Direito do consumidor

Opinião|Silvio Santos sabia entreter os mais pobres


Por Cláudio Considera

A morte do apresentador, comunicador e empresário Silvio Santos motivou, com razão, todos os tipos de homenagens que uma personalidade longeva recebe ao final de sua jornada neste mundo. Lembro, contudo, um aspecto da personalidade deste self-made man: a abertura de espaço para que um Brasil populoso e de baixa renda se visse na televisão. Antes dele, esses consumidores de entretenimento não se identificavam na telinha, não ouviam as músicas de que gostavam, nem as piadas que os faziam rir.

Foto: Lourival Ribeiro/SBT/Divulgação 

Silvio Santos, com sua aguda percepção do gosto popular, percebeu essa lacuna quase que a descoberto, em um Brasil que se transformava rapidamente. E usou essa percepção para criar, inicialmente, seu programa dominical, e mais tarde sua rede de televisão e os negócios que orbitam em torno dela.

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Algumas personalidades televisivas que ajudou a criar, migraram para outros canais, inclusive para a Rede Globo. Sua forma única de comunicação com todas as camadas da população foi copiada por muitos, raramente com sucesso.

De alguma forma, seu modelo de comunicação chegou às organizações comerciais, com o auxílio da exitosa propaganda brasileira, especialmente às redes de lojas que vendem produtos com foco em preço e facilidade de pagamento. Ou seja, novamente para as pessoas de baixa renda.Nos primeiros três meses de 2024, a renda média dos brasileiros cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, e 4% em comparação a igual período de 2023. E atingiu R$ 3.137,00. Essa é a realidade do Brasil, para além dos bairros de classe média alta das grandes cidades e de alguns nichos de prosperidade por todo o país.

E foi para essa imensa maioria de pessoas, consumidores de baixa renda, que Silvio Santos criou seus bordões, distribuiu pequenas quantias em seu programa dominical, desafiou-os a identificar uma música pelos primeiros acordes e deu espaço a cantores e cantoras que, em suas canções, falavam de situações que essas pessoas reconheciam.Nós, que tratamos de defesa dos direitos do consumidor, também deveríamos saber quem são realmente dezenas de milhões brasileiro que consomem com grande dificuldade, pois gastam a maior parte do que recebem em comida e moradia; que se endividam com os juros estratosféricos dos cartões de crédito; que se deslocam em ônibus e trens superlotados, e que continuam sonhando com dias melhores.O homem do baú sempre soube.

A morte do apresentador, comunicador e empresário Silvio Santos motivou, com razão, todos os tipos de homenagens que uma personalidade longeva recebe ao final de sua jornada neste mundo. Lembro, contudo, um aspecto da personalidade deste self-made man: a abertura de espaço para que um Brasil populoso e de baixa renda se visse na televisão. Antes dele, esses consumidores de entretenimento não se identificavam na telinha, não ouviam as músicas de que gostavam, nem as piadas que os faziam rir.

Foto: Lourival Ribeiro/SBT/Divulgação 

Silvio Santos, com sua aguda percepção do gosto popular, percebeu essa lacuna quase que a descoberto, em um Brasil que se transformava rapidamente. E usou essa percepção para criar, inicialmente, seu programa dominical, e mais tarde sua rede de televisão e os negócios que orbitam em torno dela.

Algumas personalidades televisivas que ajudou a criar, migraram para outros canais, inclusive para a Rede Globo. Sua forma única de comunicação com todas as camadas da população foi copiada por muitos, raramente com sucesso.

De alguma forma, seu modelo de comunicação chegou às organizações comerciais, com o auxílio da exitosa propaganda brasileira, especialmente às redes de lojas que vendem produtos com foco em preço e facilidade de pagamento. Ou seja, novamente para as pessoas de baixa renda.Nos primeiros três meses de 2024, a renda média dos brasileiros cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, e 4% em comparação a igual período de 2023. E atingiu R$ 3.137,00. Essa é a realidade do Brasil, para além dos bairros de classe média alta das grandes cidades e de alguns nichos de prosperidade por todo o país.

E foi para essa imensa maioria de pessoas, consumidores de baixa renda, que Silvio Santos criou seus bordões, distribuiu pequenas quantias em seu programa dominical, desafiou-os a identificar uma música pelos primeiros acordes e deu espaço a cantores e cantoras que, em suas canções, falavam de situações que essas pessoas reconheciam.Nós, que tratamos de defesa dos direitos do consumidor, também deveríamos saber quem são realmente dezenas de milhões brasileiro que consomem com grande dificuldade, pois gastam a maior parte do que recebem em comida e moradia; que se endividam com os juros estratosféricos dos cartões de crédito; que se deslocam em ônibus e trens superlotados, e que continuam sonhando com dias melhores.O homem do baú sempre soube.

A morte do apresentador, comunicador e empresário Silvio Santos motivou, com razão, todos os tipos de homenagens que uma personalidade longeva recebe ao final de sua jornada neste mundo. Lembro, contudo, um aspecto da personalidade deste self-made man: a abertura de espaço para que um Brasil populoso e de baixa renda se visse na televisão. Antes dele, esses consumidores de entretenimento não se identificavam na telinha, não ouviam as músicas de que gostavam, nem as piadas que os faziam rir.

Foto: Lourival Ribeiro/SBT/Divulgação 

Silvio Santos, com sua aguda percepção do gosto popular, percebeu essa lacuna quase que a descoberto, em um Brasil que se transformava rapidamente. E usou essa percepção para criar, inicialmente, seu programa dominical, e mais tarde sua rede de televisão e os negócios que orbitam em torno dela.

Algumas personalidades televisivas que ajudou a criar, migraram para outros canais, inclusive para a Rede Globo. Sua forma única de comunicação com todas as camadas da população foi copiada por muitos, raramente com sucesso.

De alguma forma, seu modelo de comunicação chegou às organizações comerciais, com o auxílio da exitosa propaganda brasileira, especialmente às redes de lojas que vendem produtos com foco em preço e facilidade de pagamento. Ou seja, novamente para as pessoas de baixa renda.Nos primeiros três meses de 2024, a renda média dos brasileiros cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, e 4% em comparação a igual período de 2023. E atingiu R$ 3.137,00. Essa é a realidade do Brasil, para além dos bairros de classe média alta das grandes cidades e de alguns nichos de prosperidade por todo o país.

E foi para essa imensa maioria de pessoas, consumidores de baixa renda, que Silvio Santos criou seus bordões, distribuiu pequenas quantias em seu programa dominical, desafiou-os a identificar uma música pelos primeiros acordes e deu espaço a cantores e cantoras que, em suas canções, falavam de situações que essas pessoas reconheciam.Nós, que tratamos de defesa dos direitos do consumidor, também deveríamos saber quem são realmente dezenas de milhões brasileiro que consomem com grande dificuldade, pois gastam a maior parte do que recebem em comida e moradia; que se endividam com os juros estratosféricos dos cartões de crédito; que se deslocam em ônibus e trens superlotados, e que continuam sonhando com dias melhores.O homem do baú sempre soube.

A morte do apresentador, comunicador e empresário Silvio Santos motivou, com razão, todos os tipos de homenagens que uma personalidade longeva recebe ao final de sua jornada neste mundo. Lembro, contudo, um aspecto da personalidade deste self-made man: a abertura de espaço para que um Brasil populoso e de baixa renda se visse na televisão. Antes dele, esses consumidores de entretenimento não se identificavam na telinha, não ouviam as músicas de que gostavam, nem as piadas que os faziam rir.

Foto: Lourival Ribeiro/SBT/Divulgação 

Silvio Santos, com sua aguda percepção do gosto popular, percebeu essa lacuna quase que a descoberto, em um Brasil que se transformava rapidamente. E usou essa percepção para criar, inicialmente, seu programa dominical, e mais tarde sua rede de televisão e os negócios que orbitam em torno dela.

Algumas personalidades televisivas que ajudou a criar, migraram para outros canais, inclusive para a Rede Globo. Sua forma única de comunicação com todas as camadas da população foi copiada por muitos, raramente com sucesso.

De alguma forma, seu modelo de comunicação chegou às organizações comerciais, com o auxílio da exitosa propaganda brasileira, especialmente às redes de lojas que vendem produtos com foco em preço e facilidade de pagamento. Ou seja, novamente para as pessoas de baixa renda.Nos primeiros três meses de 2024, a renda média dos brasileiros cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, e 4% em comparação a igual período de 2023. E atingiu R$ 3.137,00. Essa é a realidade do Brasil, para além dos bairros de classe média alta das grandes cidades e de alguns nichos de prosperidade por todo o país.

E foi para essa imensa maioria de pessoas, consumidores de baixa renda, que Silvio Santos criou seus bordões, distribuiu pequenas quantias em seu programa dominical, desafiou-os a identificar uma música pelos primeiros acordes e deu espaço a cantores e cantoras que, em suas canções, falavam de situações que essas pessoas reconheciam.Nós, que tratamos de defesa dos direitos do consumidor, também deveríamos saber quem são realmente dezenas de milhões brasileiro que consomem com grande dificuldade, pois gastam a maior parte do que recebem em comida e moradia; que se endividam com os juros estratosféricos dos cartões de crédito; que se deslocam em ônibus e trens superlotados, e que continuam sonhando com dias melhores.O homem do baú sempre soube.

Opinião por Cláudio Considera

É ex-presidente do conselho da Proteste Associação de Consumidores e professor de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi titular da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), chefe de Contas Nacionais do IBGE e diretor de Pesquisa do Ipea.

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