Em pouco mais de três anos de operação, a fintech Voltz, da Energisa, já superou a marca de R$ 1 bilhão em antecipações de recebíveis a mais de 600 fornecedores do grupo e agora mira alternativas para crescer em outros segmentos, como os de saneamento e gás, disseram ao Broadcast Energia os fundadores da companhia, Tiago Compagnoni e Daniel Orlean.
Antes da criação da startup, as operações dessa natureza alcançavam entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões por ano, e os volumes aumentaram no período devido à maior demanda durante a pandemia de covid-19 e pelo fato de a Voltz ter sistematizado a oferta. Segundo Compagnoni, se antes da criação da fintech era o fornecedor quem procurava uma negociação para antecipar valores quando via a necessidade, agora essa possibilidade já está disponível para ele por meio da empresa. “É uma possibilidade de gerar receita rápida e que não estava sendo explorada dentro do ecossistema”.
Contudo, de acordo com Orlean, as operações realizadas pela empresa deram um salto durante o período de pandemia do covid-19, devido à necessidade de financiamento que algumas empresas tiveram, o que impulsionou a procura por parte de fornecedores. Ele menciona que atualmente a empresa gera R$ 1 milhão por semana em valor para a Energisa, considerando as reduções de custos e outros benefícios que a fintech traz para o grupo. Esse montante é todo o faturamento que a Voltz teve em 2021, seu primeiro ano de funcionamento.
Para o futuro, segundo os executivos, a possibilidade é levar o modelo que tem feito sucesso dentro da Energisa para outros mercados, trazendo novas possibilidade de crescimento. “Podemos replicar isso em outros mercados, como água, saneamento, gás e até no de energia elétrica. Não somos limitados”, comentou Compagnoni.
Voltz busca crescimento entre clientes da Energisa
Em outra frente, a Voltz tem buscado alavancar o crescimento também entre os clientes da Energisa, que tem uma base com mais de 8,5 milhões de usuários em 11 Estados. De acordo com os executivos, nesse segmento a fintech tem atuado principalmente com ações de parcelamento das faturas, reduzindo os indicadores de inadimplência da companhia, especialmente no negócio de distribuição. “O objetivo é dar maior flexibilidade no pagamento da fatura”, pontua Daniel Orlean.
Ele explica também que, além disso, a Voltz também tem emitido os de QR Codes e cobranças por meio do Pix, que também têm o efeito de reduzir custos para a distribuidora, uma vez que os boletos tradicionais tem altos custos em sua compensação. Atualmente são gerados mensalmente quase 1 milhão de códigos para pagamento da fatura nesta modalidade.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 06/10/23, às 13h08.
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