Bastidores do mundo dos negócios

BB retoma marca de banco de investimento com foco em empresas médias


Novo BB-BI quer abrir as portas do mercado de capitais a empresas de menor porte

Por Matheus Piovesana, Thaís Barcellos e Cynthia Decloedt
BB-BI vai tocar ofertas no mercado de capitais que não tenham escala suficiente ou que não se encaixem no escopo da joint venture do BB com o suíço UBS Foto: Giovanni Nobile/ Banco do Brasil

O Banco do Brasil está trazendo de volta o BB Investimentos, ou BB-BI, marca com que atuava no mundo de bancos de investimento antes de firmar a sociedade com o suíço UBS nesse mercado em 2020. O novo BB-BI, porém, não será concorrente do UBS BB mas, sim, complementar. Na nova fase, a casa vai tocar ofertas no mercado de capitais que não tenham escala suficiente ou que não se encaixem no escopo da joint venture - que completa três anos em outubro e tem crescido. Um exemplo são emissões de debêntures de R$ 100 milhões ou menos, em geral feitas por empresas do chamado middle market, segmento que engloba as empresas de faturamento anual de até R$ 1 bilhão.

O acordo entre o BB e o UBS determina que os dois bancos têm de deixar a atividade de banco de investimento para o UBS BB. Por isso, o novo BB-BI fará apenas as operações que a sociedade autorizá-lo a fazer. Muitas das de menor tíquete se enquadram nesse critério, e segundo o vice-presidente de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, fazem sentido para o banco.

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Ele afirma que as ofertas que o BB-BI poderá fazer são aquelas que abrem as portas do mercado de capitais a empresas de menor porte, mas que estão em setores pujantes, como o agronegócio, em que o BB é líder. “Como tenho um custo operacional menor, porque a equipe já existe, consigo ter resultado e ao mesmo tempo, atender ao meu cliente.”

Redesenho leva a ganho de eficiência

O banco público decidiu redesenhar o BB-BI também para ganhar eficiência, visto que teve de manter uma área de mercado de capitais após a formação do UBS BB. A manutenção dessa equipe foi necessária porque a garantia firme das operações tocadas pela joint venture é dada com o balanço do BB. Isso implicou em manter equipes de análise de ativos e também de definição de preços, por exemplo.

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Após a CVM alterar o arcabouço que rege a atuação dos bancos de investimento nas ofertas, o conglomerado reuniu sob o BB-BI profissionais que desempenhavam essas funções, mas que estavam em outras áreas. “Vamos dizer que deixou de ser um banco de investimento inorgânico, e passou a ser orgânico”, afirma Lassalvia.

Em paralelo, o UBS BB tem surpreendido positivamente os sócios: está em segundo lugar na assessoria a fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), e entre os quatro primeiros em ofertas de dívida e ações no mercado local. Segundo Lassalvia, a joint venture deve completar o terceiro ano de operação com números acima do que se esperava para esse período quando foi criada.

UBS BB terá reforço de profissionais do Credit Suisse

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O UBS BB está ganhando um reforço: com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS em escala global, as atividades de banco de investimento da filial brasileira do Credit serão incorporadas à sociedade. Na semana passada, o banco de investimento anunciou internamente que os principais nomes do comando serão mantidos após o processo de incorporação.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 25/08/23, às 17h27.

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BB-BI vai tocar ofertas no mercado de capitais que não tenham escala suficiente ou que não se encaixem no escopo da joint venture do BB com o suíço UBS Foto: Giovanni Nobile/ Banco do Brasil

O Banco do Brasil está trazendo de volta o BB Investimentos, ou BB-BI, marca com que atuava no mundo de bancos de investimento antes de firmar a sociedade com o suíço UBS nesse mercado em 2020. O novo BB-BI, porém, não será concorrente do UBS BB mas, sim, complementar. Na nova fase, a casa vai tocar ofertas no mercado de capitais que não tenham escala suficiente ou que não se encaixem no escopo da joint venture - que completa três anos em outubro e tem crescido. Um exemplo são emissões de debêntures de R$ 100 milhões ou menos, em geral feitas por empresas do chamado middle market, segmento que engloba as empresas de faturamento anual de até R$ 1 bilhão.

O acordo entre o BB e o UBS determina que os dois bancos têm de deixar a atividade de banco de investimento para o UBS BB. Por isso, o novo BB-BI fará apenas as operações que a sociedade autorizá-lo a fazer. Muitas das de menor tíquete se enquadram nesse critério, e segundo o vice-presidente de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, fazem sentido para o banco.

Ele afirma que as ofertas que o BB-BI poderá fazer são aquelas que abrem as portas do mercado de capitais a empresas de menor porte, mas que estão em setores pujantes, como o agronegócio, em que o BB é líder. “Como tenho um custo operacional menor, porque a equipe já existe, consigo ter resultado e ao mesmo tempo, atender ao meu cliente.”

Redesenho leva a ganho de eficiência

O banco público decidiu redesenhar o BB-BI também para ganhar eficiência, visto que teve de manter uma área de mercado de capitais após a formação do UBS BB. A manutenção dessa equipe foi necessária porque a garantia firme das operações tocadas pela joint venture é dada com o balanço do BB. Isso implicou em manter equipes de análise de ativos e também de definição de preços, por exemplo.

Após a CVM alterar o arcabouço que rege a atuação dos bancos de investimento nas ofertas, o conglomerado reuniu sob o BB-BI profissionais que desempenhavam essas funções, mas que estavam em outras áreas. “Vamos dizer que deixou de ser um banco de investimento inorgânico, e passou a ser orgânico”, afirma Lassalvia.

Em paralelo, o UBS BB tem surpreendido positivamente os sócios: está em segundo lugar na assessoria a fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), e entre os quatro primeiros em ofertas de dívida e ações no mercado local. Segundo Lassalvia, a joint venture deve completar o terceiro ano de operação com números acima do que se esperava para esse período quando foi criada.

UBS BB terá reforço de profissionais do Credit Suisse

O UBS BB está ganhando um reforço: com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS em escala global, as atividades de banco de investimento da filial brasileira do Credit serão incorporadas à sociedade. Na semana passada, o banco de investimento anunciou internamente que os principais nomes do comando serão mantidos após o processo de incorporação.

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BB-BI vai tocar ofertas no mercado de capitais que não tenham escala suficiente ou que não se encaixem no escopo da joint venture do BB com o suíço UBS Foto: Giovanni Nobile/ Banco do Brasil

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O acordo entre o BB e o UBS determina que os dois bancos têm de deixar a atividade de banco de investimento para o UBS BB. Por isso, o novo BB-BI fará apenas as operações que a sociedade autorizá-lo a fazer. Muitas das de menor tíquete se enquadram nesse critério, e segundo o vice-presidente de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, fazem sentido para o banco.

Ele afirma que as ofertas que o BB-BI poderá fazer são aquelas que abrem as portas do mercado de capitais a empresas de menor porte, mas que estão em setores pujantes, como o agronegócio, em que o BB é líder. “Como tenho um custo operacional menor, porque a equipe já existe, consigo ter resultado e ao mesmo tempo, atender ao meu cliente.”

Redesenho leva a ganho de eficiência

O banco público decidiu redesenhar o BB-BI também para ganhar eficiência, visto que teve de manter uma área de mercado de capitais após a formação do UBS BB. A manutenção dessa equipe foi necessária porque a garantia firme das operações tocadas pela joint venture é dada com o balanço do BB. Isso implicou em manter equipes de análise de ativos e também de definição de preços, por exemplo.

Após a CVM alterar o arcabouço que rege a atuação dos bancos de investimento nas ofertas, o conglomerado reuniu sob o BB-BI profissionais que desempenhavam essas funções, mas que estavam em outras áreas. “Vamos dizer que deixou de ser um banco de investimento inorgânico, e passou a ser orgânico”, afirma Lassalvia.

Em paralelo, o UBS BB tem surpreendido positivamente os sócios: está em segundo lugar na assessoria a fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), e entre os quatro primeiros em ofertas de dívida e ações no mercado local. Segundo Lassalvia, a joint venture deve completar o terceiro ano de operação com números acima do que se esperava para esse período quando foi criada.

UBS BB terá reforço de profissionais do Credit Suisse

O UBS BB está ganhando um reforço: com a aquisição do Credit Suisse pelo UBS em escala global, as atividades de banco de investimento da filial brasileira do Credit serão incorporadas à sociedade. Na semana passada, o banco de investimento anunciou internamente que os principais nomes do comando serão mantidos após o processo de incorporação.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 25/08/23, às 17h27.

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