescimento no ano passado. Apesar do resultado positivo, a economia japonesa encolheu 0,3% no quarto trimestre - ou 1,1% anualizado na comparação com o mesmo período de 2009. A contração decorreu principalmente da queda no consumo interno provocada pelo fim dos subsídios adotados depois da crise financeira global. Ainda assim, a contração foi menor que projetado por analistas. Eles esperavam uma queda de 0,5%.

Apesar de ter crescido 3,9% no ano passado, o Japão perdeu oficialmente para a China o posto de segunda maior economia do mundo que ocupou durante quatro décadas. Autoridades de Tóquio informaram ontem que o PIB de 2010 ficou em US$ 5,47 trilhões, abaixo dos US$ 5,88 trilhões do vizinho emergente. A diferença de US$ 410 bilhões entre os dois países supera o tamanho da economia da Argentina, que atingiu US$ 351 bilhões no ano passado, segundo cálculo elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O resultado era impensável há uma década, quando o Produto Interno Bruto (PIB) chinês representava apenas um terço do japonês, e reflete tanto o dinamismo da China como a estagnação que o Japão enfrenta há duas décadas.No entanto, os 1,3 bilhão de habitantes da China, agora a segunda maior economia do mundo, continuam bem mais pobres que os 128 milhões de japonesas, na terceira posição - o PIB per capita chinês equivale a cerca de um décimo dos US$ 43 mil dos japoneses. Potência. No ritmo atual, a China deverá superar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo até 2030. A ultrapassagem ocorrerá cerca de 15 anos antes se for considerado o valor do PIB pela Paridade de Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), cuja equação contempla o impacto dos preços relativos na economia de cada país. A espetacular história da expansão chinesa começou a ser escrita em 1978, quando Deng Xiaoping (1904-1997) obteve apoio dentro do Partido Comunista para implantar sua política de abertura e integração gradual do país à economia mundial. Naquela época, a China estava isolada e destroçada pela trágica experiência da Revolução Cultural (1966-1976). O PIB per capita não chegava a US$ 300 ao ano, muito ruim se comparado com os US$ 9 mil dos japoneses. Reformas. As reformas iniciadas por Deng levaram a China a um crescimento médio de quase 10% ao ano nas últimas três décadas, algo inédito na história recente da humanidade. Os principais motores dessa expansão foram os investimentos e as exportações. O grande desafio dos dirigentes de Pequim é mudar o padrão de crescimento e aumentar a participação e influência do consumo doméstico no resultado do PIB. Se conseguir essa transição, a China aumentará sua relevância como uma das principais turbinas responsáveis pela expansão mundial. O país é o principal destino das exportações do Japão e sua demanda foi um dos fatores que levaram aos 3,9% de crescimento no ano passado. Apesar do resultado positivo, a economia japonesa encolheu 0,3% no quarto trimestre - ou 1,1% anualizado na comparação com o mesmo período de 2009. A contração decorreu principalmente da queda no consumo interno provocada pelo fim dos subsídios adotados depois da crise financeira global. Ainda assim, a contração foi menor que projetado por analistas. Eles esperavam uma queda de 0,5%.

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