Braço digital das Lojas Americanas, a B2W fez uma engenharia fiscal que permite não pagar impostos sobre a rentabilidade de títulos emitidos no exterior (bonds). Para isso, anunciou a emissão de debêntures utilizando o mecanismo legal dos títulos de dívida de infraestrutura, que dá benefício fiscal aos investidores pessoa jurídica estrangeira. Foi a mesma estratégia utilizada por sua controladora, após captação de bonds, em setembro.
Proteção. Com isso, ambas conseguem amortizar os custos do pagamento de juro dos bonds. Motivo: na ponta compradora está o braço financeiro das Lojas Americanas, com domicílio no exterior. A B2W captou US$ 500 milhões em títulos de dívida no exterior na semana passada, anunciando, em seguida, emissão de R$ 3,1 bilhões em debêntures de infraestrutura em oferta restrita. Em setembro, a Lojas Americanas levantou US$ 500 milhões em bonds e, pouco depois, fez uma operação semelhante de debêntures de infraestrutura de R$ 3,1 bilhões.
Primeira linha. Na ocasião, a Fitch concedeu rating AAA para a emissão das debêntures, informando que seriam subscritas, em sua maioria, pelo braço financeiro da Americanas. Procuradas, a B2W e as Lojas Americanas não responderam a pedido de entrevista.
Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 23/11/2020 às 19:20
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