Bastidores do mundo dos negócios

BNDES deve acompanhar bancos privados na venda da petroquímica Braskem


Credor do grupo Novonor, banco público de fomento não deve financiar provável futuro comprador da empresa

Por Célia Froufe, Cynthia Decloedt e Talita Nascimento
Junto com o Banco do Brasil, BNDES tem R$ 6 bilhões a receber do grupo Novonor, proprietário da Braskem  Foto: PAULO VITOR/ESTADÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve acompanhar os bancos privados em uma eventual decisão sobre a venda da Braskem. Além dele, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil têm ações da petroquímica, que foram dadas em garantia a empréstimos concedidos para o Grupo Odebrecht, renomeado Novonor. O grupo tem o controle da Braskem e a Petrobras como maior sócio.

Uma questão relevante para o banco de fomento e instituições financeiras públicas em situações como esta é recuperar um valor inferior ao crédito que foi concedido. As propostas de aquisição da Braskem feitas até agora envolvem um “haircut” (corte) no valor da dívida que a Novonor, em recuperação judicial, tem com os bancos. A empresa deve cerca de R$ 15 bilhões aos bancos e, de acordo com as propostas apresentadas, o desconto no pagamento deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.

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Maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander

O BNDES não é, entretanto, o maior credor entre as instituições financeiras com dívida garantida pelas ações da petroquímica. Quando o pedido de recuperação judicial foi ajuizado, dos R$ 14,5 bilhões de dívidas garantidas pela Braskem, BNDES e BB têm R$ 6 bilhões. Os maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander.

O BNDES deve compor o grupo das demais instituições financeiras. “Em uma situação como esta, quase que um sindicato de bancos, o BNDES deve tomar a decisão mais adequada. Não faz sentido correr por fora”, disse uma fonte.

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As ofertas de aquisição da gestora norte-americana Apollo e da petroleira de Abu Dabhi Adnoc, assim como da petroquímica brasileira Unipar, envolvem tomada de crédito, parte dele junto aos próprios bancos credores.

Aparentemente, o BNDES deve ficar de fora dessa equação, já que os recursos do banco de fomento seguem escassos. A percepção, segundo uma fonte do governo, é de que a empresa segue funcionando e não seria cabível financiar a operação, por mais interessante que seja ao País, considerando as restrições orçamentárias do governo.

J&F também tem interesse e tem conversado com os bancos credores

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A J&F, dos irmãos Batista, é potencial interessada. A J&F também conversa com os bancos, mas ao contrário dos outros dois interessados, não veio a público com uma proposta. A equação de venda da Braskem não passa somente por números, mas pelo interesse do governo de manter o negócio petroquímico por meio da Petrobras.

Um desconto menor também pode ser um fator de peso em uma eventual decisão para o governo ou BNDES. Procurado, o BNDES afirmou que tem “acompanhado o processo juntamente com outros bancos e considera saudável a existência de concorrência. As propostas da compra de ativo sempre são analisadas pelo Banco em conjunto com os demais credores. No entanto, o BNDES não comenta as negociações em curso envolvendo o ativo”.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/06/23, às 17h21.

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Junto com o Banco do Brasil, BNDES tem R$ 6 bilhões a receber do grupo Novonor, proprietário da Braskem  Foto: PAULO VITOR/ESTADÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve acompanhar os bancos privados em uma eventual decisão sobre a venda da Braskem. Além dele, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil têm ações da petroquímica, que foram dadas em garantia a empréstimos concedidos para o Grupo Odebrecht, renomeado Novonor. O grupo tem o controle da Braskem e a Petrobras como maior sócio.

Uma questão relevante para o banco de fomento e instituições financeiras públicas em situações como esta é recuperar um valor inferior ao crédito que foi concedido. As propostas de aquisição da Braskem feitas até agora envolvem um “haircut” (corte) no valor da dívida que a Novonor, em recuperação judicial, tem com os bancos. A empresa deve cerca de R$ 15 bilhões aos bancos e, de acordo com as propostas apresentadas, o desconto no pagamento deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.

Maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander

O BNDES não é, entretanto, o maior credor entre as instituições financeiras com dívida garantida pelas ações da petroquímica. Quando o pedido de recuperação judicial foi ajuizado, dos R$ 14,5 bilhões de dívidas garantidas pela Braskem, BNDES e BB têm R$ 6 bilhões. Os maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander.

O BNDES deve compor o grupo das demais instituições financeiras. “Em uma situação como esta, quase que um sindicato de bancos, o BNDES deve tomar a decisão mais adequada. Não faz sentido correr por fora”, disse uma fonte.

As ofertas de aquisição da gestora norte-americana Apollo e da petroleira de Abu Dabhi Adnoc, assim como da petroquímica brasileira Unipar, envolvem tomada de crédito, parte dele junto aos próprios bancos credores.

Aparentemente, o BNDES deve ficar de fora dessa equação, já que os recursos do banco de fomento seguem escassos. A percepção, segundo uma fonte do governo, é de que a empresa segue funcionando e não seria cabível financiar a operação, por mais interessante que seja ao País, considerando as restrições orçamentárias do governo.

J&F também tem interesse e tem conversado com os bancos credores

A J&F, dos irmãos Batista, é potencial interessada. A J&F também conversa com os bancos, mas ao contrário dos outros dois interessados, não veio a público com uma proposta. A equação de venda da Braskem não passa somente por números, mas pelo interesse do governo de manter o negócio petroquímico por meio da Petrobras.

Um desconto menor também pode ser um fator de peso em uma eventual decisão para o governo ou BNDES. Procurado, o BNDES afirmou que tem “acompanhado o processo juntamente com outros bancos e considera saudável a existência de concorrência. As propostas da compra de ativo sempre são analisadas pelo Banco em conjunto com os demais credores. No entanto, o BNDES não comenta as negociações em curso envolvendo o ativo”.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/06/23, às 17h21.

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Junto com o Banco do Brasil, BNDES tem R$ 6 bilhões a receber do grupo Novonor, proprietário da Braskem  Foto: PAULO VITOR/ESTADÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve acompanhar os bancos privados em uma eventual decisão sobre a venda da Braskem. Além dele, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil têm ações da petroquímica, que foram dadas em garantia a empréstimos concedidos para o Grupo Odebrecht, renomeado Novonor. O grupo tem o controle da Braskem e a Petrobras como maior sócio.

Uma questão relevante para o banco de fomento e instituições financeiras públicas em situações como esta é recuperar um valor inferior ao crédito que foi concedido. As propostas de aquisição da Braskem feitas até agora envolvem um “haircut” (corte) no valor da dívida que a Novonor, em recuperação judicial, tem com os bancos. A empresa deve cerca de R$ 15 bilhões aos bancos e, de acordo com as propostas apresentadas, o desconto no pagamento deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.

Maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander

O BNDES não é, entretanto, o maior credor entre as instituições financeiras com dívida garantida pelas ações da petroquímica. Quando o pedido de recuperação judicial foi ajuizado, dos R$ 14,5 bilhões de dívidas garantidas pela Braskem, BNDES e BB têm R$ 6 bilhões. Os maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander.

O BNDES deve compor o grupo das demais instituições financeiras. “Em uma situação como esta, quase que um sindicato de bancos, o BNDES deve tomar a decisão mais adequada. Não faz sentido correr por fora”, disse uma fonte.

As ofertas de aquisição da gestora norte-americana Apollo e da petroleira de Abu Dabhi Adnoc, assim como da petroquímica brasileira Unipar, envolvem tomada de crédito, parte dele junto aos próprios bancos credores.

Aparentemente, o BNDES deve ficar de fora dessa equação, já que os recursos do banco de fomento seguem escassos. A percepção, segundo uma fonte do governo, é de que a empresa segue funcionando e não seria cabível financiar a operação, por mais interessante que seja ao País, considerando as restrições orçamentárias do governo.

J&F também tem interesse e tem conversado com os bancos credores

A J&F, dos irmãos Batista, é potencial interessada. A J&F também conversa com os bancos, mas ao contrário dos outros dois interessados, não veio a público com uma proposta. A equação de venda da Braskem não passa somente por números, mas pelo interesse do governo de manter o negócio petroquímico por meio da Petrobras.

Um desconto menor também pode ser um fator de peso em uma eventual decisão para o governo ou BNDES. Procurado, o BNDES afirmou que tem “acompanhado o processo juntamente com outros bancos e considera saudável a existência de concorrência. As propostas da compra de ativo sempre são analisadas pelo Banco em conjunto com os demais credores. No entanto, o BNDES não comenta as negociações em curso envolvendo o ativo”.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/06/23, às 17h21.

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Junto com o Banco do Brasil, BNDES tem R$ 6 bilhões a receber do grupo Novonor, proprietário da Braskem  Foto: PAULO VITOR/ESTADÃO

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve acompanhar os bancos privados em uma eventual decisão sobre a venda da Braskem. Além dele, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil têm ações da petroquímica, que foram dadas em garantia a empréstimos concedidos para o Grupo Odebrecht, renomeado Novonor. O grupo tem o controle da Braskem e a Petrobras como maior sócio.

Uma questão relevante para o banco de fomento e instituições financeiras públicas em situações como esta é recuperar um valor inferior ao crédito que foi concedido. As propostas de aquisição da Braskem feitas até agora envolvem um “haircut” (corte) no valor da dívida que a Novonor, em recuperação judicial, tem com os bancos. A empresa deve cerca de R$ 15 bilhões aos bancos e, de acordo com as propostas apresentadas, o desconto no pagamento deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.

Maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander

O BNDES não é, entretanto, o maior credor entre as instituições financeiras com dívida garantida pelas ações da petroquímica. Quando o pedido de recuperação judicial foi ajuizado, dos R$ 14,5 bilhões de dívidas garantidas pela Braskem, BNDES e BB têm R$ 6 bilhões. Os maiores credores são Bradesco, Itaú e Santander.

O BNDES deve compor o grupo das demais instituições financeiras. “Em uma situação como esta, quase que um sindicato de bancos, o BNDES deve tomar a decisão mais adequada. Não faz sentido correr por fora”, disse uma fonte.

As ofertas de aquisição da gestora norte-americana Apollo e da petroleira de Abu Dabhi Adnoc, assim como da petroquímica brasileira Unipar, envolvem tomada de crédito, parte dele junto aos próprios bancos credores.

Aparentemente, o BNDES deve ficar de fora dessa equação, já que os recursos do banco de fomento seguem escassos. A percepção, segundo uma fonte do governo, é de que a empresa segue funcionando e não seria cabível financiar a operação, por mais interessante que seja ao País, considerando as restrições orçamentárias do governo.

J&F também tem interesse e tem conversado com os bancos credores

A J&F, dos irmãos Batista, é potencial interessada. A J&F também conversa com os bancos, mas ao contrário dos outros dois interessados, não veio a público com uma proposta. A equação de venda da Braskem não passa somente por números, mas pelo interesse do governo de manter o negócio petroquímico por meio da Petrobras.

Um desconto menor também pode ser um fator de peso em uma eventual decisão para o governo ou BNDES. Procurado, o BNDES afirmou que tem “acompanhado o processo juntamente com outros bancos e considera saudável a existência de concorrência. As propostas da compra de ativo sempre são analisadas pelo Banco em conjunto com os demais credores. No entanto, o BNDES não comenta as negociações em curso envolvendo o ativo”.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 20/06/23, às 17h21.

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