Bastidores do mundo dos negócios

Após dois anos, transações de fusões e aquisições voltam a subir, diz PwC


Estrangeiros voltam a ganhar espaço nas operações após perderem espaço entre 2015 e 2020

Por Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior
Compra da Wilson Sons pela suíça MSC demonstra reaquecimento das operações. Foto: Wilson Sons

As transações de fusões e aquisições (M&A, em inglês) voltaram a crescer, após um período de dois anos de quedas, mostram dados da PwC. Com o reaquecimento dos negócios, até a participação dos estrangeiros, que estavam caindo desde 2015, quando alcançou 49% das operações, voltaram a melhorar. Prova disso é que só nas últimas semanas, grandes negócios tiveram a presença de estrangeiros, como os suíços da MSC comprando a Wilson Sons.

Nos primeiros nove meses de 2024, os estrangeiros estiveram presentes em 18% das transações, depois de quedas sucessivas entre 2015 e 2020. Nos últimos quatro anos, o porcentual de participação dos investidores de fora nos M&A tem oscilado entre 17% e 20%.

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Já os negócios em geral nos noves meses até setembro deste ano, há expansão de 1,5% na quantidade de M&A, número pequeno, mas que mostra uma tendência de reversão da piora de anos anteriores, quando recuaram 6,2% em 2022 e 17,3% em 2023. “O mercado parou de cair e começa a ensaiar uma retomada”, comenta o sócio líder da PwC na área de M&A, Leonardo Dell’Oso.

Sobre a retração dos estrangeiros, Dell’Oso afirma que uma série de eventos no País fez com que esse investidor considerasse o Brasil mais arriscado. Entre eles estão a Lava Jato, a insegurança jurídica, instabilidade política em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, perda do grau de investimento, economia fraca e a alta do juro no exterior nos últimos anos. Investidores da Ásia e Europa preferiram alocar seus recursos em títulos da dívida americana do que em fundos que compram empresas.

Até mesmo a alta do juro brasileiro desestimulou investimentos de empresas que tinham recursos para alocar em suas subsidiárias no Brasil e consideraram como uma melhor opção aplicar na renda fixa ao invés de apostar em uma transação. Além disso, o custo para tomar empréstimo para financiar as transações subiu junto à aceleração das taxas de juro, acrescenta Dell’Oso.

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O menor porcentual de estrangeiros sobre o total das operações locais foi atingido em 2021, chegando a 17%, justamente quando o numero de transações de M&A explodiu, como consequência da pandemia, a qual empurrou várias empresas para essa alternativa de captação de recursos para equalizar desequilíbrios financeiros causados pelo isolamento social da Covid-19.

“O investidor estrangeiro estava mais preocupado em focar os seus recursos em mercados onde ele tinha mais atividade, nos seus mercados domésticos e deixar o investimento no exterior para o segundo plano”, diz. Em 2021, aconteceram 1.659 transações no total, um recorde.

Queda na participação de estrangeiros começa a ser revertida

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O sócio da PwC vê esse movimento de queda da participação de estrangeiros se invertendo. Um dos indícios são operações que a própria empresa de auditoria tem feito que precedem às de M&A, as análises prévias dos números da empresa a ser adquirida.

“Tenho atualmente uns 10 projetos e oportunidades de empresas japonesas envolvidas em processos de M&A no Brasil, a maioria está buscando comprar participação em empresas brasileiras”, afirma.

Uma das explicações para essa volta de olhar ao País está na desaceleração econômica da China e implicações do ‘nearshoring’, com cadeias produtivas se realocando em países mais alinhados às matrizes.

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“O Brasil tem sido um país de interesse de investimento, porque aqui a gente tem uma economia grande e estratégica, diversificada e temos segurança”, diz. Para ele, ainda que o retorno dos estrangeiros esteja acontecendo lentamente, o movimento deve dar mais visibilidade quanto aos negócios no Pais ao mercado internacional.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 25/10/2024, às 15:20.

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Compra da Wilson Sons pela suíça MSC demonstra reaquecimento das operações. Foto: Wilson Sons

As transações de fusões e aquisições (M&A, em inglês) voltaram a crescer, após um período de dois anos de quedas, mostram dados da PwC. Com o reaquecimento dos negócios, até a participação dos estrangeiros, que estavam caindo desde 2015, quando alcançou 49% das operações, voltaram a melhorar. Prova disso é que só nas últimas semanas, grandes negócios tiveram a presença de estrangeiros, como os suíços da MSC comprando a Wilson Sons.

Nos primeiros nove meses de 2024, os estrangeiros estiveram presentes em 18% das transações, depois de quedas sucessivas entre 2015 e 2020. Nos últimos quatro anos, o porcentual de participação dos investidores de fora nos M&A tem oscilado entre 17% e 20%.

Já os negócios em geral nos noves meses até setembro deste ano, há expansão de 1,5% na quantidade de M&A, número pequeno, mas que mostra uma tendência de reversão da piora de anos anteriores, quando recuaram 6,2% em 2022 e 17,3% em 2023. “O mercado parou de cair e começa a ensaiar uma retomada”, comenta o sócio líder da PwC na área de M&A, Leonardo Dell’Oso.

Sobre a retração dos estrangeiros, Dell’Oso afirma que uma série de eventos no País fez com que esse investidor considerasse o Brasil mais arriscado. Entre eles estão a Lava Jato, a insegurança jurídica, instabilidade política em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, perda do grau de investimento, economia fraca e a alta do juro no exterior nos últimos anos. Investidores da Ásia e Europa preferiram alocar seus recursos em títulos da dívida americana do que em fundos que compram empresas.

Até mesmo a alta do juro brasileiro desestimulou investimentos de empresas que tinham recursos para alocar em suas subsidiárias no Brasil e consideraram como uma melhor opção aplicar na renda fixa ao invés de apostar em uma transação. Além disso, o custo para tomar empréstimo para financiar as transações subiu junto à aceleração das taxas de juro, acrescenta Dell’Oso.

O menor porcentual de estrangeiros sobre o total das operações locais foi atingido em 2021, chegando a 17%, justamente quando o numero de transações de M&A explodiu, como consequência da pandemia, a qual empurrou várias empresas para essa alternativa de captação de recursos para equalizar desequilíbrios financeiros causados pelo isolamento social da Covid-19.

“O investidor estrangeiro estava mais preocupado em focar os seus recursos em mercados onde ele tinha mais atividade, nos seus mercados domésticos e deixar o investimento no exterior para o segundo plano”, diz. Em 2021, aconteceram 1.659 transações no total, um recorde.

Queda na participação de estrangeiros começa a ser revertida

O sócio da PwC vê esse movimento de queda da participação de estrangeiros se invertendo. Um dos indícios são operações que a própria empresa de auditoria tem feito que precedem às de M&A, as análises prévias dos números da empresa a ser adquirida.

“Tenho atualmente uns 10 projetos e oportunidades de empresas japonesas envolvidas em processos de M&A no Brasil, a maioria está buscando comprar participação em empresas brasileiras”, afirma.

Uma das explicações para essa volta de olhar ao País está na desaceleração econômica da China e implicações do ‘nearshoring’, com cadeias produtivas se realocando em países mais alinhados às matrizes.

“O Brasil tem sido um país de interesse de investimento, porque aqui a gente tem uma economia grande e estratégica, diversificada e temos segurança”, diz. Para ele, ainda que o retorno dos estrangeiros esteja acontecendo lentamente, o movimento deve dar mais visibilidade quanto aos negócios no Pais ao mercado internacional.

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Nos primeiros nove meses de 2024, os estrangeiros estiveram presentes em 18% das transações, depois de quedas sucessivas entre 2015 e 2020. Nos últimos quatro anos, o porcentual de participação dos investidores de fora nos M&A tem oscilado entre 17% e 20%.

Já os negócios em geral nos noves meses até setembro deste ano, há expansão de 1,5% na quantidade de M&A, número pequeno, mas que mostra uma tendência de reversão da piora de anos anteriores, quando recuaram 6,2% em 2022 e 17,3% em 2023. “O mercado parou de cair e começa a ensaiar uma retomada”, comenta o sócio líder da PwC na área de M&A, Leonardo Dell’Oso.

Sobre a retração dos estrangeiros, Dell’Oso afirma que uma série de eventos no País fez com que esse investidor considerasse o Brasil mais arriscado. Entre eles estão a Lava Jato, a insegurança jurídica, instabilidade política em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, perda do grau de investimento, economia fraca e a alta do juro no exterior nos últimos anos. Investidores da Ásia e Europa preferiram alocar seus recursos em títulos da dívida americana do que em fundos que compram empresas.

Até mesmo a alta do juro brasileiro desestimulou investimentos de empresas que tinham recursos para alocar em suas subsidiárias no Brasil e consideraram como uma melhor opção aplicar na renda fixa ao invés de apostar em uma transação. Além disso, o custo para tomar empréstimo para financiar as transações subiu junto à aceleração das taxas de juro, acrescenta Dell’Oso.

O menor porcentual de estrangeiros sobre o total das operações locais foi atingido em 2021, chegando a 17%, justamente quando o numero de transações de M&A explodiu, como consequência da pandemia, a qual empurrou várias empresas para essa alternativa de captação de recursos para equalizar desequilíbrios financeiros causados pelo isolamento social da Covid-19.

“O investidor estrangeiro estava mais preocupado em focar os seus recursos em mercados onde ele tinha mais atividade, nos seus mercados domésticos e deixar o investimento no exterior para o segundo plano”, diz. Em 2021, aconteceram 1.659 transações no total, um recorde.

Queda na participação de estrangeiros começa a ser revertida

O sócio da PwC vê esse movimento de queda da participação de estrangeiros se invertendo. Um dos indícios são operações que a própria empresa de auditoria tem feito que precedem às de M&A, as análises prévias dos números da empresa a ser adquirida.

“Tenho atualmente uns 10 projetos e oportunidades de empresas japonesas envolvidas em processos de M&A no Brasil, a maioria está buscando comprar participação em empresas brasileiras”, afirma.

Uma das explicações para essa volta de olhar ao País está na desaceleração econômica da China e implicações do ‘nearshoring’, com cadeias produtivas se realocando em países mais alinhados às matrizes.

“O Brasil tem sido um país de interesse de investimento, porque aqui a gente tem uma economia grande e estratégica, diversificada e temos segurança”, diz. Para ele, ainda que o retorno dos estrangeiros esteja acontecendo lentamente, o movimento deve dar mais visibilidade quanto aos negócios no Pais ao mercado internacional.

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Nos primeiros nove meses de 2024, os estrangeiros estiveram presentes em 18% das transações, depois de quedas sucessivas entre 2015 e 2020. Nos últimos quatro anos, o porcentual de participação dos investidores de fora nos M&A tem oscilado entre 17% e 20%.

Já os negócios em geral nos noves meses até setembro deste ano, há expansão de 1,5% na quantidade de M&A, número pequeno, mas que mostra uma tendência de reversão da piora de anos anteriores, quando recuaram 6,2% em 2022 e 17,3% em 2023. “O mercado parou de cair e começa a ensaiar uma retomada”, comenta o sócio líder da PwC na área de M&A, Leonardo Dell’Oso.

Sobre a retração dos estrangeiros, Dell’Oso afirma que uma série de eventos no País fez com que esse investidor considerasse o Brasil mais arriscado. Entre eles estão a Lava Jato, a insegurança jurídica, instabilidade política em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, perda do grau de investimento, economia fraca e a alta do juro no exterior nos últimos anos. Investidores da Ásia e Europa preferiram alocar seus recursos em títulos da dívida americana do que em fundos que compram empresas.

Até mesmo a alta do juro brasileiro desestimulou investimentos de empresas que tinham recursos para alocar em suas subsidiárias no Brasil e consideraram como uma melhor opção aplicar na renda fixa ao invés de apostar em uma transação. Além disso, o custo para tomar empréstimo para financiar as transações subiu junto à aceleração das taxas de juro, acrescenta Dell’Oso.

O menor porcentual de estrangeiros sobre o total das operações locais foi atingido em 2021, chegando a 17%, justamente quando o numero de transações de M&A explodiu, como consequência da pandemia, a qual empurrou várias empresas para essa alternativa de captação de recursos para equalizar desequilíbrios financeiros causados pelo isolamento social da Covid-19.

“O investidor estrangeiro estava mais preocupado em focar os seus recursos em mercados onde ele tinha mais atividade, nos seus mercados domésticos e deixar o investimento no exterior para o segundo plano”, diz. Em 2021, aconteceram 1.659 transações no total, um recorde.

Queda na participação de estrangeiros começa a ser revertida

O sócio da PwC vê esse movimento de queda da participação de estrangeiros se invertendo. Um dos indícios são operações que a própria empresa de auditoria tem feito que precedem às de M&A, as análises prévias dos números da empresa a ser adquirida.

“Tenho atualmente uns 10 projetos e oportunidades de empresas japonesas envolvidas em processos de M&A no Brasil, a maioria está buscando comprar participação em empresas brasileiras”, afirma.

Uma das explicações para essa volta de olhar ao País está na desaceleração econômica da China e implicações do ‘nearshoring’, com cadeias produtivas se realocando em países mais alinhados às matrizes.

“O Brasil tem sido um país de interesse de investimento, porque aqui a gente tem uma economia grande e estratégica, diversificada e temos segurança”, diz. Para ele, ainda que o retorno dos estrangeiros esteja acontecendo lentamente, o movimento deve dar mais visibilidade quanto aos negócios no Pais ao mercado internacional.

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Nos primeiros nove meses de 2024, os estrangeiros estiveram presentes em 18% das transações, depois de quedas sucessivas entre 2015 e 2020. Nos últimos quatro anos, o porcentual de participação dos investidores de fora nos M&A tem oscilado entre 17% e 20%.

Já os negócios em geral nos noves meses até setembro deste ano, há expansão de 1,5% na quantidade de M&A, número pequeno, mas que mostra uma tendência de reversão da piora de anos anteriores, quando recuaram 6,2% em 2022 e 17,3% em 2023. “O mercado parou de cair e começa a ensaiar uma retomada”, comenta o sócio líder da PwC na área de M&A, Leonardo Dell’Oso.

Sobre a retração dos estrangeiros, Dell’Oso afirma que uma série de eventos no País fez com que esse investidor considerasse o Brasil mais arriscado. Entre eles estão a Lava Jato, a insegurança jurídica, instabilidade política em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, perda do grau de investimento, economia fraca e a alta do juro no exterior nos últimos anos. Investidores da Ásia e Europa preferiram alocar seus recursos em títulos da dívida americana do que em fundos que compram empresas.

Até mesmo a alta do juro brasileiro desestimulou investimentos de empresas que tinham recursos para alocar em suas subsidiárias no Brasil e consideraram como uma melhor opção aplicar na renda fixa ao invés de apostar em uma transação. Além disso, o custo para tomar empréstimo para financiar as transações subiu junto à aceleração das taxas de juro, acrescenta Dell’Oso.

O menor porcentual de estrangeiros sobre o total das operações locais foi atingido em 2021, chegando a 17%, justamente quando o numero de transações de M&A explodiu, como consequência da pandemia, a qual empurrou várias empresas para essa alternativa de captação de recursos para equalizar desequilíbrios financeiros causados pelo isolamento social da Covid-19.

“O investidor estrangeiro estava mais preocupado em focar os seus recursos em mercados onde ele tinha mais atividade, nos seus mercados domésticos e deixar o investimento no exterior para o segundo plano”, diz. Em 2021, aconteceram 1.659 transações no total, um recorde.

Queda na participação de estrangeiros começa a ser revertida

O sócio da PwC vê esse movimento de queda da participação de estrangeiros se invertendo. Um dos indícios são operações que a própria empresa de auditoria tem feito que precedem às de M&A, as análises prévias dos números da empresa a ser adquirida.

“Tenho atualmente uns 10 projetos e oportunidades de empresas japonesas envolvidas em processos de M&A no Brasil, a maioria está buscando comprar participação em empresas brasileiras”, afirma.

Uma das explicações para essa volta de olhar ao País está na desaceleração econômica da China e implicações do ‘nearshoring’, com cadeias produtivas se realocando em países mais alinhados às matrizes.

“O Brasil tem sido um país de interesse de investimento, porque aqui a gente tem uma economia grande e estratégica, diversificada e temos segurança”, diz. Para ele, ainda que o retorno dos estrangeiros esteja acontecendo lentamente, o movimento deve dar mais visibilidade quanto aos negócios no Pais ao mercado internacional.

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