Bastidores do mundo dos negócios

Antes da ‘taxa das blusinhas’, importadora brasileira investe na China


China Gate traz ao Brasil produtos que são revendidos online por micro e pequenas empresas

Por Cristiane Barbieri
Atualização:
China Gate investiu R$ 1 milhão em um galpão logístico em Yiwu, um dos maiores centros atacadistas da China Foto: Divulgação/China Gate

Um efeito paralelo à inexistência da “taxa das blusinhas”, como vem sendo chamado o imposto de 20% sobre compras de produtos importados por pessoas físicas e cuja aprovação irá a votação no Senado esta semana, fez com que a China Gate crescesse 30% no ano passado e preveja crescer outros 50% este ano. Enquanto os consumidores avançavam na internet atrás de roupas, sapatos e itens de consumo pessoal, isentos de impostos federais em compras de até US$ 50 pelo programa Remessa Conforme, os clientes da empresa de comércio internacional faziam de tudo para atendê-los. Principalmente, trazer mercadorias chinesas ao País.

“Importamos produtos para micro e pequenas empresas que vendem em marketplaces (sites de comércio eletrônico) e que perceberam que havia facilidade logística de trazer remessas da China em contêineres compartilhados de maneira legal”, diz Rodrigo Giraldelli, sócio da China Gate. Hoje, mais de 60% do faturamento da empresa de comércio internacional é proveniente desse tipo de importação compartilhada.

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Assim, a China Gate cresceu 29% em 2023, quando alcançou faturamento de R$ 18 milhões. Para este ano, a expectativa era atingir R$ 27 milhões. Para atender à demanda maior, a empresa investiu R$ 1 milhão em um galpão logístico em Yiwu, um dos maiores centros atacadistas da China continental. Além da infraestrutura física e tecnológica, também foram contratados oito funcionários (sendo dois brasileiros).

País asiático é a ‘fábrica do mundo’

“Emprego oito pessoas lá fora e 75 no Brasil”, diz ele. “Gostaria de investir mais no País, mas a fábrica do mundo é a China. Incentivamos a comprar no Brasil quando o cliente tem opção nacional com melhor custo-benefício, mas muitas vezes não há o produto aqui ou ele é muito mais caro.”

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Professor universitário, Giraldelli começou a ensinar sobre importação legal em canais no YouTube e no Instagram, nos quais tem mais de 280 mil seguidores em cada. Para ele, a “taxa das blusinhas” terá impacto positivo sobre seus clientes, que pagam 80% de impostos federais e estaduais no processo formal de importação de mercadorias. Além de terem mais despesas administrativas como a aprovação de produtos importados no Inmetro e em outros órgãos reguladores.

“Como a taxação das compras cross border vai crescer na ordem de 44% para o consumidor final, a compra direta também vai ficar mais cara, o que tende a fazer com que ele compre mais em plataformas brasileiras”, afirma Giraldelli. “Os chineses ainda têm vantagem sobre os lojistas nacionais, porém, começa a acontecer uma equiparação de condições que tende a beneficiar o varejista brasileiro que faz tudo dentro da lei.”

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/06/24, às 17h30

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China Gate investiu R$ 1 milhão em um galpão logístico em Yiwu, um dos maiores centros atacadistas da China Foto: Divulgação/China Gate

Um efeito paralelo à inexistência da “taxa das blusinhas”, como vem sendo chamado o imposto de 20% sobre compras de produtos importados por pessoas físicas e cuja aprovação irá a votação no Senado esta semana, fez com que a China Gate crescesse 30% no ano passado e preveja crescer outros 50% este ano. Enquanto os consumidores avançavam na internet atrás de roupas, sapatos e itens de consumo pessoal, isentos de impostos federais em compras de até US$ 50 pelo programa Remessa Conforme, os clientes da empresa de comércio internacional faziam de tudo para atendê-los. Principalmente, trazer mercadorias chinesas ao País.

“Importamos produtos para micro e pequenas empresas que vendem em marketplaces (sites de comércio eletrônico) e que perceberam que havia facilidade logística de trazer remessas da China em contêineres compartilhados de maneira legal”, diz Rodrigo Giraldelli, sócio da China Gate. Hoje, mais de 60% do faturamento da empresa de comércio internacional é proveniente desse tipo de importação compartilhada.

Assim, a China Gate cresceu 29% em 2023, quando alcançou faturamento de R$ 18 milhões. Para este ano, a expectativa era atingir R$ 27 milhões. Para atender à demanda maior, a empresa investiu R$ 1 milhão em um galpão logístico em Yiwu, um dos maiores centros atacadistas da China continental. Além da infraestrutura física e tecnológica, também foram contratados oito funcionários (sendo dois brasileiros).

País asiático é a ‘fábrica do mundo’

“Emprego oito pessoas lá fora e 75 no Brasil”, diz ele. “Gostaria de investir mais no País, mas a fábrica do mundo é a China. Incentivamos a comprar no Brasil quando o cliente tem opção nacional com melhor custo-benefício, mas muitas vezes não há o produto aqui ou ele é muito mais caro.”

Professor universitário, Giraldelli começou a ensinar sobre importação legal em canais no YouTube e no Instagram, nos quais tem mais de 280 mil seguidores em cada. Para ele, a “taxa das blusinhas” terá impacto positivo sobre seus clientes, que pagam 80% de impostos federais e estaduais no processo formal de importação de mercadorias. Além de terem mais despesas administrativas como a aprovação de produtos importados no Inmetro e em outros órgãos reguladores.

“Como a taxação das compras cross border vai crescer na ordem de 44% para o consumidor final, a compra direta também vai ficar mais cara, o que tende a fazer com que ele compre mais em plataformas brasileiras”, afirma Giraldelli. “Os chineses ainda têm vantagem sobre os lojistas nacionais, porém, começa a acontecer uma equiparação de condições que tende a beneficiar o varejista brasileiro que faz tudo dentro da lei.”

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China Gate investiu R$ 1 milhão em um galpão logístico em Yiwu, um dos maiores centros atacadistas da China Foto: Divulgação/China Gate

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“Importamos produtos para micro e pequenas empresas que vendem em marketplaces (sites de comércio eletrônico) e que perceberam que havia facilidade logística de trazer remessas da China em contêineres compartilhados de maneira legal”, diz Rodrigo Giraldelli, sócio da China Gate. Hoje, mais de 60% do faturamento da empresa de comércio internacional é proveniente desse tipo de importação compartilhada.

Assim, a China Gate cresceu 29% em 2023, quando alcançou faturamento de R$ 18 milhões. Para este ano, a expectativa era atingir R$ 27 milhões. Para atender à demanda maior, a empresa investiu R$ 1 milhão em um galpão logístico em Yiwu, um dos maiores centros atacadistas da China continental. Além da infraestrutura física e tecnológica, também foram contratados oito funcionários (sendo dois brasileiros).

País asiático é a ‘fábrica do mundo’

“Emprego oito pessoas lá fora e 75 no Brasil”, diz ele. “Gostaria de investir mais no País, mas a fábrica do mundo é a China. Incentivamos a comprar no Brasil quando o cliente tem opção nacional com melhor custo-benefício, mas muitas vezes não há o produto aqui ou ele é muito mais caro.”

Professor universitário, Giraldelli começou a ensinar sobre importação legal em canais no YouTube e no Instagram, nos quais tem mais de 280 mil seguidores em cada. Para ele, a “taxa das blusinhas” terá impacto positivo sobre seus clientes, que pagam 80% de impostos federais e estaduais no processo formal de importação de mercadorias. Além de terem mais despesas administrativas como a aprovação de produtos importados no Inmetro e em outros órgãos reguladores.

“Como a taxação das compras cross border vai crescer na ordem de 44% para o consumidor final, a compra direta também vai ficar mais cara, o que tende a fazer com que ele compre mais em plataformas brasileiras”, afirma Giraldelli. “Os chineses ainda têm vantagem sobre os lojistas nacionais, porém, começa a acontecer uma equiparação de condições que tende a beneficiar o varejista brasileiro que faz tudo dentro da lei.”

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/06/24, às 17h30

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