Bastidores do mundo dos negócios

AES pode anunciar venda até o fim do semestre e deixar o País


Controladora começa a analisar propostas vinculantes de compra em março

Por Cynthia Decloedt, Altamiro Silva Junior e Luciana Collet
Empresa tem 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada no País Foto: Divulgação/AES Brasil

A norte-americana AES Corp, controladora da geradora de energia AES Brasil, começa a analisar propostas vinculantes de compra da operação brasileira em março e a expectativa é de que o negócio seja anunciado até o fim do primeiro semestre. A proposta vinculante é o passo final da transação de venda, no qual são apresentados o preço final e as condições de contrato. O negócio começou a ser trabalhado no ano passado e a intenção da norte-americana é deixar o Brasil e investir em outros mercados. Entre os potenciais compradores são citados nomes como a geradora chinesa CTG, a francesa Engie, e os grupos de energia integrados CPFL e Equatorial.

“É uma saída completa”, comenta uma fonte. A empresa americana foi um dos maiores investidores no setor elétrico no Brasil nos anos 90, mas o jogo mudou. A operação americana do grupo cresceu muito e a própria AES acabou reciclando os negócios no Brasil, com a venda da distribuidora gaúcha AES Sul para a CPFL, em 2016, e da Eletropaulo para a italiana Enel, em 2018, além da geradora térmica Uruguaiana ao grupo argentino Saesa, em 2020.

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Procurada, a AES Brasil informou apenas que, “como já comunicado anteriormente, sua controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e melhorar sua estrutura de capital”. A venda é assessorada pelo Itaú BBA e Goldman Sachs.

Decisão foi tomada há alguns meses

A decisão de se desfazer dos ativos brasileiros foi tomada há alguns meses. A operação tem um portfólio considerável de energia renovável, o que ajudaria a atrair os interessados, segundo um interlocutor. Entre usinas hidrelétricas, eólica e solares, a empresa possui 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, entre projetos em operação e construção.

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Para quem quer crescer no segmento no Brasil, o cenário atual do setor elétrico tem se mostrado mais favorável à compra de ativos já existentes, e com contratos de venda da energia assegurados, do que ao desenvolvimento de projetos novos, o que pode favorecer o fechamento do negócio. Isso porque o preço da energia futura ainda está em valores inferiores ao patamar histórico. Além disso, incertezas sobre mudanças regulatórias têm deixado geradores em compasso de espera para decisão sobre novas obras.

Por outro lado, a preocupação quanto ao excesso de oferta futura tem afugentado alguns grupos mais conservadores. “A capacidade instalada no Brasil, especialmente de usinas eólicas e solares, tende a continuar crescendo, desafiando o preço futuro, e uma hora a conta vai chegar, é uma panela de pressão”, disse uma fonte de um grupo investidor no setor.

Procurados, CTG informou que não iria comentar sobre o potencial interesse na transação. Engie e Equatorial não responderam aos pedidos de comentários. A CPFL Energia afirmou que “está constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico e que estejam em linha com sua estratégia de negócios”. No entanto, fonte próxima à empresa disse que a chance de o negócio avançar com o grupo é pequena, tendo em vista que a CPFL tem focado interesse em expandir especialmente nas áreas de transmissão e distribuição.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 22/02/24, às 19h22

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Empresa tem 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada no País Foto: Divulgação/AES Brasil

A norte-americana AES Corp, controladora da geradora de energia AES Brasil, começa a analisar propostas vinculantes de compra da operação brasileira em março e a expectativa é de que o negócio seja anunciado até o fim do primeiro semestre. A proposta vinculante é o passo final da transação de venda, no qual são apresentados o preço final e as condições de contrato. O negócio começou a ser trabalhado no ano passado e a intenção da norte-americana é deixar o Brasil e investir em outros mercados. Entre os potenciais compradores são citados nomes como a geradora chinesa CTG, a francesa Engie, e os grupos de energia integrados CPFL e Equatorial.

“É uma saída completa”, comenta uma fonte. A empresa americana foi um dos maiores investidores no setor elétrico no Brasil nos anos 90, mas o jogo mudou. A operação americana do grupo cresceu muito e a própria AES acabou reciclando os negócios no Brasil, com a venda da distribuidora gaúcha AES Sul para a CPFL, em 2016, e da Eletropaulo para a italiana Enel, em 2018, além da geradora térmica Uruguaiana ao grupo argentino Saesa, em 2020.

Procurada, a AES Brasil informou apenas que, “como já comunicado anteriormente, sua controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e melhorar sua estrutura de capital”. A venda é assessorada pelo Itaú BBA e Goldman Sachs.

Decisão foi tomada há alguns meses

A decisão de se desfazer dos ativos brasileiros foi tomada há alguns meses. A operação tem um portfólio considerável de energia renovável, o que ajudaria a atrair os interessados, segundo um interlocutor. Entre usinas hidrelétricas, eólica e solares, a empresa possui 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, entre projetos em operação e construção.

Para quem quer crescer no segmento no Brasil, o cenário atual do setor elétrico tem se mostrado mais favorável à compra de ativos já existentes, e com contratos de venda da energia assegurados, do que ao desenvolvimento de projetos novos, o que pode favorecer o fechamento do negócio. Isso porque o preço da energia futura ainda está em valores inferiores ao patamar histórico. Além disso, incertezas sobre mudanças regulatórias têm deixado geradores em compasso de espera para decisão sobre novas obras.

Por outro lado, a preocupação quanto ao excesso de oferta futura tem afugentado alguns grupos mais conservadores. “A capacidade instalada no Brasil, especialmente de usinas eólicas e solares, tende a continuar crescendo, desafiando o preço futuro, e uma hora a conta vai chegar, é uma panela de pressão”, disse uma fonte de um grupo investidor no setor.

Procurados, CTG informou que não iria comentar sobre o potencial interesse na transação. Engie e Equatorial não responderam aos pedidos de comentários. A CPFL Energia afirmou que “está constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico e que estejam em linha com sua estratégia de negócios”. No entanto, fonte próxima à empresa disse que a chance de o negócio avançar com o grupo é pequena, tendo em vista que a CPFL tem focado interesse em expandir especialmente nas áreas de transmissão e distribuição.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 22/02/24, às 19h22

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Empresa tem 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada no País Foto: Divulgação/AES Brasil

A norte-americana AES Corp, controladora da geradora de energia AES Brasil, começa a analisar propostas vinculantes de compra da operação brasileira em março e a expectativa é de que o negócio seja anunciado até o fim do primeiro semestre. A proposta vinculante é o passo final da transação de venda, no qual são apresentados o preço final e as condições de contrato. O negócio começou a ser trabalhado no ano passado e a intenção da norte-americana é deixar o Brasil e investir em outros mercados. Entre os potenciais compradores são citados nomes como a geradora chinesa CTG, a francesa Engie, e os grupos de energia integrados CPFL e Equatorial.

“É uma saída completa”, comenta uma fonte. A empresa americana foi um dos maiores investidores no setor elétrico no Brasil nos anos 90, mas o jogo mudou. A operação americana do grupo cresceu muito e a própria AES acabou reciclando os negócios no Brasil, com a venda da distribuidora gaúcha AES Sul para a CPFL, em 2016, e da Eletropaulo para a italiana Enel, em 2018, além da geradora térmica Uruguaiana ao grupo argentino Saesa, em 2020.

Procurada, a AES Brasil informou apenas que, “como já comunicado anteriormente, sua controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e melhorar sua estrutura de capital”. A venda é assessorada pelo Itaú BBA e Goldman Sachs.

Decisão foi tomada há alguns meses

A decisão de se desfazer dos ativos brasileiros foi tomada há alguns meses. A operação tem um portfólio considerável de energia renovável, o que ajudaria a atrair os interessados, segundo um interlocutor. Entre usinas hidrelétricas, eólica e solares, a empresa possui 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, entre projetos em operação e construção.

Para quem quer crescer no segmento no Brasil, o cenário atual do setor elétrico tem se mostrado mais favorável à compra de ativos já existentes, e com contratos de venda da energia assegurados, do que ao desenvolvimento de projetos novos, o que pode favorecer o fechamento do negócio. Isso porque o preço da energia futura ainda está em valores inferiores ao patamar histórico. Além disso, incertezas sobre mudanças regulatórias têm deixado geradores em compasso de espera para decisão sobre novas obras.

Por outro lado, a preocupação quanto ao excesso de oferta futura tem afugentado alguns grupos mais conservadores. “A capacidade instalada no Brasil, especialmente de usinas eólicas e solares, tende a continuar crescendo, desafiando o preço futuro, e uma hora a conta vai chegar, é uma panela de pressão”, disse uma fonte de um grupo investidor no setor.

Procurados, CTG informou que não iria comentar sobre o potencial interesse na transação. Engie e Equatorial não responderam aos pedidos de comentários. A CPFL Energia afirmou que “está constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico e que estejam em linha com sua estratégia de negócios”. No entanto, fonte próxima à empresa disse que a chance de o negócio avançar com o grupo é pequena, tendo em vista que a CPFL tem focado interesse em expandir especialmente nas áreas de transmissão e distribuição.

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Procurada, a AES Brasil informou apenas que, “como já comunicado anteriormente, sua controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e melhorar sua estrutura de capital”. A venda é assessorada pelo Itaú BBA e Goldman Sachs.

Decisão foi tomada há alguns meses

A decisão de se desfazer dos ativos brasileiros foi tomada há alguns meses. A operação tem um portfólio considerável de energia renovável, o que ajudaria a atrair os interessados, segundo um interlocutor. Entre usinas hidrelétricas, eólica e solares, a empresa possui 5,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada, entre projetos em operação e construção.

Para quem quer crescer no segmento no Brasil, o cenário atual do setor elétrico tem se mostrado mais favorável à compra de ativos já existentes, e com contratos de venda da energia assegurados, do que ao desenvolvimento de projetos novos, o que pode favorecer o fechamento do negócio. Isso porque o preço da energia futura ainda está em valores inferiores ao patamar histórico. Além disso, incertezas sobre mudanças regulatórias têm deixado geradores em compasso de espera para decisão sobre novas obras.

Por outro lado, a preocupação quanto ao excesso de oferta futura tem afugentado alguns grupos mais conservadores. “A capacidade instalada no Brasil, especialmente de usinas eólicas e solares, tende a continuar crescendo, desafiando o preço futuro, e uma hora a conta vai chegar, é uma panela de pressão”, disse uma fonte de um grupo investidor no setor.

Procurados, CTG informou que não iria comentar sobre o potencial interesse na transação. Engie e Equatorial não responderam aos pedidos de comentários. A CPFL Energia afirmou que “está constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico e que estejam em linha com sua estratégia de negócios”. No entanto, fonte próxima à empresa disse que a chance de o negócio avançar com o grupo é pequena, tendo em vista que a CPFL tem focado interesse em expandir especialmente nas áreas de transmissão e distribuição.

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