Bastidores do mundo dos negócios

BTG vê segurança alimentar, energética e ‘nearshoring’ como focos de aquisições no País


Áreas são consideradas ‘cavalos selados’ para atração de investimentos e expansão de negócios

Por Cristiane Barbieri e Cynthia Decloedt
'O País tem vantagens estratégicas muito claras dentro da cadeia verde', diz Bruno Amaral, sócio do BTG Pactual. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O BTG tem percebido interesse crescente de estrangeiros em aquisições de empresas brasileiras que garantam segurança energética, alimentar ou mesmo de bens industrializados considerados essenciais em seus países de origem, que atravessem alguma hipótese de restrições de fornecimento.

“Todo mundo que tem em seu mercado local qualquer tipo de ameaça, seja geopolítica ou na cadeia de suprimentos, está olhando opções mundo afora para aumentar a possibilidade de acesso a esses produtos, seja em relação a matérias-primas ou manufaturados”, diz Bruno Amaral, sócio do BTG. “O Brasil é particularmente beneficiado por essa demanda e estamos trabalhando em vários projetos nesse sentido, num movimento que tende a crescer.”

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Para ele, essa tendência é um novo “cavalo selado” para o Brasil, em termos de novos investimentos e expansão de negócios em áreas pouco exploradas. “O País tem vantagens estratégicas muito claras dentro da cadeia verde, seja por conta da matriz energética muito limpa, seja pela biodiversidade com potencial de crescimento relevante ou porque, no segmento agro, temos uma solução pra uma falta de alimentos que existe ao redor do mundo”, diz. “Se no superciclo de commodities chinês nosso cavalo selado foi o minério de ferro, agora há outras cores em relação oportunidades, baseadas na necessidade de redução de emissões de todo o mundo.”

Brasil tem vantagens onde outros têm dificuldades

Na maioria das áreas em que há dificuldades, o País tem vantagens, de acordo com Amaral. No agronegócio, por exemplo, as mudanças climáticas e conflitos como a guerra na Ucrânia têm levado empresas do setor a buscar alternativas de produção ao fertilizante russo e aos grãos ucranianos. “Há uma perspectiva grande de crescimento de M&As (fusões e aquisições) no agro”, diz.

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Em outra frente, o “nearshoring”, que é a produção perto de grandes mercados consumidores, como os Estados Unidos, tem beneficiado sobretudo o México, mas também o Brasil, como grande economia latino-americana. A região é particularmente atraente num momento em que as tensões geopolíticas se acirram em diversas partes do mundo, para garantir esse suprimento.

Além disso, várias áreas ligadas à transição energética, como minerais da cadeia de eletrificação, estão no radar desses investidores, sejam institucionais ou financeiros. “Toda a cadeia de projetos está mudando nessa busca por redução de emissões”, diz ele. “Temos soluções locais para atender a essa demanda e falta capital para esses projetos, mas é justamente esse nosso trabalho.”

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 11/04/24, às 13h41

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'O País tem vantagens estratégicas muito claras dentro da cadeia verde', diz Bruno Amaral, sócio do BTG Pactual. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O BTG tem percebido interesse crescente de estrangeiros em aquisições de empresas brasileiras que garantam segurança energética, alimentar ou mesmo de bens industrializados considerados essenciais em seus países de origem, que atravessem alguma hipótese de restrições de fornecimento.

“Todo mundo que tem em seu mercado local qualquer tipo de ameaça, seja geopolítica ou na cadeia de suprimentos, está olhando opções mundo afora para aumentar a possibilidade de acesso a esses produtos, seja em relação a matérias-primas ou manufaturados”, diz Bruno Amaral, sócio do BTG. “O Brasil é particularmente beneficiado por essa demanda e estamos trabalhando em vários projetos nesse sentido, num movimento que tende a crescer.”

Para ele, essa tendência é um novo “cavalo selado” para o Brasil, em termos de novos investimentos e expansão de negócios em áreas pouco exploradas. “O País tem vantagens estratégicas muito claras dentro da cadeia verde, seja por conta da matriz energética muito limpa, seja pela biodiversidade com potencial de crescimento relevante ou porque, no segmento agro, temos uma solução pra uma falta de alimentos que existe ao redor do mundo”, diz. “Se no superciclo de commodities chinês nosso cavalo selado foi o minério de ferro, agora há outras cores em relação oportunidades, baseadas na necessidade de redução de emissões de todo o mundo.”

Brasil tem vantagens onde outros têm dificuldades

Na maioria das áreas em que há dificuldades, o País tem vantagens, de acordo com Amaral. No agronegócio, por exemplo, as mudanças climáticas e conflitos como a guerra na Ucrânia têm levado empresas do setor a buscar alternativas de produção ao fertilizante russo e aos grãos ucranianos. “Há uma perspectiva grande de crescimento de M&As (fusões e aquisições) no agro”, diz.

Em outra frente, o “nearshoring”, que é a produção perto de grandes mercados consumidores, como os Estados Unidos, tem beneficiado sobretudo o México, mas também o Brasil, como grande economia latino-americana. A região é particularmente atraente num momento em que as tensões geopolíticas se acirram em diversas partes do mundo, para garantir esse suprimento.

Além disso, várias áreas ligadas à transição energética, como minerais da cadeia de eletrificação, estão no radar desses investidores, sejam institucionais ou financeiros. “Toda a cadeia de projetos está mudando nessa busca por redução de emissões”, diz ele. “Temos soluções locais para atender a essa demanda e falta capital para esses projetos, mas é justamente esse nosso trabalho.”

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“Todo mundo que tem em seu mercado local qualquer tipo de ameaça, seja geopolítica ou na cadeia de suprimentos, está olhando opções mundo afora para aumentar a possibilidade de acesso a esses produtos, seja em relação a matérias-primas ou manufaturados”, diz Bruno Amaral, sócio do BTG. “O Brasil é particularmente beneficiado por essa demanda e estamos trabalhando em vários projetos nesse sentido, num movimento que tende a crescer.”

Para ele, essa tendência é um novo “cavalo selado” para o Brasil, em termos de novos investimentos e expansão de negócios em áreas pouco exploradas. “O País tem vantagens estratégicas muito claras dentro da cadeia verde, seja por conta da matriz energética muito limpa, seja pela biodiversidade com potencial de crescimento relevante ou porque, no segmento agro, temos uma solução pra uma falta de alimentos que existe ao redor do mundo”, diz. “Se no superciclo de commodities chinês nosso cavalo selado foi o minério de ferro, agora há outras cores em relação oportunidades, baseadas na necessidade de redução de emissões de todo o mundo.”

Brasil tem vantagens onde outros têm dificuldades

Na maioria das áreas em que há dificuldades, o País tem vantagens, de acordo com Amaral. No agronegócio, por exemplo, as mudanças climáticas e conflitos como a guerra na Ucrânia têm levado empresas do setor a buscar alternativas de produção ao fertilizante russo e aos grãos ucranianos. “Há uma perspectiva grande de crescimento de M&As (fusões e aquisições) no agro”, diz.

Em outra frente, o “nearshoring”, que é a produção perto de grandes mercados consumidores, como os Estados Unidos, tem beneficiado sobretudo o México, mas também o Brasil, como grande economia latino-americana. A região é particularmente atraente num momento em que as tensões geopolíticas se acirram em diversas partes do mundo, para garantir esse suprimento.

Além disso, várias áreas ligadas à transição energética, como minerais da cadeia de eletrificação, estão no radar desses investidores, sejam institucionais ou financeiros. “Toda a cadeia de projetos está mudando nessa busca por redução de emissões”, diz ele. “Temos soluções locais para atender a essa demanda e falta capital para esses projetos, mas é justamente esse nosso trabalho.”

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Brasil tem vantagens onde outros têm dificuldades

Na maioria das áreas em que há dificuldades, o País tem vantagens, de acordo com Amaral. No agronegócio, por exemplo, as mudanças climáticas e conflitos como a guerra na Ucrânia têm levado empresas do setor a buscar alternativas de produção ao fertilizante russo e aos grãos ucranianos. “Há uma perspectiva grande de crescimento de M&As (fusões e aquisições) no agro”, diz.

Em outra frente, o “nearshoring”, que é a produção perto de grandes mercados consumidores, como os Estados Unidos, tem beneficiado sobretudo o México, mas também o Brasil, como grande economia latino-americana. A região é particularmente atraente num momento em que as tensões geopolíticas se acirram em diversas partes do mundo, para garantir esse suprimento.

Além disso, várias áreas ligadas à transição energética, como minerais da cadeia de eletrificação, estão no radar desses investidores, sejam institucionais ou financeiros. “Toda a cadeia de projetos está mudando nessa busca por redução de emissões”, diz ele. “Temos soluções locais para atender a essa demanda e falta capital para esses projetos, mas é justamente esse nosso trabalho.”

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