A inflação dos alimentos continua dificultando a vida do consumidor brasileiro, principalmente os de baixa renda. No final do ano passado, quase um terço da população vivia em situação de pobreza. Comida cara piora muito este quadro.
Embora os aumentos da taxa Selic - básico de juros da economia - reduzam o ritmo dos negócios no país, pouco impactam o mercado alimentício. Esses produtos são influenciados pelo clima - chuva insuficiente ou em excesso, seca, calor ou frio fora de época -, custos dos insumos (como fertilizantes) e pela própria demanda.Sem estoques reguladores, alguns alimentos continuarão muito caros. Mais recentemente, foi o que ocorreu com cebola e tomate. E com o panetone, um dos clássicos do Natal, que encolheu de tamanho e ficou mais caro. Está até sendo vendido em pedaços.Quando voltaremos a ter mais renda, mais comida à mesa e menos motivos para reclamar? Essa pergunta, nem Papai Noel saberia responder.