Bastidores do mundo dos negócios

CBRE quer dobrar de tamanho na América Latina com Brasil e México à frente


Consultoria imobiliária internacional já e a maior no País em sua área

Por Circe Bonatelli
Adolfo Ramires, presidente da CBRE na América Latina (esq.) e Adriano Sartori, presidente no Brasil Foto: Divulgação/CBRE

A CBRE, consultoria imobiliária global e a maior no Brasil, com participação em metade das compras e vendas de prédios comerciais feitas sob intermediação, está dando largada a um plano de crescimento expressivo. O objetivo para os próximos três anos é dobrar de tamanho na América Latina, onde Brasil e México são os principais motores.

“A América Latina é estratégica, porque este é um mercado de alto crescimento”, afirmou o presidente da CBRE para a Espanha e para a América Latina, Adolfo Ramires, em entrevista exclusiva ao Broadcast durante sua passagem por São Paulo. “Temos um plano interno que é dobrar o tamanho da nossa presença na região em termos de faturamento, lucro, escritórios e capacidades em geral”, disse.

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A companhia não revela quanto fatura por aqui. No mundo todo, são cerca de US$ 20 bilhões de receita líquida anual vinda dos 500 escritórios espalhados por mais de cem países. Os Estados Unidos são a praça principal. Na América Latina, também há escritórios na Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Panamá, Costa Rica e Venezuela.

Setores prioritários

O plano de crescimento da CBRE é baseado na visão de que o ganho de escala é fundamental para aumentar sua capilaridade e extrair sinergias em cada um dos seus ramos de atividades. “Isso será feito pelo aumento da nossa atuação nos setores que têm crescido e atraído mais investimentos, como data centers, locação residencial, hospitalidade e agronegócios”, contou Ramires.

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O setor de data centers, por exemplo, tem atraído investimentos bilionários para o Brasil em função do aumento da demanda de processamento de dados puxado pelas aplicações com inteligência artificial. O Brasil desponta como um dos principais destinos globais dos investimentos por contar com oferta de energia limpa e a um custo competitivo para os data centers. Junto com isso, movimenta-se uma cadeia de prospecção de terrenos, construção e operação das edificações.

Outro destaque é o mercado de locação residencial que, até alguns anos atrás, ficava unicamente nas mãos de pequenos proprietários de imóveis no Brasil. Mais recentemente, grandes corporações como Brookfield, Greystar, MRV, Cyrela e Pátria, por exemplo, passaram a deter prédios inteiros voltados para o aluguel e demandar serviços imobiliários adjacentes.

A CBRE atua em dezenas de áreas, entre elas avaliação de imóveis, prospecção de terrenos, desenvolvimento de projetos, intermediação de compra e venda, pesquisa de valores, administração, representação de inquilinos, entre outros, pelos quais recebe comissão a cada fechamento de negócio ou remuneração recorrente na administração. “Nós buscamos oferecer soluções imobiliárias para as diferentes atividades empresariais ao redor do mundo”, explicou Ramires.

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Juro não impede negócios

O presidente da CBRE no Brasil, Adriano Sartori, acrescentou que o plano de crescimento da consultoria faz parte de um posicionamento pensando no longo prazo e que não será interrompido pela elevação dos juros por aqui. “A taxa de juros mais alta prejudica nosso mercado. Mas, mesmo assim, o interesse dos investidores continua alto”, ponderou.

Sartori mencionou que as transações imobiliárias no Brasil devem movimentar R$ 27 bilhões em 2024, um aumento de 35% em relação a 2023, quando ficaram em R$ 20 bilhões. “Até agora, foram R$ 19 bilhões em negócios já concluídos e há outros R$ 8 bilhões em diligências. E tudo isso com a Selic de dois dígitos”, ressaltou. Já ao redor do mundo, o movimento é inverso, com redução dos juros em diversos países, o que, historicamente, favorece o fluxo de investimentos para países emergentes.

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Além do Brasil, o México é um grande destino desses recursos. O país, vizinho dos Estados Unidos, está se beneficiando do chamado neashoring - quando indústrias globais passam a produzir em localidades mais próximas dos seus mercados consumidores a fim de evitar sobressaltos com o frete ao redor do globo. Isso tem movimentado bastante o mercado de galpões logísticos no México para atender a produção e distribuição de mercadorias por lá.

Argentina voltou ao radar

Por sua vez, a Argentina voltou ao radar de investidores por conta das reformas econômicas promovidas pelo presidente, Javier Milei. “Nós percebemos que os investidores voltaram a se interessar pela Argentina. Ainda é cedo para dizer se vão entrar de forma massiva no país, mas começamos a notar interesse em dados de mercado e prospecção de oportunidades”, citou Ramires.

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Milei revogou o controle estatal nas locações de imóveis, o que ajudou a reduzir os preços dos aluguéis. Até então, havia regras rígidas sobre prazos, valores e índice de correção dos contratos, que agora podem ser negociados livremente pelos proprietários e pelos inquilinos. “Para os investimentos voltarem para Argentina, ainda falta recuperar a confiança na economia e ter uma segurança de que tudo não vai mudar daqui três anos”, ponderou o presidente da CBRE na América Latina.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 12/11/2024, às 11:23.

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Adolfo Ramires, presidente da CBRE na América Latina (esq.) e Adriano Sartori, presidente no Brasil Foto: Divulgação/CBRE

A CBRE, consultoria imobiliária global e a maior no Brasil, com participação em metade das compras e vendas de prédios comerciais feitas sob intermediação, está dando largada a um plano de crescimento expressivo. O objetivo para os próximos três anos é dobrar de tamanho na América Latina, onde Brasil e México são os principais motores.

“A América Latina é estratégica, porque este é um mercado de alto crescimento”, afirmou o presidente da CBRE para a Espanha e para a América Latina, Adolfo Ramires, em entrevista exclusiva ao Broadcast durante sua passagem por São Paulo. “Temos um plano interno que é dobrar o tamanho da nossa presença na região em termos de faturamento, lucro, escritórios e capacidades em geral”, disse.

A companhia não revela quanto fatura por aqui. No mundo todo, são cerca de US$ 20 bilhões de receita líquida anual vinda dos 500 escritórios espalhados por mais de cem países. Os Estados Unidos são a praça principal. Na América Latina, também há escritórios na Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Panamá, Costa Rica e Venezuela.

Setores prioritários

O plano de crescimento da CBRE é baseado na visão de que o ganho de escala é fundamental para aumentar sua capilaridade e extrair sinergias em cada um dos seus ramos de atividades. “Isso será feito pelo aumento da nossa atuação nos setores que têm crescido e atraído mais investimentos, como data centers, locação residencial, hospitalidade e agronegócios”, contou Ramires.

O setor de data centers, por exemplo, tem atraído investimentos bilionários para o Brasil em função do aumento da demanda de processamento de dados puxado pelas aplicações com inteligência artificial. O Brasil desponta como um dos principais destinos globais dos investimentos por contar com oferta de energia limpa e a um custo competitivo para os data centers. Junto com isso, movimenta-se uma cadeia de prospecção de terrenos, construção e operação das edificações.

Outro destaque é o mercado de locação residencial que, até alguns anos atrás, ficava unicamente nas mãos de pequenos proprietários de imóveis no Brasil. Mais recentemente, grandes corporações como Brookfield, Greystar, MRV, Cyrela e Pátria, por exemplo, passaram a deter prédios inteiros voltados para o aluguel e demandar serviços imobiliários adjacentes.

A CBRE atua em dezenas de áreas, entre elas avaliação de imóveis, prospecção de terrenos, desenvolvimento de projetos, intermediação de compra e venda, pesquisa de valores, administração, representação de inquilinos, entre outros, pelos quais recebe comissão a cada fechamento de negócio ou remuneração recorrente na administração. “Nós buscamos oferecer soluções imobiliárias para as diferentes atividades empresariais ao redor do mundo”, explicou Ramires.

Juro não impede negócios

O presidente da CBRE no Brasil, Adriano Sartori, acrescentou que o plano de crescimento da consultoria faz parte de um posicionamento pensando no longo prazo e que não será interrompido pela elevação dos juros por aqui. “A taxa de juros mais alta prejudica nosso mercado. Mas, mesmo assim, o interesse dos investidores continua alto”, ponderou.

Sartori mencionou que as transações imobiliárias no Brasil devem movimentar R$ 27 bilhões em 2024, um aumento de 35% em relação a 2023, quando ficaram em R$ 20 bilhões. “Até agora, foram R$ 19 bilhões em negócios já concluídos e há outros R$ 8 bilhões em diligências. E tudo isso com a Selic de dois dígitos”, ressaltou. Já ao redor do mundo, o movimento é inverso, com redução dos juros em diversos países, o que, historicamente, favorece o fluxo de investimentos para países emergentes.

Além do Brasil, o México é um grande destino desses recursos. O país, vizinho dos Estados Unidos, está se beneficiando do chamado neashoring - quando indústrias globais passam a produzir em localidades mais próximas dos seus mercados consumidores a fim de evitar sobressaltos com o frete ao redor do globo. Isso tem movimentado bastante o mercado de galpões logísticos no México para atender a produção e distribuição de mercadorias por lá.

Argentina voltou ao radar

Por sua vez, a Argentina voltou ao radar de investidores por conta das reformas econômicas promovidas pelo presidente, Javier Milei. “Nós percebemos que os investidores voltaram a se interessar pela Argentina. Ainda é cedo para dizer se vão entrar de forma massiva no país, mas começamos a notar interesse em dados de mercado e prospecção de oportunidades”, citou Ramires.

Milei revogou o controle estatal nas locações de imóveis, o que ajudou a reduzir os preços dos aluguéis. Até então, havia regras rígidas sobre prazos, valores e índice de correção dos contratos, que agora podem ser negociados livremente pelos proprietários e pelos inquilinos. “Para os investimentos voltarem para Argentina, ainda falta recuperar a confiança na economia e ter uma segurança de que tudo não vai mudar daqui três anos”, ponderou o presidente da CBRE na América Latina.

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“A América Latina é estratégica, porque este é um mercado de alto crescimento”, afirmou o presidente da CBRE para a Espanha e para a América Latina, Adolfo Ramires, em entrevista exclusiva ao Broadcast durante sua passagem por São Paulo. “Temos um plano interno que é dobrar o tamanho da nossa presença na região em termos de faturamento, lucro, escritórios e capacidades em geral”, disse.

A companhia não revela quanto fatura por aqui. No mundo todo, são cerca de US$ 20 bilhões de receita líquida anual vinda dos 500 escritórios espalhados por mais de cem países. Os Estados Unidos são a praça principal. Na América Latina, também há escritórios na Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Panamá, Costa Rica e Venezuela.

Setores prioritários

O plano de crescimento da CBRE é baseado na visão de que o ganho de escala é fundamental para aumentar sua capilaridade e extrair sinergias em cada um dos seus ramos de atividades. “Isso será feito pelo aumento da nossa atuação nos setores que têm crescido e atraído mais investimentos, como data centers, locação residencial, hospitalidade e agronegócios”, contou Ramires.

O setor de data centers, por exemplo, tem atraído investimentos bilionários para o Brasil em função do aumento da demanda de processamento de dados puxado pelas aplicações com inteligência artificial. O Brasil desponta como um dos principais destinos globais dos investimentos por contar com oferta de energia limpa e a um custo competitivo para os data centers. Junto com isso, movimenta-se uma cadeia de prospecção de terrenos, construção e operação das edificações.

Outro destaque é o mercado de locação residencial que, até alguns anos atrás, ficava unicamente nas mãos de pequenos proprietários de imóveis no Brasil. Mais recentemente, grandes corporações como Brookfield, Greystar, MRV, Cyrela e Pátria, por exemplo, passaram a deter prédios inteiros voltados para o aluguel e demandar serviços imobiliários adjacentes.

A CBRE atua em dezenas de áreas, entre elas avaliação de imóveis, prospecção de terrenos, desenvolvimento de projetos, intermediação de compra e venda, pesquisa de valores, administração, representação de inquilinos, entre outros, pelos quais recebe comissão a cada fechamento de negócio ou remuneração recorrente na administração. “Nós buscamos oferecer soluções imobiliárias para as diferentes atividades empresariais ao redor do mundo”, explicou Ramires.

Juro não impede negócios

O presidente da CBRE no Brasil, Adriano Sartori, acrescentou que o plano de crescimento da consultoria faz parte de um posicionamento pensando no longo prazo e que não será interrompido pela elevação dos juros por aqui. “A taxa de juros mais alta prejudica nosso mercado. Mas, mesmo assim, o interesse dos investidores continua alto”, ponderou.

Sartori mencionou que as transações imobiliárias no Brasil devem movimentar R$ 27 bilhões em 2024, um aumento de 35% em relação a 2023, quando ficaram em R$ 20 bilhões. “Até agora, foram R$ 19 bilhões em negócios já concluídos e há outros R$ 8 bilhões em diligências. E tudo isso com a Selic de dois dígitos”, ressaltou. Já ao redor do mundo, o movimento é inverso, com redução dos juros em diversos países, o que, historicamente, favorece o fluxo de investimentos para países emergentes.

Além do Brasil, o México é um grande destino desses recursos. O país, vizinho dos Estados Unidos, está se beneficiando do chamado neashoring - quando indústrias globais passam a produzir em localidades mais próximas dos seus mercados consumidores a fim de evitar sobressaltos com o frete ao redor do globo. Isso tem movimentado bastante o mercado de galpões logísticos no México para atender a produção e distribuição de mercadorias por lá.

Argentina voltou ao radar

Por sua vez, a Argentina voltou ao radar de investidores por conta das reformas econômicas promovidas pelo presidente, Javier Milei. “Nós percebemos que os investidores voltaram a se interessar pela Argentina. Ainda é cedo para dizer se vão entrar de forma massiva no país, mas começamos a notar interesse em dados de mercado e prospecção de oportunidades”, citou Ramires.

Milei revogou o controle estatal nas locações de imóveis, o que ajudou a reduzir os preços dos aluguéis. Até então, havia regras rígidas sobre prazos, valores e índice de correção dos contratos, que agora podem ser negociados livremente pelos proprietários e pelos inquilinos. “Para os investimentos voltarem para Argentina, ainda falta recuperar a confiança na economia e ter uma segurança de que tudo não vai mudar daqui três anos”, ponderou o presidente da CBRE na América Latina.

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Adolfo Ramires, presidente da CBRE na América Latina (esq.) e Adriano Sartori, presidente no Brasil Foto: Divulgação/CBRE

A CBRE, consultoria imobiliária global e a maior no Brasil, com participação em metade das compras e vendas de prédios comerciais feitas sob intermediação, está dando largada a um plano de crescimento expressivo. O objetivo para os próximos três anos é dobrar de tamanho na América Latina, onde Brasil e México são os principais motores.

“A América Latina é estratégica, porque este é um mercado de alto crescimento”, afirmou o presidente da CBRE para a Espanha e para a América Latina, Adolfo Ramires, em entrevista exclusiva ao Broadcast durante sua passagem por São Paulo. “Temos um plano interno que é dobrar o tamanho da nossa presença na região em termos de faturamento, lucro, escritórios e capacidades em geral”, disse.

A companhia não revela quanto fatura por aqui. No mundo todo, são cerca de US$ 20 bilhões de receita líquida anual vinda dos 500 escritórios espalhados por mais de cem países. Os Estados Unidos são a praça principal. Na América Latina, também há escritórios na Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Panamá, Costa Rica e Venezuela.

Setores prioritários

O plano de crescimento da CBRE é baseado na visão de que o ganho de escala é fundamental para aumentar sua capilaridade e extrair sinergias em cada um dos seus ramos de atividades. “Isso será feito pelo aumento da nossa atuação nos setores que têm crescido e atraído mais investimentos, como data centers, locação residencial, hospitalidade e agronegócios”, contou Ramires.

O setor de data centers, por exemplo, tem atraído investimentos bilionários para o Brasil em função do aumento da demanda de processamento de dados puxado pelas aplicações com inteligência artificial. O Brasil desponta como um dos principais destinos globais dos investimentos por contar com oferta de energia limpa e a um custo competitivo para os data centers. Junto com isso, movimenta-se uma cadeia de prospecção de terrenos, construção e operação das edificações.

Outro destaque é o mercado de locação residencial que, até alguns anos atrás, ficava unicamente nas mãos de pequenos proprietários de imóveis no Brasil. Mais recentemente, grandes corporações como Brookfield, Greystar, MRV, Cyrela e Pátria, por exemplo, passaram a deter prédios inteiros voltados para o aluguel e demandar serviços imobiliários adjacentes.

A CBRE atua em dezenas de áreas, entre elas avaliação de imóveis, prospecção de terrenos, desenvolvimento de projetos, intermediação de compra e venda, pesquisa de valores, administração, representação de inquilinos, entre outros, pelos quais recebe comissão a cada fechamento de negócio ou remuneração recorrente na administração. “Nós buscamos oferecer soluções imobiliárias para as diferentes atividades empresariais ao redor do mundo”, explicou Ramires.

Juro não impede negócios

O presidente da CBRE no Brasil, Adriano Sartori, acrescentou que o plano de crescimento da consultoria faz parte de um posicionamento pensando no longo prazo e que não será interrompido pela elevação dos juros por aqui. “A taxa de juros mais alta prejudica nosso mercado. Mas, mesmo assim, o interesse dos investidores continua alto”, ponderou.

Sartori mencionou que as transações imobiliárias no Brasil devem movimentar R$ 27 bilhões em 2024, um aumento de 35% em relação a 2023, quando ficaram em R$ 20 bilhões. “Até agora, foram R$ 19 bilhões em negócios já concluídos e há outros R$ 8 bilhões em diligências. E tudo isso com a Selic de dois dígitos”, ressaltou. Já ao redor do mundo, o movimento é inverso, com redução dos juros em diversos países, o que, historicamente, favorece o fluxo de investimentos para países emergentes.

Além do Brasil, o México é um grande destino desses recursos. O país, vizinho dos Estados Unidos, está se beneficiando do chamado neashoring - quando indústrias globais passam a produzir em localidades mais próximas dos seus mercados consumidores a fim de evitar sobressaltos com o frete ao redor do globo. Isso tem movimentado bastante o mercado de galpões logísticos no México para atender a produção e distribuição de mercadorias por lá.

Argentina voltou ao radar

Por sua vez, a Argentina voltou ao radar de investidores por conta das reformas econômicas promovidas pelo presidente, Javier Milei. “Nós percebemos que os investidores voltaram a se interessar pela Argentina. Ainda é cedo para dizer se vão entrar de forma massiva no país, mas começamos a notar interesse em dados de mercado e prospecção de oportunidades”, citou Ramires.

Milei revogou o controle estatal nas locações de imóveis, o que ajudou a reduzir os preços dos aluguéis. Até então, havia regras rígidas sobre prazos, valores e índice de correção dos contratos, que agora podem ser negociados livremente pelos proprietários e pelos inquilinos. “Para os investimentos voltarem para Argentina, ainda falta recuperar a confiança na economia e ter uma segurança de que tudo não vai mudar daqui três anos”, ponderou o presidente da CBRE na América Latina.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 12/11/2024, às 11:23.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

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Adolfo Ramires, presidente da CBRE na América Latina (esq.) e Adriano Sartori, presidente no Brasil Foto: Divulgação/CBRE

A CBRE, consultoria imobiliária global e a maior no Brasil, com participação em metade das compras e vendas de prédios comerciais feitas sob intermediação, está dando largada a um plano de crescimento expressivo. O objetivo para os próximos três anos é dobrar de tamanho na América Latina, onde Brasil e México são os principais motores.

“A América Latina é estratégica, porque este é um mercado de alto crescimento”, afirmou o presidente da CBRE para a Espanha e para a América Latina, Adolfo Ramires, em entrevista exclusiva ao Broadcast durante sua passagem por São Paulo. “Temos um plano interno que é dobrar o tamanho da nossa presença na região em termos de faturamento, lucro, escritórios e capacidades em geral”, disse.

A companhia não revela quanto fatura por aqui. No mundo todo, são cerca de US$ 20 bilhões de receita líquida anual vinda dos 500 escritórios espalhados por mais de cem países. Os Estados Unidos são a praça principal. Na América Latina, também há escritórios na Argentina, Colômbia, Peru, Chile, Panamá, Costa Rica e Venezuela.

Setores prioritários

O plano de crescimento da CBRE é baseado na visão de que o ganho de escala é fundamental para aumentar sua capilaridade e extrair sinergias em cada um dos seus ramos de atividades. “Isso será feito pelo aumento da nossa atuação nos setores que têm crescido e atraído mais investimentos, como data centers, locação residencial, hospitalidade e agronegócios”, contou Ramires.

O setor de data centers, por exemplo, tem atraído investimentos bilionários para o Brasil em função do aumento da demanda de processamento de dados puxado pelas aplicações com inteligência artificial. O Brasil desponta como um dos principais destinos globais dos investimentos por contar com oferta de energia limpa e a um custo competitivo para os data centers. Junto com isso, movimenta-se uma cadeia de prospecção de terrenos, construção e operação das edificações.

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O presidente da CBRE no Brasil, Adriano Sartori, acrescentou que o plano de crescimento da consultoria faz parte de um posicionamento pensando no longo prazo e que não será interrompido pela elevação dos juros por aqui. “A taxa de juros mais alta prejudica nosso mercado. Mas, mesmo assim, o interesse dos investidores continua alto”, ponderou.

Sartori mencionou que as transações imobiliárias no Brasil devem movimentar R$ 27 bilhões em 2024, um aumento de 35% em relação a 2023, quando ficaram em R$ 20 bilhões. “Até agora, foram R$ 19 bilhões em negócios já concluídos e há outros R$ 8 bilhões em diligências. E tudo isso com a Selic de dois dígitos”, ressaltou. Já ao redor do mundo, o movimento é inverso, com redução dos juros em diversos países, o que, historicamente, favorece o fluxo de investimentos para países emergentes.

Além do Brasil, o México é um grande destino desses recursos. O país, vizinho dos Estados Unidos, está se beneficiando do chamado neashoring - quando indústrias globais passam a produzir em localidades mais próximas dos seus mercados consumidores a fim de evitar sobressaltos com o frete ao redor do globo. Isso tem movimentado bastante o mercado de galpões logísticos no México para atender a produção e distribuição de mercadorias por lá.

Argentina voltou ao radar

Por sua vez, a Argentina voltou ao radar de investidores por conta das reformas econômicas promovidas pelo presidente, Javier Milei. “Nós percebemos que os investidores voltaram a se interessar pela Argentina. Ainda é cedo para dizer se vão entrar de forma massiva no país, mas começamos a notar interesse em dados de mercado e prospecção de oportunidades”, citou Ramires.

Milei revogou o controle estatal nas locações de imóveis, o que ajudou a reduzir os preços dos aluguéis. Até então, havia regras rígidas sobre prazos, valores e índice de correção dos contratos, que agora podem ser negociados livremente pelos proprietários e pelos inquilinos. “Para os investimentos voltarem para Argentina, ainda falta recuperar a confiança na economia e ter uma segurança de que tudo não vai mudar daqui três anos”, ponderou o presidente da CBRE na América Latina.

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