Além da economia

Educação: avanço lento desafia discurso de prioridade


Cada vez que alguém ouve a pergunta "qual o principal problema do Brasil?", a resposta é automática: educação. Assim como cada vez que alguém se refere a variadas mazelas do País, a explicação também costuma ser automática: questão de educação. Basta ver que, no projeto A Reconstrução do Brasil, em que a TV Estadão exibe depoimentos de profissionais sobre suas prioridades para o País neste ano, mais de um terço dos entrevistados apontaram a educação como o tema mais importante para o País.

Por Cida Damasco

Não faltam razões para isso. Todos os levantamentos sobre a situação da educação no País mostram um quadro preocupante, caracterizado por persistentes carências, tanto em termos quantitativos como qualitativos. Apesar da convergência dos diagnósticos, há um bom tempo, tudo indica que as terapias não estão sendo aplicadas. Ou, pelo menos, que as terapias indicadas não são as mais adequadas e/ou não estão sendo controladas.

Segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2017, o número de alunos nas escolas do País teve uma pequena queda em relação ao ano anterior, de 48,8 milhões para 48,6 milhões. E essa redução ocorreu no ensino fundamental e no ensino médio, este último considerado o principal gargalo da educação no Brasil -- centro, inclusive, da polêmica reforma levada adiante pelo governo Temer.

Cerca de 1,5 milhão de jovens na faixa de 15 a 17 anos, naturalmente coberta pelo ensino médio, continuam fora da escola. Desembarcam diretamente no mercado de trabalho, sem a necessária qualificação, ou, pior ainda, engrossam a legião dos "nem nem" -- nem estudam nem trabalham.

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O Censo Escolar mostra ainda problemas sérios de infra-estrutura nos estabelecimentos de ensino -- de falta de laboratórios ou bibliotecas até a falta de saneamento básico. E também confirma o preparo insuficiente dos próprios professores, foco da maioria dos programas de incentivo à educação recomendados pelos especialistas da área: cerca de 15% dos professores da educação básica não tem diploma de ensino superior.

Um olhar apressado para esses levantamentos pode fazer supor que basta engordar o orçamento da educação para que esse quadro mude. Ilusão. Não que um aumento na aplicação de recursos na educação não seja desejável. Até porque, para pôr em funcionamento a reforma do ensino médio, conforme foi formatada, com ampliação de turnos, será necessário investir pesadamente na estrutura das escolas. Mais que tudo, porém, é fundamental aplicar bem o dinheiro disponível e não deixar que ele escape pelo ralo da ineficiência e da corrupção. De resto, o que acontece em outras áreas sociais.

 

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Não faltam razões para isso. Todos os levantamentos sobre a situação da educação no País mostram um quadro preocupante, caracterizado por persistentes carências, tanto em termos quantitativos como qualitativos. Apesar da convergência dos diagnósticos, há um bom tempo, tudo indica que as terapias não estão sendo aplicadas. Ou, pelo menos, que as terapias indicadas não são as mais adequadas e/ou não estão sendo controladas.

Segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2017, o número de alunos nas escolas do País teve uma pequena queda em relação ao ano anterior, de 48,8 milhões para 48,6 milhões. E essa redução ocorreu no ensino fundamental e no ensino médio, este último considerado o principal gargalo da educação no Brasil -- centro, inclusive, da polêmica reforma levada adiante pelo governo Temer.

Cerca de 1,5 milhão de jovens na faixa de 15 a 17 anos, naturalmente coberta pelo ensino médio, continuam fora da escola. Desembarcam diretamente no mercado de trabalho, sem a necessária qualificação, ou, pior ainda, engrossam a legião dos "nem nem" -- nem estudam nem trabalham.

O Censo Escolar mostra ainda problemas sérios de infra-estrutura nos estabelecimentos de ensino -- de falta de laboratórios ou bibliotecas até a falta de saneamento básico. E também confirma o preparo insuficiente dos próprios professores, foco da maioria dos programas de incentivo à educação recomendados pelos especialistas da área: cerca de 15% dos professores da educação básica não tem diploma de ensino superior.

Um olhar apressado para esses levantamentos pode fazer supor que basta engordar o orçamento da educação para que esse quadro mude. Ilusão. Não que um aumento na aplicação de recursos na educação não seja desejável. Até porque, para pôr em funcionamento a reforma do ensino médio, conforme foi formatada, com ampliação de turnos, será necessário investir pesadamente na estrutura das escolas. Mais que tudo, porém, é fundamental aplicar bem o dinheiro disponível e não deixar que ele escape pelo ralo da ineficiência e da corrupção. De resto, o que acontece em outras áreas sociais.

 

 

Não faltam razões para isso. Todos os levantamentos sobre a situação da educação no País mostram um quadro preocupante, caracterizado por persistentes carências, tanto em termos quantitativos como qualitativos. Apesar da convergência dos diagnósticos, há um bom tempo, tudo indica que as terapias não estão sendo aplicadas. Ou, pelo menos, que as terapias indicadas não são as mais adequadas e/ou não estão sendo controladas.

Segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2017, o número de alunos nas escolas do País teve uma pequena queda em relação ao ano anterior, de 48,8 milhões para 48,6 milhões. E essa redução ocorreu no ensino fundamental e no ensino médio, este último considerado o principal gargalo da educação no Brasil -- centro, inclusive, da polêmica reforma levada adiante pelo governo Temer.

Cerca de 1,5 milhão de jovens na faixa de 15 a 17 anos, naturalmente coberta pelo ensino médio, continuam fora da escola. Desembarcam diretamente no mercado de trabalho, sem a necessária qualificação, ou, pior ainda, engrossam a legião dos "nem nem" -- nem estudam nem trabalham.

O Censo Escolar mostra ainda problemas sérios de infra-estrutura nos estabelecimentos de ensino -- de falta de laboratórios ou bibliotecas até a falta de saneamento básico. E também confirma o preparo insuficiente dos próprios professores, foco da maioria dos programas de incentivo à educação recomendados pelos especialistas da área: cerca de 15% dos professores da educação básica não tem diploma de ensino superior.

Um olhar apressado para esses levantamentos pode fazer supor que basta engordar o orçamento da educação para que esse quadro mude. Ilusão. Não que um aumento na aplicação de recursos na educação não seja desejável. Até porque, para pôr em funcionamento a reforma do ensino médio, conforme foi formatada, com ampliação de turnos, será necessário investir pesadamente na estrutura das escolas. Mais que tudo, porém, é fundamental aplicar bem o dinheiro disponível e não deixar que ele escape pelo ralo da ineficiência e da corrupção. De resto, o que acontece em outras áreas sociais.

 

 

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