Bastidores do mundo dos negócios

Aos 10 anos, JK Iguatemi vira um dos shoppings mais valiosos do grupo


Por Circe Bonatelli
Grupo comprou fatia remanescente no JK Iguatemi  Foto: Alex Silva/Estadão

O Shopping JK Iguatemi completou uma década em funcionamento na capital paulista. Concebido como um novo templo da moda e do luxo, foi inaugurado em meio a um ambiente de desconfiança entre investidores e analistas e um imbróglio com a prefeitura. Havia dúvidas se o JK Iguatemi seria capaz de dar retorno a investimentos que passaram dos R$ 300 milhões, em meio à congestionada Vila Olímpia e à proximidade com o clássico Iguatemi na Faria Lima e o também luxuoso Cidade Jardim, do outro lado da ponte.

Outro problema foram as contrapartidas exigidas pela prefeitura para liberar funcionamento do shopping, incluindo um viaduto para escoar o fluxo de veículos até a marginal. A burocracia em torno das obras adiou a inauguração por quase três meses, gerou protestos de lojistas que calcularam perdas de R$ 2 milhões em vendas por dia fechado. A Iguatemi teve de assumir custos de condomínio e deixar de cobrar aluguel nesse período.

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Grupo detém participação em 14 shoppings e 2 outlets

Uma década depois, o empreendimento subiu ao ranking de ativos mais valiosos do grupo, que detém participação em 14 shoppings e 2 outlets, em lugares tão diferentes como Campinas e Alphaville (SP) e Porto Alegre (RS). No quesito geração de receita operacional líquida (NOI, na sigla em inglês) por metro quadrado, o JK Iguatemi é o segundo maior do portfólio. Esse indicador mede o resultado das receitas menos despesas da propriedade, ou seja, sua capacidade de contribuir de fato para o lucro da companhia. Em termos de faturamento com aluguel de lojas, é o terceiro maior. Em arrecadação com estacionamento, o quarto.

Uma porta de entrada para importantes marcas internacionais

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Com o passar do tempo, o shopping provou sua vocação para moda e luxo e que existe demanda para mais de um centro de compras nesse nicho na capital paulista. O JK Iguatemi foi a porta de entrada para marcas internacionais como Balenciaga, Bvlgari, Salvatore Ferragamo, Sephora, Golden Goose, Van Cleef & Arpels, Zara Home, Illesteva, Maison Burgues, M Missoni, Moncler e Vilebrequin (e que ainda estão lá). O primeiro museu temporário da Gucci fora da Itália foi ali.

A empresa também desenvolveu um calendário de eventos que inclui o Iguatemi Talks, de moda, tendências e inovação; e o Cine Vista, com sessões de cinema ao ar livre em seu terraço. Também foi instalado no shopping o primeiro bicicletário do grupo (quando ainda não era prática comum nesses empreendimentos), voltado a quem quiser passear no Parque do Povo. Mas nem tudo são flores: de tempos em tempos surgem denúncias de racismo e preconceito contra pessoas negras ou de baixa renda que passam por lá. Várias marcas também fecharam lojas que tinham no shopping, nesses dez anos.

Na largada, o Shopping JK era da Iguatemi e da WTorre na proporção meio a meio. Dois anos depois da abertura, a construtora se viu com muitas dívidas e decidiu vender o ativo. A Iguatemi chegou a 64% de participação, enquanto os outros 36% foram parar nas mãos do fundo de pensão norte-americano TIAA-Cref. Depois da primeira década em operação, a Iguatemi tem interesse em aumentar sua fatia no negócio, mas a TIAA-Cref não deu sinais de que pretende se desfazer.

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 25/08/2022, às 13h59.

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Grupo comprou fatia remanescente no JK Iguatemi  Foto: Alex Silva/Estadão

O Shopping JK Iguatemi completou uma década em funcionamento na capital paulista. Concebido como um novo templo da moda e do luxo, foi inaugurado em meio a um ambiente de desconfiança entre investidores e analistas e um imbróglio com a prefeitura. Havia dúvidas se o JK Iguatemi seria capaz de dar retorno a investimentos que passaram dos R$ 300 milhões, em meio à congestionada Vila Olímpia e à proximidade com o clássico Iguatemi na Faria Lima e o também luxuoso Cidade Jardim, do outro lado da ponte.

Outro problema foram as contrapartidas exigidas pela prefeitura para liberar funcionamento do shopping, incluindo um viaduto para escoar o fluxo de veículos até a marginal. A burocracia em torno das obras adiou a inauguração por quase três meses, gerou protestos de lojistas que calcularam perdas de R$ 2 milhões em vendas por dia fechado. A Iguatemi teve de assumir custos de condomínio e deixar de cobrar aluguel nesse período.

Grupo detém participação em 14 shoppings e 2 outlets

Uma década depois, o empreendimento subiu ao ranking de ativos mais valiosos do grupo, que detém participação em 14 shoppings e 2 outlets, em lugares tão diferentes como Campinas e Alphaville (SP) e Porto Alegre (RS). No quesito geração de receita operacional líquida (NOI, na sigla em inglês) por metro quadrado, o JK Iguatemi é o segundo maior do portfólio. Esse indicador mede o resultado das receitas menos despesas da propriedade, ou seja, sua capacidade de contribuir de fato para o lucro da companhia. Em termos de faturamento com aluguel de lojas, é o terceiro maior. Em arrecadação com estacionamento, o quarto.

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Com o passar do tempo, o shopping provou sua vocação para moda e luxo e que existe demanda para mais de um centro de compras nesse nicho na capital paulista. O JK Iguatemi foi a porta de entrada para marcas internacionais como Balenciaga, Bvlgari, Salvatore Ferragamo, Sephora, Golden Goose, Van Cleef & Arpels, Zara Home, Illesteva, Maison Burgues, M Missoni, Moncler e Vilebrequin (e que ainda estão lá). O primeiro museu temporário da Gucci fora da Itália foi ali.

A empresa também desenvolveu um calendário de eventos que inclui o Iguatemi Talks, de moda, tendências e inovação; e o Cine Vista, com sessões de cinema ao ar livre em seu terraço. Também foi instalado no shopping o primeiro bicicletário do grupo (quando ainda não era prática comum nesses empreendimentos), voltado a quem quiser passear no Parque do Povo. Mas nem tudo são flores: de tempos em tempos surgem denúncias de racismo e preconceito contra pessoas negras ou de baixa renda que passam por lá. Várias marcas também fecharam lojas que tinham no shopping, nesses dez anos.

Na largada, o Shopping JK era da Iguatemi e da WTorre na proporção meio a meio. Dois anos depois da abertura, a construtora se viu com muitas dívidas e decidiu vender o ativo. A Iguatemi chegou a 64% de participação, enquanto os outros 36% foram parar nas mãos do fundo de pensão norte-americano TIAA-Cref. Depois da primeira década em operação, a Iguatemi tem interesse em aumentar sua fatia no negócio, mas a TIAA-Cref não deu sinais de que pretende se desfazer.

 

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Grupo comprou fatia remanescente no JK Iguatemi  Foto: Alex Silva/Estadão

O Shopping JK Iguatemi completou uma década em funcionamento na capital paulista. Concebido como um novo templo da moda e do luxo, foi inaugurado em meio a um ambiente de desconfiança entre investidores e analistas e um imbróglio com a prefeitura. Havia dúvidas se o JK Iguatemi seria capaz de dar retorno a investimentos que passaram dos R$ 300 milhões, em meio à congestionada Vila Olímpia e à proximidade com o clássico Iguatemi na Faria Lima e o também luxuoso Cidade Jardim, do outro lado da ponte.

Outro problema foram as contrapartidas exigidas pela prefeitura para liberar funcionamento do shopping, incluindo um viaduto para escoar o fluxo de veículos até a marginal. A burocracia em torno das obras adiou a inauguração por quase três meses, gerou protestos de lojistas que calcularam perdas de R$ 2 milhões em vendas por dia fechado. A Iguatemi teve de assumir custos de condomínio e deixar de cobrar aluguel nesse período.

Grupo detém participação em 14 shoppings e 2 outlets

Uma década depois, o empreendimento subiu ao ranking de ativos mais valiosos do grupo, que detém participação em 14 shoppings e 2 outlets, em lugares tão diferentes como Campinas e Alphaville (SP) e Porto Alegre (RS). No quesito geração de receita operacional líquida (NOI, na sigla em inglês) por metro quadrado, o JK Iguatemi é o segundo maior do portfólio. Esse indicador mede o resultado das receitas menos despesas da propriedade, ou seja, sua capacidade de contribuir de fato para o lucro da companhia. Em termos de faturamento com aluguel de lojas, é o terceiro maior. Em arrecadação com estacionamento, o quarto.

Uma porta de entrada para importantes marcas internacionais

Com o passar do tempo, o shopping provou sua vocação para moda e luxo e que existe demanda para mais de um centro de compras nesse nicho na capital paulista. O JK Iguatemi foi a porta de entrada para marcas internacionais como Balenciaga, Bvlgari, Salvatore Ferragamo, Sephora, Golden Goose, Van Cleef & Arpels, Zara Home, Illesteva, Maison Burgues, M Missoni, Moncler e Vilebrequin (e que ainda estão lá). O primeiro museu temporário da Gucci fora da Itália foi ali.

A empresa também desenvolveu um calendário de eventos que inclui o Iguatemi Talks, de moda, tendências e inovação; e o Cine Vista, com sessões de cinema ao ar livre em seu terraço. Também foi instalado no shopping o primeiro bicicletário do grupo (quando ainda não era prática comum nesses empreendimentos), voltado a quem quiser passear no Parque do Povo. Mas nem tudo são flores: de tempos em tempos surgem denúncias de racismo e preconceito contra pessoas negras ou de baixa renda que passam por lá. Várias marcas também fecharam lojas que tinham no shopping, nesses dez anos.

Na largada, o Shopping JK era da Iguatemi e da WTorre na proporção meio a meio. Dois anos depois da abertura, a construtora se viu com muitas dívidas e decidiu vender o ativo. A Iguatemi chegou a 64% de participação, enquanto os outros 36% foram parar nas mãos do fundo de pensão norte-americano TIAA-Cref. Depois da primeira década em operação, a Iguatemi tem interesse em aumentar sua fatia no negócio, mas a TIAA-Cref não deu sinais de que pretende se desfazer.

 

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Outro problema foram as contrapartidas exigidas pela prefeitura para liberar funcionamento do shopping, incluindo um viaduto para escoar o fluxo de veículos até a marginal. A burocracia em torno das obras adiou a inauguração por quase três meses, gerou protestos de lojistas que calcularam perdas de R$ 2 milhões em vendas por dia fechado. A Iguatemi teve de assumir custos de condomínio e deixar de cobrar aluguel nesse período.

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Uma década depois, o empreendimento subiu ao ranking de ativos mais valiosos do grupo, que detém participação em 14 shoppings e 2 outlets, em lugares tão diferentes como Campinas e Alphaville (SP) e Porto Alegre (RS). No quesito geração de receita operacional líquida (NOI, na sigla em inglês) por metro quadrado, o JK Iguatemi é o segundo maior do portfólio. Esse indicador mede o resultado das receitas menos despesas da propriedade, ou seja, sua capacidade de contribuir de fato para o lucro da companhia. Em termos de faturamento com aluguel de lojas, é o terceiro maior. Em arrecadação com estacionamento, o quarto.

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A empresa também desenvolveu um calendário de eventos que inclui o Iguatemi Talks, de moda, tendências e inovação; e o Cine Vista, com sessões de cinema ao ar livre em seu terraço. Também foi instalado no shopping o primeiro bicicletário do grupo (quando ainda não era prática comum nesses empreendimentos), voltado a quem quiser passear no Parque do Povo. Mas nem tudo são flores: de tempos em tempos surgem denúncias de racismo e preconceito contra pessoas negras ou de baixa renda que passam por lá. Várias marcas também fecharam lojas que tinham no shopping, nesses dez anos.

Na largada, o Shopping JK era da Iguatemi e da WTorre na proporção meio a meio. Dois anos depois da abertura, a construtora se viu com muitas dívidas e decidiu vender o ativo. A Iguatemi chegou a 64% de participação, enquanto os outros 36% foram parar nas mãos do fundo de pensão norte-americano TIAA-Cref. Depois da primeira década em operação, a Iguatemi tem interesse em aumentar sua fatia no negócio, mas a TIAA-Cref não deu sinais de que pretende se desfazer.

 

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