Bastidores do mundo dos negócios

Captações lá fora somam mais de US$ 9 bi com estrangeiro de olho em retorno


Especialistas preveem emissões de empresas brasileiras de até US$ 25 bi ao longo do ano

Por Cynthia Decloedt
A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões Foto: Divulgação/Raízen

O volume de emissões brasileiras no exterior já ultrapassou US$ 9 bilhões em 2024 e a expectativa é que esse número continue subindo, de acordo com especialistas do mercado consultados pelo Broadcast. No ano, as projeções são de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.

“Mais empresas devem acessar o mercado a partir das próximas semanas e veremos emissões de companhias que já são frequentes nos meses de abril e maio, e provavelmente estreantes a partir do meio do ano”, disse o executivo de um banco estrangeiro que preferiu não se identificar.

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Os investidores estrangeiros estão bastante receptivos neste momento aos emergentes, que oferecem mais retorno do que os “bonds” norte-americanos de mais risco. A oferta de papéis por esse grupo, assim como os “bonds” norte-americanos com grau de investimento, já tem sido muito grande e feito com que os prêmios nesses grupos ficassem muito comprimidos, explicou a fonte. São chamados “bonds” títulos de renda fixa emitidos no exterior.

“Os investidores estão atrás de papéis com gordura para travarem posições em retornos mais elevados e realizarem lucro adiante, já que a expectativa é de corte de juro norte-americano este ano”, afirma.

Demanda tem superado a oferta

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Tanto que a demanda pelos papéis brasileiros que chegaram ao mercado externo tem superado muitas vezes o que é oferecido. Ontem, o Banco do Brasil captou US$ 750 milhões em “bonds” de sete anos, com uma demanda que chegou a US$ 4,3 bilhões. Com isso, a taxa de retorno oferecida aos investidores caiu de 6,75% no anúncio da operação, para 6,30%.

A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

De acordo com outro executivo que opera neste mercado, as companhias têm oportunidade de alongar prazos a um custo particularmente baixo em comparação aos prazos mais curtos, por conta da busca dos investidores por ativos de emergentes. A Raízen pagou um prêmio de 6,95% ao investidor para captar em 30 anos e de 6,45% ao prazo de 10 anos.

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“É uma diferença historicamente muito pequena”, afirmou a fonte. Ele diz ainda que a diferença entre vencimentos de sete anos - que a maioria das empresas testou neste início de ano - para os 10 anos é praticamente zero.

Setor de infraestrutura pode realizar emissões

Infraestrutura está entre os setores que podem apresentar emissões no exterior, a partir da regulamentação dos “bonds” incentivados. Nesse grupo estão empresas de energia, saneamento e rodovias. São empresas que têm seu caixa majoritariamente em reais, o que exige que travem a oscilação do dólar por meio de operações de “swap”, que não são muito baratas. “A isenção prevista para o emissor deve permitir que acessem o bolso do estrangeiro a um custo melhor”, disse outra fonte.

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As emissões de 3R e da Ambipar, que estrearam no mercado externo de dívida em janeiro, devem favorecer a chegada de outras empresas que nunca foram captar lá fora. Ambas tiveram demanda saudável, o que potencializa a apresentação de novas companhias. A 3R captou US$ 500 milhões e a Ambipar, US$ 750 milhões.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 12/03/24, às 13h49

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A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões Foto: Divulgação/Raízen

O volume de emissões brasileiras no exterior já ultrapassou US$ 9 bilhões em 2024 e a expectativa é que esse número continue subindo, de acordo com especialistas do mercado consultados pelo Broadcast. No ano, as projeções são de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.

“Mais empresas devem acessar o mercado a partir das próximas semanas e veremos emissões de companhias que já são frequentes nos meses de abril e maio, e provavelmente estreantes a partir do meio do ano”, disse o executivo de um banco estrangeiro que preferiu não se identificar.

Os investidores estrangeiros estão bastante receptivos neste momento aos emergentes, que oferecem mais retorno do que os “bonds” norte-americanos de mais risco. A oferta de papéis por esse grupo, assim como os “bonds” norte-americanos com grau de investimento, já tem sido muito grande e feito com que os prêmios nesses grupos ficassem muito comprimidos, explicou a fonte. São chamados “bonds” títulos de renda fixa emitidos no exterior.

“Os investidores estão atrás de papéis com gordura para travarem posições em retornos mais elevados e realizarem lucro adiante, já que a expectativa é de corte de juro norte-americano este ano”, afirma.

Demanda tem superado a oferta

Tanto que a demanda pelos papéis brasileiros que chegaram ao mercado externo tem superado muitas vezes o que é oferecido. Ontem, o Banco do Brasil captou US$ 750 milhões em “bonds” de sete anos, com uma demanda que chegou a US$ 4,3 bilhões. Com isso, a taxa de retorno oferecida aos investidores caiu de 6,75% no anúncio da operação, para 6,30%.

A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

De acordo com outro executivo que opera neste mercado, as companhias têm oportunidade de alongar prazos a um custo particularmente baixo em comparação aos prazos mais curtos, por conta da busca dos investidores por ativos de emergentes. A Raízen pagou um prêmio de 6,95% ao investidor para captar em 30 anos e de 6,45% ao prazo de 10 anos.

“É uma diferença historicamente muito pequena”, afirmou a fonte. Ele diz ainda que a diferença entre vencimentos de sete anos - que a maioria das empresas testou neste início de ano - para os 10 anos é praticamente zero.

Setor de infraestrutura pode realizar emissões

Infraestrutura está entre os setores que podem apresentar emissões no exterior, a partir da regulamentação dos “bonds” incentivados. Nesse grupo estão empresas de energia, saneamento e rodovias. São empresas que têm seu caixa majoritariamente em reais, o que exige que travem a oscilação do dólar por meio de operações de “swap”, que não são muito baratas. “A isenção prevista para o emissor deve permitir que acessem o bolso do estrangeiro a um custo melhor”, disse outra fonte.

As emissões de 3R e da Ambipar, que estrearam no mercado externo de dívida em janeiro, devem favorecer a chegada de outras empresas que nunca foram captar lá fora. Ambas tiveram demanda saudável, o que potencializa a apresentação de novas companhias. A 3R captou US$ 500 milhões e a Ambipar, US$ 750 milhões.

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“Mais empresas devem acessar o mercado a partir das próximas semanas e veremos emissões de companhias que já são frequentes nos meses de abril e maio, e provavelmente estreantes a partir do meio do ano”, disse o executivo de um banco estrangeiro que preferiu não se identificar.

Os investidores estrangeiros estão bastante receptivos neste momento aos emergentes, que oferecem mais retorno do que os “bonds” norte-americanos de mais risco. A oferta de papéis por esse grupo, assim como os “bonds” norte-americanos com grau de investimento, já tem sido muito grande e feito com que os prêmios nesses grupos ficassem muito comprimidos, explicou a fonte. São chamados “bonds” títulos de renda fixa emitidos no exterior.

“Os investidores estão atrás de papéis com gordura para travarem posições em retornos mais elevados e realizarem lucro adiante, já que a expectativa é de corte de juro norte-americano este ano”, afirma.

Demanda tem superado a oferta

Tanto que a demanda pelos papéis brasileiros que chegaram ao mercado externo tem superado muitas vezes o que é oferecido. Ontem, o Banco do Brasil captou US$ 750 milhões em “bonds” de sete anos, com uma demanda que chegou a US$ 4,3 bilhões. Com isso, a taxa de retorno oferecida aos investidores caiu de 6,75% no anúncio da operação, para 6,30%.

A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

De acordo com outro executivo que opera neste mercado, as companhias têm oportunidade de alongar prazos a um custo particularmente baixo em comparação aos prazos mais curtos, por conta da busca dos investidores por ativos de emergentes. A Raízen pagou um prêmio de 6,95% ao investidor para captar em 30 anos e de 6,45% ao prazo de 10 anos.

“É uma diferença historicamente muito pequena”, afirmou a fonte. Ele diz ainda que a diferença entre vencimentos de sete anos - que a maioria das empresas testou neste início de ano - para os 10 anos é praticamente zero.

Setor de infraestrutura pode realizar emissões

Infraestrutura está entre os setores que podem apresentar emissões no exterior, a partir da regulamentação dos “bonds” incentivados. Nesse grupo estão empresas de energia, saneamento e rodovias. São empresas que têm seu caixa majoritariamente em reais, o que exige que travem a oscilação do dólar por meio de operações de “swap”, que não são muito baratas. “A isenção prevista para o emissor deve permitir que acessem o bolso do estrangeiro a um custo melhor”, disse outra fonte.

As emissões de 3R e da Ambipar, que estrearam no mercado externo de dívida em janeiro, devem favorecer a chegada de outras empresas que nunca foram captar lá fora. Ambas tiveram demanda saudável, o que potencializa a apresentação de novas companhias. A 3R captou US$ 500 milhões e a Ambipar, US$ 750 milhões.

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“Mais empresas devem acessar o mercado a partir das próximas semanas e veremos emissões de companhias que já são frequentes nos meses de abril e maio, e provavelmente estreantes a partir do meio do ano”, disse o executivo de um banco estrangeiro que preferiu não se identificar.

Os investidores estrangeiros estão bastante receptivos neste momento aos emergentes, que oferecem mais retorno do que os “bonds” norte-americanos de mais risco. A oferta de papéis por esse grupo, assim como os “bonds” norte-americanos com grau de investimento, já tem sido muito grande e feito com que os prêmios nesses grupos ficassem muito comprimidos, explicou a fonte. São chamados “bonds” títulos de renda fixa emitidos no exterior.

“Os investidores estão atrás de papéis com gordura para travarem posições em retornos mais elevados e realizarem lucro adiante, já que a expectativa é de corte de juro norte-americano este ano”, afirma.

Demanda tem superado a oferta

Tanto que a demanda pelos papéis brasileiros que chegaram ao mercado externo tem superado muitas vezes o que é oferecido. Ontem, o Banco do Brasil captou US$ 750 milhões em “bonds” de sete anos, com uma demanda que chegou a US$ 4,3 bilhões. Com isso, a taxa de retorno oferecida aos investidores caiu de 6,75% no anúncio da operação, para 6,30%.

A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

De acordo com outro executivo que opera neste mercado, as companhias têm oportunidade de alongar prazos a um custo particularmente baixo em comparação aos prazos mais curtos, por conta da busca dos investidores por ativos de emergentes. A Raízen pagou um prêmio de 6,95% ao investidor para captar em 30 anos e de 6,45% ao prazo de 10 anos.

“É uma diferença historicamente muito pequena”, afirmou a fonte. Ele diz ainda que a diferença entre vencimentos de sete anos - que a maioria das empresas testou neste início de ano - para os 10 anos é praticamente zero.

Setor de infraestrutura pode realizar emissões

Infraestrutura está entre os setores que podem apresentar emissões no exterior, a partir da regulamentação dos “bonds” incentivados. Nesse grupo estão empresas de energia, saneamento e rodovias. São empresas que têm seu caixa majoritariamente em reais, o que exige que travem a oscilação do dólar por meio de operações de “swap”, que não são muito baratas. “A isenção prevista para o emissor deve permitir que acessem o bolso do estrangeiro a um custo melhor”, disse outra fonte.

As emissões de 3R e da Ambipar, que estrearam no mercado externo de dívida em janeiro, devem favorecer a chegada de outras empresas que nunca foram captar lá fora. Ambas tiveram demanda saudável, o que potencializa a apresentação de novas companhias. A 3R captou US$ 500 milhões e a Ambipar, US$ 750 milhões.

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A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões Foto: Divulgação/Raízen

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“Mais empresas devem acessar o mercado a partir das próximas semanas e veremos emissões de companhias que já são frequentes nos meses de abril e maio, e provavelmente estreantes a partir do meio do ano”, disse o executivo de um banco estrangeiro que preferiu não se identificar.

Os investidores estrangeiros estão bastante receptivos neste momento aos emergentes, que oferecem mais retorno do que os “bonds” norte-americanos de mais risco. A oferta de papéis por esse grupo, assim como os “bonds” norte-americanos com grau de investimento, já tem sido muito grande e feito com que os prêmios nesses grupos ficassem muito comprimidos, explicou a fonte. São chamados “bonds” títulos de renda fixa emitidos no exterior.

“Os investidores estão atrás de papéis com gordura para travarem posições em retornos mais elevados e realizarem lucro adiante, já que a expectativa é de corte de juro norte-americano este ano”, afirma.

Demanda tem superado a oferta

Tanto que a demanda pelos papéis brasileiros que chegaram ao mercado externo tem superado muitas vezes o que é oferecido. Ontem, o Banco do Brasil captou US$ 750 milhões em “bonds” de sete anos, com uma demanda que chegou a US$ 4,3 bilhões. Com isso, a taxa de retorno oferecida aos investidores caiu de 6,75% no anúncio da operação, para 6,30%.

A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 e 30 anos, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

De acordo com outro executivo que opera neste mercado, as companhias têm oportunidade de alongar prazos a um custo particularmente baixo em comparação aos prazos mais curtos, por conta da busca dos investidores por ativos de emergentes. A Raízen pagou um prêmio de 6,95% ao investidor para captar em 30 anos e de 6,45% ao prazo de 10 anos.

“É uma diferença historicamente muito pequena”, afirmou a fonte. Ele diz ainda que a diferença entre vencimentos de sete anos - que a maioria das empresas testou neste início de ano - para os 10 anos é praticamente zero.

Setor de infraestrutura pode realizar emissões

Infraestrutura está entre os setores que podem apresentar emissões no exterior, a partir da regulamentação dos “bonds” incentivados. Nesse grupo estão empresas de energia, saneamento e rodovias. São empresas que têm seu caixa majoritariamente em reais, o que exige que travem a oscilação do dólar por meio de operações de “swap”, que não são muito baratas. “A isenção prevista para o emissor deve permitir que acessem o bolso do estrangeiro a um custo melhor”, disse outra fonte.

As emissões de 3R e da Ambipar, que estrearam no mercado externo de dívida em janeiro, devem favorecer a chegada de outras empresas que nunca foram captar lá fora. Ambas tiveram demanda saudável, o que potencializa a apresentação de novas companhias. A 3R captou US$ 500 milhões e a Ambipar, US$ 750 milhões.

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