Chuvas mais intensas podem permitir bandeira tarifária amarela em novembro


Se isso ocorrer, cobrança adicional na conta de luz cairá dos atuais R$ 7,877, da bandeira vermelha patamar 2, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos

Por Luciana Collet
Atualização:

As chuvas registradas nos últimos dias em bacias hidrográficas importantes para o setor elétrico brasileiro e a perspectiva de significativo volume de precipitações nos primeiros 20 dias do próximo mês devem propiciar o acionamento da bandeira amarela em novembro, segundo especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast. O dado oficial deve ser anunciado ainda nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na prática, isso significa que a cobrança adicional na conta de luz cairá dos atuais R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos da bandeira vermelha patamar 2, em vigor em outubro, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira amarela foi acionada a última vez em julho deste ano.

Nova bandeira tarifária será definida nesta sexta-feira Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Se confirmada a bandeira amarela, resultará em um alívio de 0,29 ponto porcentual no IPCA, segundo a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo.

A perspectiva é mais otimista do que a mantida até a semana passada, quando boa parte do mercado apontava para a perspectiva de acionamento da bandeira vermelha patamar 1, com cobrança de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. Neste caso, segundo Angelo, o impacto no IPCA seria de 0,17 ponto porcentual.

O líder de inteligência de mercado da consultoria PSR, Mateus Cavaliere, explica que anteriormente as previsões para hidrologia estavam um pouco mais pessimistas. Com a formação de chuvas, principalmente no Sul e Sudeste, aumentou a probabilidade de bandeira amarela em novembro. “Ainda está um pouco dividido dentro dos cenários que projetamos, entre (bandeira) amarela e vermelha 1, mas com um pé um pouco maior para que realmente se concretize a bandeira amarela para novembro”, disse ao Broadcast Energia.

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A consultoria Thymos Energia também prevê o acionamento da bandeira amarela em novembro. A diretora de Regulação e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães, explica que o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste já apresentou elevação desde meados de outubro e as projeções de chuvas para as próximas semanas estão favoráveis em comparação com previsões anteriores. “Diante desse cenário, nossas estimativas indicam uma redução significativa no PLD a partir de novembro, com tendência de queda nos meses seguintes”, afirmou.

O preço de liquidação das diferenças (PLD), valor da energia elétrica calculado por modelos computacionais do setor, é um dos principais fatores de definição da bandeira tarifária. Projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizadas nesta semana estimaram um PLD da ordem de R$ 324 por megawatt-hora (MWh) para novembro, o que configuraria a bandeira amarela.

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O outro fator considerado na definição das bandeiras é o risco hidrológico, também conhecido pelo acrônimo GSF, uma medida que analisa a relação entre o volume de energia efetivamente produzido e a garantia física de cada usina, ou seja, um fator que indica quanto de fato cada hidrelétrica gera, a despeito de sua capacidade.

Cavalieri, da PSR, explica que também o GSF contribui positivamente para uma bandeira tarifária com menor custo adicional, tendo em vista a sazonalidade, uma vez que, com o início do período chuvoso, o indicador também passa a um patamar mais alto do que o observado nos últimos meses. “O GSF também, junto com a redução do PLD, ajuda nessa virada de chave das bandeiras”, resumiu.

Estimativa da CCEE indicava um GSF na casa dos 84% para novembro, acima dos 69% considerados em outubro.

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Dezembro

Para o último mês do ano, os especialistas apontam a possibilidade de manutenção da bandeira amarela ou até mesmo o acionamento da bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz. Eles aguardam, porém, a efetiva realização das chuvas ao longo do próximo mês para ter uma maior clareza.

A Thymos mantém na projeção a bandeira amarela, e a redução ao patamar verde apenas em janeiro. Guimarães afirma, porém que há possibilidade de bandeira verde já a partir de dezembro, a depender da performance das afluências”.

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Cavalieri tem a mesma avaliação, mas também não descarta um piora da condição de hidrologia que leve à bandeira vermelha 1. “Estamos num ponto de muita inflexão, um ponto muito volátil. Se tiver uma frustração de chuva em novembro, a gente pode voltar para a situação de vermelha 1, em dezembro. Mas a tendência que a gente vê aqui é ter uma volta para próxima do verde”, disse.

As chuvas registradas nos últimos dias em bacias hidrográficas importantes para o setor elétrico brasileiro e a perspectiva de significativo volume de precipitações nos primeiros 20 dias do próximo mês devem propiciar o acionamento da bandeira amarela em novembro, segundo especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast. O dado oficial deve ser anunciado ainda nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na prática, isso significa que a cobrança adicional na conta de luz cairá dos atuais R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos da bandeira vermelha patamar 2, em vigor em outubro, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira amarela foi acionada a última vez em julho deste ano.

Nova bandeira tarifária será definida nesta sexta-feira Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Se confirmada a bandeira amarela, resultará em um alívio de 0,29 ponto porcentual no IPCA, segundo a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo.

A perspectiva é mais otimista do que a mantida até a semana passada, quando boa parte do mercado apontava para a perspectiva de acionamento da bandeira vermelha patamar 1, com cobrança de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. Neste caso, segundo Angelo, o impacto no IPCA seria de 0,17 ponto porcentual.

O líder de inteligência de mercado da consultoria PSR, Mateus Cavaliere, explica que anteriormente as previsões para hidrologia estavam um pouco mais pessimistas. Com a formação de chuvas, principalmente no Sul e Sudeste, aumentou a probabilidade de bandeira amarela em novembro. “Ainda está um pouco dividido dentro dos cenários que projetamos, entre (bandeira) amarela e vermelha 1, mas com um pé um pouco maior para que realmente se concretize a bandeira amarela para novembro”, disse ao Broadcast Energia.

A consultoria Thymos Energia também prevê o acionamento da bandeira amarela em novembro. A diretora de Regulação e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães, explica que o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste já apresentou elevação desde meados de outubro e as projeções de chuvas para as próximas semanas estão favoráveis em comparação com previsões anteriores. “Diante desse cenário, nossas estimativas indicam uma redução significativa no PLD a partir de novembro, com tendência de queda nos meses seguintes”, afirmou.

O preço de liquidação das diferenças (PLD), valor da energia elétrica calculado por modelos computacionais do setor, é um dos principais fatores de definição da bandeira tarifária. Projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizadas nesta semana estimaram um PLD da ordem de R$ 324 por megawatt-hora (MWh) para novembro, o que configuraria a bandeira amarela.

O outro fator considerado na definição das bandeiras é o risco hidrológico, também conhecido pelo acrônimo GSF, uma medida que analisa a relação entre o volume de energia efetivamente produzido e a garantia física de cada usina, ou seja, um fator que indica quanto de fato cada hidrelétrica gera, a despeito de sua capacidade.

Cavalieri, da PSR, explica que também o GSF contribui positivamente para uma bandeira tarifária com menor custo adicional, tendo em vista a sazonalidade, uma vez que, com o início do período chuvoso, o indicador também passa a um patamar mais alto do que o observado nos últimos meses. “O GSF também, junto com a redução do PLD, ajuda nessa virada de chave das bandeiras”, resumiu.

Estimativa da CCEE indicava um GSF na casa dos 84% para novembro, acima dos 69% considerados em outubro.

Dezembro

Para o último mês do ano, os especialistas apontam a possibilidade de manutenção da bandeira amarela ou até mesmo o acionamento da bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz. Eles aguardam, porém, a efetiva realização das chuvas ao longo do próximo mês para ter uma maior clareza.

A Thymos mantém na projeção a bandeira amarela, e a redução ao patamar verde apenas em janeiro. Guimarães afirma, porém que há possibilidade de bandeira verde já a partir de dezembro, a depender da performance das afluências”.

Cavalieri tem a mesma avaliação, mas também não descarta um piora da condição de hidrologia que leve à bandeira vermelha 1. “Estamos num ponto de muita inflexão, um ponto muito volátil. Se tiver uma frustração de chuva em novembro, a gente pode voltar para a situação de vermelha 1, em dezembro. Mas a tendência que a gente vê aqui é ter uma volta para próxima do verde”, disse.

As chuvas registradas nos últimos dias em bacias hidrográficas importantes para o setor elétrico brasileiro e a perspectiva de significativo volume de precipitações nos primeiros 20 dias do próximo mês devem propiciar o acionamento da bandeira amarela em novembro, segundo especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast. O dado oficial deve ser anunciado ainda nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na prática, isso significa que a cobrança adicional na conta de luz cairá dos atuais R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos da bandeira vermelha patamar 2, em vigor em outubro, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira amarela foi acionada a última vez em julho deste ano.

Nova bandeira tarifária será definida nesta sexta-feira Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Se confirmada a bandeira amarela, resultará em um alívio de 0,29 ponto porcentual no IPCA, segundo a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo.

A perspectiva é mais otimista do que a mantida até a semana passada, quando boa parte do mercado apontava para a perspectiva de acionamento da bandeira vermelha patamar 1, com cobrança de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. Neste caso, segundo Angelo, o impacto no IPCA seria de 0,17 ponto porcentual.

O líder de inteligência de mercado da consultoria PSR, Mateus Cavaliere, explica que anteriormente as previsões para hidrologia estavam um pouco mais pessimistas. Com a formação de chuvas, principalmente no Sul e Sudeste, aumentou a probabilidade de bandeira amarela em novembro. “Ainda está um pouco dividido dentro dos cenários que projetamos, entre (bandeira) amarela e vermelha 1, mas com um pé um pouco maior para que realmente se concretize a bandeira amarela para novembro”, disse ao Broadcast Energia.

A consultoria Thymos Energia também prevê o acionamento da bandeira amarela em novembro. A diretora de Regulação e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães, explica que o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste já apresentou elevação desde meados de outubro e as projeções de chuvas para as próximas semanas estão favoráveis em comparação com previsões anteriores. “Diante desse cenário, nossas estimativas indicam uma redução significativa no PLD a partir de novembro, com tendência de queda nos meses seguintes”, afirmou.

O preço de liquidação das diferenças (PLD), valor da energia elétrica calculado por modelos computacionais do setor, é um dos principais fatores de definição da bandeira tarifária. Projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizadas nesta semana estimaram um PLD da ordem de R$ 324 por megawatt-hora (MWh) para novembro, o que configuraria a bandeira amarela.

O outro fator considerado na definição das bandeiras é o risco hidrológico, também conhecido pelo acrônimo GSF, uma medida que analisa a relação entre o volume de energia efetivamente produzido e a garantia física de cada usina, ou seja, um fator que indica quanto de fato cada hidrelétrica gera, a despeito de sua capacidade.

Cavalieri, da PSR, explica que também o GSF contribui positivamente para uma bandeira tarifária com menor custo adicional, tendo em vista a sazonalidade, uma vez que, com o início do período chuvoso, o indicador também passa a um patamar mais alto do que o observado nos últimos meses. “O GSF também, junto com a redução do PLD, ajuda nessa virada de chave das bandeiras”, resumiu.

Estimativa da CCEE indicava um GSF na casa dos 84% para novembro, acima dos 69% considerados em outubro.

Dezembro

Para o último mês do ano, os especialistas apontam a possibilidade de manutenção da bandeira amarela ou até mesmo o acionamento da bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz. Eles aguardam, porém, a efetiva realização das chuvas ao longo do próximo mês para ter uma maior clareza.

A Thymos mantém na projeção a bandeira amarela, e a redução ao patamar verde apenas em janeiro. Guimarães afirma, porém que há possibilidade de bandeira verde já a partir de dezembro, a depender da performance das afluências”.

Cavalieri tem a mesma avaliação, mas também não descarta um piora da condição de hidrologia que leve à bandeira vermelha 1. “Estamos num ponto de muita inflexão, um ponto muito volátil. Se tiver uma frustração de chuva em novembro, a gente pode voltar para a situação de vermelha 1, em dezembro. Mas a tendência que a gente vê aqui é ter uma volta para próxima do verde”, disse.

As chuvas registradas nos últimos dias em bacias hidrográficas importantes para o setor elétrico brasileiro e a perspectiva de significativo volume de precipitações nos primeiros 20 dias do próximo mês devem propiciar o acionamento da bandeira amarela em novembro, segundo especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast. O dado oficial deve ser anunciado ainda nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na prática, isso significa que a cobrança adicional na conta de luz cairá dos atuais R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos da bandeira vermelha patamar 2, em vigor em outubro, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira amarela foi acionada a última vez em julho deste ano.

Nova bandeira tarifária será definida nesta sexta-feira Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Se confirmada a bandeira amarela, resultará em um alívio de 0,29 ponto porcentual no IPCA, segundo a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo.

A perspectiva é mais otimista do que a mantida até a semana passada, quando boa parte do mercado apontava para a perspectiva de acionamento da bandeira vermelha patamar 1, com cobrança de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. Neste caso, segundo Angelo, o impacto no IPCA seria de 0,17 ponto porcentual.

O líder de inteligência de mercado da consultoria PSR, Mateus Cavaliere, explica que anteriormente as previsões para hidrologia estavam um pouco mais pessimistas. Com a formação de chuvas, principalmente no Sul e Sudeste, aumentou a probabilidade de bandeira amarela em novembro. “Ainda está um pouco dividido dentro dos cenários que projetamos, entre (bandeira) amarela e vermelha 1, mas com um pé um pouco maior para que realmente se concretize a bandeira amarela para novembro”, disse ao Broadcast Energia.

A consultoria Thymos Energia também prevê o acionamento da bandeira amarela em novembro. A diretora de Regulação e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães, explica que o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste já apresentou elevação desde meados de outubro e as projeções de chuvas para as próximas semanas estão favoráveis em comparação com previsões anteriores. “Diante desse cenário, nossas estimativas indicam uma redução significativa no PLD a partir de novembro, com tendência de queda nos meses seguintes”, afirmou.

O preço de liquidação das diferenças (PLD), valor da energia elétrica calculado por modelos computacionais do setor, é um dos principais fatores de definição da bandeira tarifária. Projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizadas nesta semana estimaram um PLD da ordem de R$ 324 por megawatt-hora (MWh) para novembro, o que configuraria a bandeira amarela.

O outro fator considerado na definição das bandeiras é o risco hidrológico, também conhecido pelo acrônimo GSF, uma medida que analisa a relação entre o volume de energia efetivamente produzido e a garantia física de cada usina, ou seja, um fator que indica quanto de fato cada hidrelétrica gera, a despeito de sua capacidade.

Cavalieri, da PSR, explica que também o GSF contribui positivamente para uma bandeira tarifária com menor custo adicional, tendo em vista a sazonalidade, uma vez que, com o início do período chuvoso, o indicador também passa a um patamar mais alto do que o observado nos últimos meses. “O GSF também, junto com a redução do PLD, ajuda nessa virada de chave das bandeiras”, resumiu.

Estimativa da CCEE indicava um GSF na casa dos 84% para novembro, acima dos 69% considerados em outubro.

Dezembro

Para o último mês do ano, os especialistas apontam a possibilidade de manutenção da bandeira amarela ou até mesmo o acionamento da bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz. Eles aguardam, porém, a efetiva realização das chuvas ao longo do próximo mês para ter uma maior clareza.

A Thymos mantém na projeção a bandeira amarela, e a redução ao patamar verde apenas em janeiro. Guimarães afirma, porém que há possibilidade de bandeira verde já a partir de dezembro, a depender da performance das afluências”.

Cavalieri tem a mesma avaliação, mas também não descarta um piora da condição de hidrologia que leve à bandeira vermelha 1. “Estamos num ponto de muita inflexão, um ponto muito volátil. Se tiver uma frustração de chuva em novembro, a gente pode voltar para a situação de vermelha 1, em dezembro. Mas a tendência que a gente vê aqui é ter uma volta para próxima do verde”, disse.

As chuvas registradas nos últimos dias em bacias hidrográficas importantes para o setor elétrico brasileiro e a perspectiva de significativo volume de precipitações nos primeiros 20 dias do próximo mês devem propiciar o acionamento da bandeira amarela em novembro, segundo especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast. O dado oficial deve ser anunciado ainda nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na prática, isso significa que a cobrança adicional na conta de luz cairá dos atuais R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos da bandeira vermelha patamar 2, em vigor em outubro, para R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira amarela foi acionada a última vez em julho deste ano.

Nova bandeira tarifária será definida nesta sexta-feira Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Se confirmada a bandeira amarela, resultará em um alívio de 0,29 ponto porcentual no IPCA, segundo a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo.

A perspectiva é mais otimista do que a mantida até a semana passada, quando boa parte do mercado apontava para a perspectiva de acionamento da bandeira vermelha patamar 1, com cobrança de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. Neste caso, segundo Angelo, o impacto no IPCA seria de 0,17 ponto porcentual.

O líder de inteligência de mercado da consultoria PSR, Mateus Cavaliere, explica que anteriormente as previsões para hidrologia estavam um pouco mais pessimistas. Com a formação de chuvas, principalmente no Sul e Sudeste, aumentou a probabilidade de bandeira amarela em novembro. “Ainda está um pouco dividido dentro dos cenários que projetamos, entre (bandeira) amarela e vermelha 1, mas com um pé um pouco maior para que realmente se concretize a bandeira amarela para novembro”, disse ao Broadcast Energia.

A consultoria Thymos Energia também prevê o acionamento da bandeira amarela em novembro. A diretora de Regulação e Estudos de Mercado da empresa, Mayra Guimarães, explica que o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste já apresentou elevação desde meados de outubro e as projeções de chuvas para as próximas semanas estão favoráveis em comparação com previsões anteriores. “Diante desse cenário, nossas estimativas indicam uma redução significativa no PLD a partir de novembro, com tendência de queda nos meses seguintes”, afirmou.

O preço de liquidação das diferenças (PLD), valor da energia elétrica calculado por modelos computacionais do setor, é um dos principais fatores de definição da bandeira tarifária. Projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizadas nesta semana estimaram um PLD da ordem de R$ 324 por megawatt-hora (MWh) para novembro, o que configuraria a bandeira amarela.

O outro fator considerado na definição das bandeiras é o risco hidrológico, também conhecido pelo acrônimo GSF, uma medida que analisa a relação entre o volume de energia efetivamente produzido e a garantia física de cada usina, ou seja, um fator que indica quanto de fato cada hidrelétrica gera, a despeito de sua capacidade.

Cavalieri, da PSR, explica que também o GSF contribui positivamente para uma bandeira tarifária com menor custo adicional, tendo em vista a sazonalidade, uma vez que, com o início do período chuvoso, o indicador também passa a um patamar mais alto do que o observado nos últimos meses. “O GSF também, junto com a redução do PLD, ajuda nessa virada de chave das bandeiras”, resumiu.

Estimativa da CCEE indicava um GSF na casa dos 84% para novembro, acima dos 69% considerados em outubro.

Dezembro

Para o último mês do ano, os especialistas apontam a possibilidade de manutenção da bandeira amarela ou até mesmo o acionamento da bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz. Eles aguardam, porém, a efetiva realização das chuvas ao longo do próximo mês para ter uma maior clareza.

A Thymos mantém na projeção a bandeira amarela, e a redução ao patamar verde apenas em janeiro. Guimarães afirma, porém que há possibilidade de bandeira verde já a partir de dezembro, a depender da performance das afluências”.

Cavalieri tem a mesma avaliação, mas também não descarta um piora da condição de hidrologia que leve à bandeira vermelha 1. “Estamos num ponto de muita inflexão, um ponto muito volátil. Se tiver uma frustração de chuva em novembro, a gente pode voltar para a situação de vermelha 1, em dezembro. Mas a tendência que a gente vê aqui é ter uma volta para próxima do verde”, disse.

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