Bastidores do mundo dos negócios

Bancos e instituições já colocaram R$ 22 bi em calotes à venda este ano


Mas queda dos preços dessas carteiras, por conta da pouca chance de recuperar o dinheiro, tem feito boa parte delas voltar aos bancos

Por Cynthia Decloedt
Atualização:
Itaú e Bradesco dizem que vendas de carteiras fazem parte das operações normais dos bancos Foto: Aline Bronzati/Estadão

Uma das várias faces dos juros altos está na quantidade de carteiras de crédito, que não foram pagos por pessoas físicas e empresas, e foram colocadas à venda. No primeiro trimestre, somente os grandes bancos - Santander, Bradesco e Itaú Unibanco - já ofertaram R$ 17 bilhões ao mercado. Se forem consideradas as ofertas de bancos menores e outras instituições, o número supera os R$ 22 bilhões. É um pouco mais do que a do mesmo trimestre do ano passado. Mas mais do que valores, chama a atenção o fato de que boa parte dos calotes está voltando aos bancos. Motivo: a queda nos preços dessas carteiras, por conta da pouca chance de recuperar o dinheiro. O número de CPFs e CNPJs com dívidas em mais de um banco, cartão ou instituição de crédito está muito alto.

Itaú vendeu menos de 40% da oferta

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O Itaú Unibanco, por exemplo, uma das instituições que fizeram oferta recentemente, colocou ao mercado cerca de R$ 6 bilhões entre créditos vencidos e vendeu algo como R$ 2,3 bilhões para a MGC Holding, Blue365 e Hoepers. O restante retornou ao banco. Segundo fontes, foi o que aconteceu com a maioria dos R$ 17 bilhões ofertados.

Para bancos, movimento faz parte do crédito

Procurado, o Itaú Unibanco afirmou que “cessões de carteira fazem parte das operações normais do banco e serão efetivadas quando houver benefício econômico”. O Bradesco afirmou que “a venda de carteiras não performadas faz parte das operações recorrentes do banco, que leva em consideração o valor da carteira versus expectativa de recuperação e custo da operação”.

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O Bradesco disse ainda que “são efetivadas apenas cessões que geram benefício econômico.” O Santander e a MGC Holding não comentaram. A Blue365 afirmou que “a aquisição de uma parcela da carteira do Itaú fortalece ainda mais a posição” da companhia nesse mercado.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 03/04/2023, às 15h14

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Itaú e Bradesco dizem que vendas de carteiras fazem parte das operações normais dos bancos Foto: Aline Bronzati/Estadão

Uma das várias faces dos juros altos está na quantidade de carteiras de crédito, que não foram pagos por pessoas físicas e empresas, e foram colocadas à venda. No primeiro trimestre, somente os grandes bancos - Santander, Bradesco e Itaú Unibanco - já ofertaram R$ 17 bilhões ao mercado. Se forem consideradas as ofertas de bancos menores e outras instituições, o número supera os R$ 22 bilhões. É um pouco mais do que a do mesmo trimestre do ano passado. Mas mais do que valores, chama a atenção o fato de que boa parte dos calotes está voltando aos bancos. Motivo: a queda nos preços dessas carteiras, por conta da pouca chance de recuperar o dinheiro. O número de CPFs e CNPJs com dívidas em mais de um banco, cartão ou instituição de crédito está muito alto.

Itaú vendeu menos de 40% da oferta

O Itaú Unibanco, por exemplo, uma das instituições que fizeram oferta recentemente, colocou ao mercado cerca de R$ 6 bilhões entre créditos vencidos e vendeu algo como R$ 2,3 bilhões para a MGC Holding, Blue365 e Hoepers. O restante retornou ao banco. Segundo fontes, foi o que aconteceu com a maioria dos R$ 17 bilhões ofertados.

Para bancos, movimento faz parte do crédito

Procurado, o Itaú Unibanco afirmou que “cessões de carteira fazem parte das operações normais do banco e serão efetivadas quando houver benefício econômico”. O Bradesco afirmou que “a venda de carteiras não performadas faz parte das operações recorrentes do banco, que leva em consideração o valor da carteira versus expectativa de recuperação e custo da operação”.

O Bradesco disse ainda que “são efetivadas apenas cessões que geram benefício econômico.” O Santander e a MGC Holding não comentaram. A Blue365 afirmou que “a aquisição de uma parcela da carteira do Itaú fortalece ainda mais a posição” da companhia nesse mercado.

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Itaú vendeu menos de 40% da oferta

O Itaú Unibanco, por exemplo, uma das instituições que fizeram oferta recentemente, colocou ao mercado cerca de R$ 6 bilhões entre créditos vencidos e vendeu algo como R$ 2,3 bilhões para a MGC Holding, Blue365 e Hoepers. O restante retornou ao banco. Segundo fontes, foi o que aconteceu com a maioria dos R$ 17 bilhões ofertados.

Para bancos, movimento faz parte do crédito

Procurado, o Itaú Unibanco afirmou que “cessões de carteira fazem parte das operações normais do banco e serão efetivadas quando houver benefício econômico”. O Bradesco afirmou que “a venda de carteiras não performadas faz parte das operações recorrentes do banco, que leva em consideração o valor da carteira versus expectativa de recuperação e custo da operação”.

O Bradesco disse ainda que “são efetivadas apenas cessões que geram benefício econômico.” O Santander e a MGC Holding não comentaram. A Blue365 afirmou que “a aquisição de uma parcela da carteira do Itaú fortalece ainda mais a posição” da companhia nesse mercado.

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O Itaú Unibanco, por exemplo, uma das instituições que fizeram oferta recentemente, colocou ao mercado cerca de R$ 6 bilhões entre créditos vencidos e vendeu algo como R$ 2,3 bilhões para a MGC Holding, Blue365 e Hoepers. O restante retornou ao banco. Segundo fontes, foi o que aconteceu com a maioria dos R$ 17 bilhões ofertados.

Para bancos, movimento faz parte do crédito

Procurado, o Itaú Unibanco afirmou que “cessões de carteira fazem parte das operações normais do banco e serão efetivadas quando houver benefício econômico”. O Bradesco afirmou que “a venda de carteiras não performadas faz parte das operações recorrentes do banco, que leva em consideração o valor da carteira versus expectativa de recuperação e custo da operação”.

O Bradesco disse ainda que “são efetivadas apenas cessões que geram benefício econômico.” O Santander e a MGC Holding não comentaram. A Blue365 afirmou que “a aquisição de uma parcela da carteira do Itaú fortalece ainda mais a posição” da companhia nesse mercado.

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