Bastidores do mundo dos negócios

Após objeções de bancos, Americanas discute novo plano de recuperação com credores


Questionamentos envolvem aporte de R$ 10 bilhões por acionistas e desconto nas dívidas

Por Cynthia Decloedt, Altamiro Silva Junior, Matheus Piovesana e Talita Nascimento
Plano de recuperação judicial da varejista soma mais de R$ 40 bi em dívidas . FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO CONTEUDO

A Americanas discute um novo plano de recuperação judicial com os credores, que registraram objeções, nesta quinta-feira, àquele apresentado pela varejista há um mês. O prazo para contestações vencia em 30 dias. As conversas continuam e credores devem se reunir com a Americanas na próxima semana, apurou a Coluna do Broadcast. Entre as manifestações dos bancos contra o plano estão o deságio (desconto) de 60% na dívida e a proposta de aporte de R$ 10 bilhões na companhia pelos acionistas de referência do grupo, o trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Segundo fontes, esses pontos podem ser alterados e alguns continuam insistindo para que o aporte suba para R$ 12 bilhões. A recuperação judicial da varejista envolve dívidas de mais de R$ 40 bilhões.

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Além de BTG Pactual, Bradesco, Santander e Safra, no grupo dos maiores credores, apresentaram objeções ao plano também os detentores de títulos de dívida emitidos no exterior pela Americanas. Esse grupo, no entanto, trouxe contestações mais ácidas contra a empresa, afirmando se tratar de um “salvo-conduto para responsáveis por fraudes confessadas”, e apontou para um suposto privilégio que os bancos teriam no recebimento de seus créditos.

Credores estrangeiros questionam proibição à novas ações na Justiça

Com exceção do Santander, os bancos e os estrangeiros criticaram a previsão de que os credores não poderão mais brigar com Americanas na Justiça caso o plano seja aprovado. Os advogados dos credores externos afirmam haver um excesso de proteção nessa cláusula do plano, para blindar terceiros que têm influência na apresentação do plano (acionistas e administradores, principalmente) - e que sabem que estão expostos.

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O Banco BTG Pactual e o Bradesco centraram suas objeções no montante do aumento de capital e no deságio de suas dívidas. O Bradesco questiona ainda a ausência da publicação pela empresa de seus balanços de 2022 e 2023, sem os quais não é possível avaliar o plano. O Santander diz que o plano não garante a viabilidade das operações da companhia.

Varejista está com o balanço atrasado após revelar fraude de R$ 20 bi

A Americanas vem adiando a publicação de seus números e admitiu que o que levou ao rombo de R$ 20 bilhões foi uma fraude de resultados. Dado que todos os registros financeiros da companhia dos últimos anos devem ser revistos, a melhor estimativa para que esses números venham à tona é 31 de agosto de 2023. Esse prazo dificulta o desfecho da história até setembro, data antes considerada realista pela companhia para a aprovação do plano de recuperação.

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A Virgo Securitizadora, que tem cerca de R$ 200 milhões em créditos a receber, por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) do Hortifruti Natural da Terra, também fez uma objeção. Este grupo, formado por cerca de 900 investidores, quer impedir a venda do Hortifruti. Procurada, a Americanas não se manifestou.

Plano de recuperação judicial da varejista soma mais de R$ 40 bi em dívidas . FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO CONTEUDO

A Americanas discute um novo plano de recuperação judicial com os credores, que registraram objeções, nesta quinta-feira, àquele apresentado pela varejista há um mês. O prazo para contestações vencia em 30 dias. As conversas continuam e credores devem se reunir com a Americanas na próxima semana, apurou a Coluna do Broadcast. Entre as manifestações dos bancos contra o plano estão o deságio (desconto) de 60% na dívida e a proposta de aporte de R$ 10 bilhões na companhia pelos acionistas de referência do grupo, o trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Segundo fontes, esses pontos podem ser alterados e alguns continuam insistindo para que o aporte suba para R$ 12 bilhões. A recuperação judicial da varejista envolve dívidas de mais de R$ 40 bilhões.

Além de BTG Pactual, Bradesco, Santander e Safra, no grupo dos maiores credores, apresentaram objeções ao plano também os detentores de títulos de dívida emitidos no exterior pela Americanas. Esse grupo, no entanto, trouxe contestações mais ácidas contra a empresa, afirmando se tratar de um “salvo-conduto para responsáveis por fraudes confessadas”, e apontou para um suposto privilégio que os bancos teriam no recebimento de seus créditos.

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Com exceção do Santander, os bancos e os estrangeiros criticaram a previsão de que os credores não poderão mais brigar com Americanas na Justiça caso o plano seja aprovado. Os advogados dos credores externos afirmam haver um excesso de proteção nessa cláusula do plano, para blindar terceiros que têm influência na apresentação do plano (acionistas e administradores, principalmente) - e que sabem que estão expostos.

O Banco BTG Pactual e o Bradesco centraram suas objeções no montante do aumento de capital e no deságio de suas dívidas. O Bradesco questiona ainda a ausência da publicação pela empresa de seus balanços de 2022 e 2023, sem os quais não é possível avaliar o plano. O Santander diz que o plano não garante a viabilidade das operações da companhia.

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A Americanas vem adiando a publicação de seus números e admitiu que o que levou ao rombo de R$ 20 bilhões foi uma fraude de resultados. Dado que todos os registros financeiros da companhia dos últimos anos devem ser revistos, a melhor estimativa para que esses números venham à tona é 31 de agosto de 2023. Esse prazo dificulta o desfecho da história até setembro, data antes considerada realista pela companhia para a aprovação do plano de recuperação.

A Virgo Securitizadora, que tem cerca de R$ 200 milhões em créditos a receber, por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) do Hortifruti Natural da Terra, também fez uma objeção. Este grupo, formado por cerca de 900 investidores, quer impedir a venda do Hortifruti. Procurada, a Americanas não se manifestou.

Plano de recuperação judicial da varejista soma mais de R$ 40 bi em dívidas . FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO CONTEUDO

A Americanas discute um novo plano de recuperação judicial com os credores, que registraram objeções, nesta quinta-feira, àquele apresentado pela varejista há um mês. O prazo para contestações vencia em 30 dias. As conversas continuam e credores devem se reunir com a Americanas na próxima semana, apurou a Coluna do Broadcast. Entre as manifestações dos bancos contra o plano estão o deságio (desconto) de 60% na dívida e a proposta de aporte de R$ 10 bilhões na companhia pelos acionistas de referência do grupo, o trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Segundo fontes, esses pontos podem ser alterados e alguns continuam insistindo para que o aporte suba para R$ 12 bilhões. A recuperação judicial da varejista envolve dívidas de mais de R$ 40 bilhões.

Além de BTG Pactual, Bradesco, Santander e Safra, no grupo dos maiores credores, apresentaram objeções ao plano também os detentores de títulos de dívida emitidos no exterior pela Americanas. Esse grupo, no entanto, trouxe contestações mais ácidas contra a empresa, afirmando se tratar de um “salvo-conduto para responsáveis por fraudes confessadas”, e apontou para um suposto privilégio que os bancos teriam no recebimento de seus créditos.

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Com exceção do Santander, os bancos e os estrangeiros criticaram a previsão de que os credores não poderão mais brigar com Americanas na Justiça caso o plano seja aprovado. Os advogados dos credores externos afirmam haver um excesso de proteção nessa cláusula do plano, para blindar terceiros que têm influência na apresentação do plano (acionistas e administradores, principalmente) - e que sabem que estão expostos.

O Banco BTG Pactual e o Bradesco centraram suas objeções no montante do aumento de capital e no deságio de suas dívidas. O Bradesco questiona ainda a ausência da publicação pela empresa de seus balanços de 2022 e 2023, sem os quais não é possível avaliar o plano. O Santander diz que o plano não garante a viabilidade das operações da companhia.

Varejista está com o balanço atrasado após revelar fraude de R$ 20 bi

A Americanas vem adiando a publicação de seus números e admitiu que o que levou ao rombo de R$ 20 bilhões foi uma fraude de resultados. Dado que todos os registros financeiros da companhia dos últimos anos devem ser revistos, a melhor estimativa para que esses números venham à tona é 31 de agosto de 2023. Esse prazo dificulta o desfecho da história até setembro, data antes considerada realista pela companhia para a aprovação do plano de recuperação.

A Virgo Securitizadora, que tem cerca de R$ 200 milhões em créditos a receber, por meio de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) do Hortifruti Natural da Terra, também fez uma objeção. Este grupo, formado por cerca de 900 investidores, quer impedir a venda do Hortifruti. Procurada, a Americanas não se manifestou.

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