Bastidores do mundo dos negócios

Caixa eleva juro do crédito imobiliário, vitrine do governo Bolsonaro


Por Circe Bonatelli e Matheus Piovesana
Atuação da Caixa na implementação de medidas para habitação tem sido aprovada pelo setor. Foto: Daniel Teixeira/Estadao

Após segurar as taxas de juros do financiamento imobiliário pela maior parte do ano, mesmo com a decaída da economia brasileira, a Caixa Econômica Federal, enfim, subiu o sarrafo. O intervalo da taxa cobrada da linha corrigida pela Taxa Referencial (TR) - que representa a grande maioria dos empréstimos - aumentou da faixa de 7% a 8% ao ano para 8% a 8,99% ao ano. Considerando o ponto médio da taxa, a prestação de um financiamento de R$ 300 mil aumentará de R$ 2.646,81 para R$ 2.879,78. A nova taxa da linha corrigida pela TR entrou em vigor dia 23 de novembro e aparece no site da Caixa. A página não informa, no entanto, que os reajustes aconteceram, nem traz comparativos. Os dados anteriores foram coletados pela reportagem em outubro junto à assessoria de imprensa do banco.

Demais modalidades

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A linha de crédito imobiliário corrigida pela Poupança continua com taxas a partir de 2,95%. Em outras linhas, houve reajustes nos últimos meses. No caso da linha atrelada ao IPCA, houve um pequeno aumento no piso, subindo de 3,55% a 4,95% para 3,95% a 4,95% ao ano. A modalidade de financiamento com taxa fixa foi a que mais avançou, saindo de 8,25% a 9,75% para 9,75% a 10,75% ao ano.

Vitrine

O crédito para o mercado imobiliário tem sido uma das principais vitrines do governo de Jair Bolsonaro. Foi na sua gestão, por exemplo, que a Caixa lançou as linhas corrigidas por IPCA e Poupança - um pleito antigo dos incorporadores.

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Apesar da disparada dos juros futuros neste ano, o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, repetiu várias vezes que não subiria os juros do crédito imobiliário.

Já nas últimas semanas, com a piora do ambiente econômico, Guimarães foi forçado a ajustar o discurso. Ele passou a declarar que o banco não poderia deixar de repassar o aumento dos juros, mas ponderou que não tem repassado todo o aumento, a fim de ganhar mercado. Em evento nesta semana, Guimarães afirmou que, no que depender da Caixa, não vai faltar crédito, e que o crescimento no ano que vem deve ser da ordem de 10%.

Os outros grandes bancos brasileiros - Bradesco, Itaú e Santander - subiram as taxas duas vezes neste semestre.

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 02/12/21, às 11h49.

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Atuação da Caixa na implementação de medidas para habitação tem sido aprovada pelo setor. Foto: Daniel Teixeira/Estadao

Após segurar as taxas de juros do financiamento imobiliário pela maior parte do ano, mesmo com a decaída da economia brasileira, a Caixa Econômica Federal, enfim, subiu o sarrafo. O intervalo da taxa cobrada da linha corrigida pela Taxa Referencial (TR) - que representa a grande maioria dos empréstimos - aumentou da faixa de 7% a 8% ao ano para 8% a 8,99% ao ano. Considerando o ponto médio da taxa, a prestação de um financiamento de R$ 300 mil aumentará de R$ 2.646,81 para R$ 2.879,78. A nova taxa da linha corrigida pela TR entrou em vigor dia 23 de novembro e aparece no site da Caixa. A página não informa, no entanto, que os reajustes aconteceram, nem traz comparativos. Os dados anteriores foram coletados pela reportagem em outubro junto à assessoria de imprensa do banco.

Demais modalidades

A linha de crédito imobiliário corrigida pela Poupança continua com taxas a partir de 2,95%. Em outras linhas, houve reajustes nos últimos meses. No caso da linha atrelada ao IPCA, houve um pequeno aumento no piso, subindo de 3,55% a 4,95% para 3,95% a 4,95% ao ano. A modalidade de financiamento com taxa fixa foi a que mais avançou, saindo de 8,25% a 9,75% para 9,75% a 10,75% ao ano.

Vitrine

O crédito para o mercado imobiliário tem sido uma das principais vitrines do governo de Jair Bolsonaro. Foi na sua gestão, por exemplo, que a Caixa lançou as linhas corrigidas por IPCA e Poupança - um pleito antigo dos incorporadores.

Apesar da disparada dos juros futuros neste ano, o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, repetiu várias vezes que não subiria os juros do crédito imobiliário.

Já nas últimas semanas, com a piora do ambiente econômico, Guimarães foi forçado a ajustar o discurso. Ele passou a declarar que o banco não poderia deixar de repassar o aumento dos juros, mas ponderou que não tem repassado todo o aumento, a fim de ganhar mercado. Em evento nesta semana, Guimarães afirmou que, no que depender da Caixa, não vai faltar crédito, e que o crescimento no ano que vem deve ser da ordem de 10%.

Os outros grandes bancos brasileiros - Bradesco, Itaú e Santander - subiram as taxas duas vezes neste semestre.

 

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Atuação da Caixa na implementação de medidas para habitação tem sido aprovada pelo setor. Foto: Daniel Teixeira/Estadao

Após segurar as taxas de juros do financiamento imobiliário pela maior parte do ano, mesmo com a decaída da economia brasileira, a Caixa Econômica Federal, enfim, subiu o sarrafo. O intervalo da taxa cobrada da linha corrigida pela Taxa Referencial (TR) - que representa a grande maioria dos empréstimos - aumentou da faixa de 7% a 8% ao ano para 8% a 8,99% ao ano. Considerando o ponto médio da taxa, a prestação de um financiamento de R$ 300 mil aumentará de R$ 2.646,81 para R$ 2.879,78. A nova taxa da linha corrigida pela TR entrou em vigor dia 23 de novembro e aparece no site da Caixa. A página não informa, no entanto, que os reajustes aconteceram, nem traz comparativos. Os dados anteriores foram coletados pela reportagem em outubro junto à assessoria de imprensa do banco.

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A linha de crédito imobiliário corrigida pela Poupança continua com taxas a partir de 2,95%. Em outras linhas, houve reajustes nos últimos meses. No caso da linha atrelada ao IPCA, houve um pequeno aumento no piso, subindo de 3,55% a 4,95% para 3,95% a 4,95% ao ano. A modalidade de financiamento com taxa fixa foi a que mais avançou, saindo de 8,25% a 9,75% para 9,75% a 10,75% ao ano.

Vitrine

O crédito para o mercado imobiliário tem sido uma das principais vitrines do governo de Jair Bolsonaro. Foi na sua gestão, por exemplo, que a Caixa lançou as linhas corrigidas por IPCA e Poupança - um pleito antigo dos incorporadores.

Apesar da disparada dos juros futuros neste ano, o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, repetiu várias vezes que não subiria os juros do crédito imobiliário.

Já nas últimas semanas, com a piora do ambiente econômico, Guimarães foi forçado a ajustar o discurso. Ele passou a declarar que o banco não poderia deixar de repassar o aumento dos juros, mas ponderou que não tem repassado todo o aumento, a fim de ganhar mercado. Em evento nesta semana, Guimarães afirmou que, no que depender da Caixa, não vai faltar crédito, e que o crescimento no ano que vem deve ser da ordem de 10%.

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Demais modalidades

A linha de crédito imobiliário corrigida pela Poupança continua com taxas a partir de 2,95%. Em outras linhas, houve reajustes nos últimos meses. No caso da linha atrelada ao IPCA, houve um pequeno aumento no piso, subindo de 3,55% a 4,95% para 3,95% a 4,95% ao ano. A modalidade de financiamento com taxa fixa foi a que mais avançou, saindo de 8,25% a 9,75% para 9,75% a 10,75% ao ano.

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O crédito para o mercado imobiliário tem sido uma das principais vitrines do governo de Jair Bolsonaro. Foi na sua gestão, por exemplo, que a Caixa lançou as linhas corrigidas por IPCA e Poupança - um pleito antigo dos incorporadores.

Apesar da disparada dos juros futuros neste ano, o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, repetiu várias vezes que não subiria os juros do crédito imobiliário.

Já nas últimas semanas, com a piora do ambiente econômico, Guimarães foi forçado a ajustar o discurso. Ele passou a declarar que o banco não poderia deixar de repassar o aumento dos juros, mas ponderou que não tem repassado todo o aumento, a fim de ganhar mercado. Em evento nesta semana, Guimarães afirmou que, no que depender da Caixa, não vai faltar crédito, e que o crescimento no ano que vem deve ser da ordem de 10%.

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