Bastidores do mundo dos negócios

Apesar dos litígios, negociações entre Americanas e bancos sobre aporte avançam


Há indicações de que os acionistas poderiam chegar aos R$ 12 bi, mas um dos maiores credores bate o pé por R$ 15 bi

Por Cynthia Decloedt e Talita Nascimento

A Americanas corre contra o tempo para fechar um acordo em torno do aporte para destravar o seu plano de recuperação. As negociações esbarram no valor oferecido pelos acionistas de referência - o trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira -, de R$ 10 bilhões, e a cifra exigida pelos bancos. Há indicações de que os acionistas poderiam chegar aos R$ 12 bilhões, mas um dos maiores bancos credores bate o pé por R$ 15 bilhões.

De toda a forma, interlocutores próximos de Americanas falam que o clima negocial melhorou e que, as faíscas que restam são parte de conversas que estão progredindo. Os bancos querem mais e os acionistas de referência querem um pouco menos. As conversas envolvem vários aspectos do plano e a perspectiva de um cobertor curto, contou uma fonte.

Lojas Americanas pediu recuperação judicial após revelar rombo de R$ 20 bilhões Foto: Taba Benedicto/ Estadão Conteúdo
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Discussão sobre caixa foi separada

Para facilitar as conversas, a Americanas está tratando as negociações relacionadas às dívidas financeiras de modo apartado do litígio que envolve os recursos de caixa da empresa que estavam depositados nos bancos antes do estouro do escândalo e que alguns bancos prenderam. O tom que a varejista tem buscado impor é de que é preciso salvar a companhia, o que implica garantir um melhor resultado também para os credores e os bancos - que tem apontado o dedo para o trio e acusado a empresa de fraude.

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BTG Pactual, Safra e BV conseguiram reter o que havia em conta em suas respectivas instituições, mas uma discussão jurídica se formou em torno do momento em que isso poderia ser feito, tendo como referência a data do pedido de proteção contra credores, em caráter de urgência. Na terça-feira (21), entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que havia um erro nessa data, dando ganho à tese dos três bancos e também de outros que correram para reter os recursos e tiveram de devolver à companhia.

Empresa pode buscar mais R$ 500 mi

Além disso, uma fonte envolvida nas negociações diz que a companhia pode vir a precisar mais R$ 500 milhões do empréstimo feito pelos acionistas de referência da companhia nos próximos meses. Em entrevista ao Broadcast, Leonardo Coelho, novo CEO da companhia afirmou que dos R$ 2 bilhões disponíveis, até agora, a companhia acessou R$ 1 bilhão, que tem sido suficiente para tocar a operação. A intenção, segundo ele, é de não pegar o restante do dinheiro, ao menos no curto prazo, para não ter de arcar com o custo financeiro dessa quantia.

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Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 22/03/2023, às 18h20

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A Americanas corre contra o tempo para fechar um acordo em torno do aporte para destravar o seu plano de recuperação. As negociações esbarram no valor oferecido pelos acionistas de referência - o trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira -, de R$ 10 bilhões, e a cifra exigida pelos bancos. Há indicações de que os acionistas poderiam chegar aos R$ 12 bilhões, mas um dos maiores bancos credores bate o pé por R$ 15 bilhões.

De toda a forma, interlocutores próximos de Americanas falam que o clima negocial melhorou e que, as faíscas que restam são parte de conversas que estão progredindo. Os bancos querem mais e os acionistas de referência querem um pouco menos. As conversas envolvem vários aspectos do plano e a perspectiva de um cobertor curto, contou uma fonte.

Lojas Americanas pediu recuperação judicial após revelar rombo de R$ 20 bilhões Foto: Taba Benedicto/ Estadão Conteúdo

Discussão sobre caixa foi separada

Para facilitar as conversas, a Americanas está tratando as negociações relacionadas às dívidas financeiras de modo apartado do litígio que envolve os recursos de caixa da empresa que estavam depositados nos bancos antes do estouro do escândalo e que alguns bancos prenderam. O tom que a varejista tem buscado impor é de que é preciso salvar a companhia, o que implica garantir um melhor resultado também para os credores e os bancos - que tem apontado o dedo para o trio e acusado a empresa de fraude.

BTG Pactual, Safra e BV conseguiram reter o que havia em conta em suas respectivas instituições, mas uma discussão jurídica se formou em torno do momento em que isso poderia ser feito, tendo como referência a data do pedido de proteção contra credores, em caráter de urgência. Na terça-feira (21), entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que havia um erro nessa data, dando ganho à tese dos três bancos e também de outros que correram para reter os recursos e tiveram de devolver à companhia.

Empresa pode buscar mais R$ 500 mi

Além disso, uma fonte envolvida nas negociações diz que a companhia pode vir a precisar mais R$ 500 milhões do empréstimo feito pelos acionistas de referência da companhia nos próximos meses. Em entrevista ao Broadcast, Leonardo Coelho, novo CEO da companhia afirmou que dos R$ 2 bilhões disponíveis, até agora, a companhia acessou R$ 1 bilhão, que tem sido suficiente para tocar a operação. A intenção, segundo ele, é de não pegar o restante do dinheiro, ao menos no curto prazo, para não ter de arcar com o custo financeiro dessa quantia.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 22/03/2023, às 18h20

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De toda a forma, interlocutores próximos de Americanas falam que o clima negocial melhorou e que, as faíscas que restam são parte de conversas que estão progredindo. Os bancos querem mais e os acionistas de referência querem um pouco menos. As conversas envolvem vários aspectos do plano e a perspectiva de um cobertor curto, contou uma fonte.

Lojas Americanas pediu recuperação judicial após revelar rombo de R$ 20 bilhões Foto: Taba Benedicto/ Estadão Conteúdo

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Para facilitar as conversas, a Americanas está tratando as negociações relacionadas às dívidas financeiras de modo apartado do litígio que envolve os recursos de caixa da empresa que estavam depositados nos bancos antes do estouro do escândalo e que alguns bancos prenderam. O tom que a varejista tem buscado impor é de que é preciso salvar a companhia, o que implica garantir um melhor resultado também para os credores e os bancos - que tem apontado o dedo para o trio e acusado a empresa de fraude.

BTG Pactual, Safra e BV conseguiram reter o que havia em conta em suas respectivas instituições, mas uma discussão jurídica se formou em torno do momento em que isso poderia ser feito, tendo como referência a data do pedido de proteção contra credores, em caráter de urgência. Na terça-feira (21), entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que havia um erro nessa data, dando ganho à tese dos três bancos e também de outros que correram para reter os recursos e tiveram de devolver à companhia.

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Além disso, uma fonte envolvida nas negociações diz que a companhia pode vir a precisar mais R$ 500 milhões do empréstimo feito pelos acionistas de referência da companhia nos próximos meses. Em entrevista ao Broadcast, Leonardo Coelho, novo CEO da companhia afirmou que dos R$ 2 bilhões disponíveis, até agora, a companhia acessou R$ 1 bilhão, que tem sido suficiente para tocar a operação. A intenção, segundo ele, é de não pegar o restante do dinheiro, ao menos no curto prazo, para não ter de arcar com o custo financeiro dessa quantia.

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De toda a forma, interlocutores próximos de Americanas falam que o clima negocial melhorou e que, as faíscas que restam são parte de conversas que estão progredindo. Os bancos querem mais e os acionistas de referência querem um pouco menos. As conversas envolvem vários aspectos do plano e a perspectiva de um cobertor curto, contou uma fonte.

Lojas Americanas pediu recuperação judicial após revelar rombo de R$ 20 bilhões Foto: Taba Benedicto/ Estadão Conteúdo

Discussão sobre caixa foi separada

Para facilitar as conversas, a Americanas está tratando as negociações relacionadas às dívidas financeiras de modo apartado do litígio que envolve os recursos de caixa da empresa que estavam depositados nos bancos antes do estouro do escândalo e que alguns bancos prenderam. O tom que a varejista tem buscado impor é de que é preciso salvar a companhia, o que implica garantir um melhor resultado também para os credores e os bancos - que tem apontado o dedo para o trio e acusado a empresa de fraude.

BTG Pactual, Safra e BV conseguiram reter o que havia em conta em suas respectivas instituições, mas uma discussão jurídica se formou em torno do momento em que isso poderia ser feito, tendo como referência a data do pedido de proteção contra credores, em caráter de urgência. Na terça-feira (21), entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que havia um erro nessa data, dando ganho à tese dos três bancos e também de outros que correram para reter os recursos e tiveram de devolver à companhia.

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Além disso, uma fonte envolvida nas negociações diz que a companhia pode vir a precisar mais R$ 500 milhões do empréstimo feito pelos acionistas de referência da companhia nos próximos meses. Em entrevista ao Broadcast, Leonardo Coelho, novo CEO da companhia afirmou que dos R$ 2 bilhões disponíveis, até agora, a companhia acessou R$ 1 bilhão, que tem sido suficiente para tocar a operação. A intenção, segundo ele, é de não pegar o restante do dinheiro, ao menos no curto prazo, para não ter de arcar com o custo financeiro dessa quantia.

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Discussão sobre caixa foi separada

Para facilitar as conversas, a Americanas está tratando as negociações relacionadas às dívidas financeiras de modo apartado do litígio que envolve os recursos de caixa da empresa que estavam depositados nos bancos antes do estouro do escândalo e que alguns bancos prenderam. O tom que a varejista tem buscado impor é de que é preciso salvar a companhia, o que implica garantir um melhor resultado também para os credores e os bancos - que tem apontado o dedo para o trio e acusado a empresa de fraude.

BTG Pactual, Safra e BV conseguiram reter o que havia em conta em suas respectivas instituições, mas uma discussão jurídica se formou em torno do momento em que isso poderia ser feito, tendo como referência a data do pedido de proteção contra credores, em caráter de urgência. Na terça-feira (21), entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que havia um erro nessa data, dando ganho à tese dos três bancos e também de outros que correram para reter os recursos e tiveram de devolver à companhia.

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