Bastidores do mundo dos negócios

Bradesco e BB aumentam fatia na Cielo antes do fechamento de capital


Instituições utilizaram instrumentos de ‘swap’, um derivativo existente no mercado financeiro

Por Matheus Piovesana
A operação ocorreu por meio da Livelo, empresa de fidelidade em que os bancos também são sócios Foto: Gabriela Bilo/Estadão Conteúdo - 29/01/2019

O Bradesco e o Banco do Brasil aumentaram suas participações na Cielo na semana passada através de instrumentos de swap, um tipo de derivativo existente no mercado financeiro. As operações já estavam previstas quando os bancos divulgaram ao mercado o projeto de fechamento de capital da credenciadora, e na prática, enxugam a liquidez e portanto a quantidade de ações que terão de comprar.

A operação aconteceu através da Livelo, empresa de fidelidade em que os bancos também são sócios, e que será uma das compradoras das ações da Cielo na oferta pública de aquisição (OPA), que deve acontecer em agosto. No caso do BB, a participação indireta subiu para 32,45%, contra 28,65% anteriormente. O Bradesco também aumentou a participação, mas segundo fontes, o aumento foi menor, e por isso, não há obrigatoriedade de divulgação. Antes, o banco possuía pouco mais de 30% das ações da empresa.

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As regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) valem inclusive para aumentos de fatias acionárias que se dão através de instrumentos derivativos. No caso da Cielo, Bradesco e BB montaram através da Livelo um swap de total retorno (TRS, na sigla em inglês). Essa operação permite ganhar o retorno de uma empresa mesmo sem comprar a ação. O detentor do papel recebe uma taxa pré-acordada, e o beneficiário do swap, o retorno do papel no mercado.

Sem chamar a atenção

Segundo apurou a Coluna, a operação foi montada para que os bancos ganhassem espaço na base da Cielo sem chamar a atenção do mercado. Além disso, aproveitou-se o preço baixo do papel e o excesso de caixa da Livelo. “Não é nada fora do script”, diz uma fonte. Diferentes fontes ressaltam que no pedido de OPA, havia descrições sobre o derivativo.

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Bradesco e BB pagarão R$ 5,60 por ação da Cielo para fechar seu capital, mais a correção pelo CDI até o fechamento da operação. Na época da aprovação pelos minoritários deste preço, estimava-se que os bancos desembolsariam R$ 6,4 bilhões para fechar o capital da credenciadora. Este valor será pago pela EloPar, holding em que os bancos são sócios na Livelo, na Alelo e na bandeira Elo, e sob a qual a Cielo será integrada após a OPA. Bradesco e BB deterão, indiretamente, metade das ações da empresa cada um.

Com a fixação do preço, o papel tem andando de lado na B3, com muitos investidores preferindo ganhar o CDI em títulos públicos, que são menos arriscados do que as ações. Procurados, Bradesco e Cielo não comentaram. O BB não retornou até o fechamento desta nota.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/06/24, às 16h35

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A operação ocorreu por meio da Livelo, empresa de fidelidade em que os bancos também são sócios Foto: Gabriela Bilo/Estadão Conteúdo - 29/01/2019

O Bradesco e o Banco do Brasil aumentaram suas participações na Cielo na semana passada através de instrumentos de swap, um tipo de derivativo existente no mercado financeiro. As operações já estavam previstas quando os bancos divulgaram ao mercado o projeto de fechamento de capital da credenciadora, e na prática, enxugam a liquidez e portanto a quantidade de ações que terão de comprar.

A operação aconteceu através da Livelo, empresa de fidelidade em que os bancos também são sócios, e que será uma das compradoras das ações da Cielo na oferta pública de aquisição (OPA), que deve acontecer em agosto. No caso do BB, a participação indireta subiu para 32,45%, contra 28,65% anteriormente. O Bradesco também aumentou a participação, mas segundo fontes, o aumento foi menor, e por isso, não há obrigatoriedade de divulgação. Antes, o banco possuía pouco mais de 30% das ações da empresa.

As regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) valem inclusive para aumentos de fatias acionárias que se dão através de instrumentos derivativos. No caso da Cielo, Bradesco e BB montaram através da Livelo um swap de total retorno (TRS, na sigla em inglês). Essa operação permite ganhar o retorno de uma empresa mesmo sem comprar a ação. O detentor do papel recebe uma taxa pré-acordada, e o beneficiário do swap, o retorno do papel no mercado.

Sem chamar a atenção

Segundo apurou a Coluna, a operação foi montada para que os bancos ganhassem espaço na base da Cielo sem chamar a atenção do mercado. Além disso, aproveitou-se o preço baixo do papel e o excesso de caixa da Livelo. “Não é nada fora do script”, diz uma fonte. Diferentes fontes ressaltam que no pedido de OPA, havia descrições sobre o derivativo.

Bradesco e BB pagarão R$ 5,60 por ação da Cielo para fechar seu capital, mais a correção pelo CDI até o fechamento da operação. Na época da aprovação pelos minoritários deste preço, estimava-se que os bancos desembolsariam R$ 6,4 bilhões para fechar o capital da credenciadora. Este valor será pago pela EloPar, holding em que os bancos são sócios na Livelo, na Alelo e na bandeira Elo, e sob a qual a Cielo será integrada após a OPA. Bradesco e BB deterão, indiretamente, metade das ações da empresa cada um.

Com a fixação do preço, o papel tem andando de lado na B3, com muitos investidores preferindo ganhar o CDI em títulos públicos, que são menos arriscados do que as ações. Procurados, Bradesco e Cielo não comentaram. O BB não retornou até o fechamento desta nota.

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A operação aconteceu através da Livelo, empresa de fidelidade em que os bancos também são sócios, e que será uma das compradoras das ações da Cielo na oferta pública de aquisição (OPA), que deve acontecer em agosto. No caso do BB, a participação indireta subiu para 32,45%, contra 28,65% anteriormente. O Bradesco também aumentou a participação, mas segundo fontes, o aumento foi menor, e por isso, não há obrigatoriedade de divulgação. Antes, o banco possuía pouco mais de 30% das ações da empresa.

As regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) valem inclusive para aumentos de fatias acionárias que se dão através de instrumentos derivativos. No caso da Cielo, Bradesco e BB montaram através da Livelo um swap de total retorno (TRS, na sigla em inglês). Essa operação permite ganhar o retorno de uma empresa mesmo sem comprar a ação. O detentor do papel recebe uma taxa pré-acordada, e o beneficiário do swap, o retorno do papel no mercado.

Sem chamar a atenção

Segundo apurou a Coluna, a operação foi montada para que os bancos ganhassem espaço na base da Cielo sem chamar a atenção do mercado. Além disso, aproveitou-se o preço baixo do papel e o excesso de caixa da Livelo. “Não é nada fora do script”, diz uma fonte. Diferentes fontes ressaltam que no pedido de OPA, havia descrições sobre o derivativo.

Bradesco e BB pagarão R$ 5,60 por ação da Cielo para fechar seu capital, mais a correção pelo CDI até o fechamento da operação. Na época da aprovação pelos minoritários deste preço, estimava-se que os bancos desembolsariam R$ 6,4 bilhões para fechar o capital da credenciadora. Este valor será pago pela EloPar, holding em que os bancos são sócios na Livelo, na Alelo e na bandeira Elo, e sob a qual a Cielo será integrada após a OPA. Bradesco e BB deterão, indiretamente, metade das ações da empresa cada um.

Com a fixação do preço, o papel tem andando de lado na B3, com muitos investidores preferindo ganhar o CDI em títulos públicos, que são menos arriscados do que as ações. Procurados, Bradesco e Cielo não comentaram. O BB não retornou até o fechamento desta nota.

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A operação aconteceu através da Livelo, empresa de fidelidade em que os bancos também são sócios, e que será uma das compradoras das ações da Cielo na oferta pública de aquisição (OPA), que deve acontecer em agosto. No caso do BB, a participação indireta subiu para 32,45%, contra 28,65% anteriormente. O Bradesco também aumentou a participação, mas segundo fontes, o aumento foi menor, e por isso, não há obrigatoriedade de divulgação. Antes, o banco possuía pouco mais de 30% das ações da empresa.

As regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) valem inclusive para aumentos de fatias acionárias que se dão através de instrumentos derivativos. No caso da Cielo, Bradesco e BB montaram através da Livelo um swap de total retorno (TRS, na sigla em inglês). Essa operação permite ganhar o retorno de uma empresa mesmo sem comprar a ação. O detentor do papel recebe uma taxa pré-acordada, e o beneficiário do swap, o retorno do papel no mercado.

Sem chamar a atenção

Segundo apurou a Coluna, a operação foi montada para que os bancos ganhassem espaço na base da Cielo sem chamar a atenção do mercado. Além disso, aproveitou-se o preço baixo do papel e o excesso de caixa da Livelo. “Não é nada fora do script”, diz uma fonte. Diferentes fontes ressaltam que no pedido de OPA, havia descrições sobre o derivativo.

Bradesco e BB pagarão R$ 5,60 por ação da Cielo para fechar seu capital, mais a correção pelo CDI até o fechamento da operação. Na época da aprovação pelos minoritários deste preço, estimava-se que os bancos desembolsariam R$ 6,4 bilhões para fechar o capital da credenciadora. Este valor será pago pela EloPar, holding em que os bancos são sócios na Livelo, na Alelo e na bandeira Elo, e sob a qual a Cielo será integrada após a OPA. Bradesco e BB deterão, indiretamente, metade das ações da empresa cada um.

Com a fixação do preço, o papel tem andando de lado na B3, com muitos investidores preferindo ganhar o CDI em títulos públicos, que são menos arriscados do que as ações. Procurados, Bradesco e Cielo não comentaram. O BB não retornou até o fechamento desta nota.

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