Bastidores do mundo dos negócios

Após aportes, Marisa quita CDBs e encaminha fim da operação de sua financeira


M Pagamentos teve prejuízo de R$ 4,8 milhões no terceiro trimestre de 2024

Por Talita Nascimento e Altamiro Silva Junior
A empresa pretende voltar pouco a pouco a buscar crédito, para reconquistar um relacionamento saudável com os bancos Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 15/05/2023

A rede de vestuário Marisa deu mais um passo para encerrar as operações de sua financeira, a M Pagamentos. O grupo quitou em janeiro o saldo de depósitos a prazo (CDBs) que restava, segundo apurou a Coluna. A empresa busca acabar com a operação desde o início de 2023, mas em dezembro e janeiro precisou colocar R$ 30 milhões em recursos novos no banco, em dois aumentos de capital autorizados pelo Banco Central.

A companhia precisou fazer outros aportes no banco no passado recente. Em outubro de 2023, havia injetado R$ 30 milhões; em julho daquele ano, colocou mais R$ 82 milhões. Em meados do ano passado, a pedido do BC, a Marisa apresentou um plano de descontinuidade da M Pagamentos, que previa o pagamento de todas as despesas em 180 dias.

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Até setembro do ano passado, segundo dados do BC, o saldo de depósitos a prazo a quitar da financeira era de R$ 47 milhões. Os dados mais recentes, do terceiro trimestre de 2024, mostram que a financeira teve prejuízo de R$ 4,8 milhões, com patrimônio líquido negativo de R$ 1,9 milhão.

Empresa transferiu operação de crédito

A Marisa transferiu a gestão de sua operação de crédito de sua financeira para a Credsystem, em acordo anunciado em setembro de 2023. Com isso, decidiu encerrar as operações da M Pagamentos. A rede de vestuário vive um momento de tentativa de retomada após sucessivas trocas de comando, em meio a um mercado abalado pela concorrência forte dos chineses e os juros altos.

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Na última divulgação de resultados, a empresa encerrou o terceiro trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 71,2 milhões, resultado 63,7% melhor do que o registrado no mesmo intervalo do ano anterior. Segundo a varejista, o resultado operacional foi influenciado pelo aumento das vendas, em função do reposicionamento do negócio.

Apesar dessa melhora, até aquele momento, a varejista não havia conseguido retomar a tomada de crédito. A empresa sofreu após a crise de crédito que o caso da Lojas Americanas causou, com uma diminuição brusca no oferecimento de risco sacado, linha da qual a Marisa fazia uso com frequência.

A Coluna apurou que a empresa pretendia, no início de 2025, voltar pouco a pouco a buscar crédito, de forma a reconquistar um relacionamento saudável com o setor bancário. Procurada, a Marisa não comentou.

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Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 12/02/2025, às 15:42.

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A empresa pretende voltar pouco a pouco a buscar crédito, para reconquistar um relacionamento saudável com os bancos Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 15/05/2023

A rede de vestuário Marisa deu mais um passo para encerrar as operações de sua financeira, a M Pagamentos. O grupo quitou em janeiro o saldo de depósitos a prazo (CDBs) que restava, segundo apurou a Coluna. A empresa busca acabar com a operação desde o início de 2023, mas em dezembro e janeiro precisou colocar R$ 30 milhões em recursos novos no banco, em dois aumentos de capital autorizados pelo Banco Central.

A companhia precisou fazer outros aportes no banco no passado recente. Em outubro de 2023, havia injetado R$ 30 milhões; em julho daquele ano, colocou mais R$ 82 milhões. Em meados do ano passado, a pedido do BC, a Marisa apresentou um plano de descontinuidade da M Pagamentos, que previa o pagamento de todas as despesas em 180 dias.

Até setembro do ano passado, segundo dados do BC, o saldo de depósitos a prazo a quitar da financeira era de R$ 47 milhões. Os dados mais recentes, do terceiro trimestre de 2024, mostram que a financeira teve prejuízo de R$ 4,8 milhões, com patrimônio líquido negativo de R$ 1,9 milhão.

Empresa transferiu operação de crédito

A Marisa transferiu a gestão de sua operação de crédito de sua financeira para a Credsystem, em acordo anunciado em setembro de 2023. Com isso, decidiu encerrar as operações da M Pagamentos. A rede de vestuário vive um momento de tentativa de retomada após sucessivas trocas de comando, em meio a um mercado abalado pela concorrência forte dos chineses e os juros altos.

Na última divulgação de resultados, a empresa encerrou o terceiro trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 71,2 milhões, resultado 63,7% melhor do que o registrado no mesmo intervalo do ano anterior. Segundo a varejista, o resultado operacional foi influenciado pelo aumento das vendas, em função do reposicionamento do negócio.

Apesar dessa melhora, até aquele momento, a varejista não havia conseguido retomar a tomada de crédito. A empresa sofreu após a crise de crédito que o caso da Lojas Americanas causou, com uma diminuição brusca no oferecimento de risco sacado, linha da qual a Marisa fazia uso com frequência.

A Coluna apurou que a empresa pretendia, no início de 2025, voltar pouco a pouco a buscar crédito, de forma a reconquistar um relacionamento saudável com o setor bancário. Procurada, a Marisa não comentou.

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A empresa pretende voltar pouco a pouco a buscar crédito, para reconquistar um relacionamento saudável com os bancos Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 15/05/2023

A rede de vestuário Marisa deu mais um passo para encerrar as operações de sua financeira, a M Pagamentos. O grupo quitou em janeiro o saldo de depósitos a prazo (CDBs) que restava, segundo apurou a Coluna. A empresa busca acabar com a operação desde o início de 2023, mas em dezembro e janeiro precisou colocar R$ 30 milhões em recursos novos no banco, em dois aumentos de capital autorizados pelo Banco Central.

A companhia precisou fazer outros aportes no banco no passado recente. Em outubro de 2023, havia injetado R$ 30 milhões; em julho daquele ano, colocou mais R$ 82 milhões. Em meados do ano passado, a pedido do BC, a Marisa apresentou um plano de descontinuidade da M Pagamentos, que previa o pagamento de todas as despesas em 180 dias.

Até setembro do ano passado, segundo dados do BC, o saldo de depósitos a prazo a quitar da financeira era de R$ 47 milhões. Os dados mais recentes, do terceiro trimestre de 2024, mostram que a financeira teve prejuízo de R$ 4,8 milhões, com patrimônio líquido negativo de R$ 1,9 milhão.

Empresa transferiu operação de crédito

A Marisa transferiu a gestão de sua operação de crédito de sua financeira para a Credsystem, em acordo anunciado em setembro de 2023. Com isso, decidiu encerrar as operações da M Pagamentos. A rede de vestuário vive um momento de tentativa de retomada após sucessivas trocas de comando, em meio a um mercado abalado pela concorrência forte dos chineses e os juros altos.

Na última divulgação de resultados, a empresa encerrou o terceiro trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 71,2 milhões, resultado 63,7% melhor do que o registrado no mesmo intervalo do ano anterior. Segundo a varejista, o resultado operacional foi influenciado pelo aumento das vendas, em função do reposicionamento do negócio.

Apesar dessa melhora, até aquele momento, a varejista não havia conseguido retomar a tomada de crédito. A empresa sofreu após a crise de crédito que o caso da Lojas Americanas causou, com uma diminuição brusca no oferecimento de risco sacado, linha da qual a Marisa fazia uso com frequência.

A Coluna apurou que a empresa pretendia, no início de 2025, voltar pouco a pouco a buscar crédito, de forma a reconquistar um relacionamento saudável com o setor bancário. Procurada, a Marisa não comentou.

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