Bastidores do mundo dos negócios

BTG vira sócio de quatro startups, com consolidação de programa de aceleração


Banco vai investir R$ 1 milhão em cada uma das empresas em troca de fatia de 3%

Por Cristiane Barbieri
Atualização:
BTG colocará um sócio ou executivo sênior acompanhando as empresas semanalmente por oito meses Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo - 03/10/2018

O programa de aceleração do BTG Pactual, o “boostlab”, mudou de patamar. Lançado em 2018 apenas como mentoria às empresas selecionadas, se transformou num programa de investimentos no ano passado, cujos aportes podiam ir de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão. Comprovada a tese de que as companhias investidas entram em trajetória de crescimento com o apoio do banco, têm sinergia e geram valor de forma consistente à instituição, o programa virou uma pequena linha de montagem de negócios, o que dá um novo patamar à área de venture capital (que investe em negócios iniciais). Essa linha faz parte da divisão de capital privado do BTG, na qual também estão private equity (que compra fatias em empresas), investimentos de impacto e em infraestrutura.

Nessa nova fase, o banco vai investir R$ 1 milhão em cada um dos selecionados (valor que pode chegar a R$ 2 milhões), em troca de 3% de participação no negócio. Colocará um sócio ou executivo sênior acompanhando a empresa semanalmente por oito meses. Além da orientação nos negócios, eles darão acesso a oportunidades comerciais dentro do próprio BTG e à sua rede de relacionamentos.

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“Com uma participação fixa [nos negócios] conseguimos tangibilizar o valor da entrada do BTG como sócio e criar a esteira para o programa”, diz Gabriela Lima, responsável pelo boostlab.

Selecionadas

Os quatro selecionados nesta edição são a plataforma Beegol, que usa inteligência artificial e internet das coisas para corrigir internet banda larga e WiFi, com a redução de custos de atendimento para operadoras de telecom. A healthtech Intuitive Care, que auxilia prestadores de saúde a recuperarem receitas perdidas por meio de soluções tecnológicas. O software de incentivos e gestão de metas via gameficação Incentivar, que faz cálculo de remuneração variável via inteligência de dados. E a Regcheq, uma empresas chilena de software as a service (SaaS) de compliance, com operações também no Brasil e no México.

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Aberta em dezembro, a seleção ao boostlab recebeu mais de 700 inscritos. Na edição anterior haviam sido 539. Um time de especialistas do BTG ajudou na primeira seleção das empresas mais promissoras a serem aceleradas. São levados em consideração modelo de negócios, receita do produto ou serviço, perfil dos fundadores e composição do quadro acionário. As escolhidas também já tiveram aportes de investidores institucionais anteriormente.

Na reta final, 20 delas fizeram um discurso de venda do negócio aos executivos do banco, que podiam escolher até seis vencedoras. Este ano, foram quatro. “São empresas que já têm produtos validados e bem desenvolvidos, com sócios experientes”, afirma João Sá, responsável pela área de venture capital do BTG Pactual. “Não temos ambição de ensiná-los a fazer negócios, mas ajudar a ganhar escala, ao mesmo tempo em que nos aproximamos das inovações do mercado.”

Já participaram do boostlab 86 empresas. O BTG investiu em 14 delas anteriormente, além das quatro deste ano. O dinheiro é sempre do próprio banco e não de investidores. Entre as investidas, está a empresa de banking as a service (serviços bancários para terceiros) Celcoin. Após o programa de aceleração do boostlab, as empresas mentoradas já receberam mais de US$ 500 milhões em investimentos.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 16/05/24, às 16h17

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BTG colocará um sócio ou executivo sênior acompanhando as empresas semanalmente por oito meses Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo - 03/10/2018

O programa de aceleração do BTG Pactual, o “boostlab”, mudou de patamar. Lançado em 2018 apenas como mentoria às empresas selecionadas, se transformou num programa de investimentos no ano passado, cujos aportes podiam ir de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão. Comprovada a tese de que as companhias investidas entram em trajetória de crescimento com o apoio do banco, têm sinergia e geram valor de forma consistente à instituição, o programa virou uma pequena linha de montagem de negócios, o que dá um novo patamar à área de venture capital (que investe em negócios iniciais). Essa linha faz parte da divisão de capital privado do BTG, na qual também estão private equity (que compra fatias em empresas), investimentos de impacto e em infraestrutura.

Nessa nova fase, o banco vai investir R$ 1 milhão em cada um dos selecionados (valor que pode chegar a R$ 2 milhões), em troca de 3% de participação no negócio. Colocará um sócio ou executivo sênior acompanhando a empresa semanalmente por oito meses. Além da orientação nos negócios, eles darão acesso a oportunidades comerciais dentro do próprio BTG e à sua rede de relacionamentos.

“Com uma participação fixa [nos negócios] conseguimos tangibilizar o valor da entrada do BTG como sócio e criar a esteira para o programa”, diz Gabriela Lima, responsável pelo boostlab.

Selecionadas

Os quatro selecionados nesta edição são a plataforma Beegol, que usa inteligência artificial e internet das coisas para corrigir internet banda larga e WiFi, com a redução de custos de atendimento para operadoras de telecom. A healthtech Intuitive Care, que auxilia prestadores de saúde a recuperarem receitas perdidas por meio de soluções tecnológicas. O software de incentivos e gestão de metas via gameficação Incentivar, que faz cálculo de remuneração variável via inteligência de dados. E a Regcheq, uma empresas chilena de software as a service (SaaS) de compliance, com operações também no Brasil e no México.

Aberta em dezembro, a seleção ao boostlab recebeu mais de 700 inscritos. Na edição anterior haviam sido 539. Um time de especialistas do BTG ajudou na primeira seleção das empresas mais promissoras a serem aceleradas. São levados em consideração modelo de negócios, receita do produto ou serviço, perfil dos fundadores e composição do quadro acionário. As escolhidas também já tiveram aportes de investidores institucionais anteriormente.

Na reta final, 20 delas fizeram um discurso de venda do negócio aos executivos do banco, que podiam escolher até seis vencedoras. Este ano, foram quatro. “São empresas que já têm produtos validados e bem desenvolvidos, com sócios experientes”, afirma João Sá, responsável pela área de venture capital do BTG Pactual. “Não temos ambição de ensiná-los a fazer negócios, mas ajudar a ganhar escala, ao mesmo tempo em que nos aproximamos das inovações do mercado.”

Já participaram do boostlab 86 empresas. O BTG investiu em 14 delas anteriormente, além das quatro deste ano. O dinheiro é sempre do próprio banco e não de investidores. Entre as investidas, está a empresa de banking as a service (serviços bancários para terceiros) Celcoin. Após o programa de aceleração do boostlab, as empresas mentoradas já receberam mais de US$ 500 milhões em investimentos.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 16/05/24, às 16h17

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BTG colocará um sócio ou executivo sênior acompanhando as empresas semanalmente por oito meses Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo - 03/10/2018

O programa de aceleração do BTG Pactual, o “boostlab”, mudou de patamar. Lançado em 2018 apenas como mentoria às empresas selecionadas, se transformou num programa de investimentos no ano passado, cujos aportes podiam ir de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão. Comprovada a tese de que as companhias investidas entram em trajetória de crescimento com o apoio do banco, têm sinergia e geram valor de forma consistente à instituição, o programa virou uma pequena linha de montagem de negócios, o que dá um novo patamar à área de venture capital (que investe em negócios iniciais). Essa linha faz parte da divisão de capital privado do BTG, na qual também estão private equity (que compra fatias em empresas), investimentos de impacto e em infraestrutura.

Nessa nova fase, o banco vai investir R$ 1 milhão em cada um dos selecionados (valor que pode chegar a R$ 2 milhões), em troca de 3% de participação no negócio. Colocará um sócio ou executivo sênior acompanhando a empresa semanalmente por oito meses. Além da orientação nos negócios, eles darão acesso a oportunidades comerciais dentro do próprio BTG e à sua rede de relacionamentos.

“Com uma participação fixa [nos negócios] conseguimos tangibilizar o valor da entrada do BTG como sócio e criar a esteira para o programa”, diz Gabriela Lima, responsável pelo boostlab.

Selecionadas

Os quatro selecionados nesta edição são a plataforma Beegol, que usa inteligência artificial e internet das coisas para corrigir internet banda larga e WiFi, com a redução de custos de atendimento para operadoras de telecom. A healthtech Intuitive Care, que auxilia prestadores de saúde a recuperarem receitas perdidas por meio de soluções tecnológicas. O software de incentivos e gestão de metas via gameficação Incentivar, que faz cálculo de remuneração variável via inteligência de dados. E a Regcheq, uma empresas chilena de software as a service (SaaS) de compliance, com operações também no Brasil e no México.

Aberta em dezembro, a seleção ao boostlab recebeu mais de 700 inscritos. Na edição anterior haviam sido 539. Um time de especialistas do BTG ajudou na primeira seleção das empresas mais promissoras a serem aceleradas. São levados em consideração modelo de negócios, receita do produto ou serviço, perfil dos fundadores e composição do quadro acionário. As escolhidas também já tiveram aportes de investidores institucionais anteriormente.

Na reta final, 20 delas fizeram um discurso de venda do negócio aos executivos do banco, que podiam escolher até seis vencedoras. Este ano, foram quatro. “São empresas que já têm produtos validados e bem desenvolvidos, com sócios experientes”, afirma João Sá, responsável pela área de venture capital do BTG Pactual. “Não temos ambição de ensiná-los a fazer negócios, mas ajudar a ganhar escala, ao mesmo tempo em que nos aproximamos das inovações do mercado.”

Já participaram do boostlab 86 empresas. O BTG investiu em 14 delas anteriormente, além das quatro deste ano. O dinheiro é sempre do próprio banco e não de investidores. Entre as investidas, está a empresa de banking as a service (serviços bancários para terceiros) Celcoin. Após o programa de aceleração do boostlab, as empresas mentoradas já receberam mais de US$ 500 milhões em investimentos.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 16/05/24, às 16h17

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