Bastidores do mundo dos negócios

Brasileiro que investiu no Twitter e na SpaceX entra em projeto da Amazon


Gestora de Hermann vai investir na construção de centros comerciais, nos quais o principal inquilino é a rede Whole Foods

Por Altamiro Silva Junior
Atualização:
Emmanuel Hermann, fundador da Leste; gestora acaba de criar novo fundo de R$ 170 milhões no Brasil Foto: Leste

A Leste, gestora criada por Emmanuel Hermann em 2014, está entrando em um projeto de construção de supermercados da Amazon nos Estados Unidos e em um empreendimento de duas torres com quase 500 apartamentos de luxo em Miami, o maior do setor imobiliário em curso na cidade da Flórida, com vendas estimadas em US$ 2,2 bilhões. Ex-executivo do BTG Pactual, Hermann ficou conhecido ao investir na SpaceX e ajudou Elon Musk a financiar a compra do Twitter recentemente. No Brasil, acaba de criar um novo fundo de R$ 170 milhões para investir em negócios de educação continuada, com prioridade em medicina.

Em entrevista diretamente da sede da Leste, em Miami, Hermann afirma que ficou próximo a Musk ao fazer, há alguns anos, um investimento na SpaceX, a companhia de exploração espacial do bilionário. O aporte, como outras estratégias de investimento da Leste nos EUA, foi feito com um parceiro local que, nesse caso, foi a gestora Aliya Capital Partners.

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Presença nos EUA cria oportunidades

“Investimos nessa gestora tendo como prioridade fazer aportes em blocos de empresas privadas maiores”, diz Hermann à Coluna. “Temos parte relevante do nosso investimento em SpaceX, empresa que gerou muito valor.” Segundo ele, foi graças a esse contato que foi dada a oportunidade de fazer o investimento no Twitter. A Leste investiu US$ 360 milhões, o sétimo maior cheque na compra do Twitter. “Essa rede de contatos nos Estados Unidos cria oportunidades de acesso que nem todo mundo tem”, afirma.

No projeto da Amazon, a Leste investe, por meio de um fundo, na construção de centros comerciais, nos quais o principal inquilino é a rede de supermercados de produtos saudáveis Whole Foods, comprada pela Amazon em 2019. O projeto da gigante de de tecnologia é construir 500 lojas físicas dos supermercados nos EUA.

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Para entrar no negócio, a Leste fez sociedade com um desenvolver imobiliário americano, o North Bow, para a construção de 12 a 20 lojas. “Nosso fundo é o parceiro financeiro”, diz o sócio da gestora, Stephan de Sabrit.

Gestora mantém plano de oferta de ações da rede BlueFit

Dos quase US$ 2 bilhões de patrimônio da Leste, parte foi captado com brasileiros e cerca de 80% estão investidos nos EUA, principalmente no setor imobiliário. O resto está no Brasil, onde a gestora opera por meio de fundos que compram participação em empresas, seja private equity (companhias maiores) ou venture capital (companhias mais novas), além de crédito.

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Por meio de um fundo, a Leste é dona da rede de academias BlueFit e tentou fazer a abertura de capital da empresa no ano passado, sem sucesso, pois o mercado se fechou. Além da sede em Miami, a gestora tem escritórios em Londres, São Paulo e Rio.

A própria Leste queria abrir capital (IPO, na sigla em inglês) de um braço seu na B3, para permitir que pessoas físicas tenham acesso ao mercado imobiliário americano. Não conseguiu. Hermann afirma que os planos de IPO da Leste US e da BlueFit permanecem de pé e podem ser retomados quando a oportunidade de captação reabrir.

No caso da rede de academias, o crescimento estava acelerado, com a abertura de 50 a 60 unidades por ano, o que poderia ter se acelerado com o IPO. Sem a oferta de ações, precisou de capital privado e teve de reduzir o ritmo de expansão.

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Para Hermann, décadas de juros altos no Brasil - e que continuam agora com a Selic a 13,75% - acabaram distorcendo o mercado de capitais, pois o investidor tem ganho fácil sem esforço, com a aplicação em títulos públicos. “É financiar o governo e ir para a praia ganhar muito dinheiro”, diz ele.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 21/11/2022, às 15h55

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Emmanuel Hermann, fundador da Leste; gestora acaba de criar novo fundo de R$ 170 milhões no Brasil Foto: Leste

A Leste, gestora criada por Emmanuel Hermann em 2014, está entrando em um projeto de construção de supermercados da Amazon nos Estados Unidos e em um empreendimento de duas torres com quase 500 apartamentos de luxo em Miami, o maior do setor imobiliário em curso na cidade da Flórida, com vendas estimadas em US$ 2,2 bilhões. Ex-executivo do BTG Pactual, Hermann ficou conhecido ao investir na SpaceX e ajudou Elon Musk a financiar a compra do Twitter recentemente. No Brasil, acaba de criar um novo fundo de R$ 170 milhões para investir em negócios de educação continuada, com prioridade em medicina.

Em entrevista diretamente da sede da Leste, em Miami, Hermann afirma que ficou próximo a Musk ao fazer, há alguns anos, um investimento na SpaceX, a companhia de exploração espacial do bilionário. O aporte, como outras estratégias de investimento da Leste nos EUA, foi feito com um parceiro local que, nesse caso, foi a gestora Aliya Capital Partners.

Presença nos EUA cria oportunidades

“Investimos nessa gestora tendo como prioridade fazer aportes em blocos de empresas privadas maiores”, diz Hermann à Coluna. “Temos parte relevante do nosso investimento em SpaceX, empresa que gerou muito valor.” Segundo ele, foi graças a esse contato que foi dada a oportunidade de fazer o investimento no Twitter. A Leste investiu US$ 360 milhões, o sétimo maior cheque na compra do Twitter. “Essa rede de contatos nos Estados Unidos cria oportunidades de acesso que nem todo mundo tem”, afirma.

No projeto da Amazon, a Leste investe, por meio de um fundo, na construção de centros comerciais, nos quais o principal inquilino é a rede de supermercados de produtos saudáveis Whole Foods, comprada pela Amazon em 2019. O projeto da gigante de de tecnologia é construir 500 lojas físicas dos supermercados nos EUA.

Para entrar no negócio, a Leste fez sociedade com um desenvolver imobiliário americano, o North Bow, para a construção de 12 a 20 lojas. “Nosso fundo é o parceiro financeiro”, diz o sócio da gestora, Stephan de Sabrit.

Gestora mantém plano de oferta de ações da rede BlueFit

Dos quase US$ 2 bilhões de patrimônio da Leste, parte foi captado com brasileiros e cerca de 80% estão investidos nos EUA, principalmente no setor imobiliário. O resto está no Brasil, onde a gestora opera por meio de fundos que compram participação em empresas, seja private equity (companhias maiores) ou venture capital (companhias mais novas), além de crédito.

Por meio de um fundo, a Leste é dona da rede de academias BlueFit e tentou fazer a abertura de capital da empresa no ano passado, sem sucesso, pois o mercado se fechou. Além da sede em Miami, a gestora tem escritórios em Londres, São Paulo e Rio.

A própria Leste queria abrir capital (IPO, na sigla em inglês) de um braço seu na B3, para permitir que pessoas físicas tenham acesso ao mercado imobiliário americano. Não conseguiu. Hermann afirma que os planos de IPO da Leste US e da BlueFit permanecem de pé e podem ser retomados quando a oportunidade de captação reabrir.

No caso da rede de academias, o crescimento estava acelerado, com a abertura de 50 a 60 unidades por ano, o que poderia ter se acelerado com o IPO. Sem a oferta de ações, precisou de capital privado e teve de reduzir o ritmo de expansão.

Para Hermann, décadas de juros altos no Brasil - e que continuam agora com a Selic a 13,75% - acabaram distorcendo o mercado de capitais, pois o investidor tem ganho fácil sem esforço, com a aplicação em títulos públicos. “É financiar o governo e ir para a praia ganhar muito dinheiro”, diz ele.

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Em entrevista diretamente da sede da Leste, em Miami, Hermann afirma que ficou próximo a Musk ao fazer, há alguns anos, um investimento na SpaceX, a companhia de exploração espacial do bilionário. O aporte, como outras estratégias de investimento da Leste nos EUA, foi feito com um parceiro local que, nesse caso, foi a gestora Aliya Capital Partners.

Presença nos EUA cria oportunidades

“Investimos nessa gestora tendo como prioridade fazer aportes em blocos de empresas privadas maiores”, diz Hermann à Coluna. “Temos parte relevante do nosso investimento em SpaceX, empresa que gerou muito valor.” Segundo ele, foi graças a esse contato que foi dada a oportunidade de fazer o investimento no Twitter. A Leste investiu US$ 360 milhões, o sétimo maior cheque na compra do Twitter. “Essa rede de contatos nos Estados Unidos cria oportunidades de acesso que nem todo mundo tem”, afirma.

No projeto da Amazon, a Leste investe, por meio de um fundo, na construção de centros comerciais, nos quais o principal inquilino é a rede de supermercados de produtos saudáveis Whole Foods, comprada pela Amazon em 2019. O projeto da gigante de de tecnologia é construir 500 lojas físicas dos supermercados nos EUA.

Para entrar no negócio, a Leste fez sociedade com um desenvolver imobiliário americano, o North Bow, para a construção de 12 a 20 lojas. “Nosso fundo é o parceiro financeiro”, diz o sócio da gestora, Stephan de Sabrit.

Gestora mantém plano de oferta de ações da rede BlueFit

Dos quase US$ 2 bilhões de patrimônio da Leste, parte foi captado com brasileiros e cerca de 80% estão investidos nos EUA, principalmente no setor imobiliário. O resto está no Brasil, onde a gestora opera por meio de fundos que compram participação em empresas, seja private equity (companhias maiores) ou venture capital (companhias mais novas), além de crédito.

Por meio de um fundo, a Leste é dona da rede de academias BlueFit e tentou fazer a abertura de capital da empresa no ano passado, sem sucesso, pois o mercado se fechou. Além da sede em Miami, a gestora tem escritórios em Londres, São Paulo e Rio.

A própria Leste queria abrir capital (IPO, na sigla em inglês) de um braço seu na B3, para permitir que pessoas físicas tenham acesso ao mercado imobiliário americano. Não conseguiu. Hermann afirma que os planos de IPO da Leste US e da BlueFit permanecem de pé e podem ser retomados quando a oportunidade de captação reabrir.

No caso da rede de academias, o crescimento estava acelerado, com a abertura de 50 a 60 unidades por ano, o que poderia ter se acelerado com o IPO. Sem a oferta de ações, precisou de capital privado e teve de reduzir o ritmo de expansão.

Para Hermann, décadas de juros altos no Brasil - e que continuam agora com a Selic a 13,75% - acabaram distorcendo o mercado de capitais, pois o investidor tem ganho fácil sem esforço, com a aplicação em títulos públicos. “É financiar o governo e ir para a praia ganhar muito dinheiro”, diz ele.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 21/11/2022, às 15h55

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Em entrevista diretamente da sede da Leste, em Miami, Hermann afirma que ficou próximo a Musk ao fazer, há alguns anos, um investimento na SpaceX, a companhia de exploração espacial do bilionário. O aporte, como outras estratégias de investimento da Leste nos EUA, foi feito com um parceiro local que, nesse caso, foi a gestora Aliya Capital Partners.

Presença nos EUA cria oportunidades

“Investimos nessa gestora tendo como prioridade fazer aportes em blocos de empresas privadas maiores”, diz Hermann à Coluna. “Temos parte relevante do nosso investimento em SpaceX, empresa que gerou muito valor.” Segundo ele, foi graças a esse contato que foi dada a oportunidade de fazer o investimento no Twitter. A Leste investiu US$ 360 milhões, o sétimo maior cheque na compra do Twitter. “Essa rede de contatos nos Estados Unidos cria oportunidades de acesso que nem todo mundo tem”, afirma.

No projeto da Amazon, a Leste investe, por meio de um fundo, na construção de centros comerciais, nos quais o principal inquilino é a rede de supermercados de produtos saudáveis Whole Foods, comprada pela Amazon em 2019. O projeto da gigante de de tecnologia é construir 500 lojas físicas dos supermercados nos EUA.

Para entrar no negócio, a Leste fez sociedade com um desenvolver imobiliário americano, o North Bow, para a construção de 12 a 20 lojas. “Nosso fundo é o parceiro financeiro”, diz o sócio da gestora, Stephan de Sabrit.

Gestora mantém plano de oferta de ações da rede BlueFit

Dos quase US$ 2 bilhões de patrimônio da Leste, parte foi captado com brasileiros e cerca de 80% estão investidos nos EUA, principalmente no setor imobiliário. O resto está no Brasil, onde a gestora opera por meio de fundos que compram participação em empresas, seja private equity (companhias maiores) ou venture capital (companhias mais novas), além de crédito.

Por meio de um fundo, a Leste é dona da rede de academias BlueFit e tentou fazer a abertura de capital da empresa no ano passado, sem sucesso, pois o mercado se fechou. Além da sede em Miami, a gestora tem escritórios em Londres, São Paulo e Rio.

A própria Leste queria abrir capital (IPO, na sigla em inglês) de um braço seu na B3, para permitir que pessoas físicas tenham acesso ao mercado imobiliário americano. Não conseguiu. Hermann afirma que os planos de IPO da Leste US e da BlueFit permanecem de pé e podem ser retomados quando a oportunidade de captação reabrir.

No caso da rede de academias, o crescimento estava acelerado, com a abertura de 50 a 60 unidades por ano, o que poderia ter se acelerado com o IPO. Sem a oferta de ações, precisou de capital privado e teve de reduzir o ritmo de expansão.

Para Hermann, décadas de juros altos no Brasil - e que continuam agora com a Selic a 13,75% - acabaram distorcendo o mercado de capitais, pois o investidor tem ganho fácil sem esforço, com a aplicação em títulos públicos. “É financiar o governo e ir para a praia ganhar muito dinheiro”, diz ele.

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